A Filha De Ares – Segredos... Minha Segunda Vida. escrita por Abby La Rue Salvatore


Capítulo 9
Sonhos ou visões? Preocupações - capítulo nove.




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(Por: Nancy Bobofit.)

Me vi em uma completa escuridão.

– Quem é você? – perguntou um garoto bonito da minha idade que apareceu em minha frente.

– Sou eu quem devo perguntar. Você é que está em minha mente. - respondi um pouco irritada.

– Mas eu vivo assim. Da escuridão das pessoas. Eu perdi o controle dos meus poderes. Não sei onde estou ou o que eu faço. Só sei que apareço na mente das pessoas. Mas eu nunca conversei com uma, mas como consigo conversar com você? Por que não consigo ler sua mente?

– Porque eu tenho que abri-la e eu sou uma Deusa, por isso consegue.

– Você me acha estranho?

– O quê? Não, eu não acho. Só acho estranho essa telepatia entre a gente.

– Meu pai, ele me libertou do tártaro. Só que tem tanto tempo que não uso meu poder que... não consigo controla-lo.

– Esse é o seu pai? – perguntei mostrando a ele a imagem do Deus que me sequestrou de manhã.

– Sim, é ele. O nome dele é Caos, Deus primitivo. Você o viu?

– Ele me sequestrou de manhã. Fiz ele dormi e só vai acorda daqui a um ano e alguns meses. O mandei para o Olimpo.

– Me ajuda.

– Eu te ajudo se você for diferente de seu pai. Caso contrário o mandarei de volta para o tártaro.

– Pode deixar, eu e meu tio, Eros, somos do bem, igual minha irmã, a deusa Nyx.

– Então, tudo bem. Mas jura isso pelo Rio Estige?

– Juro. – quando ele jurou senti como se tivesse um terremoto acontecendo junto com trovoadas.

– Eu te ajudo então. Mas tem que me ajudar, eu não conseguirei te achar se você não ficar no mesmo local.

– Eu não controlo o meu corpo.

– Então sempre que estiver perto de mim tente se concentrar em minha mente e tenta conversar comigo igual como estamos fazendo agora, só que sem me deixar inconsciente.

– Tudo bem, mas me ajuda. Rápido...

E tudo começou a se mover e ele desapareceu.

– Érebus! – gritei, mas não adianta, estou acordada e gritei para as pessoas a minha volta e não para o garoto.

Todos me olhavam, eu ainda estava na colina com Apolo, só que estou deitada e minha cabeça em seu colo.

– Ei, o que aconteceu? – perguntei.

– Quem é Érebus? O que aconteceu com você em sua mente? Com quem estava conversando?

– Não é hora para o seu ciúme. Me ajude a levantar. Tenho quer ir para o meu chalé.

– Nancy! Você não percebe o que estou te dizendo? Você está inconsciente há trinta minutos. Suava pior do que tudo. Quero saber o que aconteceu.

– Me deixa. – disse tentando me levantar.

Estou mais tonta que barata exposta ao Sol. Assoviei e meu pegasu não demorou a aparecer. Montei nele e pedi para ele me deixar no meu chalé. Ele me levou e eu peguei minha bolsa e o meu tablet. Pedi pra ele me deixar no pavilhão e sentei em uma mesa. Não que eu queira parecer patricinha ou coisa do tipo com o pegasu me levando aonde eu quiser, mas é que estou tão fraca que acho impossível andar. Pedi à ninfa para que me traze-se algo para eu comer e ela me trouxe uma salada de frutas. Foi o bastante para eu conseguir ficar cheia e voltar as minhas forças. Continuei sentada pensando. Bem, levou mais ou menos uma hora e trinta minutos desde que cheguei aqui então deve ser uma hora e trinta minutos da tarde. Sai do pavilhão e vi meu pegasu me esperando.

– Me desculpa esqueci-me de liberar você. Quer alguma coisa? Tenho uma maçã na minha bolsa. – peguei a maçã e o dei. – me desculpa, é que meu dia está péssimo. – ele comeu toda a maçã e relinchou.

– Tudo bem. Como você mal me chama acaba sobrando tempo e você fica sumindo, nem consigo te ver direito. Você também não quer que eu fique perto para não estragar o disfarce... – disse meu pegasu por telepatia.

Legal, falo com cavalos! Mas, eu até gosto. Já tem tempo que me acostumei com isso. E Scott (é o nome do pegasu) é muito legal, um ótimo amigo.

– Mas já estragaram mesmo. Me leva de volta à colina? - perguntei.

Sim, sobe ai. Já estava até com saudade de levar você a qualquer lugar!

