Contrato Assinado. escrita por Rockines
Notas iniciais do capítulo
Novo capítulooooo! Estive algum tempo sem escrever por causa de ter de estudar para os exames, mas o de história da arte já está feito *.* só falta de geometria :s Desejem-me sorte *.*
***
O carro acelerava com o meu pai ao volante e a minha mãe a seu lado. O Travis e eu íamos atrás separados pelo banco do meio e eu ia encostada à janela enquanto ele mexia na manga da camisa. Mas porquê?... Porque é que eu o fiz?... Ah! Já sei… pelo contrato que ele me prometeu e que agora está em SUA posse. Agora, em vez de ter um contrato que me levaria à riqueza e fama, tinha um rapaz que eu odiava, super problemático com montes de cenas para resolver, no meu carro, juntamente com os meus pais que agora acreditam que ele é o meu namorado, a caminho da minha casa. Tudo porque fui na sua conversa, tudo porque não pensei:
Jen, quando aceitaste trazê-lo alguma vez pensaste no quão grave pode ser o sarilho em que ele está metido? Não, claro que não, mal vi o envelope aceitei logo! Fui na manipulação dele.……….Outra vez! Bufei de raiva.
“Então, então filha?... Tudo bem?... para quê tanto suspiro?” A minha mãe tentava falar bem e de maneira querida para tentar parecer bem à frente do Travis…………………. Mãe… não é preciso, REALLY, ele não merece!
“Haaa…” Bocejei “Não é nada mãe, estou só cansada da viajem”
“E tu… Rapaz…” O meu pai pigarreou, o Travis ia a olhar pela janela distraído. Ao ver que ele demorava a responder dei-lhe um pequeno pontapé que o fez sobressaltar isto fez com que ele olhasse para mim com fúria por isso desviei o olhar para a janela de novo.
“Sim… senhor?…”
“Trata-me por Alan”
“Ok… Alan”
“Estava a brincar. Trata-me por Senhor, faz parte das regras da boa educação”
O Travis estava confuso, ele não gostava que gozassem com ele. Eu soltei um pequeno riso, isto dava-me gozo. Respirou fundo lentamente e com uma voz provocadora respondeu: “Sim, senhor…Alan.”
O carro parou bruscamente fazendo derrapar os pneus. Reparei no olhar da minha mãe que se agarrava com força ao banco e olhei de rompante para o Travis que tinha uma expressão irritante de contentamento na cara. O semáforo estava com sinal vermelho e o meu pai agarrava o volante com força. De repente, virou-se bruscamente para trás e olhou para o Travis. Um silêncio constrangedor apoderou-se do carro.
“Achas que tens piada?”
O Travis estava imóvel mantendo contacto visual com o meu pai e passado uns segundos os seu típico meio sorriso começou a aparecer. O papá estava a ter muita paciência. De repente o sinal mudou para verde e os carros começaram a apitar, o meu pai virou-se para a frente descontraidamente e arrancou seguindo a estrada que roçava nos pneus que faziam um barulho ensurdecedor.
Passados uns cinco minutos o meu pai voltou a meter conversa com o Travis.
“Não és o primeiro sabes?” A voz do meu pai guardava fúria e resignação. Mas estes sentimentos estavam muito bem guardados dentro da ironia e provocação do seu tom de voz. Levei a minha mão à cabeça e suspirei.
“O primeiro?”
“Sim, o primeiro. Já muitos rapazes como tu passaram por aqui.” Ao ouvir isto levantei a cabeça bruscamente, não acreditava no que estava a ouvir.
“Muitos rapazes?” A voz do Travis continha o riso e ele olhava para mim com gozo. Cutuquei a minha mãe que chamou à atenção do meu pai sobre o que ele estava a dizer, mas ele não quis saber.
“Sim! Muitos rapazes! Assim como tu, irreverentes e que acham que têm piada! Ela tem um gosto especial por esses. Por isso, só te estou a dar uma informação. Não és o primeiro.”
“Alan!” a minha mãe olhava para o meu pai com repreensão.
