I Never Can Say Goodbye escrita por Juliane Bee


Capítulo 39
The ghost of you it keeps me awake.


Notas iniciais do capítulo

Fala galeraaa! Olá lindoss! Eu to muito feliz, eu passeeeei! Uhuul! Acabou a escola! Não acredito que serei uma universitária (se eu passar em Santa Maria- RS) hahah Agora que acabou a tortura eu vou poder me dedicar mais aos meus projetos, ao que realmente gosto. Eu não sei bem se todo mundo le as notas ou não, mas falando para aquele pessoal que me acompanha desde sempre, eu sou muito grata a vocês. Eu evolui muito nos últimos anos, e devo isso a vocês. Muito obrigada! Eu tenho uns projetos aí, e finalmente vou poder me dedicar a escrever. Tem tanta coisa que eu quero fazer, faculdade, um vlog, cortar o cabelo, eee... focar no meu livro. Eu quero muito mesmo terminar meu livro. Voces comprariam uma história louca com muito romance e tragédias uma pitada de humor e sinceridade? Bom, eu vou me dedicar a escrita muito mais. Eu vou continuar a fic, que agora esta em um rumo muito bom, e continuar também com Dear Life, pretendo voltar com ela ainda na próxima semana. Eu tenho que dar uma ultima lida para o vestiba semana que vem, mas depois é férias de verdade. E vou escrever muito, muito mesmo. Não enjoem de mim, ok? Espero que curtam esse capitulo, escrito com muito amor e carinho. Até breve!
Boa leitura!



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–Vamos - Ele abriu a porta de entrada pra mim. Agora já estava com seu gorro e um casaco pesado. Lembrei de minha mãe me alertando hoje para colocar um casaco. Ri sozinha - O que foi? - Ele sorriu também.

E foi como se o céu tivesse sorrido e espantado todas as nuvens. Aquele sorriso era o meu sorriso, o que ele sempre dava pra mim. Senti o ritmo do meu peito acelerar. Calma.

–Nada. - E fitei o chão.

Sorrindo.

(...)

P.O.V Anna

–Eu to com muita fome mesmo, minha barriga não para de pedir um hamburger do Carlo´s - Ele me olhou e notei que colocou as mãos no bolso. Eu não entendi o que ele disse, não fazia ideia de que lugar era esse. Ele se deu conta e fez uma careta balançando a cabeça - Que idiota, me desculpe - Riu baixinho - o Carlo´s é um restaurante que abriu há uns dois anos e que sem duvida nenhuma tem o melhor hamburger da cidade.

–É melhor que o do Pertuttis? - Ele me encarou.

–Você ainda lembra? - E sorriu.

–Mas é claro, quer dizer, toda sexta feira você sempre ia lá e me arrastava junto. A única coisa que eu ficava fazendo era prestar atenção nas pessoas pagando mico no karaoke, enquanto você comia aquela coisa gordurosa.

–Para! Vai dizer que você não curtia aquele hamburger? - Ele me olhou incrédulo.

–Não, eu nunca gostei - Tive que rir.

–Então porque você ia comigo, se não gostava de lá? - Fitei o chão, e coloquei minhas mãos no bolso.

–Porque eu nunca soube dizer não pra você - Esperei alguns segundos para encara-lo de volta. Ele estava sorrindo.

–É aqui - Falou parando. Uma placa gigante vermelha com detalhes em preto escancarava um “Carlo´s” escrito com luzes de led. Conseguiu superar o Pertuttis.

–Bem melhor que o do Pertuttis não, é? - Ele riu e eu balancei a cabeça concordando.

Entramos no restaurante e escolhemos uma mesa perto da janela, fiquei fitando a paisagem enquanto esperávamos alguem trazer o cardápio. Fazia tanto tempo que eu não via as folhas caindo das arvores.

–Anna?! - Sai do transe em que estava e levei um susto.

–Pertutti?! - O senhor grande e bigodudo me levantou do sofá e me abraçou forte. Eu só conseguia escutar o riso de Will bem alto.

–Você não sabe o quanto fiquei feliz com a notícia de que você tinha saído do hospital, você não sabe a falta que fez nas nossas sextas feiras! - Ele estava até emocionado.

–Obrigada - Sorri para ele e encarei Will fazendo uma careta.

–O Pertutti passou o restaurante para o filho dele, o Carlo - Pertutti sorriu.

–Meu garoto largou a ideia de morar na capital e voltou pra casa, eu falei que se ele voltasse teria um emprego garantido. E ele esta se saindo muito bem - Olhei em volta e notei que o restaurante estava cheio.

–Fico muito feliz - Sorri sincera. Era bom sentir esse gostinho do passado, só que de uma maneira diferente.

–Eu já pedi pra vocês o da casa - Ele sorriu.

–Não! A Anna quer escolher outra coisa - Will o cortou.

–Não, ta tudo bem. Eu to com saudades daquele hamburger. Obrigada, Pertutti - Ele colocou a mão em meu ombro.

–Seja bem vinda de volta - E nos deixou sozinhos.

–Você nem pra me contar, né? - Encarei Wil.

–Desculpa, mas eu fiquei esperando a sua reação. - Ele ficou um pouco sério - Porque quis pedir o de sempre?

–Porque eu me dei conta de que senti falta dele, é uma coisa que me faz lembrar de como tudo era antes - Soltei o ar.

–Eu nunca deixei de vir aqui as sextas, mas comecei a parar porque não fazia sentido vir pra cá comer sozinho, não era a mesma coisa. Anna, eu.. - Ele pegou em minha mão, mas eu a tirei rapidamente.

