Estou notavelmente inquieta arrumo sempre disposição para ir á sala do Mestre sempre que preciso, mas nada do Albafica eu não estou bem; será que ele está em outra missão? Ou apenas se recolheu a condição de solitário? Ouvir dizer que ele luta sozinho, sempre esteve sozinho.

Como esperado o Santuário entra em alerta o pior está para acontecer, as pessoas não falam em outra coisa se não a Guerra Santa o espirito do Imperado Hades despertou por completo. Os cavaleiros de ouro tem o dever e honra de lutar por sua Deusa Atena. E como cavaleiro de ouro o Mestre Albafica também estará lá...

Eu não quero perde–lo, pensa Agathia acordando de seus pensamentos.

Pouco antes do sol se por digo ao meus pais que vou levar um buque de Crisântemo, flor da esperança, eles concordam, talvez fosse uma boa ideia. Mesmo estando preocupada essa não é minha intenção.

Passo pelo corredor estreito de cada casa do zodíaco quebro todas as regras correndo risco, vou diretamente à área de circulação dos cavaleiros até chegar à casa de Peixes, me atrevo a entrar as advertências nesse momento não me fazem querer fraquejar apenas quero ver meu amado.

O silencio é intenso da pra ouvir o som da minha respiração incomodando constantemente meus ouvidos e os toques da minha sandália de couro começa quebrando o silencio ao bater no chão.                     

Aqui é tudo muito lindo há belas estatuas na frente de um portão que deve levar a área habitável de sua casa, há rosas por toda parte e no ar aquele doce aroma avanço até a outra extremidade e o vejo. Está sentado em um roseiral cuidando de suas rosas que já estão murchando e algumas até mortas. Fico encantada com sua dedicação e delicadeza.

Albafica já havia percebido a presença da pequena garota há muito tempo está curioso, apenas observa-a ele pode senti os olhos verdes da moça pousar nele... Ela parece... Parece deseja-lo?

Esse lugar é muito belo, mas também aqui está à solidão de está no mundo, de ter nascido só e morrer só é umas das lições desta casa é muito triste imaginar uma vida assim.

Sem se erguer sem nenhum movimento como também não aparenta está surpreso por me ver aqui, seus olhos pousam em mim por alguns segundos e logo pergunta:

– O que fazes aqui? – quando Albafica percebe que Agathia sempre carrega sua rosa consigo.

Eu não sei o que responder eu não tenho uma resposta para isso, ele se vira, agora, está de frente pra mim, eu posso vê- lo perfeitamente. Ele não está de armadura, está sem camisa onde posso ver seu peitoral claro á mostra, usa também uma calça justa em seu corpo como é de costume em nossa época e para completar aqueles cabelos azuis se movendo com o vento enquanto eu o observo ele espera por uma resposta que ainda não veio, Albafica se aproxima de mim, mas com certa distancia, eu não paro de observa atentamente seu corpo, perco toda a consciência. Achando estranho minha falta de reação ele começa a me olhar seriamente. Não consigo conter tamanha emoção na verdade eu não costumo ser assim, mas já é a segunda vez que me sinto assim, encorajada, o Senhor Albafica, mexe comigo. Avanço bruscamente e lhe dou um abraço encostando minha cabeça em seu peito, ele está distraído me olhando e não teve tempo de se repelir. Passaram-se alguns segundos para que ele tivesse a tarefa de me tirar dali, aprisionei minha mão na sua como se minha vida necessitasse daquele gesto, mas na verdade está mesmo, minha alma estava se contorcendo de desejo por aquilo, luto para continuar ali, mas com sua força superior me afasta rapidamente com grande impulso fazendo-me cair com as mãos para o chão e as pernas um pouco dobradas e abertas.

– Você está louca? Eu já não te disse para ficar longe de mim? – Albafica está furioso.

Ajoelhada, ergo meu rosto e com a voz tremula eu não consigo evitar:

– Eu não podia mais passar um dia sem vê-lo eu precisava disso eu gosto você! Eu sei sobre a Guerra Santa eu não quero perde-lo... Senhor Albafica! – digo desesperada.

Ele se sente diferente, seu corpo gela e paralisa ao mesmo tempo, sua expressão de raiva se vai, agora está em estado de choque.

– Você não sabe o que está dizendo, Agathia – responde friamente.

Permanecendo na mesma posição, deixo meus cabelos castanhos cobrir meu rosto para esconder minhas lágrimas.

