Anjos De Redenção escrita por Arthur Almeida Souza


Capítulo 7
A quarta trombeta do apocalipse




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            Após a derrota da peste a terceira trombeta tocou e ecoou nos ouvidos de Alex, não era um som agradável, mas ate suportável. Os dias que se seguiram Alex viveu caminhando com Zael pela cidade, conhecendo alguns lugares, mas em um dia ele descobre que a terceira guerra mundial explode, e que aquela que talvez seria a guerra que colocaria fim ao mundo começou. Isso foi apenas um indicio do próximo cavaleiro, a guerra.

            Mas após essa noticia Alex percebeu que tinha algo de errado com os humanos, os demônios que atrapalhavam os humanos (que Alex podia ver) tinham desaparecido de certa forma.

            Alex sentiu também uma tribulação no universo, como se alguém tivesse vindo pra terra, mas não só um anjo ou um demônio isso seria algo imperceptível, mas sim hordas demoníacas e batalhões de anjos.

            Alex se levantou de onde estava sentado caminhou até chegar em um portão gigantesco, ele tinha adereços dourados, estava totalmente aberto, Alex parou em sua entrada e passou a admirar, Alex pensava por que os famosos imperadores teriam construído coisas como aquela ou então castelos gigantescos sendo que mais cedo ou mais tarde seria destruído, as vezes por seu próprio povo, a volta do portão existiam barraquinhas de alimentos,  quando Alex  se voltou para trás viu algo que o animou e o preocupou ao mesmo tempo. Viu seus amigos Liel e Bael, dois dos anjos responsáveis por cuidar do primeiro céu.

            Atrás deles batalhões de anjos se organizavam de forma seleta e organizada, Bael trazia consigo sua maça, sua arma secundaria, e Liel trazia consigo sua espada, a sua arma primaria batizada como justo fio, o corte da espada era lendário e reconhecido até mesmo por Miguel.

            Mas a surpresa não acabava ali, logo atrás deles vinha um ser de armadura dourada, e que trazia em sua bainha uma espada que poderia ser reconhecida de qualquer forma, era destruidora, era Miguel que vinha.

            Alex nesse mesmo instante se ajoelhou e aguardou que os pés dos anjos que vinham tocassem o chão.

            Então os três tocaram o chão e caminharam até Alex, Bael ergueu a mão para Alex e o levantou, ele era alto forte e negro além de ter poucos fios de cabelos. Liel era de uma altura mediana e ela era magro, tinha sues cabelos cinzas que lhe apresentavam 40 anos na primeira impressão, mas seus olhos verdes amenizavam isso.

            __Vamos anjo. Se levante daí.

            A voz de Bael era forte e decidida.

            __Não sei se sou digno.

            __Ora, bendito sejas tu humano angelical que além de poderoso é humilde, vejo que Deus escolheu bem. Agora vamos tem alguém que quer te ver.

            E atrás deles lá estava Miguel com seus cabelos negros e olhos cor de ébano, ele caminhou em direção a Alex que agora já estava de pé e ambos se abraçaram.

            __Meu bom amigo há quanto tempo.

            __Há quanto tempo mestre...

            __Já disse que não a necessidade para tal denominação.

            __Eu sei... Mas eu gosto de chama-lo assim senhor.

            __Senhor... Não podemos perder tempo— Liel alertava.

            __Ele esta certo não temos tempo para comprimentos, Alex sei que já pedi demais para você, mas tem algo que é necessário que você faça.

            __Sou todos ouvidos.

            __Mas antes queria parabenizá-lo pelo belo trabalho até agora, o cordeiro se alegrou muito com seu trabalho.

            __Fico feliz em saber.

            __Certo tem duas hordas demoníacas vindo pra cá, uma comandada por Mamoth que não representa perigo algum, outra controlada por belzebu, Bael e Liel e suas tropas são os únicos que estão prontos, só eles poderão batalhar por hoje, mas eu preciso de alguém que os comande, alguém de minha confiança, é ai que você entra. Você vai comanda-los.

