Vida De Adolescente escrita por Vitória Jackson


Capítulo 9
We Own The Night.


Notas iniciais do capítulo

Gente, foi mal, eu sei que eu sumi, tipo, pluft, cadê?! Mas eu estou de volta! E com um capitulo enorme... Espero que gostem! E eu não sei se ficou bom, pois eu simplesmente fiz nessa madrugada... Então por favor, comentem falando sobre o que acharam! E tipo, fiz esse capitulo como se explicasse como os personagens principais acordaram...
- Não acredito que você me fez acordar do lado do energúmeno Jackson!
- Calma, Annabeth! E cala a boca, eu sei que você adorou!
- Te fode!
- Cai fora!
Pronto pessoal, já empurrei ele da cadeira. Mas então, fiquem com o próximo capitulo!!!!



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Pov’s Annabeth:

Acordei no quarto de um estranho, com a roupa de um estranho e do lado de um estranho. Suprimi um grito agudo quando notei que o tal “estranho” se tratava do “estranho Percy”, sei que não fazia a menor diferença, pois o Percy era um total estranho, se é que me entendem.

Empurrei Percy da cama e este caiu de cara no chão. Olhei para o travesseiro que ele estava dormindo e vi uma possa de baba.

   — Que droga, Annabeth! — resmungou ele.

   — Que droga digo eu! — gritei com o idiota — como ousa me trazer aqui?

   — Você estava caindo de bêbada — Percy estava em pé esfregando a cara — preferia ser levada para casa por eu ou por outra pessoa que tem mais a probabilidade de ser um ninfomaníaco?

   — Sei lá, as duas opções são realmente uma droga.

   — Qual é Annie? Você não vai me agradecer por te salvar de ninfomaníacos? — debochou indo ao banheiro.

   — Que intimidade é essa para me chamar de Annie? — perguntei já estressada. Me levantei da cama e procurei minhas roupas — em que raios de lugar você meteu minhas roupas?

   — Aqueles trapos? — ele apontou para minhas antigas roupas, que se eu não conhecesse tão bem, acharia que se tratava de panos de chão.

   — Idiota! — falei pegando minhas roupas do chão — e uma coisa... a gente transou? Por que se a gente transou, isso seria uma coisa decepcionante.

   — Não faço sexo com pessoas bêbadas, Annabeth. — ele respondeu, ele saiu do banheiro e se encostou à porta do banheiro e ficou me olhando.

   — Vou embora! — com minhas coisas na mão me dirigi à porta, mas antes de sair do quarto falei: — E a proposito, você baba enquanto dorme!

Fechei a porta e sai correndo. Um homem alto estava na cozinha e quando me viu correndo, parou um centímetro de distancia uma torrada da boca e ficou me olhando. Fiquei um tanto envergonhada e disse:

   — Desculpe.

Mas mesmo me desculpando continuei a correr.

Quando saí da casa do Jackson, encontrei um taxi e entrei. Após algumas horas no taxi, chegamos na frente da casa de Luke.

Procurei na minha bolsa dinheiro e lembrei de que não havia colocado dinheiro.

   — Puta merda!

   — Senhorita, deu 30 dolares — o taxista insistiu.

   — Calma. Cara, vou ver lá em casa — saí do taxi — não sai daí...

   — Não vou a lugar algum sem minha grana.

Girei a maçaneta da casa de Luke e claro, com a minha má sorte a merda da porta estava fechada. Toquei a campainha algumas vezes e ninguém atendeu. Ninguém em casa, e agora? Pensei.

Pensei em correr também, mas o taxista saberia onde eu moro, e eu além de ser perseguida por policiais, teria  uma ficha criminal!

Voltei para o taxi.

   — Cadê os meus 30 dolares? — perguntou rabugento.

   — Desculpe, estou sem grana e meus tios não estão em casa. — falei um pouco constrangida.

   — Se não me pagar o que deve, vou chamar a policia! — ameaçou-me.

   — Por favor, policia não. Eu faço tudo, mas não chame a policia — implorei.

   — Tudo é? Hmmmmm... — ele me olhava com uma cara maliciosa — Mostre os peitos.

   — O que?

   — É uma forma de pagar o que deve, e pode acreditar isso sempre acontece.

   — A-B-S-U-R-D-O! — gritei ofendida.

   — Então o jeito é chamar a policia — ele falou pegando o celular.

