I Never Can Say Goodbye escrita por Juliane Bee


Capítulo 40
Once you make a decision, the universe conspires to make it happen.


Notas iniciais do capítulo

Olá gentee! Tudo bem com vcs? Sim, estou viva hahaha Mil perdões pela demora! Eu sinto muito, mas tive vestibular e as férias começaram, mudanças... Muitas coisas aconteceram, mas cá estou eu. Espero que curtam o capitulo e que estejam gostando da fic que está se encaminhando para o (quase) final. Eu reli toda a fic para pensar se mudo ou não o final, e como os casais vão terminar, com quem no caso hahaha Eu fiz esse Pov especial porque eu amo a Lilá, ela sem duvida nenhuma é a personagem mais parecida comigo. Eu quero que ela termine bem, feliz, mas isso não significa que ela precise ficar com alguém no final. COMENTEM AÍ O QUE VOCES ACHAM QUE DEVE ACONTECER NO FINAL, QUEM VAI TERMINAR COM QUEM HAHAHA QUE CASAIS VOCES SHIPPAM? ps: A música no final do capitulo é Happy - Marina and the diamonds, é uma música linda.
PS2: Como sou uma pessoa muito querida, vou postar no Natal mais um capitulo, um presente meu para voces. Eu vou usar pela primeira vez o recurso de programar ahahah wish me luck!
Boa leitura e não esqueçam de comentar (é muito importante o feedback)!



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–Começaremos amanhã a noite, te pego as oito.

–Mas o que vamos fazer? - Eu me senti uma idiota. Meu Deus que pergunta besta.

–Surpresa - Ele me deu um beijo na bochecha e eu me virei saindo de lá.

Eu não posso acreditar.

Nós vamos ter um encontro.

Eu espero por isso há quatro anos.

(...)

P.O.V Lilá

Pensei que as noites mal dormidas já tinham sido gastas anos atrás, mas pelo visto a insonia era um problema que posso até ignorar, mas que vive comigo. Perambulei pelo meu quarto, um milhão de pensamentos rodeando minha cabeça. Sentei em minha cama e observei meu reflexo no espelho. Eu não estava mais me reconhecendo. Nos últimos três meses e meio minha vida e a de todos ao meu redor mudou drasticamente. Tantas pessoas renasceram e voltaram, e tantos laços foram desfeitos. Mas eu não consegui me ver, quem realmente sou.

Meus cabelos agora estavam passando dos ombros, e eu estava pálida. Não tinha brilho no meu olhar, mas sim confusão. Eu não sou assim, nunca fui desse jeito. Deitei e encarei o teto. Eu me perdi tentando voltar ao passado desesperadamente. Faltando alguns meses para o meu aniversário de dezoito anos e para o término do colégio, eu não sei para onde ir. Fechei os olhos, eu precisava colocar minha vida nos eixos e olhar pra frente. Tudo o que tiver que acontecer, vai acontecer, e eu não vou mais me meter em nada.

Acordei com meu despertador tocando, eu estava muito adiantada. Me troquei e desci, não sabia se Jill já tinha chegado ou não, mas deixei a mesa arrumada. A presença de Charles aqui já virou rotina, então o lugar a mesa dele estava a postos. O carro estava na garagem e me dei ao luxo de pegar as chaves na bancada e ir para o colégio cedo.

Fui direto para o meu armário, mas não pude deixar de notar os olhares sobre mim. Peguei meus livros e procurei meu horário. De canto notei que Fred tinha entrado no colégio com as mãos no bolso e de capuz. Sei o que falei sobre não me meter, mas precisava fazer uma coisinha antes. Ele foi até o pessoal do basquete e sentou na mesa cumprimentando todos.

–Preciso falar com você - Me aproximei. Meu saltinho baixo estava se enterrando na areia. Eles tiraram sarro e fizeram barulhinhos, mas minha cara de séria os assustou.

–Claro - Ele levantou e me seguiu.

Andamos até uma área distante perto da enfermaria.

–Fred, voce teve algum envolvimento com o lance do Will? - O encarei. Ele desviou os olhos - Eu quero a verdade.

–Liz, eu não fiz nada, tá bom? - Ficou na defensiva.

–Mas sabe quem foi, não é? - Ele fitou o chão - Foram eles - Olhei para a mesa - Como voce pode deixar o Leo levar a culpa por uma coisa que voce sabe que ele não fez?! Voce é o melhor amigo dele, Fred! - Ele estava desnorteado.

–Eu sinto muito, de verdade. Eu não posso falar nada, Lilá. Os caras me ameaçaram - Eu balancei a cabeça não acreditando no que ele estava dizendo - Você acha que eu não queria falar com o Sr.Palladino? Mas é claro que sim! Mas não posso, não vou deixar eles prejudicarem o Leo, de verdade. Eles não são boa gente, Liz.

–Então por que diabos voce anda com eles? - A minha vontade era bater na cara dele - Fred, o Leo te considera um irmão! Você sabia que ele vai perder o grande jogo? E vai estar cheio de olheiros lá. Ele é bom, Fred. Pode sim conseguir uma bolsa pelo basquete. Mas não, porque o covarde do melhor amigo dele não quer dedurar os coleguinhas - Ele ficou boquiaberto - Nós estamos aonde, na terceira série? - Me aproximei dele - Esse não é o mesmo Fred de dias atrás, o que aconteceu com voce?

