Reflexos De Sophie. escrita por Mrs Skars


Capítulo 17
Distrações No Mundo Real.


Notas iniciais do capítulo

Meus amoresss voltei! Quero agradecer a todas pela paciência e pelas mensagens são vocês que me deixam emocionada e motivada acontinuar, em especial: Gabi R, Blue Jackson,Uma Escritora Normal,Sara Vicky, Counting Stars,Marcely Velmont, Lorena Leite,Bonnie Kaka, Taylor Momsen,Charlotte Sundae e Débora Loures. Eu agradeço pela paciência e carinho de todas vocês de verdade que sempre me acompanharam desde o início e algumas que surgiram agora. Eu fiquei muito feliz quando vi as recomendações de Taylor Momsen, Charlotte Sundae e Counting Stars, também a Marcely Velmont por comentar no reiventando meu mundo. Não sabe o quanto eu fiquei imensamente feliz, é uma gratidão ao ver o carinho que vocês tem e espero que se animem nesse capítulo. Boa Leitura!



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Eu estava precisando daquilo sinceramente, aquele lugar me transmitia paz, eu respirava e observava o sol se pondo, era realmente a visão linda, aquela cor alaranjada e o reflexo que batia na água do mar transparente. Aos poucos eu pude perceber algumas pessoas chegando, eu não estava tão arrumada assim, minha roupa era simples mas também não parecia desarrumada e tal, já não era bonita, pelo menos eu ficava menos feia, era assim que achava.

Olhei envolta e as pessoas do colégio aos poucos iam aparecendo e talvez muitas demoravam para me reconhecer, eu estava mais "normal" para eles, não ligava para os olhares até que vi uma garrafa de cerveja na minha direção, era possível observar agora mais de perto e com mais calma aqueles olhos escuros do Jensen e seus cabelos bagunçados, lembrando ainda mais um ''badboy'' da gangue.

– Obrigada - Eu falei educadamente enquanto eu dava um gole forte da cerveja.

– Ô vai com calma gatinha - Ele me olhou sorrindo, meus olhos eram inevitáveis, olhei para o seu corpo. Ele estava sem blusa e isso dificultava, podia perceber umas meninas olhando pra ele. Jensen era um deus grego, aliás que porra eu estava fazendo sendo amigas daqueles meninos? Eu era o patinho feio, literalmente.

– Tá esquecendo quem eu sou ?

Eu dei um sorriso e isso fez com que ele bebesse ainda mais, tentei olhar para frente me distrair e foi quando eu vi a Wendy. Ela estava bem tímida parece que me procurava, seus olhos curiosos deviam estar a procura do John na certa. Eu a olhei de longe e acenei, logo ela veio na minha direção, seu vestidinho era até comportado bem praia e seu rosto estava mais corado quando percebeu a presença do Jensen que na certa a comeu com os olhos, afinal aquele era o Jensen e sussurrei:

– Essa não é pra seu bico, se comporte.

Ela se aproximou mais e me olhou tímida o Jensen pelo visto até que se comportou e ficou calado bebendo.

– Olá Sophie - Ela falou um pouco mais tímida.

– Que bom que você veio Wendy.

Antes que ela pudesse responder eu percebi que os meninos tinham se aproximado, claro porque a voz do Noah era bem alta e olhei para trás, era o John que se aproximava de mim bagunçando o meu cabelo.

– Gente, quero apresentar a Wendy.

– Olá Wendy - O John falou a olhando talvez pela primeira vez, ela ficou um pouco tímida e respondeu, assim que os meninos foram a cumprimentar eu olhei para o John e sussurrei:

– O que achou?

– Achei de que?

– Argh tu é lerdo demais.

Nesse momento eu ouvi o Noah chegar perto afastando o Jensen me abraçando de lado enquanto me olhava:

– Olha só como ela está toda estilosa, já sei... Jessi?

– Sim - Eu revirei meus olhos e sorri.

Eu já estava na minha décima cerveja, os meninos riam e bagunçavam, agora já estava mais movimentado tinha até um DJ que era um guri lá do colégio. A Wendy era muito legal e aos poucos ela foi se soltando e claro que o John ficava conversando com ela, eu olhei para o lado e o Jensen tinha sumido, na certa deveria ir a caça das meninas. Restaram apenas eu, o Noah e o Paul claro. Nem hesitei em perguntar sobre o Bruce porque quando pensei nele, eu vi ele com a Priscila conversando enquanto a Natália se aproximava e fingia que eu nem existia.