   — Um peito só, e não se fala mais nisso.

Depois de sair dessa situação constrangedora, fui até a porta tentar abrir e nada. Me escorei na porta e sentei. Minha cabeça estava latejando.

Olhei para a minhas roupas e sorri um pouco. Do que você está sorrindo, hein Annabeth ?, pensei, ele podia muito bem ter se aproveitado de você...

Desmanchei o sorriso e fiquei escorada na porta.

Mesmo sem perceber, caí no sono. Acordei com um holofote virado na minha direção. Consegui abrir meus olhos lentamente, e notei que o tal holofote se tratava do sol. Maldito sol.

Me levantei e nada de Luke.

Minha bexiga estava cheia, e a vontade de fazer xixi só aumentava. Olhei para o lado e vi uma senhora aguando o jardim e o som da água estava fazendo com que minha bexiga estourasse...

Já chega, não aguento mais.

Corri para a parte de trás da casa, que estranhamente não conhecia. Desde as semanas que passara ali, não lembrava de nada, não lembrava daquela escada ou daquela arvore. Bati com a mão na testa, você deve estar ficando louca, Annabeth. Pensei comigo mesma.

Consegui correr o mais rápido possível e fui para de trás de uma árvore, que provavelmente era uma macieira. O barulho do jato d’agua da vizinha ficava cada vez mais alto. Me agachei, levantei a blusa do Percy que estava comigo com a mão direita e com a esquerda, abaixei a calcinha.

shiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii shiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii shiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii...

Parecia que não tinha fim. Notei que a vizinha estava me olhando, quando ela gritou algo como “Vou chamar a policia” . Ela saiu de casa com um telefone na mão direita e bastão de beisebol na esquerda.

Olhei para baixo e o xixi não parava de sair.

Droga!

   — Alô? — gritou a vizinha louca — é a policia? Sim. É claro que sei, mas é uma emergência, é claro. Tem uma adolescente mijando no jardim da família O’ Sullivam...

O QUE? Familia O’Sullivam? Não era para ser Familia Castellan? Tem algo errado aqui.

   — ... Vem rápido! — terminou a velha louca e dentro de alguns segundos desligou  celular.

Eu já podia escutar a sirene do carro da policia. Mas cada vez eu ficava mais nervosa e não conseguia parar de fazer xixi. Desse jeito iria ficar desidratada, metade da água do meu corpo estava se esvaindo, durante esses 20 minutos.

Escutei um estrondo e me assustei quando vi um cara alto, moreno, com óculos de sol estilo aviador e com uma roupa de policia, vindo em minha direção.

Me levantei em um pulo, ajeitei minha calcinha e comecei a correr. Percebi que o guarda havia começado a correr também. Mas ele estava bastante distante, não havia como ele me pegar, eu já estava quase despistando ele. Mas ai apareceu um maldito jarro de flores. Quase tinha conseguido não tropeçar no jarro, mas meu pé virou, então não deu. Dei quase um mortal para frente e caí de cara no chão.

   — Merda de jarro...

Enquanto praguejava, não havia percebido que o policial estava do meu lado.

   — Agora, você mocinha está bastante encrencada! — ele falou como se eu fosse uma criança de 9 anos e tivesse roubado um banco.

POV’s Luke:

A algumas horas atrás eu tinha acordado em um banco debaixo de um viaduto. Como chegara lá? Só Deus sabia. Desde que acordei, lembrei-me de algumas coisas que acontecera ontem, como ter ficado com algumas garotas. E essa porra de viaduto era longe da minha casa, acho que estava do outro lado da Califórnia!

Vi um monte de taxis, devo ter dinheiro em algum lugar aqui. Enfiei a mão no bolso a procura de dinheiro. Droga. Nada de dinheiro. Tenho de me lembrar de que na próxima vez em que eu for a uma festa, e para me prevenir de ficar perdido em algum canto da Califórnia, levar dinheiro.

Agora eu estava parecendo um mendigo, morrendo de fome, sem dinheiro e provavelmente com um bafo de derrubar um leão. Que diabos de lugar eu deixei meu carro?

Ah tive uma ideia! Vou ligar para a Thalia!

Peguei celular do bolso da calça, a bateria estava em 27%. Rezei mentalmente para que a bateria durasse até eu sair daquele lugar. Mas tinha um problema maior do que a bateria, a merda estava sem sinal! Que maldito lugar é esse que não pega nem celular?