– Eu o amo, o Senhor acha isso um absurdo? Todo esse veneno o faz desumano? - ergo o rosto novamente, soluço de tanto chorar isso não é o que eu quero ouvir. – O Senhor não tem sentimentos? Não sabe como é amar, desejar alguém?

Com tanta rapidez a pronunciar as palavras lhe falta o ar e Agathia cai no choro.

Albafica está pasmo, observando tudo com os olhos arregalados, demonstra está irritado, não entende nada. Será que seu coração é apenas veneno?

– Levante-se Agathia – ordena.

Para minha surpresa já é a segunda vez em que ele me chama pelo nome.

– C-Como o Senhor sabe meu nome? – pergunto curiosa.

– Apenas levante-se – responde sem dar explicações.

Ainda soluçando baixinho Agathia está tremula.

Levanto desajeitadamente apenas dirijo meus olhos verdes escuros para Albafica que é muito maior que eu.

– Não sou insensível a suas palavras, mas tudo isso é uma ilusão, não é possível você é jovem e tem uma vida toda pela frente então tudo isso irá se desfazer – o Pisciano está confuso, pois já faz alguns dias que sentia ''coisas'' estranhas.

– Troco uma vida longa por alguns minutos ao seu lado e assim poder toca- lo, uma vez, apenas uma vez, eu irei ficar verdadeiramente feliz – insisto.

Em total silencio da pra sentir a tensão no ar.

– Eu não me importo com o que irá acontecer eu apenas quero ficar um pouquinho ao seu lado – preciso convence-lo.

Aproximei-me o que o fez se afastar ainda mais de mim. O que o fez pensar:

'' Destino desgraçado, porque me condenas a viver sozinho nesse mundo com esse maldito sangue oxido por meu corpo? O que eu tenho que perde para poder por apenas alguns instantes vive como uma pessoa normal? ''

– Não posso imaginar uma vida tão solitária sem abraçar ninguém sem poder deixar alguém te abraçar! – digo desapontada.

Ele permanece parado sem nada a dizer.

Estendo minha pequena mão em direção ao seu peitoral e quando o toco é algo mágico.

Albafica pôde se sentir vivo pela primeira vez ele se arrepia levemente, pois nunca teria sentido isso antes.

Ele não para de me olhar o quanto minhas intenções são as mais puras e verdadeiras agora estou segura.

Mas ele não pode parar de pensar o mal que pode causar a pequena garota frágil e inocente, é apenas uma jovem que não sabe o que está fazendo, mas aquela sensação é boa demais. Albafica não sabe lidar com aquilo, pensa que é um cavaleiro para ser usado como arma e não para ter uma vida normal, apenas não sabe o que fazer.

Aquele contato não teve nenhuma consequência mortal, não pode acontecer contato sanguíneo ele não a quer morta em seus braços, mesmo assim ele não entende como ela conseguiu passar pelas rosas demoníacas ou sentir sua fragrância.

Aproximo um pouco mais agora minha cabeça está em seu peito o lugar onde eu amei estar.

O fato de ser um cavaleiro de ouro não o impede de ter uma vida ao lado dessa pequena aldeã que o fez sentir algo que não sentia ha muito tempo, o amor, porque um dos cavaleiros havia se casado e teve um filho, mas ele sabe que o problema é ser quem ele é. Um ser onde o veneno corre em suas veias onde sua vida é trazer a morte. Que destino infeliz!

– Pare com isso. – diz tentando me parar. - mas logo subo minha mão suavemente até seu pescoço.

Isso faz com que Albafica perca o controle e ao ver o rosto da jovem corado ele não consegue suporta aquele lindo rosto admirando-o, não pode resistir ao ver aqueles olhos verdes escuros fervendo de tanto amor, sem hesitar coloca seus braços sobre a garota acaricia sua nuca o que faz Agathia gemer baixinho ele sente seus extintos, logo suas mãos deslocaram de sua nunca para sua cintura e a beija. Ele precisa sentir o sabor, o gosto dos lábios daquela bela jovem que tanto o ama que tem tamanha devoção, aquele ato intimo foi à faísca para desperta o sentimento no casal que agora estão apaixonados demais para pensar em sua situação, Albafica coloca a jovem em seus braços e some com ela na casa de peixes. Ele tem plena consciência de que Agathia é bem mais nova que ele, mas existe idade para gostar de alguém?

Ele fala dos riscos a pequena moça o cuidado que devem ter com os contatos que tem que ser todos superficiais. Sua vida parece menos infeliz, ele sente que seu coração não é apenas veneno.