Fucking Deads escrita por Coralino


Capítulo 4
Amigos


Notas iniciais do capítulo

Bom, andei passando mal kk, mas consegui fazer esse capitulo õ/ obrigado a quem está lendo a fic, está sendo bem divertido escrever, espero que seja divertido ler ela também.



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Jake abriu seus olhos, passou a mão em seu rosto, e notou que estava sujo com sangue. Olhou para frente e viu a criatura se aproximando, ela agitava o rosto e contorcia o corpo vindo em direção a ele. Jake gritou, tentando chutar a criatura, ele levantou e correu para fora da sala vazia. No corredor não havia sinal de ninguém, ele não avistou nenhuma poça de sangue, nada, apenas um simples corredor.

Correu em direção aos armários e bateu em algo, outro deles, pareciam combinar emboscadas para caçar. A criatura deu um ar de felicidade, expondo quase um sorriso. Jake caiu e tentou levantar, mas sentiu algo caindo em cima dele, ele se virou e sentiu a quente mordida do errante. Sua pele formigava e Jake apenas entrou em pânico. Gritou vários nomes, familiares, amigos, ninguém estava lá. Fechou seus olhos, e sorriu mais uma vez, lembrando de seus momentos mais felizes.

–Ele tá sonhando? – Dizia uma voz conhecida.

–Jake?

O jovem pálido abriu os olhos.

–Puts, não dava pra me colocar na sombra? – Ele reclamava estendendo a mão para cobrir seu rosto do sol.

Jake olhou para o lado. Havia uma parede, com uma porta que dava para a parte interna do colégio, e era notável que era a única sombra do lugar, o grupo de 5 pessoas se encostava na parede, fugindo do sol. Alice sorriu.

–Não havia espaço para você.

Jake levantou uma das sobrancelhas.

Quando estava se levantando, Kátia o deu água, todos do grupo tinha seus estômagos roncando, e suavam por causa do calor da tarde.

–Temos que arrumar comida, não podemos simplesmente sair daqui sem nada. – Alice colocou a mão na barriga, tentando supor que todos estavam com tanta fome quanto ela.

–Vocês deviam tomar café da... – No momento que Kátia falava, John levantou o braço em sinal de silêncio.

Todos conseguiram ouvir sons vindos da escada. John pegou o bastão e se aproximou da porta.

–Abram a porta, por favor. – Dizia uma voz meiga, Camile.

–Abram!

John ergueu os ombros para o grupo, e Jorge se aproximou da porta.

–Esse lugar já é nosso! Arrumem um pra vocês! – Falou o ruivo.

O grupo de pessoas que estavam nas escadas ficaram calados, até que ouve um estrondo. Um dos garotos batiam no corrimão da escada com um pedaço de ferro.

–Abram ou eles virão até aqui!

–Vocês serão atacados primeiro! – Respondeu Kátia. Calando os estrondos.

–Vamos morrer de qualquer jeito. – Um deles disse.

O barulho aumentou, a professora dizia ''não vai adiantar'' ''não quero morrer aqui'', com sua voz fina e enjoada.

John fechou a mão e a apertou, ele soltou a porta e a abriu. Sua roupa manchada, seus cabelos loiros estavam tampando os olhos, e ele sorria de modo acusador.

–Sumam daqui.

Os garotos eram da mesma sala de Karine, aqueles que admiraram tanto a professora. Camile se assustou e começou a correr, seu sapato a fez tropeçar no momento de desespero, e ela caiu rolando escada a baixo. Quando se levantou, apenas gritou enquanto mais de cinquenta zumbis disputavam a carne viva, e logo, só era possível ver todos eles se amontoando em um único objetivo.

Dois dos garotos que cuidavam da professora entrou no terraço desviando de John, um deles tentou bater no loiro. Kátia fechou a cara, e se aproximou em um deles, logo o garoto não se encontrava mais acordado. O outro fechou a porta deixando três garotos para trás horrorizados pela professora. Depois disso logo pode se ver os zumbis forçando a porta para abri-la mais uma vez.

John, Jake, o garoto e Jorge forçaram a porta para não ser aberta, os vidros da janela que havia na porta foram quebrados. Muitos braços tentavam pegar os garotos.

Karine tapou o rosto com suas mãos como sinal de desespero.

Eles estavam encurralados, não havia outra saída do terraço a não ser as escadas. Que no momento não era possível contar quantas pessoas tinham. Parecia que metade da escola estava lá.

–Temos o quarto do terraço usado como depósito, que tal pensar em algo lá? Rápido! - Kátia recomendou.

O grupo não pensou duas vezes no conselho da amiga, todos correram para o depósito, o garoto que havia sobrevivido continuou forçando a porta com o resto de sua energia.

–Você não vem? – Kátia gritou quase fechando a porta do depósito.