Vi um bar, onde havia 3 velhos gorduchos bebendo, em uma das mesas que continha um velho gorducho havia 3 burritos. 3 B-U-R-R-I-T-O-S ! E eu estava morrendo de fome.

Andei até aquele bar, fui para perto do gorducho dos burritos, que tinha uma verruga enorme no meio da testa, bochechas enormes, cabelos preto oleosos, olhos escuros e profundos, ele usava um macacão rasgado e sujo de algo que juguei por ser graxa. Assim que cheguei o mais próximo possível dele, falei:

   — Aquela ali é sua mulher? Nossa, ela parece um homem! — falei apontando para a direção oposta de onde ele estava olhando. Torci mentalmente para que ele caísse nessa velha piada.

E o babaca caiu na piada como uma pedra. Quando ele olhou para trás, não perdi tempo e ataquei o burrito dele e antes de eu correr, escutei ele deixar escapar algo como “ooh” assim que se deu conta de que fora enganado, aí eu corri. Atrás de mim pude escutar o gordo bochechudo gritando coisas como “peguem o ladrão!”, “ele roubou o meu burrito!”, “vou chamar a policia!”.

Corri o mais longe que deu daquele bar e tive que parar por que meus pulmões estavam gritando e loucos por ar. Alonguei-me a procura de oxigênio. Olhei ao redor e vi que no meu lado esquerdo havia uma... Como se chama mesmo aquele canto onde se cria porco? Curral? Não, isso é para vacas. Pocilga? Sim, pocilga, era isso! Continuando, havia uma pocilga do na minha esquerda e no meu direito havia um posto de gasolina, na minha frente e na atrás de mim só havia estradas. Olhei para o posto de gasolina com mais atenção. Ótimo! Lá deve haver algum telefone! Pensei com entusiasmo.

Caminhei para o posto, e avistei um cara encostado em uma parede lendo algum livro. Fui até ele e perguntei:

   — Iai cara! Tudo bem? Queria saber se aqui tem algum telefone, tipo, para que eu possa ligar...

   — Háa, aposto que ocê num é daqui, é da cidade num é? — perguntou ele, e notei que ele não tinha metade dos dentes.

   — Bom, é... Eu sou de Los Angelis... Mas então chapa, tem um telefone...

   — Hááá! Sabia, ocês tem um sotaque engraçado! — zombou ele.

   — É, mas então, sobre o tele...

   — Ocê nunca vem aqui, num é? Nunca ouvi ou vi ocê! Ocê sabia que essa cidade tem 60 anos...

Ai ele começou a contar a história da cidade. Até quando eu o intervi e perguntei onde era que ficava o telefone.

   — Aquela tranqueira ali, moço? Tem certeza? Ninguem usa aquele bicho há anos — ele apontou para um telefone velho e enferrujado que estava preso na parede.

   — Obrigado.

Antes que eu fosse até o telefone, o carinha segurou o meu braço e estendeu um pacote cheio de moedas que pelo formato, julguei que era para o telefone. Peguei uma e seguir para o telefone.

Depois de um tempo, muito tempo, Thalia atendeu ao telefone.

   — Alô? Thalia? Ei Thalia?

   — Quem é? — ela perguntou.

   — Thalia, sou eu, Luke...

   — Como você me liga a essa hora, Luke? São 11:39 da manhã! — ela gritou.

   — Qual é, Thalia?! Estou precisando de você, estou preso em uma cidade bem longe de Los...

   — Me ligue daqui a 3 horas, ai quem sabe eu te ajudo.

   — Thalia! 

Não adiantava mais, Thalia já havia desligado o celular.

    — Droga!

Chutei um portão para descontar a minha raiva. Escutei uma sirene, mas não dei a mínima, voltei a pensar quem seria a próxima pessoa a ligar, ainda me restava 5 fixas.

   — Xerife, tá ali! Pegue aquele ladrão de burritos!

Olhei para trás e vi uma caminhote enferrujada e caindo aos pedaços, vindo em minha direção, só deu tempo de correr.

Corri para o outro lado da rua, onde havia a pocilga. É o jeito. Fui correndo entre os porcos, a caminhote não havia me seguido, Graças a Deus. Comecei a fazer a dancinha da vitória, não é todo dia que isso acontece, não é mesmo?! Me sentei em um canto onde era mais limpo.

