PVO´S Evelyn

Enfim, eu estava lá, sendo empurrada e arrastada por todos aqueles homens que mais pareciam prédios me rodiando e me secando, acho que aquela era a pior sensação do mundo, e pensar que tem garotas que eu não quero nem pensar o nome que reclamam pra mamãe que não tem um esmalte rosa pra pintar as unhas e outras pessoas como eu, pedindo pra mãe tirar elas de uma situação horrível e constrangedora.

–Vamos garota de tudo de si, que você sai daqui inteira... ou quase, hahahahahaha- ele ria da minha cara, enquanto me jogava em um palco.

Olhei para o lugar, vários homens com cara de assassinos, ou pelo menos com cara de que teriam segundas, terceiras, quartas sei lá quantas outras intenções com as garotas (eu e mais duas) que subiam e desciam do palco.

O lugar não era muito grande, mas também não era pequeno. Tinha um palco principal -onde eu estava com mais duas garotas- dois palcos menores para a prática de pole dance, um mini bar no fundo do local, vários seguranças (os prédios que me jogaram nessa droga) espalhados por todos os lugares, várias mesas a frente dos palcos, e estavam ocupadas por vários homens.

Olhei para as duas garotas que estavam ao meu lado, uma tinha o cabelo rosa e vestia uma lingerie preta e a outra era morena e tinha uma lingerie preta e uma luva de renda, elas se entreolharam e vieram falar comigo.

– Oi sou a Camila- sorriu e eu retribui- você chegou hoje né?

– Sim e pretendo já ir embora. - Falei olhando o lugar todo, e fazendo as duas rirem

– Se você namorar o chefe ou ficar com ele talvez consiga não ser dançarina.

– MERDA.

Gritei fazendo um dos guardas se aproximar e me dar um tapa no rosto. Eu olhei para ele, e toquei a minha bochecha, ela estava mais elevada e ardendo, olhei bem nos olhos dele e chutei o meio de suas pernas, ele se contorceu no chão e Camila e a outra garota me seguraram e pediram desculpas ao homem que estava já ajoelhado por causa da dor.

– Ela é nova aqui, desculpa, vamos explicar pra ela o que acontece. Por favor não faça nada- Camila falou para ele, eu olhei pra ela com cara de c*.

Ele olhou pra mim e me deu outro tapa no rosto, eu tentei chutar novamente, mas as garotas me puxaram pra trás.

– Não faça isso novamente, ou farei pior.

Ele falou e saiu ao encontro dos outros prédios (os tio quer são altos) que estavam olhando.

– Você é louca só pode ser.

– Desculpa mas odeio eles, e ninguém tem o direito de bater em mim.

– Sou Melissa... bom somos duas ksosakoas.

– skaoasksaok Prazer- adorei ela.

– Bom eu sou como você, bato neles, tento fazer eles terem respeito á mim, mas com essa roupa ta fod*, e Camila é o contrário, faz exatamente o que eles mandam sem reclamar, e segue as regras.

– Desculpa se eu quero sair daqui do jeito mais pacífico possível - ela falou se emburrando- a propósito, Melissa ensine a Evelyn os passos que eu vou ver a sequencia das músicas.

Eu não entendi direito mas segui o que Camila mandou, aprendi os passos que Melissa me mostrou.

– Isso é como uma apresentação, você aprende a coreografia em um dia, por que só aos domingos que não tem essas merdas, aos domingos a gente limpa tudo, e você tem que ser calminha sexta e sábado que é quando a casa lota.

PVO´S Jaqueline

Eu estava indo com Luce, minha filha, para a casa da mãe da Evelyn, meu pai tinha me dito que ela era minha irmã, estava indo lá para contar a novidade para a minha mais nova irmã, cheguei lá conversei com ela sobre as nossas vidas, sobre como tinha mudado tanto desde a época que morávamos perto uma da outra, quando acabou a luz, ela pediu para que eu fosse ver no porão o que tinha acontecido enquanto ela via se nas outras casas tinha faltado luz também, fui descendo as escadas até chegar no controle de energia da casa, e vi que o cabo tinha sido cortado ou tinha estourado, rezei para que fosse a segunda opção, estava com medo de que fosse alguém aqui dentro. Voltei para dentro da casa e pedi um cabo novo e uma luva, a mãe de Evelyn disse que foi só nesta casa que tinha acabado a luz e subiu para ver onde estava o cabo. Luce optou por ir junto, eu fiquei na sala esperando pelas duas, quando ouvi barulhos de tiro lá em cima, e descobri que a luz tinha sido cortada por alguém mesmo, corri até lá e vi um vulto apontando a arma para minha irmã.

–Edward?

Foi o que ela disse antes dele acertas algumas balas nela, que chegou ao chão rapidamente, mandei Luce entrar no quarto de Evelyn e trancar a porta, assim ela fez, o homem olhou para o meu estado e viu que sua arma tinha caído quando levantou viu que eu estava abaixada ligando para a ambulância e saiu correndo, corri até minha irmã que estava caída no chão cheia de sangue a sua volta. Passou-se cinco minutos mais ou menos e a ambulância já tinha chegado.

–Luce pode sair, sou eu minha filha.

Falei enquanto a menininha destrancava a porta, puxei-a pela mão e fui falar com o médico.

– Eu preciso ir junto é a minha irmã que está ai! - eu quase gritara com o médico, que pedia para que eu ficasse em casa enquanto eles iriam para o hospital.

–Fique aqui minha senhora, vá com o seu carro, não é necessário a senhora ir junto conosco, espere eu te ligar e então você vai, daqui a mais ou menos uma hora lhe ligarei.

– Tudo bem, obrigada.

Fechei a porta e fui me arrumar rapidamente.

Durante o banho comecei a chorar desesperadamente, era a minha irmã que estava no hospital, e aquele maldito médico ainda fala pra mim ir uma hora depois do que aconteceu. Finalmente eu estrava arrumada, peguei o carro, com Luce, e fui correndo para o hospital. No caminho lembrei que Evelyn não estava em casa... onde será que ela estava? Ah deve ter ido dormir na casa de alguma amiguinha.

Cheguei lá e fui falar com o médico.

– E então doutor, o que houve com ela?

– Não aconteceu muita coisa, ela foi baleada na perna e passou raspando no pescoço onde teve um pequeno arranhão, um pouco fundo mas nada do que se preocupar, mas a perna é algo ruim que talvez faça ela não andar mais.

– O QUE?