–Eles morreram, por minha culpa. – Dizia o garoto choramingando.

John ouviu o garoto e saiu correndo dando um empurrão em Jake que estava na frente. O garoto avistou John correndo em direção como um touro e sentiu mais medo dele do que dos zumbis. O jovem musculoso pegou o garoto e o colocou no ombro deixando a porta abrir, por um momento Kátia achou que Jonathan tinha sido mordido, porém expulsou a ideia rapidamente da cabeça. Os zumbis corriam em direção aos dois jovens, porém John era muito mais rápido. Chegando à porta do depósito, ele jogou o garoto em varias caixas e Kátia fechou a porta.

O depósito ficou escuro, ele tinha apenas uma pequena janela de luz, no teto. Tudo cheirava a mofo. Karine achou um abajur enfeitado com letras musicais, ele foi forte o suficiente para clarear todos no deposito, deixando apenas os cantos do cômodo escuro.

–Me dê o machado. AGORA! – Gritava John com Alice. Por um momento Alice sentiu vontade de chorar, todos ficaram horrorizados com ele gritando. Ela o tirou da saia e o entregou. – Rápido Jake! – Ele entregou o machado pro garoto, que o segurou confuso. John colocou a mão no chão, havia uma marca vermelha, uma mordida recente. Ela não foi o suficiente para arrancar a pele, mas estava pulsando, a mão de Jonathan estava começando a ficar escura. – Seja homem! Rápido.

Jake entendeu o recado, levantou o machado. Todos viraram para trás, Kátia observou cada detalhe horrorizada. Foi algo rápido, o machado foi bom e afiado o suficiente para arrancar mão do jovem, espirrando sangue para todos os lados do chão.

Kátia tirou a camisa ficando apenas de top preto, e cobriu a ferida no braço de John. Ele adormeceu, ouvindo a voz de sua linda namorada, um ''fique comigo'' agonizante.

Noite.

Alice tinha enchido garrafas de água e levado ao depósito antes do acidente. Porém não tinham comida.

Todos tinham esquecido o garoto nas caixas, até ouvirem um ronco. Karine estava próxima a elas tentando cochilar, deu um salto e gritou. Jorge riu da ação dela, fazendo Jake sorrir também.

–O que foi Karine, barata? – Falou Jorge.

–Alguma coisa nas caixas. – Todos ficaram segundos calados olhando para caixa, e lembraram-se do garoto que foi jogado nelas por John.

–Ei, você. – A bailarina cutucou de leve na pilha de caixas usadas como um colchão para o jovem. – Acorde!

Por um momento, acharam que ele tinha morrido, mas o ouviram roncar mais uma vez. O garoto tinha cabelos pretos compridos e levemente ondulados, e usava óculos. Ele parecia ter o mesmo tamanho de Kátia, Jake e Jorge.

Ace, não deixe o Luffy comer sua comida! – Sussurrou o garoto, virando seu corpo para todos, ele foi escorregando aos poucos. Karine recuou deixando-o cair no chão.

O jovem abriu os olhos, seus olhos levemente cinzas, quase um azul, olhou para todos e sorriu, parecendo procurar alguém.

–Cadê o Touro?

Quando olhou para o canto da sala, o avistou deitado no colo de sua namorada, de olhos abertos. Ela acariciava os cabelos loiros do namorado.

–Vejo que acordou, você tem um sono bem pesado. – Dizia John com uma voz grave de dor.

–Obrigado mesmo, achei que fosse me jogar pra cima e me deixar de isca. Sou Caio. Gosto de animes, alguém aqui gosta?

Todos o fitaram sério, ele se sentiu um peixe fora da água.

–Vocês estão com fome? – Falou o garoto aflito, retirando uma barra de chocolate do bolso. – Deve estar meio derretido, mas.

O grupo não o deixou terminar de falar, todos cumprimentaram o pobre e ficaram olhando a barra. Era possível sentir a atmosfera de ''quem vai pegar dele?'', até Karine o olhou de modo assustador, dando um sorriso torto. Jake, Jorge, Alice e Karine quase pularam em cima dele para conseguir um pedaço, porém todos dividiram igualmente.

Alguns zumbis que batiam nas portas de ferro resistentes do depósito. Era possível ouvir o ruído da chuva, ''uma chuva fina apenas para esfriar a noite'' pensou Jake. O grupo de adolescentes planejava uma fuga, e decidiram que iriam atrás de Annie. Já que sua casa era a mais próxima do colégio.

Passaram a noite revezando turnos para vigiar as portas, caso elas quebrassem ou acontecesse algo lá fora. Conversando entre si, rindo, eles realmente ficaram próximos, agora eram todos amigos. De certo modo, tinha arranjado um jeito de esquecer o mundo lá fora.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Se sim, saibam que eu tenho uma queda por reviews. Boa noite pra vocês.