Os porcos começaram a meio que gritar, me assustei e em um gesto rápido me levantei, e sem querer pisei em uma parte lisa por causa da lama e escorreguei e caí de cara na lama. Bosta.

Senti uma mão segurando minha nuca e outra as minhas mãos.

   — Tá preso, filho. — escutei uma voz áspera de homem.

Levantei-me e vi em minha frente, um homem alto, careca, moreno, com roupa daqueles xerifes de filmes.

O cara me algemou, o que eu achei desnecessário.

   — Vamos, você ainda a de pegar 2 burritos ao sr Lannister.

   — Foi mal senhor Xerife, mas eu estou sem grana — tentei avisa-lo.

   — Então vai ter de ficar preso — ele falou me dirigindo a caminhonete.

Assim que fui abrir a porta traseira, o xerife colocou a mão.

   — Você vai sujar os bancos de couro do minha caminhonete, você vai lá trás — disse ele apontando para a caçamba.

   — Você está brincando, né? — perguntei e rindo da piada.

   — Não. — respondeu o xerife.

   — Qual é?! Eu não vou ali...

A ida até a casa do gorducho que eu roubei os burritos, não foi longa, mas aquela caçamba estava me torrando. Peguei o comunicador que estava apitando e falei:

   — Cambio escuta.

   — Você, tem que pagar ou vai para a prisão.

   — Xerife, como eu disse antes eu tô sem...

   — Sem dinheiro — falou com uma péssima imitação de minha voz — Estou nem aí para isso, dê o jeito.

Filho da puta.

   — Então xerife, por que não me deixa na minha casa, e ai quando eu chegar lá, eu lhe dou um grana e mais a do burrito? — perguntei pelo comunicador.

   — Pode ser. Cambio desliga.

Pov Thalia.

Acordei com o pé cheio de bagulho, e com o telefone tocando. Droga. Estiquei meu braço até a mesinha do lado da cama e peguei meu celular.

— Alô? Thalia? Ei Thalia? — alguém falou.

   — Quem é? — perguntei mal morada

   — Thalia, sou eu, Luke... — respondeu.

   — Como você me liga a essa hora, Luke? São 11:39 da manhã! — gritei com o idiota.

   — Qual é Thalia?! Estou precisando de você, estou preso em uma cidade bem longe de Los... — ele estava implorando até que o interromper

   — Me ligue daqui a 3 horas, ai quem sabe eu te ajudo. — assim que falei isso, desliguei.

Voltei a fechar os olhos, mas o sono já tinha me fugido. Só fiquei deitada ali, mas quando eu já estava conseguindo dormi, alguém abriu a porta do meu quarto e disse:

   — Thalia! Acorde! E vá acordar o seu irmão também — escutei a voz estrondosa de meu pai escorrer por todo o quarto — Eu e Hera, nós temos uma viajem de negócios, esqueceu?

   — Qual foi?! Ninguém pode dormir em paz nessa casa? — falei com raiva — E aproposito, a onde vai ser a viajem?

   — África.

   — Boa sorte — falei enquanto me levantava.

Ele fechou à porta, me dando a privacidade de fazer minha higienização matinal.

Assim que terminei de me arrumar, fui ao quarto de Jason, que era ao lado. Bati na porta e ninguém atendeu, esmurrei a porta até alguém falar:

   — Espera porra! — escutei a voz de meu irmão.

Escutei alguns chiados, até ele abrir a porta.

   — Pronto?

Jason estava com a toda amaçada e com um bafo, o cabelo estava todo bagunçado.

   — Pronto — falei rindo e me virei na direção oposta do quarto de meu irmão, mas ai eu lembrei que estava esquecendo algo e me virei novamente para Jason e disse — e aproposito, bom dia Piper!

A boca de Jason fez um formato exato de um “O” e Piper saiu do banheiro com uma cara de surpresa.

   — Como você sabia? — Jason perguntou.

Dei só um risinho em resposta e fui para a cozinha.

Me sentei na mesa e comecei a comer. Depois do café da manhã, me deitei no sofá e comecei assistir MTV, enquanto Piper e Jason comiam.

   — Thalia, eu soube que você e Nico saíram da festa juntos — falou Piper.

Pensei sobre isso um pouco, até chegar a uma conclusão e respondi.

   — Acho que isso tem a ver com isso — mostrei meu pé, que estava inchado e dolorido.

   — Sei... — Piper comentou com um olhar malicioso.