            __Espera! Eu?!

            __Sim você.

            __Mas não tenho armadura nem asas nem sequer minha segunda arma.

            __Na verdade graças ao toque das trombetas ficou mais fácil de trazer algo para você.

            __O que é?

             E uma explosão ocorreu à armadura de Alex estava ali na sua frente, as placas da armadura apenas se colocaram em seu lugar e cobriram o corpo de Alex. O seu braçal se esticou e agora cobria todo o seu braço. Suas asas douradas nasceram novamente nas suas costas também brilhantes e mais poderosas, seus cabelos cresceram novamente e tomaram a tonalidade rubra, e seus olhos voltaram a cor cinza de sempre.

            __Alex aqui esta algo que é seu.

            Miguel esticou sua mão e entregou Imperius para Alex, ela estava mais linda do que nunca, polida, brilhante, e parecia estar mais poderosa também.

            __Obrigado Miguel.

            __Alex espere tem algo de errado deixe-me ver justiceira.

            Alex entregou justiceira para Miguel e após alguns minutos de análise.

            __Como eu suspeitava, graças sua batalha contra Anúbis, e o seu bastão ocorreram algumas fissuras na lamina da espada, eu posso leva-la comigo? Vou concerta-la além de dar alguns... Como os humanos falam mesmo... “Upgrades” nela.

            __Certo obrigado novamente Miguel.

            __Mas tem algo que eu quero falar para os três, Bael, Liel e Alex, existi um segundo sentido nesse ataque, e é isso que eu vou averiguar. Esse ataque deve ser uma distração para algo maior.

            __Entendido senhor.

            __Agora vão e vençam.

            __Sim. —a voz dos três parecia uníssono.

            __Por Deus!— Miguel ergueu em uma das mãos destruidora e na outra justiceira.

            __Por Deus— Bael ergueu sua maça, Liel ergueu sua espada, justo fio, e Alex ergueu Imperius.

            Durante tudo isso Zael não tinha se pronunciado momento algum, era até algo assustador para Alex.

            Miguel se despediu pela última vez e saiu voando para algum lugar, os três subiram aos céus olharam para o horizonte e perceberam as hordas caminhando em direção ao exercito dos anjos.

            Eram vários e vários demônios atravessando as ruas, apertados, sedentos de sangue, furiosos, mas em sua marcha não existia organização alguma. Entre eles tinham duas grandes cadeiras, na primeira estava sentada uma figura horripilante, tinha uma cabeça muito semelhante à de um boi, era fácil saber que era belzebu, ele trazia consigo um martelo, rústico, mas pesado. Mas existia uma figura até engraçada sobrevoando próximo a belzebu, parecia ser um pássaro, após alguns segundos avistando aquilo Alex percebeu quem era, era sua velha amiga Fenghuang, que agora devia estar junto com belzebu, seu brinquedinho pessoal, mas Fenghuang tinha perdido um pouco só seu brilha, parecia estar cansada e machucada, ou seja, belzebu não cuida bem de seus brinquedos. Logo atrás dele, sentado em outra cadeira gigante mais uma figura engraçada, corpo de hipopótamo e cabeça humana, esse qualquer um poderia reconhecer, era Mamoth.

            __Certo... Algum plano Bael?

            __Temos uma vantagem... A vantagem aérea, podemos atacar por cima...

            __Sim é uma boa ideia Bael, Liel quanto tempo até eles chegarem aqui onde estamos?

            __Cerca de uma hora nesse passo que eles estão.

            __Talvez se caminharmos em direção a eles... Metade das tropas no chão e a outra metade no ar. O que acham?

            __Pode dar certo.

            __Certo vamos lá Alex, nos comande. Dê as ordens aos anjos, eles te seguiram.

            Alex se virou para a multidão de anjos que aguardavam a reunião particular terminar.

            __Vamos! Eu quero metade do exercito no ar e a outra metade na terra. Marchando! Vamos! Agora! Por Deus!

            As multidões respondiam fervorosas “por Deus” e saiam marchando em direção ao exercito inimigo.

            Alex e os outros anjos Bael e Liel se viraram para os exércitos de demônios viram uma figura sobrevoando eles e vindo em sua direção, Imperius estava nas costas de Alex, ele ainda não tinha utilizado a arma. A figura estranha vinha voando com suas asas próprias, parecia ser um pássaro, mas era muito grande não podia ser um pássaro normal, ao se aproximar Alex percebeu quem era.

