New Moon escrita por Anitha Tunner


Capítulo 33
Epílogo: The Perfect Life


Notas iniciais do capítulo

Chorando; tão difícil o adeus! Espero que gostem do final e comentem no último capítulo; obrigada, beijos e boa leitura!
#PAZ



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The Perfect Life

Cinco anos depois...

― Odeio o fato de acharem que sou irmã dele ― resmungou Ana magoada enquanto foleava o papel da peça. Ri discretamente, Jacob estava ao meu lado, com uma filmadora apontada em direção ao palco improvisado e o olhar repreendedor a Ana que continuava chateada. ― Eu sou mãe dele, poxa.

― Relaxe, amor. ― Paul afagou a mão de Ana que apenas suspirou, assentindo brevemente. ― Você está com pouco líquido, não pode se estressar. Esqueceu? ― Paul subiu a mão para a barriguinha de quase nove meses de Anabella. Ana bufou e concordou.

― Então, já decidiram o nome? ― questionei e Paul coçou o queixo, pensativo. ― Não?

― Andamos pensando em Margaret, mas também pensamos em Kate e em Lucinda...

― Lucinda é melhor. ― opinou Jake.

― Gosto mais de Margaret. ― Paul deu de ombros.

― René não quis opinar? ― continuei e Ana riu se abanando com o folheto da peça. Leah, que estava ao lado de Jacob gargalhou baixo.

― Claro que Leah é um ótimo nome! ― ri. ― Tudo para ele é Leah! Nome da irmã? Leah! Machucou-se e chamou alguém? Leah!

― Calma amor. ― Paul abraçou Ana pelos ombros. Ana suspirou e acariciou a barriga, voltando a se abanar com o folheto cor de rosa. ― Não se esqueça de que é você quem decide.

― Hey, pessoal, já vai começar! ― alguém do fundo gritou e aquilo foi o suficiente para nos virarmos para frente, ficando em silêncio e encarado a cortina improvisada sendo aberta.

Exatamente doze crianças de exatamente cinco anos e meio estavam posicionadas com perfeição. Tentei identificar as fantasias, parecia algo como algumas fadas, bruxinhas, homens, garotinhos com roupas antigas e ancinhos nas mãos, bigodes falsos e um chapéu de palha e finalmente, no cantinho identifiquei René. Tão bem posicionado quanto os outros, estavam com os braços abertos para os lados, às pernas bem coladas e todo quadrado devido ao papelão. No braço direito, que seria o galho direito, havia algumas folhas de uma corujinha. O rosto estava coberto pelo mesmo papelão, deixando aberto apenas um quadrado onde espremidos estava a boca, o nariz, os olhos e as sobrancelhas de René.

― Uau. ― Ana puxou da bolsa uma máquina fotográfica, diminuiu o flash e tirou uma foto do garoto. ― Com certeza, essa foto vai aparecer na sua formatura René- Charles. ― uma risadinha maldosa e baixa escapou da boca de Ana. Revirei os olhos e voltei a olhar para frente, onde, agora uma professora gorda e suada falava sobre a lenda.

Tão idiota essa peça... ― resmungou alguém atrás de nós. Talvez, eu tivesse que concordar. Fazer uma peça com crianças de cinco anos sobre uma lenda da cidade, esquecida por todos, não seria a melhor ideia para aqueles pequeninos.

―... Obviamente! ― parece que perdi a piada da professora gordinha e com sotaque holandês. Voltei minha atenção à peça quando ouve uma risadinha forçada vinda dos pais e avós atrás de nós.

― Então, espero que vocês papais e mamães...

― Para tudoooooooooooooo! ― Jacob mordeu o lábio inferior, enraivado quando a voz de Edward surgiu do fundo da sala, tão alta e clara que não precisei nem pensar para saber que era Edward. Olhei para trás, vendo Edward chegando de mãos dados com Seth, arrastando ele pelas fileiras de cadeiras. Logo atrás deles, estavam Jasper e Alice, Rosalie e Emmett, Esme e Carlisle.

― Quem chamou ele? ― Ana olhou acusadoramente para mim.

― Não fui eu. ― ergui as mãos.

― Leah. ― acusou Ana. Leah olhou para as unhas curtas pintadas de preto, fingindo-se de ofendida.

― Eu comentei com o Seth que René tinha uma peça na escola; mas em momento algum chamei aquela... Aquele... A pessoa com quem Seth se relaciona...

― E desde quando Edward precisa de convite formal, Leah? ― Leah me olhou como se eu falasse em outra língua e então, suspirou e mexeu a cabeça.

Chegueiiiiiii lindos! ― berrou Edward escandalosamente quando chegou a primeira fila. Edward virou-se para frente e abandonou para René. ― Oiii fofinho do titio! Tá lindoooo! ― René engoliu a seco, ficando mais vermelho que tomate.

― Podia ser menos escandaloso? ― belisquei Edward que se sentou entre mim e Jacob, nos espremendo. Edward passou os braços por meus ombros e pelos de Jacob e inclinou-se, dando um beijo em meu rosto.

Claro que nãããooo! ― escondi o rosto entre as mãos; totalmente constrangida.

― Por que você simplesmente não morre Purpurina? ― Jacob levantou-se bruscamente, cortando o contato com Edward. ― E saí daí, tem mais lugares!

― Sabe como se chama isso? ― Edward ergueu um dedo. ― Falta de S-E-X-O!