– Oi meu amorzinho - Ela falou enquanto olhava pra o Noah.

– E ae. - Noah respondeu friamente.

Eu olhei para o Paul e acho que até ele dava risada daquela situação, sinceramente nem a barbie fake sabia onde estava se metendo e certamente ele NUNCA ficaria com ela. O toque de uma música me distraiu, fechei meus olhos e caminhei um pouco para frente e fiquei dando goles mais intensos na cerveja, aos poucos fui deixando meu corpo me levar, olhei para cima e já estava escuro e algumas tochas estavam acesas e uma fogueira também, aos poucos as pessoas não me enxergavam mais e agora estava sozinha, fechei meus olhos e a batida da música dominava meu corpo e a canção saia dos meus lábios:

I think about the past

I want it again

I think about tha way you feel

Inside, I start losing my mind

Eu penso sobre o passado

Eu o quero de novo

Eu penso sobre como você se sente

E por dentro, começo a perder a cabeça

A única coisa me interrompia era os goles da cerveja na minha boca e foi quando eu tomei um susto por sentir alguém se esbarrar na minha frente, assim que abri meus olhos era aquele corpo um pouco molhado e aqueles cabelos escorrendo água pelo rosto enquanto dava um gole na sua bebida.

– AI JENSEN, me molhou toda, DROGA! - Eu o olhei um pouco furiosa.

– Desculpa gatinha, é que você dançando assim sabe?

– Sério Jensen até eu você não perdoa? - Eu falei brincando e rindo e ele se aproximou, senti o cheiro forte de bebida, sim ele deveria estar bêbado.

– Estou afim de você - Ele me olhou e sinceramente não me iludi com isso apenas ri.

– Ah Jensen você nem sabe quem eu sou.

– Claro que sei, você é Sophie Cohen, 15 anos, priminha do Bruce e relacionamento aberto do Noah.

– Cara, você está chapado pega leve - Eu tentei descontrair.

– Eu quero você Sophie.

– Você quer todas Jensen, vamos dançar e parar de falar tá?

Ele não falou mais nada e começou a dançar comigo, sinceramente eu achei que ia ser mais divertido até que a música mudou, agora era um pouco mais lento, não para dançar dois, mas o suficiente para que ele chegasse mais perto e segurasse na minha cintura enquanto dançava comigo, eu certamente surtei com aquilo, imagina um gostoso deus grego daquele me agarrando e dançando comigo? Que pena que aquilo era bom demais pra ser verdade e ainda por cima bêbado, certamente tinha vontade de tirar uma lasquinha daquilo, mas não faria isso, não me prestaria aquele papel. Eu comecei a rir pelas palhaçadas que ele ia falando e eu o perguntei:

– Já pegou quantas hoje?

– Nenhuma, só quero você - Eu ri tão irônica e refiz a pergunta.

– Já beijou quantas?

– 5 - Ele riu pela honestidade dele enquanto me olhava e percebia que seus olhos estavam alterados, ele parecia vesgo e sabia que aquilo era bebida pura falando.

– Cara você não está bem mesmo.

– Quero que você seja a sexta e depois vire a única.

Seria ironia do destino aquilo? Uma grande piada, só ouvia essas coisas de alguém bêbado, aliás só se aproximavam de mim assim e aquela não era a primeira vez em que um cara bonito me agarrava pela cintura e dançava, no final da noite eles queriam a mesma coisa e por cima todos chapados.

– Jensen, venha se sentar um pouco. - Eu insisti

– Não, quero ficar aqui com você - Ele ficou me apertando mais forte um pouco na cintura e sua testa encostou na minha, eu afastei e foi quando ele segurou pela minha nuca um pouco mais forte e eu sussurrei

– Jensen me solta, sério.

– Qual é o seu problema? Eu não sou bom o bastante? Você prefere o Noah? Eu posso te dar muito mais.

– É eu prefiro o Noah, saí. - Eu tentei o empurrar, mas por incrível que pareça ele era mais forte do que eu achei.