            __Fenghuang, o que quer?

            __Venho dizer em nome de meu mestre e o maior dos nove condes do inferno, belzebu, que vossos exércitos se rendam e se entregue para o vencedor dessa guerra, o senhor lúcifer.

            __Vejo que já se alistou a outro. Dessa vez você não demorou não é mesmo?

            __Desculpe, mas eu te conheço de algum lugar escória?

            __Acho que isso fará sua memória melhorar— Alex empunhou Imperius e colocou uma de suas duas pontas na garganta de Fenghuang.

            __Ah sim! Como eu pude me esquecer do grande anjo Alex que seguia Miguel naquela fatídica reunião, só quero que a vossa magnificência que eu não tive nada a ver com aquela ideia um tanto quanto má planejada de lhe capturar... Eu só...

            __Calado. Agora se alistou a belzebu? Você é mesmo uma vergonha, mas vejo que você não esta em seus melhores dias.

            __Apenas detalhes...

            __Liel?

            __Sim senhor!

            __Cuide desse aqui. E Bael venha comigo.

            __Sim...

            Alex e Bael sobrevoaram os seus batalhões antes que ocorresse o grande impacto entre os dois exércitos.

            As pessoas pareciam estar vivendo normalmente, mas algo dentro delas as avisava sobre o que estava acontecendo e as fazia evitar ambos os exércitos, o que deixava a cidade com uma grande “vão” em uma das suas principais avenidas, o mais assustador era que ninguém percebia o que ocorria.

            Alex e Bael pararam próximo da grande cadeira de belzebu logo atrás vinha Mamoth.

            __Bael, eu fico com belzebu pode derrotar Mamoth.

            __Certo senhor. —Bael saiu e foi ao encontro de Mamoth.

            Belzebu observava tudo isso.

            __Eu sou Alex, Alex Allen um anjo de Deus e o responsável por esse batalhão. Eu vim te enfrentar.

            __Eu sei quem é você garoto, admito você tem peito pena que eu terei que acabar com isso.

             Belzebu lançou seu martelo no peito de Alex. Ele caiu do céu e invadiu um prédio, uma escola.

            Liel estava enfrentando Fenghuang enquanto isso.

            Ambos voavam pelo ar com grande esplendor, isso já estava cansando Liel, ele não tinha tempo para ir atrás de um pássaro oriental, isso era realmente cansativo, Liel deveria organizar os exércitos caso ocorresse alguma baixa, ele não poderia se dar ao luxo de perder tempo ali.

            Liel parou por um instante de voar e se colocou um pouco acima da altitude que Fenghuang voava.

            Liel se preparou, respirou fundo, olhava o trajeto feito por Fenghuang, ele sabia que só teria uma chance, respirou mais uma vez, o que antes graças ao voo era uma respiração descontrolada e ofegante agora tinha se tornado uma respiração calma e tranquila.

            __Fenghuang vou te mostrar por que o nome da minha espada é justo fio...

            Liel esta planando no ar e por um misero instante sumiu no ar, o ar a volta dele teve um balanço diferente. Fenghuang ainda voava sem rumo pelo ar fugindo de Liel até que ele sentiu um corte profundo na sua asa direita, parou e observou a sua asa direita e pode concluir algo, ela não estava mais lá. Antes de começar a perder altitude o mínimo que pode fazer foi olhar para frente e ver Liel parado em uma posição de ataque a ponta de Liel estava apontada para o chão, tinha acabado de desferir um golpe, a espada estava suja de sangue, sangue de Fenghuang.

            Fenghuang caiu do ar sua asa direita já estava no chão e a sua esquerda não consegue o manter no ar.

            Quanto a Bael e Mamoth, Bael utilizou sua maça para tirar Mamoth da sua cadeira, ele caiu. Bael estava preparado para dar o golpe final, se não tivesse sido atrapalhado por uma onda de demônios que pularam em cima dele, e mais uma vez o porco... Digo o hipopótamo fugiu da sua morte eminente, isso já era costumeiro Mamoth sempre fugia da morte através dos seus subordinados, nunca lutava suas batalhas.

            Fenghuang foi capturado e Liel pode comandar os exércitos, quanto a Bael este se divertia no meio das hordas demoníacas derrubando vários demônios com apenas um movimento de sua maça. Esses dois foram escolhidos com sabedoria para proteger a terra.