– Você é demais! – montei nele e ele começou a andar. – Sabe, eu fiquei com saudade das missões em que voávamos rapidamente e fazíamos todos os tipos estranhos de brincadeira.

Já estávamos chegando e alguns dirigiam seus olhares a mim.

– É, eu também sinto falta, mas depois podemos fazer isso. Sei que tem que resolver muitas coisas antes.

– Verdade, não sei nem por onde começo. E tem outra coisa que me deixou abalada.

– E o que é?

– Tenho que ajudar uma pessoa, mas não sei como. Ele é o Deus da Escuridão e saiu do tártaro. Prometi ajuda-lo, mas ele não sabe onde está e nem eu, ele não controla seus poderes e vive na escuridão das pessoas. O corpo dele se move sozinho. Ele não viu esse mundo, só as mentes das pessoas. Ele não para quieto. Não sei como posso ajudar desse jeito. – disse passando a mão em seus pelos.

– Eu não sou o melhor nesses tipos de situações, mas se eu fosse você chamaria todos e faria o desenho de como ele é pra ajuda-la. Você viu o rosto dele, certo?

– Não me lembro, prestei tanta atenção em suas palavras e era difícil ver ele direito. Estava tudo escuro e eu estava falando com ele por telepatia. Eu estava inconsciente quando conversei com ele, era como um sonho.

– É, pelo visto a situação não está nada bem.

– Nem um pouco. Sem contar que o pai dele me sequestrou de manhã. Pode me deixar aqui.

– Tudo bem. Qualquer coisa é só me chamar. Ficarei seguindo seu rastro para ficar perto de você. Se cuida.

– Se quiser pode ficar nos estábulos. Lá é legal, tem vários pegasus lá. Se cuida também. Até depois.

– Até. – e eu desci de suas costas.

– Obrigada.

– De nada. Pode contar comigo para qualquer coisa. – e ele saiu correndo e voou até desaparecer de minha vista.

Corri até Apolo e o abracei com força. Quíron estava na sua frente, os dois estavam conversando, mas eu não dei à mínima. Comecei a chorar e ele passava a mão direita em meu cabelo e a mão esquerda ele segurava com força a minha cintura.

– Ei, calma, meu amor. Quer um copo de água? – perguntou e eu neguei com a cabeça. – Quer brincar? Nunca é tarde pra isso. – ele começou a fazer cócegas em mim e beijar meu pescoço.

Ele mordiscou o lóbulo de minha orelha e me deu um chupão no pescoço me fazendo estremecer. Eu estava rindo das cócegas que ele fazia em minha, mas ele está querendo demais em fazer coisas que não deve ser feitas em público.

– Seu idiota! Não faz isso aqui! – disse tampando a boca dele com a minha mão, só que o tonto pegou minhas duas mãos e começou a me beijar.

Foi um longo e enroscado beijo, em que nenhum de nós dois tinha pressa em terminar. Ele explorava minha boca e eu a dele. Quíron achou de fingir uma tosse para que nós nos separássemos, mas eu iria me separar por falta de fôlego mesmo.

– Sabe, queria que fosse menos pervertido. Se isso parar na revista de fofocas metade de minha carreira vai para o brejo, sem contar que você me faz ter vergonha por nós dois. – disse apertando a mão dele.

– Pelo menos consegui te fazer voltar ao normal.

– Sem graça.

– Ei, Nancy! – disse Hades caminhando em minha direção. – Me chamou pra quê?

– Para dizer que você está frito! Tira essa roupa!

– O quê? E eu ficarei pelado? Você está ficando tempo de mais com Apolo.

– Você sabe o que eu quis dizer. Coloca a sua outra roupa.

– Qual?

– O vestido.

– Eu não sou mulher! – ele fez cara de ofendido.

– Quando você pretendia me contar? – perguntei e ele começou a suar frio. – Eu já te dei um, mas quantos fugiram?

– Do que está falando? – perguntou como se eu fosse burra.

– Eu não sou burra, tio! Quantos fugiram?

– Três.

– Caos, Érebus e quem é o terceiro?

– Eros. - respondeu ele de cabeça baixa.

– Deus Aprimorado. Não tente encostar um dedo nele. Ele é o meu protegido. Principalmente Érebus. - ordenei.

– Eles fugiram do tártaro!

– O que eu disse é uma ordem, então obedeça.

– Posso saber pelo menos o porquê?

– Quando eu descobrir, eu falo. Mas eles são bons e precisam de ajuda, principalmente Érebus. – disse e me virei para Apolo. - Amor, chama Hécate pra mim?

– Por quê?