–Lilá, eu sinto muito - E se afastou.

–Se voce não fizer nada, faço eu - E o sinal tocou.

Tentei me deslocar até minha sala no final do corredor, mas acabei chegando atrasada. Acumulei mais uma detenção. As aulas passaram voando, mas a prova de redação que fiz na ultima semana foi entregue, e com direito a um A+. O professor sorriu para mim e sussurrou um “Muito bem”. Assim que bateu para o intervalo, fui até meu armário guardar minha prova. Andei até o refeitório e sentei em uma das mesas mais afastadas. Encarei minhas unhas, elas estavam na carne já.

–Tentando se camuflar? - Leo sentou na minha frente - Bom dia pra você também que não deu mais notícias depois que eu fui embora do hospital, agradeço sua consideração.

–Nem me fale disso, tá bom? - Peguei uma batata da bandeja dele - Aconteceram muitas coisas depois que voce foi, mas não vem ao caso.

–O que ele fez? - Falou levantando o tom de voz.

–Nada.

–Eu posso quebrar a cara dele de novo, se voce quiser - Ele riu - É só aquele babaca aparecer - Seu sorriso se desfez. Virei para encarar o que o deixou assim, mas meu humor piorou - Eu achei que demoraria um pouco mais - Falou brincando com a batata.

–É melhor a gente se acostumar, não é? - Leo levantou.

–Eu nunca vou me acostumar - E saiu passando reto por Anna e Will que conversavam animadamente.

Peguei meu celular e fiquei fazendo a senha um milhão de vezes, pra fugir dos olhares intimidadores. Não aguentei mais, peguei minha bolsa e fui em direção a sala. Passei por eles, mas apenas Anna me viu. Estava com uma cara inexpressiva, já eu com cara de poucos amigos. Não posso dizer que estava com raiva dela, ou ódio, ciúmes também não era a palavra certa. Eu não sentia nada além de um vazio.

****

Batendo o horário da saída me dirigi até a detenção. A sala era eclética, de jogadores ao pessoal gótico. Sentei na ultima carteira e apoiei meus braços sobre a mesa.

–Uau, Elizabeth Grant na detenção? - Abri os olhos para encara-lo - O que voce tá fazendo aqui?

–Pra sua informação, Valdez - Ele sentou ao meu lado - Eu estive aqui há algumas semanas e pelo mesmo motivo, a maestra de espanhol que me odeia.

–Sorte a sua, já eu vou ficar aqui a semana inteira - Ele colocou os pés na carteira.

–Eu não posso acreditar que voce vai deixar isso assim, Leo! Você sabe que não fez nada, e vai perder a chance de jogar o grande jogo.

–Você fica hilária falando “grande jogo” - O encarei séria - Desculpe, pode continuar.

–Eu sei que pelas notas voce consegue entrar em Princeton, Sr.Fodão em matemática - Ele revirou os olhos - Mas pelo basquete vai ser melhor ainda! E voce é bom! - Eu gritei a ultima parte, fazendo os olhares se voltarem pra nós.

–Deixa isso pra lá, ta bom? Ninguém acredita em mim mesmo, que se dane.

–Você é um babaca - Virei meu rosto e encarei a mochila da garota em minha frente. Muitos broches, várias bandeiras diferentes. Se não me engano ela é intercambista, algum lugar da Europa.

–Lilá! - Balançou meu braço - E voce? Já enviou os formulários?

–Não, ainda não.

–Mas o prazo tá se encerrando, porque ainda não o fez? - O cabelo dele estava bagunçado. Fiquei encarando o fio irregular caindo na testa - Lilá?

Respirei e contei. 1, 2, 3.

–Eu não vou enviar nenhum - Falei segura.

–O que? - Ficou ereto na cadeira.

–Nos últimos tempos em pensei bastante. Tirando minha irmã e voce, eu não tenho nada que me prenda aqui. Nenhum familiar, nenhum emprego, nada. Eu quero sair daqui, viajar, conhecer lugares novos. Eu sei que se continuar aqui vou acabar ficando pra sempre e o pior, infeliz. Minha irmã se acertou com o Charles e não demorando muito eles vão ficar juntos de verdade, casar, e voce - Pela primeira vez olhei em seus olhos - Vai conseguir uma bolsa e vai para a faculdade que quiser, está bem encaminhado. Eu não preciso me preocupar com voces, vão ficar bem.

–Lilá, mas..

–Não, eu já tenho tudo em mente, pensei ontem a noite enquanto tentava dormir. A Sra.Robb cuida da minha poupança, desde que trabalhava no banco era ela quem me ajudava com isso. Eu tenho um bom dinheiro do seguro do acidente, e tenho umas ações que ela investiu por mim. Eu posso fazer uma faculdade em qualquer lugar que quiser, mas pra começar eu quero viajar, me desligar mesmo. - Fitei o chão - Eu quero ir para Africa, Leo. E eu vou assim que o ano terminar.

