Corríamos...

Syra, para de correr e ainda de cabeça baixa me chama:

– Banka...

– S-syra! Não temos muito tempo! Salon precisa de nós e as pessoas também...

– Ele precisa da espada de Salon! Salon deve estar morto... ele quer apenas a espada... - diz Syra, chorando.

Estávamos na entrada da vila, olhamos para trás e o Dragão não estava mais lá, ele estava acima de nós, nos vigiando.

– Vamos Syra!

Corremos em direção a caverna onde Salon havia nos salvado, e encontramos apenas sua espada e suas roupas rasgadas.

Syra desaba em lágrimas...

– Não... temos... tempo... Não o conhecia muito, mas tenho certeza que você gostava muito dele... me desculpe...

– Nós podíamos ter salvado ele... você poderia! - disse Syra, chorando.

– Mas como?

– Quando te achamos...

– Ande! Fale!

– Havia um Dragão caído ao seu lado...

– E daí??

– Ele estava morto, e você coberto de sangue, o coração do dragão estava em suas mãos...

– Oque? Como? Eu estava coberto de sangue? Mas eu sai limpo!

– O Sangue sumiu... eu não imagino como, mas ele sumiu.

– Acham que eu Matei o Dragão?

– Seus olhos...

– São verdes, eu sei!

– Estavam vermelhos.

– Mas eu não estava deitado?

– Parecia que estava morto, com os olhos virados... conseguia ver apenas um pouco de sus olhos... e eles estavam vermelhos.

– Mas não me culpe... eu nem ao menos sei oque eu fiz...

– Mas seu poder poderia ser despertado ou algo assim para salvar Salon!!! Agora ele está morto! - Syra chorando, diz.

Syra pega a espada de Salon...

– S-syra!?

– Vamos...

– Mas... - Syra me cala com um beijo enquanto uma lágrima escorre dos olhos dela.

– Vamos...

– S-... Syra...?

Syra me puxa pelo braço e corremos até a entrada da vila.

Chegando lá vemos o dragão pousado na torre pingando sangue, e quando nos damos conta todos haviam morrido... todos... as crianças... as senhoras... as mulheres... Todos.

Syra solta a espada no chão e fica horrorizada com oque está escrito no chão com o sangue...

Eu me senti confuso, mas ainda por cima estava com medo...

Pois oque estava escrito era...

"Vocês... falharam."