Contrato Assinado. escrita por Rockines


Capítulo 13
BiBi


Notas iniciais do capítulo

Novo capítulooooo! Estive algum tempo sem escrever por causa de ter de estudar para os exames, mas o de história da arte já está feito *.* só falta de geometria :s Desejem-me sorte *.*



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***

O carro acelerava com o meu pai ao volante e a minha mãe a seu lado. O Travis e eu íamos atrás separados pelo banco do meio e eu ia encostada à janela enquanto ele mexia na manga da camisa. Mas porquê?... Porque é que eu o fiz?... Ah! Já sei… pelo contrato que ele me prometeu e que agora está em SUA posse. Agora, em vez de ter um contrato que me levaria à riqueza e fama, tinha um rapaz que eu odiava, super problemático com montes de cenas para resolver, no meu carro, juntamente com os meus pais que agora acreditam que ele é o meu namorado, a caminho da minha casa. Tudo porque fui na sua conversa, tudo porque não pensei:

Jen, quando aceitaste trazê-lo alguma vez pensaste no quão grave pode ser o sarilho em que ele está metido? Não, claro que não, mal vi o envelope aceitei logo! Fui na manipulação dele.……….Outra vez! Bufei de raiva.

Então, então filha?... Tudo bem?... para quê tanto suspiro?” A minha mãe tentava falar bem e de maneira querida para tentar parecer bem à frente do Travis…………………. Mãe… não é preciso, REALLY, ele não merece!

Haaa…” Bocejei “Não é nada mãe, estou só cansada da viajem

E tu… Rapaz…” O meu pai pigarreou, o Travis ia a olhar pela janela distraído. Ao ver que ele demorava a responder dei-lhe um pequeno pontapé que o fez sobressaltar isto fez com que ele olhasse para mim com fúria por isso desviei o olhar para a janela de novo.

Sim… senhor?…

Trata-me por Alan

Ok… Alan

Estava a brincar. Trata-me por Senhor, faz parte das regras da boa educação

O Travis estava confuso, ele não gostava que gozassem com ele. Eu soltei um pequeno riso, isto dava-me gozo. Respirou fundo lentamente e com uma voz provocadora respondeu: “Sim, senhor…Alan.”

O carro parou bruscamente fazendo derrapar os pneus. Reparei no olhar da minha mãe que se agarrava com força ao banco e olhei de rompante para o Travis que tinha uma expressão irritante de contentamento na cara. O semáforo estava com sinal vermelho e o meu pai agarrava o volante com força. De repente, virou-se bruscamente para trás e olhou para o Travis. Um silêncio constrangedor apoderou-se do carro.

Achas que tens piada?

O Travis estava imóvel mantendo contacto visual com o meu pai e passado uns segundos os seu típico meio sorriso começou a aparecer. O papá estava a ter muita paciência. De repente o sinal mudou para verde e os carros começaram a apitar, o meu pai virou-se para a frente descontraidamente e arrancou seguindo a estrada que roçava nos pneus que faziam um barulho ensurdecedor.

Passados uns cinco minutos o meu pai voltou a meter conversa com o Travis.

Não és o primeiro sabes?” A voz do meu pai guardava fúria e resignação. Mas estes sentimentos estavam muito bem guardados dentro da ironia e provocação do seu tom de voz. Levei a minha mão à cabeça e suspirei.

O primeiro?

Sim, o primeiro. Já muitos rapazes como tu passaram por aqui.” Ao ouvir isto levantei a cabeça bruscamente, não acreditava no que estava a ouvir.

Muitos rapazes?” A voz do Travis continha o riso e ele olhava para mim com gozo. Cutuquei a minha mãe que chamou à atenção do meu pai sobre o que ele estava a dizer, mas ele não quis saber.

Sim! Muitos rapazes! Assim como tu, irreverentes e que acham que têm piada! Ela tem um gosto especial por esses. Por isso, só te estou a dar uma informação. Não és o primeiro.

Alan!” a minha mãe olhava para o meu pai com repreensão.

Então eu sou irreverente e acho que tenho piada?! É isso …ALAN?” O Travis tentava conter-se e falava com desprezo, peguei-lhe na mão e entrelacei os meus dedos nos dele encostando-me a ele.

Pai… ele não é assim…” Tentei falar docemente para o meu pai enquanto a minha expressão repreensiva tentava fazer perceber ao Travis que ele tinha de se acalmar. O olhar dele transmitia fúria, e o pior é que era apenas pelo olhar que podíamos comunicar. O carro parou e os meus pais começaram a dirigir-se para casa enquanto o Travis agarrava a minha mão e tentava fazer boa figura à frente deles. Ai….Sem dramas por favor….

***

Os talheres batiam contra os pratos levemente e a minha mãe olhava para o prato do Travis que estava praticamente vazio. Os seus olhos passavam por nós que comíamos calmamente e hesitante começou a falar:

Então… como se conheceram?” De repente a comida ficou presa na minha garganta e eu comecei a tossir. O Travis bateu ao de leve nas minhas costas e eu voltei a respirar normalmente. Os meus pais olhavam para mim com estranheza, mas o Travis mantinha a calma.

