I Hate How Much I Love You escrita por Mitchie


Capítulo 8
Capítulo 06


Notas iniciais do capítulo

Olááá! Hoje o dia foi mais tranquilo e consegui escrever esse capitulozinho! Espero que gostem! Estou tentando pensar em ideias legais para o próximo, que vai ser a noite das 4 juntas! :D Tô aceitando sugestões! hahahaha



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Depois de comprarem o necessário para a noite que passariam na casa do lago de Spencer fazendo a despedida de solteira de Aria, as meninas foram arrumar suas coisas para levar na mini viagem.

Na casa de Aria, ela e Emily terminavam de organizar suas mochilas enquanto conversavam.

– E então, como foi ver Ezra pela última vez antes de se tornarem marido e mulher? – perguntou Emily, esboçando um sorriso ao notar o suspiro apaixonado que a amiga deixou escapar.

– Foi... Maravilhoso. E não só pelo sexo, que por sinal foi diferente de tudo que já havíamos experimentado. Ele me faz tão bem, Em... – disse a pequena, fechando a mochila. – Apesar das dificuldades que eu sei que nos aguardam, ele faz com que eu me sinta capaz de enfrentar qualquer coisa. O amor faz isso com as pessoas, sabe? Ele é meu porto-seguro, eu sei que ele será meu companheiro para o resto da vida. – conclui, liberando mais um suspiro.

Emily não pode evitar sentir uma pontada de inveja da amiga. Há muito tempo ela não se sentia assim. Aliás, parando para analisar melhor, a verdade era que nunca havia sentido essas emoções que a amiga descrevera. Ela havia amado Paige. Também foi apaixonada por Maya. Mas nenhuma das duas a fizeram sentir-se daquela maneira.

– Ai meu Deus, temos 15 minutos para chegar na casa da Spence! – exclamou a baixinha olhando para o relógio que havia em seu criado-mudo.

Emily sorriu ao presenciar mais um ataque de pontualidade da amiga. Ela era adorável com todas aquelas manias. Se sentia feliz em vê-la tão realizada em todos os aspectos de sua vida. Ela era uma pessoa incrível e certamente merecia toda essa felicidade. De uma maneira espontânea, envolveu a pequena em um abraço, surpreendendo-a com a mostra de afeto inesperada.

– Não que eu esteja reclamando, mas a que se deve esse abraço do nada? – perguntou Aria, correspondendo a mostra de carinho.

– Nada em especial, só quero que saiba que eu estou muito feliz por você e Ezra. – comentou emocionada.

Aria se afastou um pouco, sem se soltar totalmente do abraço e percebeu que a amiga tinha os olhos marejados por lágrimas que ela tentava conter. A pequena não pode evitar emocionar-se também. Voltou a abraçar forte a amiga, agradecendo, sem a necessidade de palavras.

– Tá, tá, vamos parar com a choradeira. – disse a futura noiva, secando com o dorso da mão as lágrimas que haviam rolado pelo seu rosto. – Senão vamos nos atrasar, e você não quer me ver tendo uma crise, não é?

_____________________

Ao chegar na casa do lago de Spencer, as amigas organizaram-se para dormir como sempre haviam feito em sua adolescência. O quarto que era de Spencer e Melissa tinha duas camas e cada uma possuía uma cama auxiliar embaixo. Dessa forma, as quatro poderiam ficar conversando até altas horas, quando finalmente o sono e cansaço as vencesse.

A noite começaria com um jantar preparado por Emily e Spencer, enquanto Aria e Hanna colocavam a mesa e preparavam os drinks de vodka. Hanna colocou como música ambiente batidas de rap, que não agradaram muito às amigas.

– Han, por favor, isso não deveria nem ser considerado música. – disse Emily, indo até o notebook e procurando uma setlist na internet que fosse mais propícia para o momento. – A propósito que idioma era esse?

– Inglês, idiota. E é claro que é música. – respondeu Hanna, dando a língua para a amiga. – Só porque você só gosta de músicas para dormir não quer dizer que...

– Parem, vocês duas! – apaziguou Spencer.

– Foi ela quem começou... – disse a loira.

Emily apenas a ignorou, e colocou para tocar uma sessão de músicas de jazz e blues. Aquela sequência de músicas pareceu agradar à todos e Hanna teve que concordar, ainda que só para ela mesma que aquilo era mais condizente com um jantar. Talvez depois pudessem colocar algo mais animado.

Depois daquela pequena discussão, um clima meio tenso se instalou no lugar e as quatro terminaram suas funções praticamente em silêncio. Emily se culpava por causar aquele desconforto num momento em que deveria ser de descontração e confraternização entre as amigas. Mas Hanna não havia ficado atrás com a maneira grosseira com que havia respondido.