“Então eu sou irreverente e acho que tenho piada?! É isso …ALAN?” O Travis tentava conter-se e falava com desprezo, peguei-lhe na mão e entrelacei os meus dedos nos dele encostando-me a ele.
“Pai… ele não é assim…” Tentei falar docemente para o meu pai enquanto a minha expressão repreensiva tentava fazer perceber ao Travis que ele tinha de se acalmar. O olhar dele transmitia fúria, e o pior é que era apenas pelo olhar que podíamos comunicar. O carro parou e os meus pais começaram a dirigir-se para casa enquanto o Travis agarrava a minha mão e tentava fazer boa figura à frente deles. Ai….Sem dramas por favor….
***
Os talheres batiam contra os pratos levemente e a minha mãe olhava para o prato do Travis que estava praticamente vazio. Os seus olhos passavam por nós que comíamos calmamente e hesitante começou a falar:
“Então… como se conheceram?” De repente a comida ficou presa na minha garganta e eu comecei a tossir. O Travis bateu ao de leve nas minhas costas e eu voltei a respirar normalmente. Os meus pais olhavam para mim com estranheza, mas o Travis mantinha a calma.
“Na universidade.” As mentiras ião cada vez mais longe… O travis não estudava.
“Estás a tirar um curso superior?” Os meus pais estavam curiosos e eu estava a tremer de medo, eu não estava habituada a ter que fazer este tipo de encenações. O Travis deu-me a mão em cima da mesa e sorriu:
“Sim, estou. Medicina.” A expressão do meu pai iluminou-se e a minha mãe sorria-nos com orgulho. Agarrei com mais força a mão do Travis e senti uma vontade enorme de vomitar por causa dos nervos , mas mesmo assim sorri-lhes de volta. Como podia ele estar tão calmo?
“E… está a correr bem? “
“Sim, estou quase a acabar.”
“Que bom… “ Os meus pais olhavam-me com uma expressão desconfiada. Eles vão perceber… Eles vão perceber… Eles vão perceber… Senti o meu estomago a doer. Um silêncio constrangedor instalou-se entre nós e só foi cortado quando o meu pai se levantou segurando na garrafa de champagne e oferecendo um pouco ao Travis.
“És servido?”
O Travis sorriu levemente “ Não bebo, obrigada.”
Meu Deus, isto era demais… desde quando é que ele não bebia? Bebia e não era pouco!
“Muito bem…” Disse o meu pai servindo-se a si e à minha mãe deixando a “pequena” Jen de parte. Comecei a sentir-me tonta e as minhas mãos começaram a tremer. Senti a mão do Travis segurar a minha com mais força como que a pedir que aguentasse.
“Filha, o que se passa? Estás tão branca…” A minha mãe olhava para mim preocupada e o Travis segurou o meu queixo enquanto me olhava com os seus olhos verdes.
“Estás realmente branca amor… O que se passa?” Naquele momento apeteceu-me contar tudo ao meus pais e fazer com que ele parasse. O Travis encostou os seus lábios à minha testa e beijou-a levemente deixando que o seu perfume me envolvesse.
“Estás um pouco quente… não será melhor descansares um pouco?” O Travis pegou no meu pulso com as suas enormes mãos e começou a sentir o meu batimento cardíaco.
“Acho que estou apenas cansada…Preciso de dormir.” Comecei a levantar-me e a arrumar os pratos da mesa, mas a minha mãe impediu-me.
“Deixa filha eu faço isso…” O Travis segurou-me pela cintura e colocou o braço à minha volta acompanhando-me até ao meu quarto. Entrámos, sentei-me na minha cama, respirei fundo.
O Travis olhava em volta para as minhas coisas e suspirou. O meu coelho BiBi ainda estava na mesma prateleira em que o tinha deixado antes de ter ido para Nova York e a minha cama de solteiro parecia mais pequena do que nunca.
“O que foi isto?...” murmurei
“O quê?” Olhei para ele incrédula.
