Missão: Me Confessar escrita por Franxx


Capítulo 1
Como tudo começou


Notas iniciais do capítulo

Olá a todas as fãs de Fraxus *Q*
Eu tardo, mas não falho. Estou aqui para vocês feel like a Maria (?) - alô quem já jogou Silent Hill 2 - para ser tudo aquilo que vocês sempre quiseram (?)
Enfim, estou com mais um projeto yaoi em andamento, para a alegria da nação e completo desespero da minha agenda que já não dá conta de tanta fanfic :B
Boa leitura á todas(os)!!!
PS: esse capítulo tem pouquíssima ou nenhuma palavra engraçada, mas é início da fanfic. Não desistam de mim u.u



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Chega. Eu tinha de tomar uma atitude e estava decidido a isso.

Respirei fundo e apertei os próprios punhos quando finalmente resolvi entrar em uma missão particular, na qual teria de me declarar para o indivíduo cuja personalidade, jeito, olhar, corpo e ... CONCENTRAÇÃO FREED JUSTINE .... er ... bem ... me conquistaram.

Peguei a escova e passei em meu cabelo, abaixando alguns fios rebeldes que se destacavam na minha cabeça. Peguei meu casaco, gravata, enfim ... me preparei para sair da minha casa. Tinha tomado uma grande decisão e estava disposto a seguir em frente.

Porém, entretanto, contudo, todavia ... tinha um grande e incômodo problema. A reação que ele teria. Laxus era o tipo de pessoa imprevisível e já o vi desprezar friamente mulheres que se declararam para ele. Eu que sou homem no mínimo devo levar uma surra bem dada e caso sobreviva a uma sessão de pancadas dele, corro o risco de ser jogado em um prostíbulo e ser obrigado a ficar lá: até eu me matar ou acabar gostando de mulher.

Respirei fundo e levei a mão até meu rosto, o esfregando impacientemente. Não tinha um objetivo conciso fazendo tal ato. Apenas queria que ele soubesse o que eu sinto e se possível, parasse de me seduzir TANTO.

Sim eu estava decidido.

Fiquei de pé, coloquei a espada na bainha, prendi meu cinto e caminhei até a porta, para cair de joelhos em frente à ela, morrendo de medo de apanhar por me confessar.

Com muito custo, respirações fundas ao estilo grávidas em trabalho de parto e depois de ingerir um copo grande de água com açúcar, consegui colocar os pés para fora de casa. Fora do meu ambiente privado eu normalmente sou uma pessoa bem séria e calculista, mas nos últimos tempos estava agindo feito uma moça perto do homem por quem estou apaixonado. Em passos lentos, caminhei para fora da cidade, perdido em meus próprios pensamentos durante todo o caminho. Imaginava que seria um dia normal, uma situação normal, mas senti que teria dores de cabeça e ataques patéticos de ciúmes ao ver Laxus com uma baita de uma mocréia ao lado dele.

- Bom dia. – foi o que eu disse ao me aproximar dos membros da minha equipe que ali estavam, recebendo resposta de todos, com exceção daquele que eu queria ouvir um “Bom dia, eu não vou dormir com essa vadia.”

Em silêncio, bem, ao menos eu estava em silêncio, seguimos para a missão que para minha surpresa, era escoltar aquela mocréia que se insinuou o caminho todo para Laxus. Ela era filha de algum general, algo do tipo. Acabei por perder o interesse até mesmo no dinheiro oferecido, inventando uma desculpa para poder voltar e deixar que os outros fizessem aquele trabalho ridículo.

- “Não. Você vai ficar aqui. É uma ordem.” – foi a delicada resposta que eu recebi do mestre do meu time. Senti-me uma mulher de malandro quando acabei por obedecer.

Demoramos dois dias e terminamos a missão. A mocréia dormiu com Laxus nos dias seguidos e depois da primeira noite ela reclamou estar com o corpo dolorido. Eu já havia escutado isso de várias mulheres que haviam dormido com Laxus, o que me leva apensar que o brinquedo dele deve ser MUITO grande. E sinceramente, isso não me deixa empolgado.

Tenho medo de que se eu me confessar, seja obrigado a ... er .. bem ... vocês sabem.

Enfim, o meu objetivo ao contar essa missão estúpida, que não se destacou de qualquer outra que já fizemos, é expor o dia em que comecei a colocar meu plano em ação e explicar de onde surgiu a bendita ideia de escrever uma carta.

Uma carta de amor.

Vi uma garota fazer isso e entregar uma carta diretamente para um rapaz do hotel onde ficamos no caminho de volta. Isso foi como uma luz no fim do túnel a qual meus sentimentos estavam presos. Evergreen disse que aquilo era antiquado, mas pra quem usa um casaco no estilo iluminista e usa magia antiga como runas, escrever uma carta é fichinha. Além do mais, eu não conseguiria chegar na cara do Laxus e dizer pra ele que o amava e me sentia MUITO atraído por ele.