– Você me despreza porque?

– Jensen você está bêbado, amanhã a gente conversa tá?

– Não, estou cansado, quero agora.

Eu mal pude responder e foi quando ele me puxou com toda força contra o seu corpo, seus lábios foram nos meus e senti meus cabelos entre seus dedos, eu tentei o empurrar e acho que me deixei, parei de lutar, desisti. Aliás qual garota não se deixaria? Ele era lindo e estava ali me beijando por mais errado e sem gostar que fosse e foi quando eu senti um puxão forte e tudo foi tão rápido que eu vi o Jensen no chão, era o Bruce o olhando enquanto todo mundo ficou parado olhando. Nem eu havia acreditado naquilo. QUE PORRA FOI AQUELA??

– Pronto Noah, ele já saiu de cima dela - Era o Bruce falando alto enquanto depois eu olhei para o Jensen caído no chão com o lábio partido um pouco. Eu o olhei e ele parecia tonto

– Você está bem? - Eu me aproximei do Jensen

– Você é uma aventura Sophie, só trás problemas, gosto disso. - Ele sorriu sínico e foi quando eu vi o Paul ajudando o Jensen a se levantar. Eu olhei para o Noah e aos poucos o pessoal foi voltando para a festa.

– O que aconteceu? Você mandou o Bruce bater no Jensen?

– Não, claro que não. Eu.... PUTA que pariu...

– O que foi? - Eu olhei o Noah e ele parecia um pouco confuso enquanto caminhava, eu o segui e nós nos distanciamos ali da festa ficando um pouco perto de uma rocha. Ele parecia quieto olhando para o mar enquanto tentava assimilar, eu o puxei fazendo-o me olhar.

– FALA NOAH.

– Sophie... eu acho que... tem um incesto?

– Como assim? - Eu o olhei curiosa.

– Eu acho que o Bruce gosta de você. Eu não tinha ligado os pontos, mas agora com esse murro do Jensen foi o crucial.

Não poderia ser o BRUCE? Claro que não... e aquilo deveria ter uma explicação bem plausível.

– Claro que não Noah, cara isso é louco - Eu comecei a rir pela piada sinceramente.

– Eu estou falando sério Sophie. De uns tempos para cá eu percebi Bruce estranho com nossos "selinhos" e até mesmo quando eu te toco.

– Mas mas... ele está com a Priscila, ele é meu primo e não...

– Sim Sophie, até onde eu sei você não é prima dele de sangue e essas coisas podem acontecer. Acredite que até eu estou surpreso, mas hoje as coisas ficaram claras.

– Só porque ele bateu no Jensen? Não justifica você me dizer isso Noah.

– Muito menos justifica você me dizer que não, é uma possibilidade Sophie.

– Eu não sei Noah, eu sinceramente acho que ninguém gosta de mim, Jensen, Bruce... - Quase eu citava o Nathan também.

– Sophie eu vou ser bem sincero. Não ache que você é a pior menina do mundo, que é feia e nada disso. Eu já te disse um milhão de vezes que você é tão linda que isso transcende de dentro para fora, cada dia que passa e eu vou lhe conhecendo eu a acho mais bonita ainda. Eu estou falando isso porque já sabe que viado é sincero não é? Eu sou e não te "Iludiria" não tenho motivo para isso. Esse rostinho seu, eu tenho certeza que muitas queriam ter e fazem muitos meninos quererem ficar com você, hoje foi a prova disso.

O Noah me fez quase chorar, eu sabia que não era linda e também não era feia ao extremo, eu era normal e também não me achava com nada atrativo. Eu sabia que eu era muito insegura em relação a isso e com o tempo fui abrindo mão de pensar sobre mim mesma, não procurava pontos positivos na minha aparência, apenas os negativos e qualquer coisa não era um simples: "eu estou linda", era constantemente "amenizou a feiura". Era normal que eu pensasse assim, afinal sofri a minha vida toda de pessoas que me rejeitavam e meus casos amorosos sempre me desprezavam e terminavam com uma menina linda e magrinha.