– Preciso dela pra uma magia que eu tenho dificuldades. Não, deixa pra lá. Não irá adiantar sem alguma coisa que possa liga-lo. Puta merda! – disse e peguei meu celular da bolsa.

Disquei para a minha terapeuta.

– Oi, desejo falar com a doutora Amélia Fernandes.

– Eu mesma.

– Posso marcar uma consulta para amanhã?

– Desculpa, mas não tem vaga.

– Por favor, é urgente e você é a única que eu confio.

– Quem é?

– Sou eu, Nancy Bobofit.

– Há, Nancy, querida. Como vai?

– Mal, preciso fazer uma sessão, mas é a de choque.

– É tão grave assim?

– É sim. Preciso urgentemente lembrar do rosto de um Deus. Ele precisa da minha ajuda, mas eu não tenho como ajudar ele. Só tenho a lembrança do rosto dele, só que estou com dificuldades de lembrar... Deu para entender, né?

– Sim, mas só tenho para depois de amanhã. Todas são de urgência.

– Puts. Tem como ser hoje?

– Infelizmente não. Vou trabalhar até o começo da madrugada, só terei quatro horas para descansar e estou muito cansada. Estou a mais de vinte e sete horas trabalhando e o que está me mantendo acordada é o enorme copo de café.

– Entendo, então me passa por sms o horário, ok?

– Ok. Até depois.

– Até.

E desliguei o telefone.

– Seja útil e diz que adiantou um lado explicando para o pessoal o que ocorreu.

– Fiz isso enquando estava comendo.

– Está bem, milady? – perguntou Quíron.

– Você comeu, amor? Está pálida novamente. – perguntou Apolo olhando em meus olhos.

– Eu comi bastante. Uma ninfa me ser...- e a inconsciência me dominou novamente.

Estava de novo na escuridão.

– Érebus? – chamei.

– Querida, se for para eu ser confundida, então eu vou embora.

– Cassandra? O quê quer me mostrar?

– Bem, não irei mostrar nada, mas falarei. Quero que obedeça o que eu disser. É de umas de minha visões, mas não a mostrarei. Quero conversar. Poxa, aqui é tão solitário. E eu gosto de conversar, vai, me faça esse favor?

– Tudo bem, mas fala rápido. Quando isso acontece me dá vontade de vomitar!

– Que nojo! Ok. Você terá que mandar Clarisse, Percy e Annabeth para ir para sua casa com você, mas creio que você já sabia que levaria algumas pessoas para a sua casa, certo?

– Certo, mas Annabeth? Não pode ser outra pessoa?

– Não, vai ficar melhor desse jeito e além do mais sei que você vai fazer umas crueldades e isso vai ficar hilário! – ela começou a gargalhar.

– Às vezes você me dá medo.

– Verdade, às vezes eu me assusto comigo mesma. – disse ela de forma pensativa como se estivesse contando quantas vezes se assustou com ela mesma.

– Isso é tudo?

– Por enquanto, sim!

– Mas, espere, por que está escondendo algo de mim?

– Eu não estou escondendo nada, só não queria ter que te mostrar a visão e ocorrer tudo rapidamente. Queria só conversar.

– Está mentindo. Tem algo na sua visão que não quer que eu saiba. Algo que se refere à profecia.

– Nada disso! Tchau, o tempo acabou e eu conversei de mais, tchau.

E tudo começou a tremer.

– Te matarei! – disse a toa e, pelo visto, acordada.

– Ei, o que aconteceu? É ele de novo? – perguntou Apolo.

– Não, é apenas uma puta que está de brincadeira comigo. – disse nervosa.

– Calma, amor. Quem é essa puta?

– Você conhece ela muito bem, amaldiçoou ela só porque ela não quis ir para cama com você.

– Cassandra?

– E ainda pergunta?

– O que ela queria?

– Zoar com minha cara. E se você não responder corretamente a minha pergunta e fazer o que pedirei, vai dormi no sofá.

– A coisa é tão seria assim?

– Se você não quiser dormir no sofá... Pode, por favor, me contar a profecia inteira?

– Por que quer saber?

– Por que Cassandra está escondendo a visão da profecia de mim.

– Não, não posso contar.

– Posso saber o porquê?

– Melhor não.

– Vai dormi no sofá, mas se eu fosse você nem colocaria a cara lá em casa. Posso dar uma desculpa qualquer a Bruna do por quê você não foi pra casa. – dei uma pausa e continuei. – Clarisse, Percy e, infelizmente, Annabeth vocês terão que ir para casa comigo. Preparem as coisa básicas que irão levar. Enquanto isso farei umas ligações, mas antes vou dar uma passadinha no banheiro.


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