–Eu preciso fazer uma coisa pra me ajudar no tratamento, e já que você está aqui, nós estamos aqui, eu vou pedir pra você, tudo bem?

–Claro - Ele assentiu.

O garçom trouxe os lanches e nós começamos a comer em silencio. Assim que dei uma mordida, fechei os olhos e foi como se estivesse lá de novo. Nada tinha mudado, mas era só abrir os olhos e tudo era novo. Will estava me encarando.

–Não mudou nada, né?

–Continua a mesma coisa gordurosa de sempre - Ele riu.

***

–O que você precisa? - Will perguntou enquanto sentava no banco da pracinha, que ficava em frente ao hospital.

–Que você responda algumas perguntas - Sentei ao seu lado.

–Pode começar - Ele bebeu um pouco do café que estava segurando.

Peguei o caderninho que Rachel havia me dado, e lembrei do que ela tinha me dito. Isso era sobre mim. Mas, eu tenho que saber o que aconteceu depois do acidente, do meu acidente.

–O que aconteceu depois do meu acidente? - Olhei em seus olhos, mas ele desviou e fitou o chão.

–O pessoal na escola ficou meio em choque, você estava em todos os noticiários e não se falava sobre mais nada. Todo mundo ficou confiante quando os médicos disseram que você tinha saído da uti, mas então você não acordou mais e o pessoal foi falando cada vez menos, e menos, e ninguém tinha esperança de que você fosse melhorar. - Agora ele me encarava. Meus olhos estavam marejados - Eles tentaram desligar seus aparelhos, mas sua mãe protestou. Você ainda tinha atividade cerebral, só que não estava consciente. E então você abriu os olhos, e em menos de seis meses ta aqui, bem. - Ele sorriu.

–Eu não sabia disso, que eles tentaram desligar..

–Sua mãe contou pra minha, e na mesma hora eu fui falar com ela. Eu nunca deixaria isso acontecer - Sorri tímida e fitei o caderno.

–Aconteceu alguma coisa “grande” nesse tempo?

–Ahn, nossa país retirou as tropas dos países sub desenvolvidos. O que gerou grandes comemorações. Foi descoberto agua em Marte, mas não se sabe ainda se existe vida lá. Houve um tiroteio em uma escola e muitas crianças morreram, foi terrível. Passamos por um terremoto no ano passado e muitas partes da cidade foram atingidas seriamente. Até o hospital ficou sem energia, mas eles tem um gerador, então isso não afetou você diretamente. É isso, acho. Depois posso pesquisar no google com você qualquer coisa.

–Obrigada - Sorri - Mas e o que aconteceu aqui, com a minha família, com você, Lilá, o colégio..

–Com a sua família eu não sei muito bem. Depois do acidente seus pais ficaram mais reservados. Chloe foi embora, Charles não dava as caras e o seu cachorro também não estava lá. Eu sei que uma noite sua mãe dormiu lá em casa, mas eu não sei bem o que aconteceu - Franzi o cenho, que estranho - Mas na manhã seguinte seu pai foi busca-la, e então eles voltaram pra casa sorrindo. Devem ter brigado, mas nada tão serio. - Ele ficou em silencio - Você não perdeu tanta coisa assim, só no colégio que cada semana tinha uma fofoca diferente. Tivemos muitas festas e, ahh, Ian Mcnight foi expulso ano passado porque pichou o colégio depois de perder uma aposta bêbado em uma das festas das gemeas Kelley. - Ele falou isso empolgado, tinha um brilho no olhar.

–Deve ter sido legal, ter feito tudo isso - Meu celular vibrou no meu bolso, era meu pai falando que estava vindo me buscar.

–Como assim? - Ele terminou com o seu café, já devia estar frio, o meu já tinha terminado há muito tempo.

–Crescer de verdade, como uma pessoa normal.

–Eu sinto muito, Anna.

–Não mais do que eu, acredite. Eu sinto que tenho um borrão dos meus 13 anos até agora. É como se eu tivesse levado uma paulada na cabeça, o que tecnicamente aconteceu - Eu ri sozinha e ele ficou em silencio ao meu lado - Eu não posso seguir em frente em muitas coisas porque não sei o que fazer. Eu não errei o suficiente, não saí o suficiente, eu não experimentei o suficiente.

–Mas não seja por isso - Ele se levantou e então eu fiz o mesmo - Eu falei que te ajudaria e vou.

–O que quer dizer com isso? - Sorri com a tamanha empolgação dele.

–Nós vamos fazer tudo o que você faria dos 13 aos 16 - Ele sorriu.

Escutei a buzina e meu pai me chamando.

–Will, Anna - Gritou do carro.

–Olá, Sr. Robb - Ele acenou.

–Já to indo, pai - Virei de novo para ele - Você tá falando sério?

–Claro que sim, eu não vou deixar você na mão, Anna - Sorri para ele.

–Obrigada.

–Começaremos amanhã a noite, te pego as oito.

–Mas o que vamos fazer? - Eu me senti uma idiota. Meu Deus que pergunta besta.

–Surpresa - Ele me deu um beijo na bochecha e eu me virei saindo de lá.

Eu não posso acreditar.

Nós vamos ter um encontro.

Eu.espero.por.isso.há.quatro.anos.

Loving him is like trying to change your mind

Once you're already flying through the free fall

Like the colors in autumn, so bright

Just before they lose it all

Losing him was blue, like I'd never known

Missing him was dark grey, all alone

Forgetting him was like trying to know somebody

You never met

But loving him was red


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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram?
Não esqueçam de comentar!
Boa semana a todos!
Beijoss,
Ju.



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