   — É serio, gente.

    — Muitos estavam dizendo que você fez mais do que sair da festa com Nico! — debochou meu irmão.

   — Não aconteceu nada, é isso. Se tivesse acontecido algo eu me lembraria! Eu me lembraria, não é mesmo? — perguntei um pouco confusa.

Piper e Jason começaram a rir e eu fiquei sem entender.

   — Senhores sem graças, eu vi vocês subirem as escadas aos beijos, como foi? Piper foi tão bom assim, que vocês decidiram repetir aqui também? — falei maliciosamente.

Piper ficou vermelha igual aos morangos da segunda empresa de meu pai.

   — Ah, cale a boca, Thalia. — Jason gritou, mas rindo — Mas em fim, vocês sabem de Luke? Eu o vi poucas vezes na festa.

   — Também. — concordou Piper.

   — É claro, vocês estavam ocupados de mais! — gritei e corri até onde eles estavam e comecei a rir.

   — Vá se ferrar!

   — Eu vi Luke ficando com um monte de garotas na festa, ele deve ter pegado alguma doença, com o tanto de garotas que ele beijou e transou. E se eu fosse chutar em um local onde ele esteja agora, aposto que ele estaria em um lugar bem longe daqui e não se lembra de como chegou lá — disse sentando na cadeira ao lado de Jason.

   — Por que acha isso? — perguntou Piper.

Jason ficou me olhando atentamente a procura de respostas. Só olhei para ele e depois para sua namorada e dei meu melhor sorriso e disse:

   — Eu sei de tudo, queridos! — disse imitando o tom de voz de minha madrasta, Hera.

Jason e Piper riram e eu me juntei a eles. Depois da seção gargalhadas, eu me levantei da mesa, mas fui interrompida pela cara de curioso de Jason e ele perguntou:

   — Mas falando a verdade, como sabe?

   — Se você me der 10 pratas eu te digo! — falei.

   — Sai fora!

   — Então não te digo nada! — falei rindo e assoprei um beijo para meu irmão.

Quando estava subindo as escadas que davam em meu quarto, meu iPhone, apitou, mensagem. Olhei na tela e vi que era uma mensagem da Bianca.

branquela: Thals, vai ter festa aqui em casa, hoje!

Olhei para tela, para ver se eu estava vendo coisas. Eu realmente precisava de uma festa, apesar de tá com meu pé direito estar inchado e parecendo uma bola de futebol americano.

T: O.K õ/. Estou dentro!

branquela: traz as bebidas!

T: Bi, mas amanhã tem aula! E vamos sair da merda e entrar em outra?

branquela: Exatamente! É uma despedidas das férias e uma festa de voltas as aulas, é não vim muita gente, só nossa galera mesmo.

T: Atah, mas Bi, seus pais não vão está em casa não?

branquela: claro que não! Eles viajaram para África. Eu e Nico estamos liberados!

T: Feeeeeeeeeeeeeestaaaa!

branquela: feeeeeeeeeeestaaaa!!!

Comecei a rir com a mensagem e gritei da escada para os pombinhos lá em baixo:

   — Vai ter tipo uma festa na casa do Nico e da Bianca, hoje!

Escutei os gritinhos de alegria da Piper e as risadas de Jason vindo lá de baixo, até ele perguntar:

   — Que horas?

Mandei a seguinte mensagem para a Bianca.

T: Que horas é para estarmos aí?

E quase imediatamente ela responde.

branquela: 8:30.

   — Às 8:30, Jason!

Fui para o meu quarto e mandei mensagem para a nossa galera, que teria “festa” na casa da Bianca.

Pov Annabeth:

Estava na minha cama, graças a Deus e todos os outros deuses.

O visor do meu iPhone apita e vejo uma mensagem da Thalia.

Mrs. ThaliaJ : Festa na casa dos Di Angelo, hoje às 8:30! Vejo vocês lá!

Olhei para o visor e comecei a gargalhar, lembrando-me como havia chegado em casa.

Flashback on:

   — Eu não fiz nada, eu não fiz nada! — eu gritava — Não posso ter uma ficha criminal suja! Não tenho nem ficha na escola!

Quando eu consegui explicar para o policial que eu não era mais uma adolescente arruaceira, ele concordou em me deixar em casa.

Eu realmente tinha tentado entrar na casa errada e tinha feito necessidades no jardim de outra família! Que vergonha, Annabeth!