            Quanto a Alex ele estava caído em meio aos destroços de uma escola. Belzebu o seguiu, era uma sala com mais ou menos 30 alunos, Alex estava caído no meio da sala num espaço de mais ou menos quatro carteiras, o mais incrível era que ninguém tinha se machucado, o mesmo que ocorria com as pessoas na rua tinha acontecido com os alunos da sala, um senso natural de proteção.

            Belzebu entrou na sala, mas ao fazer isso quebrou parte da porta, ele entrou e parou no centro da sala, Alex se levantou e tirou todos os escombros de perto. Quando se recuperou caminhou até Belzebu que agora parecia expelir saliva de tamanha raiva.

            __Hei garoto! Que tal uma brincadeira? Uma aposta?

            __Por que eu aceitaria uma aposta com você?

            __Por que você me enfrentando de forma direta não tem chance. Sou mais forte que você, e minha arma também.

            Isso era muito variável, mas Belzebu estava convencido, por que não usar isso a seu favor? Alex pensava.

            __Certo continue.

            __Eu tenho esse martelo, vou deixar ele no chão, caso você consiga o levantar eu admito que estava errado eu sou derrotado, caso não eu levo sua lança Imperius comigo.

            __Mas e você? O que você vai fazer?

            __Também quer eu brinque? Façamos assim se eu levantar sua lança continua da mesma forma, mas se eu não levantar você leva meu martelo.

            __Isso não me parece vantajoso.

            __Vamos logo anjo!

            Alex caminhou até a frente da sala. Os dois se enfrentaram com os olhos, Alex empunhava Imperius e Belzebu trazia seu martelo consigo.

            Belzebu soltou seu martelo no chão, ao cair o martelo quebrou o chão e afundou, Alex apenas cravou Imperius no chão, belzebu deu um passo para trás e se aproximou da cadeira da professora, ela estava na cadeira comum aluno, Belzebu cruzou os braços e esperou.

            Alex se colocou diante do martelo e abriu suas asas o que locomoveu uma grande massa de ar, ele segurou com firmeza o martelo, se preparou, dobrou um pouco o joelho, se concentrou, respirou fundo. As asas de Alex bateram levemente, os pés de Alex subiram um pouco acima do chão. O martelo se levantou um pouco do chão, desciam algumas gotas de suor do rosto de Alex.

            Ao lado dele a lança de Alex estava ali parada. Belzebu observava toda a ação até se mover em direção da lança, ele iria pegar a arma de Alex. Foi rápida a percepção de Alex, com muita dificuldade Alex jogou o martelo na direção de Belzebu. Foi por pouco que Belzebu conseguiu pegar a lança, o martelo acertou a barriga a sua barriga ele foi atirado contra a carteira da professora. Os alunos se depararam com uma cena estranha, a mesa da professora se quebrou em vários pedaços de repente, houve um pânico geral e todos saíram da sala correndo, Alex e Belzebu permaneceram sozinhos na sala.

            Alex aproveitou que belzebu estava caído, empunhou sua lança correu e a pôs no rosto de belzebu, esta era uma situação até mesmo familiar.

            Um anjo sobre um demônio.

         Belzebu estava desarmado, seu martelo agora estava na sua barriga causando um sangramento interno, a lança que ele tanto cobiçava agora quase feria seu rosto, ele não tinha outra opção senão admitir a derrota e sair como um perdedor.

            Mas antes de dizer qualquer coisa Alex se pronunciou.

            __Sou um anjo e fiz um acordo com você. Tenho que cumpri-lo. Sua vez.

            Alex deu passos para trás, levantou sua lança, e com um leve movimento a cravou no chão. Belzebu se reergueu e se recompôs se aproximou da lança, segurou ela com as duas mãos, se preparou, dobrou o joelho, e fez uma leve força sobre a lança. Não consegui retirar ela do chão. Tentou novamente com mais força, a lança novamente não se moveu. Ele se enfureceu, e tentou com toda a sua força.

            A lança não se moveu, Alex estava a poucos metros dele. Apreciava ver a dificuldade que belzebu tinha, mas para ele era tão fácil manusear a lança, por que existia uma dificuldade para Belzebu?

