Eu estava gelada e pensando no que ia fazer, assim que Ronny visse nossa filha ele ia saber que não era dele, qualquer um veria, ele não é estupido, Draco viu a preocupação no meu olhar, ele estava roendo as unhas olhando para mim, esperando que eu dissesse alguma coisa, mas o que eu ia fazer? Pela primeira vez na vida eu Hermione Granger, quer dizer Weasley, não sabia o que fazer. Então ele quebrou o gelo:

— Vamos fugir Hermione, vamos sei la, pra qualquer outro lugar- então ele ajoelhou ao lado da cama e continuou- eu largo tudo, eu largo tudo por você!

Era a ideia mais imprudente e ridícula que eu já tinha escutado, fugir? Quantos anos nós temos? 15? 

—Não Draco nós não podemos- ele começou a abrir a boca para falar e eu o interrompi antes que começasse- somos adultos temos uma família e nossas responsabilidades, não vamos fazer isso- fechei os olhos respirei fundo - vá ao centro e compre uma touca, Ronny tem que ver nossa filha.

Ele hesitou, ia falar alguma coisa mas não falou nada e eu já sabia o que era, eu não posso esconder minha filha em um a touca o resto da vida.

Levantei a amamentei enquanto esperava Draco voltar, ele não demorou muito, me trouxe várias toucas de vários modelos diferentes, não disse nada, não me questionou só me olhava calado enquanto eu colocava a touca no nossa filha e ligava para o meu marido.

—Ronny deve estar aqui em meia hora, muito obrigada por ter vindo, adeus!

— Como assim adeus?- pela primeira vez ele protestou- É minha filha Hermione! É nossa filha!  E você me dispensa assim ? com um muito obrigado e  um tchau?

—Eu- parei de falar e senti a lágrima descendo pelo meu rosto, respirei fundo e com a voz firme prossegui- eu sinto muito Draco, não posso fazer nada.

Ele trancou os dentes fortes, levou a mão na boca, veio andando firme em minha direção, eu fiquei com medo nunca tinha visto tanto ódio nos seus olhos, ele me encantou na parede com e fechou a mão, deu um murro forte na parede dura do hospital que sua mão começou a sangrar, dai me beijou e disse:

—Eu amo você Hermione Jean Granger- e assim se afastou.

No momento em que ele fechou a porta eu comecei a chorar, desesperadamente e nem vi o tempo passando, nem vi Ronny chegando, quando eu ouvi o barulho da porta sequei rapidamente as lágrimas e virei pra ele, ele estava com a cara sólida e fria, por um momento pensei dele ter encontrado Draco mas então ele começou a falar:

—Você nem sequer me ligou, você... você veio sozinha, Hermione, sozinha.

—Desculpa, eu..- eu não sabia o que dizer- eu não queria incomodar, eu queria... desculpa- e comecei a chorar de novo.

Ele respirou fundo e veio lentamente em minha direção e disse:

—Meu amor, você não é um incomodo- dai ele beijou minha testa e eu senti a culpa me corroer- onde ela está?

Fui levando ele em direção ao berço, ele tinha um sorriso largo no rosto, quando a pegou no colo só disse:

—Ela é linda!

E eu fiquei aliviada dele não tentar tirar a touca da bebê. Rony parecia uma criança feliz olhando para ela e eu só pensava na hipótese dele descobrir tudo. 

—Hermione- a voz dele me tirou do transe- Gina vai vir ficar com você a noite esta bem? 

—Não, não precisa - foi ai que eu tive a brilhante ideia- Ronny, sábado, chame todos, todos da sua família e todos nosso amigos, vamos dar uma festa para que possam conhecer nossa bebê. Na toca, as 19 horas.

Ele assentiu e depois ficou calado com minha filha no colo, olhando pra ela como se ela fosse o bem mais precioso de sua vida, só que nem ao menos o sangue dele ela tinha.

Antes de ir embora, ele beijou minha testa e disse que me amava, não respondi. Esperei um tempo que ele saiu, peguei meu telefone e liguei para Draco.

—Draco, tive uma ideia.