“Isto… tudo isto! Porque lhes disseste que eras meu namorado? Porque mentiste e disseste que estavas a estudar para medicina?! Porque é que enervaste o meu pai!? Ele tem problemas de coração, Travis!” Ele começou a caminhar pelo meu quarto lentamente, observando tudo em pormenor, ignorando-me.
“Estás a ouvir?? Eu trouxe-te até cá! Não era suposto dares-me o contrato e ires-te embora? Não foi isso que prometeste?”
“E ia ficar onde?” Ele apanhou-me de surpresa.
“Como assim? Devias ter pensado nisso antes! Eu não me ofereci para te acolher!”
“Pois não, por isso é que inventei que eramos namorados”
“Estás a dizer que a culpa é minha por não te ter perguntado se querias ficar em minha casa?! Eu não posso contigo Travis! Por isso é que não o fiz! Era suposto afastarmo-nos um do outro mal chegássemos ao aeroporto!”
“Sim, mas eu não vou dormir na rua por isso…”
“Quero lá saber se dormes na rua!” Virei-me para a porta para sair
“Eu vou contar tudo aos meus pais!” Quando estava para sair o Travis agarrou com força o meu braço e puxou-me contra ele.
“Não, Jen, tu não vais contar, e sabes porquê? Porque se eu sair daqui, o contrato sai comigo. E tu não queres isso.” O seu olhar era assustador e o meu braço começava a doer. Lentamente ele começou a soltar-me e fechou a porta atrás de mim.
“Vais dizer-me ao menos o porquê de teres vindo para aqui?”
“Não.”
“Porquê?”
“Porque não tens nada a ver com isso.”
“EU tenho tudo a ver com isso! Eu sei que estas metido em algum sarilho, Travis. E eu não quero ser envolvida nele! “
“ Vais ter de viver com isso.”
“Isso não é justo para mim!” O Travis começou a andar pelo meu quarto outra vez e eu fiquei especada a olhar pra ele. O coelho BiBi estava de orelhas caídas e os seus olhos negros fitavam o chão.
“O que é isto?” O Travis tocava nas pontas das orelhas do meu coelho cor-de-rosa e falava calmamente com um pequeno riso contido.
“Isso é o meu peluche. BiBi.” O Travis deu uma pequena gargalhada.
Eu sei… é vergonhoso… eu tenho um coelho rosa, o meu peluche. Mas eu gosto dele!
“Sai!!!!” indiquei-lhe a saída.
“Com que então… muitos rapazes como eu?" O Travis fazia um ritmo descompassado batendo com os dedos na minha secretária.
“O quê??”
“Era aqui que tu e eles…”
“SAI!!!!” Abri a porta do meu quarto e indiquei-lhe a saída. Com o seu meio sorriso na cara, o Travis arrastou-se até à saída. Antes de sair parou à minha frente e passou a mão no meu cabelo como se eu fosse o seu animalzinho de estimação e eu tentei empurra-lo para fora do meu quarto. Ainda consegui ouvir o seu riso irritante do outro lado da porta e desejei nunca o ter conhecido.
O meu quarto estava escuro e a cor clara do BiBi sobressaía na minha estante repleta de cd´s e de livros. Caminhei até perto dela e levantei o pequeno coelho que , graças ao Travis tinha caído para a frente deixando a sua pequena cauda felpuda à mostra. Peguei nele e ajeitei-o. O seu olhar negro e inocente observava tudo e nada. Como se estivesse cego, mas ao mesmo tempo conseguisse ver e perceber coisas que eu não conseguia. O BiBi sempre tinha tido esta capacidade, ver coisas que eu pensava não existirem e ignorar coisas que eu via claramente.
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Ai... acho que o capitulo não ficou muito bom, mas a minha cabeça anda sobrecarregada e não tenho tanto tempo para pensar no Travis e na Jen :( e acho também que tou a parecer um telegrafo a escrever o.o acham que a minha maneira de escrever está muito diferente de quando eu comecei? eu sinto isso e não sei porquê, alguém me ajuda a perceber onegai?? sayonaraaaaaa