            Alex se lembrou de algo, todos os anjos tinham suas armas, mas quando um terço deles caiu do céu suas armas caíram junto com eles, mas com o passar do tempo, o apodrecimento da áurea dos demônios suas armas também apodreceram e perderam o poder, mas e quanto a Alex? Ele não era um anjo “convencional” e sua arma? Alex se lembrou de que Gabriel tinha forjado sua arma, mas isso não lhe dava nenhuma informação. Talvez a arma de Alex fosse feita especialmente para ele, para a sua parte humana e para a sua parte angelical, em outras palavras Imperius era única em todo o universo. Um ótimo espólio de guerra, por isso tão desejada por belzebu.

            Ele ainda tentava incessantemente retirar Imperius do chão, ainda sem sucesso. Alex se mobilizou diante daquilo.

            __Desisti de tentar Belzebu?

            Alex caminhou em direção à lança, Belzebu já estava sem ar por tamanho esforço. Alex caminhou se aproximou e retirou Imperius com grande facilidade do chão.

            Ele se virou e empurrou Belzebu contra a parede, usando o bastão pressionava o peito dele contra a parede, Alex com apenas uma das mãos segurou Belzebu contra a parede, agora ele se contorcia querendo se soltar Alex com a outra mão empunhava Imperius, a ergueu a altura do rosto e a aproximou da face de Belzebu, fez com que a ponta da lamina tocasse a maçã do rosto e fizesse um corte no rosto, um corte perceptível e vergonhoso, era uma ferida causada por um anjo, em outras palavras uma chaga que seria incurável.

            Ao terminar a ferida Alex soltou Belzebu da parede que caiu de joelho no chão.

            __Isso servira para lhe trazer a memória o que aconteceu hoje, o seu jogo sujo e a minha vitória, o vitoria das tropas angelicais sobre as suas hordas.

            __Vitória? Como você pode ter tanta certeza? Ainda não nos rendemos.

            __Eu te mostro.

            Alex segurou o ombro de Belzebu abriu suas asas e ergueu em voo, saiu cortando o ar pelo mesmo buraco em que ele havia caído tomou uma atitude considerável em seu voo e pode ver todo o exército, tanto de anjos quanto de demônios, a imagem era mais chocante para Alex que para Belzebu, o campo estava acabado, anjos mortos, corpos amontoados, demônios mutilados, asas sangrando e cabeças decapitadas, nenhum dos exércitos era piedoso, agora Bael estava cercado por um numero alto de demônios massacrando todos com sua maça, enquanto Liel sobrevoava o campo de batalha dando ordens aos anjos para não desistirem. Além disso, humanos estavam no meio do campo de batalha, sem feridas claro, mas estavam passando mal com tamanho abalo no mundo espiritual.

            Alex estava abismado com tudo aquilo, essa era a primeira vez que via, realmente, uma batalha, sua mente viajou e ele imaginou todo o apocalipse que seria muito pior que aquilo que ele estava vendo, muito maior e mais prolongado.

            Alex avançou no ar ainda carregando Belzebu, o soltou em meio a um monte de demônios mortos, ele caiu como uma rocha, Alex se aproximou de Liel para saber das baixar e o rumo que a batalha estava tomando.

            Mas enquanto tudo isso acontecia longe dali algo estava prestes a mudar.

            Era uma parte do céu acima do oceano pacifico, o mar brilhava com a luz do céu que resplandecia sobre a sua superfície.

            Logo acima do mar as nuvens brancas, estavam calmas e serenas, aquela área do céu era uma área peculiar por que as três partes do céu ali eram nulas, primeiro antes de tudo existia um grande rasgo no tecido de ligação entre a terra e o céu, esse “rasgo” era coberto por um grande portão de bronze que ficava acima de uma nuvem, a visão era ate mesmo bem familiar, na frente desse portão existia um anjo, fortemente armado, com uma armadura pesada de ouro, ele era alto, moreno de olhos castanhos escuros, um nariz adunco e barba recém-feita, suas asas não estavam à mostra, deviam estar escondidas dentro da sua armadura.

            Ele estava diante do portão imóvel segurando sua espada, que era pesada, uma arma feita pra se manusear com duas mãos, sua ponta agora estava cravado no chão... Digo na nuvem.