– Pronto, só falta agora a lasanha assar. Enquanto ela fica no forno, vou tomar um banho, eu estou cheirando a cebola. – disse Spencer, cheirando a blusa que vestia.

Enquanto se encaminhava para o quarto, fez um sinal para que Aria também se retirasse. A pequena levou alguns segundos, mas logo captou a mensagem.

– E eu vou aproveitar enquanto o jantar não fica pronto para ligar para o Ezra para dizer que cheguei bem e ver se ele está se comportando na despedida de solteiro dele. – disse a pequena, pegando seu celular em cima do balcão e indo em direção à varanda da casa.

Emily e Hanna ficaram em silêncio por algum tempo, e depois de muito se questionar, Hanna decidiu que pediria desculpas para a amiga. A morena assistia à TV com um olhar ausente, mas pode perceber quando Hanna se sentou ao seu lado no sofá.

– Em... – murmurou a loira, sem saber muito bem como começar.

A morena permaneceu em silêncio, sem querer dar o braço a torcer. Quando queria, Emily podia ser muito orgulhosa e cabeça dura.

– Me descul... – Hanna perdeu um pouco a coragem ao ver que a amiga sequer havia olhado para ela, mantendo a atenção na TV, enquanto mudava freneticamente de canal.

– Tudo bem... – respondeu a morena, direcionando, finalmente, seu olhar à loira. – Também foi minha culpa. Eu não deveria ter tirado a música que você havia escolhido. Ao menos não daquela forma. Me desculpe, também. – finalizou, sorrindo sem graça.

– Nós duas fomos bobas e infantis. Acho que nem na adolescência nós brigávamos por coisas tão idiotas como uma música. – disse Hanna, arrancando uma risada de Emily.

– É verdade... – concordou a morena.

Então o silêncio tomou conta da situação, as duas apenas ficaram olhando uma para a outra sem saber o que dizer. Era a primeira vez que ficavam a sós desde que se reencontraram. O que há anos atrás era tão comum para elas, agora, por alguma razão, havia se tornado incômodo.

Emily notou algo no pescoço da loira que chamou sua atenção. Antes que pudesse se dar conta do que fazia, se viu colocando sua mão dentro da blusa de Hanna que cobria todo seu colo e lhe impedia verificar se se tratava daquele objeto que ela imaginava.

Hanna abafou um grito de susto ao sentir que, inesperadamente, sua amiga, que por acaso também se tratava de seu amor platônico, invadira sua blusa, para buscar o colar que há muitos anos havia simbolizado sua amizade. Obviamente, no caminho até o objeto, Emily havia tocado zonas sensíveis do colo e pescoço da loira, provocando sensações que lhe causaram arrepios, que ela esperava não terem sido notados pela amiga.

– Você ainda o tem! – exclamou a morena surpresa, acariciando distraidamente o pingente em forma de Yin-Yang.

Na verdade o pingente era a forma do Yang, já que a metade que representava o Yin pertencia à Emily. Aqueles colares haviam sido comprados por Emily em uma viagem que havia feito com sua família ao Oriente. Seu pai havia querido introduzi-la ao mundo de seus antecessores, já que tinha descendência Filipina. Ao se deparar com a explicação do significado do Yin-Yang, a jovem não pôde evitar pensar em sua melhor amiga. Elas eram um perfeito exemplo de como os opostos poderiam se complementar, resultando em algo extraordinário, que era a amizade que compartilhavam.

Assim que encontrou esses colares em forma de Yin-Yang que se dividiam, Emily decidiu que aquele seria o presente perfeito para Hanna. Ainda que isso significasse que teria que enfrentar um confronto com Spencer e Aria sobre o porquê de terem sido excluídas de tal ritual, o que de fato aconteceu.

– Sim, eu nunca o tirei, durante todo esse tempo. – respondeu Hanna, com um sorriso tímido. – Me fazia sentir você sempre perto de mim.

Emily desviou o olhar, soltando o pingente, sem graça e culpada por não carregar mais aquele símbolo tão importante de sua amizade. Afortunadamente, nesse momento Aria se aproximou das duas com um olhar curioso.

– Ambas estão vivas... – disse a pequena. – E, aparentemente, sem sequelas. – continuou examinando-as com o olhar e esboçando um sorriso. – Posso concluir então que vocês fizeram as pazes?


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam? Por favor, comentem e deem opinões, elas são muito importantes para eu saber como direcionar essa história! Obrigada a todos que acompanham, comentam, aos que ficam só de BBB espiando! hahaha Beijos! Obs: Para quem não sabe o que é Yin-Yang, aqui o link para vocês entenderem um pouco mais o conceito. ;) http://pt.wikipedia.org/wiki/Yin-yang