Assim que cheguei em casa, tinha uma caminhonete enferrujada e caindo aos pedaços, parado na frente de casa. Nela tinha escrito Xerife de alguma cidade...

Dava para escutar a gritaria dentro de casa. Assim que saí do carro da policia, fui abrir a porta de casa e uma sandália de salto alto quase me acertou na cabeça. Fechei a porta na mesma hora.

   — O que você está esperando para entrar, senhorita Chase? — perguntou o policial pé no saco.

   — Parar de voar sandálias de salto alto...

Ele se adiantou e abriu a porta e logo recebeu uma boa colherada de pau na cara. Reprimi uma gargalhada, já que estava diante de um “oficial da lei”.

O cara praguejou, e praguejou muito. Avaliei a casa e vi que a briga era de minha tia com o meu primo. Um Luke bastante sujo.

   — Argh, que cheiro é esse? — perguntei.

   — Sou eu, tá?! — gritou Luke mal morado.

   — Foi mal.

Minha tia May pareceu me notar agora e parou exatamente com um sapato social na mão e disse olhando para mim:

   — Olá querida! Desculpe-me por isso, mas seu primo está merecendo isso — e com isso voltou a tacar coisas em Luke.

Comecei a rir. Olhei ao redor, e vi um cara vestido igual aqueles filmes de faroeste, com aquelas roupas de xerifes, ele estava comendo metade de toda nossa comida. A casa estava uma bagunça só.

O guarda pigarreou, atraindo a atenção de todos à ele.

   — Quem é o responsável por essa adolescente?

Tia May se aproximou de nós e disse:

   — Eu, por quê?

   — Essa jovem foi pega fazendo necessidades fisiológicas no jardim da família O’ Sullivam...

Energúmeno. O cara aumentou o que eu fiz umas trezentas vezes. Energúmeno.

Tia May olhou para mim decepcionada e depois olhou para Luke com raiva, como se ele fosse o culpado.

   — Luke?!

   — O que?! Eu não tenho nada haver com isso! Estava preocupada com os meus próprios problemas!

Dei um sorriso sem graça e disse:

   — Tia May, desculpe, eu tive problemas de achar a casa de vocês, acabei me perdendo e eu estava realmente com vontade de fazer xixi, e só tinha aquele canto...

   — Ah, mas se é só isso, não tem problema então... E o senhor — disse ela se referindo ao policial —... pode ir embora, vou dar um jeito em minha sobrinha. E você — disse ela se referindo ao xerife —... pode ir embora também e se quiser levar esse frango que estar comendo, pode também.

Depois de um tempo escutando um sermão da minha tia, eu e Luke nos dirigimos ao nossos quarto, mas antes de entrar no meu quarto, perguntei ao meu primo como ele havia se metido nessa encrenca e ele só respondeu:

   — Bebidas. Ressaca. Cidade estranha. Não lembrar de nada. Burritos. Telefones podres. Pocilgas. Xerifes.

E foi embora. E eu entrei em meu quarto.

Flashback off.

Essa lembrança vai ficar marcada para todo o sempre. Eu ainda estava rindo, quando a porta do meu quarto foi aberta com brutalidade.

   — Você viu a mensagem?! Vai ter festa! E nós vamos! — entrou um Luke eufórico no quarto.

   — Nada de nós. Você pode ir. Eu fico. — falei enfatizando o nós.

   — A qual é, Annie? Você vai sim, vai ser legal!

   — A ultima vez que você disse isso, acordei do lado de um estranho, paguei o cara do taxi mostrando os peitos e ainda fui “presa” — falei cruzando os braços.

Luke começou a gargalhar.

   — Não ri! Não foi engraçado! — falei emburrada.

   — Vamos lá Annie... Preciso de você...

   — Por que eu deveria ir? — perguntei sorrindo.

Luke desviou o olhar para baixo. Típico de quem tem dificuldade de assumir algo.

   — Ah você sabe Annie... — ele começou, e se sentou do meu lado.

   — Sei o que? — falei rindo.

   — Não ria de mim, Annabeth Chase! Sou mais velho que você! — falou em um tom de irritação.

    — Qual é Luke?! Você é só dois anos mais velho que eu! E ainda está no segundo ano do colegial! Chupa esse caroço, Castellan!

Comecei a rir e Luke também.

   — Você tinha algo a dizer, não tinha?