            Uma figura um pouco esquelética apareceu diante desse anjo, trajava um sobre tudo negro, elegante mais simples, tinha um rosto também esquelético, mas ao mesmo tempo belo, era Lúcifer.

            Lúcifer caminhou até o portão, se aproximou muito, o anjo estava parado sem se mover, lúcifer chegou realmente perto do portão, quando ergueu sua mão para abri-lo algo passou diante dos seus olhos, era o braço do anjo que agora separava ele do portão.

            __Admito por um instante cheguei a pensar que você me permitiria à passagem.

            __Você não pode passar aqui.

            __Ora por que não?

            O anjo olhou encarando Lúcifer como se tudo aquilo fosse uma grande piada.

            __Se qualquer outra pessoa me perguntasse eu até ousaria responder, mas logo você?

            __Sabe como é não é? Depois de certo tempo você esquece.

            __Agora se afaste daqui Heilel.

            __Admito sentinela você é mesmo corajoso em pronunciar meu nome, de forma tão lúcida claro.

            __Por que eu deveria temer? Após a queda seu nome se tornou um tabu... Você se tornou um tabu, mas por que deveríamos temer? Você é como nós não um bicho papão para os anjos.

            __Se quer saber sempre gostei desse nome, hebraico sempre foi uma bela língua, “Heilel” bem sonoro não acha?

            O anjo com o seu braço lançou Lúcifer para trás, machucaria qualquer outro ser devido à tamanha força, mas não a Lúcifer. Ele apenas cambaleou para trás e fez algo inesperável, de dentro da sua veste retirou a sua espada, a espada da perdição, não existe arma mais temida e odiada em todo o universo que aquela que ali estava. Já com Destruidora era algo diferente, ela era temido por alguns, mas respeitada por muitos.

            O anjo também se preparou, retirou sua espada do chão e a empunhou com as duas mãos.

            A espada da perdição eras assustadora, de certa forma você poderia perceber os traços angelicais nela, mas em contrapartida com isso ela tinha sido alterada, adicionada partes, mais e mais lâminas foram adicionadas ao projeto original da espada em busca de mais poder, agora seu aspecto era horrendo e dava medo a qualquer um que a encarasse mais tudo isso não parecia assustar o anjo que estava pronto para a batalha, pronto para morrer se preciso para evitar a invasão do céu. As sentinelas eram anjos muito virtuosos.

            Os dois estavam prontos para brigar se uma voz não os repreendesse.

            __Já chega disso, parem, você sentinela e você irmão.

            Acima deles estava um anjo que trajava uma armadura de largos ombros, ele tinha um cabelo e olhos negros e na cintura trazia uma espada. Era Miguel.

            __Que isso irmão eu não planejava machucar essa preciosa sentinela—Lúcifer escondeu a sua espada da perdição entra as roupas.

            Miguel descia lentamente até pousar e estar no meio deles.

            __Senhor perdão... — a sentinela estava de joelho perante o arcanjo.

            __Admito Miguel, você treinou muito bem os seus “cãezinhos”. —os olhos da sentinela se dirigiram a Lúcifer e o encararam.

            __Já chega Lúcifer.

            Agora um estava a frente do outro. Os dois arcanjos se enfrentavam com os olhos.

            __Está ouvindo esse som Miguel? É o som da minha vitória.

            __Se refere ao som da quarta trombeta do apocalipse. Mas essa é a sua vitória? Quer desperdiçar duas hordas de demônios para nada?

            __Sim... mas meu caro irmão, o que hoje eu perco com aqueles demônios patéticos, eu ganho com Tehom amanhã. Miguel logo, logo os seres humanos poderão nos ver, eu espero por isso, quero aterrorizar todos eles, quero que eles sintam medo de mim...

            __Novamente essa sua mania de querer que todos te sigam através do medo.

            __Você quer acabar logo com isso?—Miguel se desarmou, deixou que destruidora tocasse no chão. Abriu algumas correias ao lado da sua couraça e ela abriu deixando suas chapas cair no chão. Miguel queria ter uma briga com Lúcifer.