–Isso é daqui a oito semanas - Falou sério - Eu.. eu não poderia deixar de ficar feliz por voce - Sorriu - Você planejou, pensou com calma, e esta pensando em voce pela primeira vez. Fico muito orgulhoso e animado, eu sei que tudo vai dar certo.

–Obrigada - O abracei - Mas não fala pra ninguém, tudo bem? Não quero que ninguém saiba.

–Porque?

–Não quero nada que me prenda aqui.

–Eu vou sentir a sua falta.

–Quando for um jogador famoso, por favor me visite, ok? Você vai ser o amigo rico. - Eu ri e ele me acompanhou.

O sinal tocou e a sala se esvaziou rapidamente. Peguei minha bolsa e Leo me esperou na porta.

–Ahn, Sr. Valdez, queira me acompanhar até o escritório do diretor Palladino - O inspetor nos abordou no corredor. Sorri para Leo.

–Nos falamos depois - Se despediu e o seguiu.

Eu sabia que Fred faria o certo. Sorri involuntariamente.

Cheguei no carro e procurei meu óculos no porta-luvas. Notei que alguém estava saindo do colégio. Me abaixei no banco, mas fiquei observando. Ela estava sorrindo, ele também parecia feliz. Ficariam bem sem mim, nem notariam minha falta. Era melhor assim. Dei a partida no carro e deixei o casal feliz pra trás.

Chegando em casa, vi o carro de Charles ainda estacionado na entrada. Estacionei na garagem e deixei as chaves na mesinha de centro. Ri com a foto em um dos porta retratos. Nossas férias no México, bons tempos. Eu tinha uns dez anos talvez, mas nós parecíamos tão felizes. Sentei no sofá da sala e encarei meus pés.

–O que voce tá fazendo aí? Charles está fazendo o jantar, vamos - Jill me puxou para a cozinha.

–Oi, Liz - Charles tirou a atenção do forno por alguns segundos.

–Eu mal te vejo em casa agora - Jill colocou os pratos.

–É, a escola tá complicada, tem muita coisa acontecendo agora.

–Mas voce já enviou os formulários, né? - Me encarou séria.

–Eu preciso conversar com voce, Jill. - Charles ficou em silencio, assim como Jill me encarando.

–Eu vou desligar aqui..

–Não, Charles. Pode ficar - Sorri para ele - Voce faz parte da família, já.

Ele tirou o assado do forno e então sentamos para comer.

–Eu não enviei os formulários, Jill.

–O que?! Mas falta menos de uma semana para o prazo, não? - Charles afagou a mão dela.

–Eu não tenho palavras para agradecer tudo o que voce fez por mim - Ela me encarou confusa, os olhos já marejados - Você deixou de viver parte da sua vida por minha causa, voce só tinha dezessete anos e mesmo assim conseguiu fazer Deus e o mundo pra cuidar da casa, das contas, de mim. Eu sou muito grata, e eu amo muito voce.

–Eu fiz isso porque quis, queria te fazer sempre feliz, irmã - Ela pegou na minha mão - Mas eu não to entendendo, isso parece uma despedida.

–E é, é uma pré-despedida - Sorri - Agora é a minha vez de voar. Eu não vou estar aqui daqui há algumas semanas, vou estudar fora. Eu tenho economizado, já completei dezoito anos, e por lei tenho direito a parte da herança, e da indenização do acidente. Eu já planejei tudo, Jill. Sei que vai ser assustador e tudo mais, mas preciso disso. Preciso me encontrar - Ela limpou uma lágrima e se apoiou em Charles - Eu tinha receio de te deixar sozinha, mas agora que o Charles está aqui - O encarei e ele sorriu tímido - As coisas vão se acertar. Você é a melhor advogada da cidade, e sei que Charles também é um grande advogado, vocês podem abrir um negócio, trabalhar juntos, não sei. Mas já esta na hora de voce trazer suas coisas pra cá, não precisam perder mais tempo. - Eles se encararam.

–Sua irmã tem razão, Jill - Ele se levantou, pegou o arramezinho que prendia o saco de pão e fez um círculo. Ele se ajoelhou.

–Ai meu Deus, Ai meu Deus! - Jill me encarava sorrindo.

–Eu sei que não é cedo pra isso, nos conhecemos há tanto tempo. Muitas coisas aconteceram que nos levaram a caminhos opostos, mas agora estamos juntos aqui. Eu gosto muito de voce, Jill. Desde que nós éramos crianças eu sempre senti um carinho enorme por voce. Você não se importaria de passar o resto da vida comigo? - Ele sorriu - Casa comigo, Jill?

–Sim! Sim! Mil vezes sim! - Ela também se ajoelhou e então se beijaram.

Pronto.

E então eu tive a certeza de que tudo ficaria bem.

Eu já podia ir embora feliz.

I found what I'd been looking for in myself

Found a life worth living for without someone else

Never t

hought that I could be, I could be

Happy,

Happy.


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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram?
Não esqueçam de comentar!
Até o Natal!
Mil Beijos,
Ju



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