Luke tornou a desviar o olhar para o chão, como se seus chinelos agora fossem muito importantes.

   — Vamos lá, Luke! Conte-me! — insisti.

   — Tudo bem, tudo bem... — ele realmente estava nervoso — é... Bem... É que a B-Bianca vai estar lá... Você s-sabe, né?

Suprimi um sorriso e continuei seria. Vou sacanear ele.

   — Sim, é claro! — falei como se fosse obvio o que ele disse, o que era quase.

Luke ficou pálido.

   — Serio? Serio?

   — Claro, ela não é a dona da festa? Tem que estar lá mesmo. Dããã, achei que você fosse mais esperto do que isso.

Luke começou a rir de um jeito nervoso, ai eu não aguentei e caí na gargalhada. Ele pegou um travesseiro e começou a tacar em mim. Então já sabe no que deu né? Primos idiotas+ travesseiros= GUERRA DE TRAVESSEIROS.

Nós só paramos porque o celular de Luke começou a tocar e quando ele atendeu Thalia começou a gritar com ele. Só consegui decifrar algumas palavras:

   — Cadê vocês seus idiotas?

Thalia, sempre delicada. Olhei no relógio e uau... Como as horas se passaram só faltava 10 minutos para 8:30.

Luke enquanto falava com Thalia, me mandou um olhar de tipo: Você vai, entendeu?

Ele saiu do meu quarto e eu fui para o banheiro tomar banho, depois do banho, fui me vestir, peguei um short jeans de cintura alta e uma blusa knitted ribbed crop jumper e calcei chinelos. Fui ao banheiro tentar ajeita a coisa sem definição do meu cabelo. Depois de um tempo tentando seca-lo, cansei. Que se foda, vou com esse troço assim!

Saí do meu quarto e fui para o andar de baixo e vi Luke, que estava uma camiseta salmão e uma bermuda jeans e chinelos.

   — Até que fim! Que demora! — ele reclamou.

   — Reclame com o meu cabelo, ele que faz questão em me atrasar pra tudo! — falei apontando para meu cabelo loiro e cacheado.

Saímos de casa e eu perguntei:

   — Onde está o seu carro? Não vamos de carro? — perguntei.

   — Bom, agora ele deve estar em algum canto de todo o Estados Unidos.

Comecei a rir. Acho que não deveria, mas achei engraçado. Aquilo já aconteceu comigo, e o desfecho foi bem engraçado, mas isso é história para outro dia.

Chegamos a casa dos Di Angelo, que era um pouco parecida com a de Luke, só que em vez de ser laranja, era um cinza que até meus olhos poderiam se camuflar. A casa era enorme, a decoração era perfeita vista de fora, imagina de dentro. Nós tocamos a campainha e uma Thalia euforia veio abrir o portão.

Thalia estava com um short jeans desbotado com tachinhas, e uma camiseta “Iron Fist Creepers Muscle Tank”. Acho que era esse o nome, lembro que vi essa blusa para vender em um site da internet. E Thalia era a única de todos que não usava chinelos, estava usando um vans preto. E como sempre, a maquiagem de Thalia era pesada, com o preto ao redor de seus olhos pálidos.

Olhei ao redor, e notei como a arquitetura dessa casa era magnifica. Ao redor da piscina estavam todos. Na verdade só tinha umas 14 ou 13 pessoas. Ótimo, adoro isso. Sem amontoado de pessoas.

No canto da esquerda, Leo e Nico estavam jogando totó, e bebendo, bebendo muito, dava para ver o tanto de latinhas de cervejas jogadas no chão. E eles já estavam falando coisas sem sentido. Fracos. Piper e Jason dançavam juntinhos ao som da musica We Own The Night. Eles eram do tipo casal clichê, mas eu tinha que admitir que os dois eram fofos juntos. Thalia e Luke foram para dentro de casa, provavelmente para pegar mais bebidas. Uma garota de cabelo negro e olhos da mesma cor, que julguei ser a irmã de Nico, Bianca. Sentei me ao lado dela e disse:

   — Incomodo? — perguntei para a garota.

Ela negou com a cabeça e levantou a cerveja que estava segurando.

   — Você quer? — perguntou.

   — Com certeza!

Bebi, bebi muito mesmo. Nem tinha percebido que Percy havia chegado, e acompanhado. A garota tinha feições asiáticas e o cabelo preto lisíssimo. Eles pareciam estar bastante íntimos, deixei isso para lá e continuei a beber.