            __Você realmente espera que eu brigue com você irmão?

            __Quero.

            __Não vou te dar esse prazer, eu vou, mas como você sabe irmão querido, eu volto... Eu sempre volto.

            __Vá irmão, e algo, da próxima vez que nós nos vermos, será a última vez que nos vemos.

            __Até mais.

            Lúcifer se virou e caminhou até o fim da nuvem e se jogou ao chegar à ponta.

            __Viu sentinela, ele é como uma criança, só é necessária utilizar psicologia reversa com ele.

            A sentinela sorriu sobre a piada.

            De volta ao campo de batalha, Alex percebia que a vitoria já era eminente, as hordas demoníacas já estavam dominadas com pouquíssimos núcleos de concentração, e a perca de anjos era baixa, na verdade não houve percas, no Maximo anjos feridos, mas algo preocupava o sentido querubim de Alex, a facilidade da vitória da batalha.

            A quarta trombeta do apocalipse tinha tocado ao pouco tempo, alguns anjos caíram graças ao som ensurdecedor, mas todos os demônios, todos, caíram no chão pelo som, era percebível que os machucava talvez daí tenha vindo a vitoria da batalha.

            Todos estavam reunidos em uma praça, anjos estavam em tendas sendo socorridos, eram feridas leves, Bael, Liel e Alex estavam reunidos.

            __Admito Alex você me surpreendeu hoje. Conseguiu derrotar Belzebu— Bael apontou para trás em meio aos montes de corpos de demônios que estava ali, Belzebu ele estava embaixo de todos desacordado, Alex tinha soltado ele no ar.

            __Não foi nada, mas devemos nossa vitória Bael ao controle de Liel sobre os exercito.

            __Eu não fiz nada Alex, eles se sentiram inspirados quando você venceu Belzebu.

            Miguel vinha sobre ele até pousar junto com os anjos.

            __Eu não esperava menos de vocês anjos. Estão todos de parabéns.

            __Miguel o que houve? Onde você estava?

            __Lúcifer Liel, ele apareceu em um dos portais, um raro.

            __Qual? Ou melhor, para onde?

            __Para o paraíso.

            __Mas o que ele queria em um portal para o céu? Os portais são fortemente protegidos por uma sentinela, além do mais Lúcifer não pode chegar ao céu.

            __Eu não sei, mas o ataque de hoje foi apenas uma distração, Liel e Bael, vamos, já ficamos aqui tempo demais.

            __Mas Miguel, e quanto aos demônios?

            __A igreja... Ela saberá como agir.

            __Mas estamos em plena China, como você sabe aqui o cristianismo não tem poder, como os poucos aqui poderão dar conta de tantos?

            __Nós levaremos conosco mais da metade, mas acalme-se a igreja já sabe sobre a batalha aqui e logo, logo mandara padres para fazerem a excomungação a esses demônios.

            __Certo, eu vou ficar aqui para cuidar deles.

            __Você não tem tempo Alex! Tem que cuidar do terceiro cavaleiro do apocalipse, a guerra.

            __Sim senhor Miguel.

            __Eu sei que você é capaz Alex, mas eu te ajudarei mais um pouco, na verdade eu não farei nada, só vou te avisar algo, agora com a quarta trombeta do apocalipse já tendo sido flagrado, você pode trazer sua asa ao seu avatar. E outra coisa, eu pedi a Gabriel que arrumasse a sua espada, ele fez isso, então acho desnecessária sua lança.

            __Você se refere a minha asa metálica?

            __Sim... Mas olha só o horário, eu já tenho que ir, sabe como é não posso deixar o céu por muito tempo, mas tudo bem, eu levarei todos eles comigo, e destruirei a arma de Belzebu, até mais Alex.

            __Até mais Alex.

            __Tchau Alex.

            Bael e Liel se foram acompanhando Miguel. Cada um dos anjos pegou alguns demônios em seus ombros e os levaram com ele.

            Em pouco mais de cinco minutos Alex estava sozinho sem sua armadura, agora com uma jaqueta de couro e uma calça jeans, Zael voltou ao seu ombro, o que era algo chato, mas fazia falta.

            Alex aprendeu a ignora-lo o que o deixava furioso.

            Alex fechou seus olhos e se preparou, ele iria viajar para enfrentar o terceiro cavaleiro do apocalipse, a guerra. Mas como iria viajar sem saber onde a guerra estava? Alex teria que utilizar sua onisciência para saber.


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