Eu sorri e ele me abraçou, assim que nos afastamos ele me olhou e fez um sinal com os olhos, olhei para trás era o Bruce sentado na areia um pouco distante, sozinho enquanto ficava dando vários goles nas bebidas. O Noah se distanciou, sabia que tinha que conversar com o Bruce, pelo menos pra saber que porra tinha sido aquela. Ele estava atrás da rocha do outro lado da praia o que o deixava escondido. Eu caminhei e me sentei ao seu lado, ele estava quieto e permanecemos assim um pouco enquanto eu olhava para o horizonte e a sua voz quebrou o silêncio.

– Veio aqui me perguntar porque bati nele não é?

– Você quer me contar?

Eu o olhei e ele deu mais um gole enquanto me olhou e em seguida virou para frente. O Bruce era lindo, ainda mais sobre a luz daquele luar, seus cabelos estavam grudados sobre a testa, seus olhos ainda era um mistério, eu me estremeci ao lembrar disso. Ele e o Nathan tinham isso em comum, a forma como olhavam em um momento, o mistério e o segredo por trás daquele olhar era idêntico e tudo se encaixava.

– Eu fiz o que eu teria feito com qualquer outra menina, não se sinta especial

Claro que ele tinha que ser grosso, eu ri por isso e peguei outra cerveja que estava perto dele em uma caixa e dei um gole enquanto olhava o horizonte.

– Por que está rindo?

– Porque aprendi que essa sua defesa não adianta comigo mais.

– Eu... tá, você venceu. - Ele se deu por vencido, sua expressão de surpresa aos poucos foi se desaparecendo.

– Eu não quero saber Bruce, quer dizer, eu queria sim, mas é algo que se você quiser me falar é só me dizer. Eu não vou sumir não é?

Eu dei um sorriso e ele concordou com isso, eu fiz menção em levantar e deixá-lo um pouco sozinho e ele segurou no meu braço para que eu ficasse ali.

– Não vai agora

Eu confesso que aquele olhar me fez estremecer por dentro, a forma como ele tocou, me segurou e me olhou, aquele somatório de coisas havia causado uma reação em mim que me fez ficar sem graça apenas dando um sorriso sem jeito e olhando para frente enquanto bebia mais um pouco. Claro Sophie, era essa bebida que estava deixando você ver coisas demais e sentir também.

– Eu fico feliz que agora as coisas em casa voltaram ao normal - Eu tentei puxar o assunto

– Sim, minha mãe está mais aliviada e me contou que você sabia e a convenceu a falar comigo.

Eu o olhei um pouco mais curiosa, não sabia qual seria a sua reação.

– Eu.... Eu... - Falei enquanto tentava arranjar palavras

– Não precisa se desculpar, eu entendo e agradeço por ter feito da forma que fez.

– Desculpa de verdade, eu não queria me intrometer.

– Tudo bem Sophie. E agora o que somos? Primos dos primos dos primos que não são primos?

– Acho que teoricamente não somos nada, na família somos "primos de adoção" e pessoalmente somos amigos?

Ele me olhou e abriu um sorriso diferente, ele estava espontâneo e satisfeito talvez, eu ainda não tinha conseguido identificá-lo e como em toda história algo tem pra atrapalhar aquele momento, eu ouvi a voz irritante que me fez voltar para realidade

– Meu gatinho o que você está fazendo com essa...

– Priscila agora não, estou conversando com a Sophie - Ele foi bem curto e grosso com ela, o Bruce estúpido de sempre.

– Está me trocando por ela Bruce? Venha aqui agora - Ela gritou exigindo e eu estava sem paciência

– Eu vou deixar vocês a sós - Eu sorri e me levantei, não esperei ele falar nada apenas caminhei o mais longe dali voltando para a festa. Muitos estavam dançando e acho que pela hora devia ser de madrugada. Eu olhei ao John com a cabeça no colo da Wendy e me sentei perto dela e sorri.

– Olha só meu casal novo favorito

– Oi Sophie... - Ela falou sem graça.

– Onde estava escondendo ela Soph's? - Ele abriu os olhos me olhando enquanto ela o olhava que nem boba.

– Ela estava o tempo todo a sua vista, você que não percebeu, talvez agora...