Tentei controlar a empolgação no caminho de volta e assim que colocamos os pés em Magnólia corri para minha casa. Já em meus aposentos, tirei meu paletó e joguei a espada sobre a cama, antes de voltar e fechar a porta da sala que ficara aberta. Puxei um punhado de folhas e preparei a caneta para escrever todos os meus sentimentos reprimidos ali.

10 minutos, 20 minutos .... uma hora e ... NADA. Não consegui escrever uma só palavra. Era tanta coisa que vinha à minha mente que não fazia ideia do que escrever. Tinha vontade de dizer que eu o amava muito, que ele era tudo o que eu sempre quis ser, que eu o admirava, que jogaria runas de morte na próxima mocréia que se insinuasse para ele ....

Eram muitas, idéias, pensamentos e medos. Sabia que Laxus não iria me aceitar, mas pelo amor de Deus, ele tinha que me aceitar. Duvido muito que qualquer vadia que ficou andando torto depois de dormir com ele faria as coisas que eu fazia e ainda faço por ele.

Entrei em um súbito devaneio e quando me dei conta já havia apertado tanto a caneta que ela já tinha estourado em minhas mãos e sujado todos os papéis da mesa.

 Merda.

Tive de sair e comprar outra caneta e mais papel. No caminho, pensei muito e cheguei a uma conclusão. Deveria ser direto. Falar o que queria falar, sem assustá-lo. Dizer o que sentia, sem destacar é claro minha obsessão por ele e demonstrar que por mais que ele dissesse que dava conta de si mesmo, eu jamais o deixaria sozinho. Me sentei na mesa novamente e com tais pensamentos me coloquei a escrever. Deixei que minha mente trabalhasse e quando me dei conta, já havia escrito até no verso da folha. Li todo o texto novamente, sentindo as bochechas corarem. Jamais me imaginei escrevendo coisas daquele gênero e até que havia me saído muito bem.Dobrei a carta e ...

Sim, eu borrei o papel todo por causa da minha mão suja de tinta.

Senti o sangue até subir para a cabeça e cheguei a sojigar o papel como se fosse alguém que pudesse ser chacoalhado, mas por fim percebi que não conseguiria escrever tudo aquilo de novo sem chorar. Respirei fundo, coloquei o papel no envelope, passei cola e deixei aquilo secar.

Tomei um banho, para tentar me livrar da tinta na mão, o que não adiantou muito, pois ainda restaram alguns vestígios. Me vesti e peguei a carta, respirando fundo mais uma vez, antes de criar aquela coragem de ir até a casa de Laxus e colocar aquilo debaixo da porta. Sim, eu sou antiquado e fiz do jeito correto e mais habitual. Eu não podia simplesmente amarrar aquilo á uma pedra e jogar na janela dele.

Respirei fundo e saí pela porta, sentindo o coração se agitar quando cheguei ao meu destino. Olhei para os lados e para a minha sorte, a cidade estava movimentada naqueles dias e dificilmente alguém da guilda me veria ali no meio de tanta gente que circulava pelas ruas àquela hora.

Me abaixei com cuidado e enfiei o envelope por debaixo da porta. Estava pronto para sair dali, quando percebi movimentação dentro da casa. Laxus estava se aproximando da porta. Passei por um segundo de pânico, antes de me virar e correr, chegando a esbarrar em algumas pessoas e a receber xingos de alguns menos educados. Meu coração ficou disparado e não senti meu corpo acalmar, mesmo observando-o de longe.

Com a roupa desabotoada, algo que me fez suspirar por alguns instantes, Laxus abriu a porta e olhou para os lados, como se tentasse encontrar alguém.  Já tinha a carta e mãos e um sorriso se formou em meu rosto antes de agradecer mentalmente a Deus por ele ter encontrado a carta, porém, com a mesma facilidade que meu sorriso havia se formado, ele se desfez.

Para meu espanto, completo desespero e condenação, meu amado levou o envelope até a altura do nariz e cheirou a carta. Dei um forte tapa contra minha própria testa ao ver aquilo, segurando um grito de frustração.

Para não assustá-lo com a confissão de um homem, eu não havia assinado a carta, mas havia me esquecido que Laxus era um Dragon Slayer e para minha infelicidade, seu olfato era extremamente apurado. Acabei por fugir ao ver que ele havia rasgado o envelope e iria ler a carta.

Precisava fazer com que meu cheiro ficasse diferente, ou seria descoberto. Esse se tornou o menor dos meus problemas no dia seguinte, pois eu não esperava que aquela carta caísse nas mãos do pessoal da guilda.


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Notas finais do capítulo

Vocabulário da Francine:
Mocréia: mistura de vadia com piriguete que dá em cima do teu macho e quer roubar aquilo que é seu.

Agradecimento à Scarlet por me mandar criar vergonha na fuça e escrever, à minha vadia (namorado) pela linda ideia de jogar um cara gay num puteiro e largar ele lá até traumatizar ou gostar de mulher :'D

Como eu disse, esse primeiro capítulo ficou sem graça, mas me deem um desconto ç.ç
Não me batam, não me xinguem e não me ameacem de morte.
Mereço reviews? Falem comigo humanos!!ONZE!! >: