Harry gostava muito de Gina, ela era a mãe de seus três filhos e sua esposa. Mas não era o mesmo sentimento que um dia ele sentiu por outra pessoa. Harry já sentira amor, não só uma peque e passageira paixão, mas amor de verdade, daquele tipo que não da certo e no final tudo o que sobra, são as lembranças, que um dia te fizeram chorar, e seu coração em milhões de pedaços deixados para trás pela pessoa que o tirou do lugar e não se importou de joga-lo no chão repetidas vezes até não ter como concertar. O pior era que Harry não tinha como esquecer tudo o que queria. A pessoa que atirou seu coração no chão era Hermione, sua melhor amiga, esposa do seu melhor amigo e, melhor amiga da sua esposa. Confuso?

Quando Harry percebeu que amava Hermione, os dois e Rony estavam caçando Horcruxes para matar Voldemort, o cara de cobra que estava fazendo do mundo mágico um inferno. Rony teve uma briga com Harry e “desistiu da caça”, mas logo estava de volta. Nesse meio tempo em que o ruivo ficou longe Harry e Hermione tiveram a coragem de admitir o amor que fluía entre os dois.

“Contudo, esse amor não fora suficiente para ela, ela me deixou e se casou com o meu melhor amigo, alegando que não podíamos ficar juntos por causa das outras pessoas.” Pensava Harry.

Ele aprendera a não ter raiva de Rony, afinal ele o amigo não sabia o quanto Harry a amava. Rony e Hermione construíram uma vida juntos, eles tinham dois filhos e pareciam ser felizes. Só pareciam.

Hermione nunca se perdoou por ter o deixado ir, nunca se perdoou por ter aceitado aquele pedido de casamento. Não se arrependia de ter tido seus filhos, Rose e Hugo eram os dois amores dela, mas Harry era o seu amor de verdade, a pessoa que a fazia sentir-se viva.

***

O Três Vassouras ainda era o pub mais popular de Hogsmead, apesar de que o outro pub, Cabeça de Javali, tenha ganhado sua fama depois da guerra. Naquela noite o Três Vassouras estava lotado, e ninguém parecia notar o homem no bar de óculos, cabelos pretos bagunçados e olhos verdes esmeralda, com um raio na testa. Ele bebia de tudo um pouco, tentando esquecer mais uma das várias brigas que teve com Gina.

A porta do pub se abriu mais uma vez, e a mulher que acabara de entrar caminhava para o bar sentando no único lugar que acabara de ficar disponível.

-Um Firewisk, por favor. – ela pediu a atendente. Logo apertando as têmporas. Ela murmurou um obrigada quando a mulher colocou um copo em sua frente.

Os dois ficaram lá horas sentados um do lado do outro, sem nem ao menos notar, bebendo e bebendo e bebendo. Quando Harry finalmente decidiu ir embora, ele virou a cabeça para a esquerda, então ele a viu bem na sua frente, Hermione, sozinha bebendo.

-Hermione? – ela olhou para o lado quando chamaram seu nome.

-Harry. – ela chamou num sussurro. – O que está fazendo aqui?

-Eu e Gina brigamos de novo. E você? – perguntou ele se sentando novamente.

-Rony está um saco. Não quero ir para casa hoje. – ela disse depois de beber mais um gole de Firewisk.

-Nem eu.

-Se vocês quiserem podem alugar um quarto aqui. Mas receio que só tenhamos UM quarto. – disse a mulher enquanto enchia um copo para um freguês que estava impaciente batendo as unhas na madeira do balcão.

-Quanto está o quarto? – Perguntou Harry.

- 20 galeões, uma noite. – Harry pegou o dinheiro e colocou em cima do balcão, a mulher pegou os galeões e entregou uma chave para ele.

-Você vem? – Ele perguntou para Hermione.

-Tudo para ficar longe de casa. – ele respondeu passando na frente dele e subindo as escadas rapidamente.

Eles entraram no quarto, tinha uma cama e uma poltrona. Nada de mais, mas confortável. Harry e Hermione tinham uma forte resistência à bebida.

-Você fica com a cama. – desse Harry se jogando na poltrona.

-Não seja bobo, está frio, você vai congelar ai. Vai dormir na cama. – Harry ia protestar, mas hesitou, ele poderia dormir ao lado dela, sentir seu cheiro e sua pelo. Ele levantou da poltrona e tirou a blusa.

Hermione arfou quando o viu assim, não era a primeira vez, mas fazia tanto tempo. Ela tirou o casaco e a calça que usava, ficando só com a blusa social. Os dois se esqueceram de que eram bruxos e podiam conjurar pijamas, ou transfigurar as roupas para um.  Os dois deitaram na cama, com o frio que fazia os dois se aproximaram para ter mais um pouco de calor. Hermione e Harry se olhavam no solhos, não o tempo todo, pois esses se dirigiam a boca um do outro de tempos em tempos.

Eles se aproximavam inconscientemente, cada vez mais perto... Mais perto e mais perto.  

-Harry... – ele respondeu com seu famoso “Hm” e estão, aconteceu primeiro lento e suave e então mais urgente e intenso. As mãos dos dois corriam por lugares “proibidos”, Harry rolou para cima de Hermione e parou de beija-la.

-Fica comigo pra sempre? – ele perguntou hesitante. Mas ela não deu a resposta que ele esperava.

-Sim.