– É eu sei, agora não deixo fugir mais - Ele sorriu e suspendeu o seu corpo dando um selinho nela. Sim era um carinho que eu invejava naquele momento, eles eram fofos e em algum momento eu me perguntava se eu poderia ser assim com alguém, mas minha realidade voltava novamente.

– Argh arranjem um quarto

Eu falei enquanto me levantava e ria e foi quando eu olhei o Jensen um pouco mais sóbrio, ele parecia que tinha tomado várias duchas e parado de beber. O Paul e o Noah estavam com eles, eu caminhei e fiquei olhando eles enquanto ouvi o Jensen se aproximar.

– Sophie...Me Desculpa hoje mais cedo... eu estava ...

– Eu sei Jensen, não se preocupe. Eu sei que estava bêbado.

– O beijo a força foi realmente a bebida, mas todo o resto não - Ele me olhou atirado e eu comecei a rir.

– Cara você não tem jeito, nem apanhando perde uma oportunidade?

– Claro que não - Ele riu, eu sabia que dessa vez não era uma maldade da sua parte. Senti seu corpo se aproximar e seus lábios encostarem na minha testa me dando um beijo bem rápido e foi quando eu sorri o olhando.

– Está tudo bem?

Bruce se aproximou olhando para o Jensen um pouco desconfiado enquanto ficava próximo de mim e eu olhei para o Noah, aquilo foi automático. Eu percebi ele e o Paul trocando olhares e risos. PUTA QUE PARIU, o Noah deveria ter falado alguma coisa para o Paul, uma coisa bem absurda mesmo.

– Sim cara, já pedi desculpas para a Sophie, próxima vez eu a deixo me beijar - Ele falou se afastando de mim pela presença do Bruce o que me fez rir daquela cena.

– Eu estou cansado Sophie, está afim de ir agora?

Bruce perguntou me olhando um pouco confuso e talvez mais quieto.

– Eu também estou, vamos.

– Boa noite galera

Bruce falou enquanto cumprimentava os meninos e depois olhou para o Jensen e ambos deram um "abraço" de paz. Homem era assim, tudo se resolvia em um murro e depois estava tudo bem, deveria ser por isso que adorava andar com eles, não tinha aquela frescura de meninas. Eu olhei para o lado e a Wendy e o John haviam sumido.

Eu entrei no carro com o Bruce e seguimos o caminho calados, eu estava cansada cheia de areia nos meus cabelos e sinceramente aquela sexta feira para sábado tinha sido intensa. Assim que ele parou o carro nós entramos em casa e subi logo para o meu quarto apenas dando boa noite para ele e ele fez o mesmo. Eu tomei um banho demorado, meu corpo estava grudento pela areia e a maresia do mar. Saí do banheiro e olhei para o quarto ele estava sentado na minha cama, eu sorri e tentei quebrar o clima

– Pra quem não gostava de falar comigo está virando rotina vim aqui a noite?

Eu falei rindo e ele sorriu enquanto se levantava da minha cama. Ele estava com uma bermuda e uma camiseta e seus cabelos estavam molhados grudados na testa e sinal que tinha tomado um banho também, era que eu demorava muito no banheiro.

– Eu só queria passar aqui pra falar algumas coisas antes de ir dormir.

– O que queria me falar?

Eu o olhei e ele se aproximou de mim, naquele momento eu senti um frio percorrer no meu corpo, eu prendi minha respiração enquanto ele se aproximou, aqueles olhos que agora estavam escuros estavam fixos nos meus, eu não tinha forças para nada, muito menos para me mover, o mais difícil daquilo era que não queria me mexer e nem sair dali, me permitiria e estava sem defesas naquele momento, existem momentos que você deseja apenas isso, se deixar levar. Aquelas correntes elétricas percorriam entre nossos corpos, senti a sua mão encostar na minha como se fosse " sem querer".

– Sophie eu...

O momento era de apreensão eu confesso, eu não sei porque fiquei tão nervosa e senti meu corpo travar e nesse momento eu o olhei, sua expressão era um pouco confusa, seu olhar não estava mais sobre o meu e ele prosseguiu

– Porque o espelho... está.... brilhando?






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Notas finais do capítulo

Eu agradeço mais uma vez a todas e a paciência de vocês. Fiquem com Deus e beijos até o próximo capítulo.