Parei um pouco só quando Luke chegou mais perto com alguma coisa na mão e grintando:

   — Strip Poker!

Leo animou-se mais do que deveria e gritou:

   — Vamos ficar nus! — ele foi correr até o Luke, mas acabou escorregando fazendo todos rirem.

Ficamos ao redor de uma mesa improvisada e começamos a jogar.

  Logo Percy ficou só de cueca e teve que virar 3 copos de vodca. Demorou algum tempo até que todos estivessem seminus. Depois que terminamos o jogo, estávamos seminus e chapados.

Acordei no dia seguinte com água na cara. Percy estava naquelas boias colchão dentro da piscina, e ele estava acompanhado com a garota que se identificou como Drew. Eles também foram acordados com água na cara por uma arminha de brinquedo, e se assustaram e caíram na piscina. Admito, foi engraçado...

   — Filhos da puta... — falou Percy assim que submergiu.

   — Ah, droga!!! — Drew gritou com sua voz irritante.

   — Shhhhhhhhhhhhhh! — fiz o som para que ela calasse a boca. Afinal, eu estava com uma puta de uma ressaca.

Todos já estavam acordados e encharcados, graças a Thalia e Nico.

   — Seu merda! — Jason falou ao Nico, pois Nico havia o acordado com água na cara também.

Todos estavam xingando Nico e Thalia que só riam. E Drew só ficava gritando, será que ela não percebia que tinha gente de ressaca? Ai teve uma hora que eu me estressei e disse:

   — Cala a boca, sua merda! — falei um pouco alto — eu estou com uma puta de uma dor de cabeça, e você fica gritando, cacete!

   — Vadia! — ela disse enquanto puxava Percy, que parecia estar em sua primeira ressaca.

Todos foram para casa apressados quando percebemos que eram 7:00, não entendi o porque de tudo isso.

Quando cheguei à porta de meu quarto, Luke virou-se para mim e disse:

   — Te espero lá embaixo às 9:00.

   — Hã?

   — Primeiro dia de aula! — ele fala e sai.

   — O que? — falei pasma.

Entrei no meu quarto e fui direto para o chuveiro, de roupa e tudo. Hoje o dia ia ter. Fiquei no chuveiro até dar 7:38.

Fui me arrumar, peguei uma saia laranja florida e uma regata branca, uma jaqueta jeans com spikes e uma lita preta, com spikes também. Fui até o banheiro, prendi meu cabelo em um coque mal feito. A minha cara de ressaca estava nítida, então peguei meu óculos. Peguei minha bolsa da abercrombie branca e fui até a cozinha para tomar café da manhã, e Luke já estava lá.

   — Bom dia — ele disse.

   — oi. — única coisa que consegui dizer.

   — Que ótimo humor! — ele disse debochando e um pouco alto demais, o que fez minha cabeça doer mais.

   — Dá para você calar a boca?

Ele fico em silencio e rindo sem deixar som escapar.

   — Assim estar ótimo! — disse saboreando o silencio.

Comi, e quando olhei no meu celular vi que já eram 9:59.

   — Ah, qual é?! Não podemos nos atrasar logo no começo das aulas... E como é que vamos, mesmo?

   — De carro, oras.

   — Você não tinha perdido o carro, perguntei?

   — É para isso que serve o carro da mamãe.

Fomos para a garagem e de lá fomos de porshe em alta velocidade em plena california.

Paramos em frente a uma construção cinza, parecia velha, mas bonita. Na verdade tudo era lindo, dos tijolos aos bancos. Tudo. Aquilo era fascinante, eu poderia contemplar aquele arquiteto.

Na frente da escola havia vários grupos. Adolescentes de tudo que era jeito. Tinha até um gatinho que não parou de olhar... Luke me arrastou para um grupinho de adolescentes já conhecidos.

Tudo estava perfeito demais, eu deveria ter desconfiado nada é perfeito demais! Estava preste a descobrir isso.


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Notas finais do capítulo

Bom gente, o capitulo foi enorme... Peço desculpas por isso.
Então, eu estava escrevendo o capitulo enquanto escutava musica, e isso me deu uma grande ideia! Mas bem, eu vou escrever um capitulo Bônus contando a minha ideia, espero que vocês gostem e colaborem.
Beijinhos, da garota da fic :*



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