― Meu Deus Edward, cala a boca! ― resmunguei tentando ser discreta quando um grupinho de pais e professores começou a olhar para nós.

― O que? Não é culpa minha se você não gosta do que tem! ― Edward pôs a mão sobre o peito ofendido.

― Edward, estamos no meio de crianças! ― estapeei com força seu braço musculoso. Edward afastou-se e afofou o cabelo; no outro canto da sala vi Seth gargalhando e os outros Cullen tão quietos que pareciam nem serem parentes de Edward.

― E daí? Todos eles vão transar daqui a onze anos! ― Edward ergueu as mãos dramaticamente. Escutei os resmungos ofendidos de um dos pais ali e senti-me incrivelmente envergonhada novamente.

― Não precisa falar isso agora, desgraçada! ― berrou Leah.

― Dá pra vocês pararem? ― o berro de Ana silenciou tudo. Olhei para minha prole; os olhos negros de raiva e o corpo tremendo ameaçando a se transformar a qualquer momento de tão grande o estresse, mas aquela face durou pouco, pois no outro instante Ana tocava na saia bege, totalmente úmida. ― A bolsa estourou!

Depois disto foi um corre-corre total.

Todo mundo se levantou em pulo, Paul pegando Anabella no colo, Leah invadindo o palco improvisado para pegar René; Jacob pegando a minha bolsa e a de Ana enquanto corríamos para o carro.

Por Jacob

― Ela é tão linda; Bella. ― sussurrei enquanto olhava a pequeno ser delicado e gordinho nos braços de Ana. Ana estava radiante com a pequena ainda sem nome em seus braços, Paul estava tão alegre quanto Ana e René estava empoleirado na cama, escorado no ombro de Ana e olhando carinhosamente para a garotinha.

― Sim ― Bella sorriu assentindo. ― Mas, e o nome? ― Paul olhou para Ana, esperando uma decisão.

― Bom; eu decidi esquecer as outras opções colocar outro nome ― Paul riu baixo junto de mim e de Bella. ― Estava pensando Stella ou até mesmo em Shelby, mas então me lembrei de Lena...

― Lena? ― questionou René.

― Sim meu amor, mas é Lena e não Leah. ― todos riram.

― Então, será Lena? ― perguntei.

― Sim, Lena-Marie, quis colocar Isabella, mas... ― Ana olhou Bella que riu. ― lembrei-me que mamãe odeia Isabella então, coloquei seu segundo nome mãe.

― Obrigada, querida. ― Bella tremeu o lábio como se fosse chorar; abracei-a pelos ombros dando um beijo em seu ombro.

Por Bella

―Uau! ― escorei-me na porta de minha de casa após fecha-la. ― O dia realmente foi longo.

― Muito longo... ― comentou Jake enquanto sentava-se no sofá e respirava profundamente, parecia estar recuperando o fôlego. ― Estou morto de cansaço.

― Sério? ― caminhei até Jake, sentando-me em seu colo. Jake sorriu longamente, exibindo sua perfeita carreira de dentes superbrancos. Jake deslizou uma mão até meu quadril enquanto a outra alisava meu rosto. ― Não tem animo nem para mim?

― Bom, para você eu sempre guardo uma reserva extra... ― Jake alisou mais uma vez a maçã de meu rosto antes de me puxar para um beijo. Ri empolgada entre o beijo, o aprofundando e agarrando os cabelos negros de Jake.

Escutei o coração de Jacob acelerar mais ainda e desci os lábios pelo seu pescoço, dando um tempo para Jake respirar. Jacob pegou no colo, levantando-se comigo em seus braços; minhas pernas em volta de sua cintura e minha faminta boca na sua.

Jacob deitou-me com leveza na cama e veio por cima, beijando meu pescoço enquanto um sorriso surgia em mim outra vez; talvez pela milésima vez naquele dia.

Somos felizes e isso eu jamais poderei negar; a infelicidade não tem espaço na nossa agenda e jamais terá.

Talvez, daqui a alguns séculos, os Volturi voltem com sua vingança desconexa e sem sentido, mas como costumamos falar; Alice irá ver e nos avisar, estaremos prontos e a espera deles.

Mas, acho justo aproveitar séculos e séculos enquanto eles não chegam.

Quero nesse momento aproveitar a minha família, meu neto, minha neta, minha filha, meu genro, meu ex-marido gay que havia virado um grande amigo, Leah, Seth... Todos eles que fazem parte da minha vida.

Mas, exclusivamente, agora, eu quero aproveitar esse momento com Jake, aproveitar o meu Jake de todas as formas possíveis e impossíveis .

Aproveitar o começo da nossa eternidade; o começo do nosso felizes para sempre.


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Notas finais do capítulo

AGRADECIMENTOS:
Eu realmente devo tudo aos meus leitores de New Moon, vocês foram fantásticos comigo! Eu escrevia realmente coisas sem nexo algum quando comecei a escrever e postar New Moon e pessoal, vocês me apoiaram nesse loucura, vocês foram atenciosos comigo; obrigada! Tive dificuldade em escrever o final, pois mudei meu jeito de escrever, larguei a escrita mais ‘criança’ e fui para algo mais sério, adulto, mas vocês meus caros leitores, pediam por mais e diziam-se ansiosos; obrigada! Sem o apoio, jamais teria concluído esta história. Obrigada, amo vocês meus lindos!