Na universidade.” As mentiras ião cada vez mais longe… O travis não estudava.

Estás a tirar um curso superior?” Os meus pais estavam curiosos e eu estava a tremer de medo, eu não estava habituada a ter que fazer este tipo de encenações. O Travis deu-me a mão em cima da mesa e sorriu:

Sim, estou. Medicina.” A expressão do meu pai iluminou-se e a minha mãe sorria-nos com orgulho. Agarrei com mais força a mão do Travis e senti uma vontade enorme de vomitar por causa dos nervos , mas mesmo assim sorri-lhes de volta. Como podia ele estar tão calmo?

E… está a correr bem?

Sim, estou quase a acabar.

Que bom… “ Os meus pais olhavam-me com uma expressão desconfiada. Eles vão perceber… Eles vão perceber… Eles vão perceber… Senti o meu estomago a doer. Um silêncio constrangedor instalou-se entre nós e só foi cortado quando o meu pai se levantou segurando na garrafa de champagne e oferecendo um pouco ao Travis.

És servido?

O Travis sorriu levemente “ Não bebo, obrigada.

Meu Deus, isto era demais… desde quando é que ele não bebia? Bebia e não era pouco!

Muito bem…” Disse o meu pai servindo-se a si e à minha mãe deixando a “pequena” Jen de parte. Comecei a sentir-me tonta e as minhas mãos começaram a tremer. Senti a mão do Travis segurar a minha com mais força como que a pedir que aguentasse.

Filha, o que se passa? Estás tão branca…” A minha mãe olhava para mim preocupada e o Travis segurou o meu queixo enquanto me olhava com os seus olhos verdes.

Estás realmente branca amor… O que se passa?” Naquele momento apeteceu-me contar tudo ao meus pais e fazer com que ele parasse. O Travis encostou os seus lábios à minha testa e beijou-a levemente deixando que o seu perfume me envolvesse.

Estás um pouco quente… não será melhor descansares um pouco?” O Travis pegou no meu pulso com as suas enormes mãos e começou a sentir o meu batimento cardíaco.

Acho que estou apenas cansada…Preciso de dormir.” Comecei a levantar-me e a arrumar os pratos da mesa, mas a minha mãe impediu-me.

Deixa filha eu faço isso…” O Travis segurou-me pela cintura e colocou o braço à minha volta acompanhando-me até ao meu quarto. Entrámos, sentei-me na minha cama, respirei fundo.

O Travis olhava em volta para as minhas coisas e suspirou. O meu coelho BiBi ainda estava na mesma prateleira em que o tinha deixado antes de ter ido para Nova York e a minha cama de solteiro parecia mais pequena do que nunca.

O que foi isto?...” murmurei

O quê?” Olhei para ele incrédula.

Isto… tudo isto! Porque lhes disseste que eras meu namorado? Porque mentiste e disseste que estavas a estudar para medicina?! Porque é que enervaste o meu pai!? Ele tem problemas de coração, Travis!” Ele começou a caminhar pelo meu quarto lentamente, observando tudo em pormenor, ignorando-me.

Estás a ouvir?? Eu trouxe-te até cá! Não era suposto dares-me o contrato e ires-te embora? Não foi isso que prometeste?

E ia ficar onde?” Ele apanhou-me de surpresa.

Como assim? Devias ter pensado nisso antes! Eu não me ofereci para te acolher!

Pois não, por isso é que inventei que eramos namorados

Estás a dizer que a culpa é minha por não te ter perguntado se querias ficar em minha casa?! Eu não posso contigo Travis! Por isso é que não o fiz! Era suposto afastarmo-nos um do outro mal chegássemos ao aeroporto!

Sim, mas eu não vou dormir na rua por isso…

Quero lá saber se dormes na rua!” Virei-me para a porta para sair

Eu vou contar tudo aos meus pais!” Quando estava para sair o Travis agarrou com força o meu braço e puxou-me contra ele.

Não, Jen, tu não vais contar, e sabes porquê? Porque se eu sair daqui, o contrato sai comigo. E tu não queres isso.” O seu olhar era assustador e o meu braço começava a doer. Lentamente ele começou a soltar-me e fechou a porta atrás de mim.

Vais dizer-me ao menos o porquê de teres vindo para aqui?

Não.

Porquê?

Porque não tens nada a ver com isso.

EU tenho tudo a ver com isso! Eu sei que estas metido em algum sarilho, Travis. E eu não quero ser envolvida nele!

Vais ter de viver com isso.

Isso não é justo para mim!” O Travis começou a andar pelo meu quarto outra vez e eu fiquei especada a olhar pra ele. O coelho BiBi estava de orelhas caídas e os seus olhos negros fitavam o chão.

O que é isto?” O Travis tocava nas pontas das orelhas do meu coelho cor-de-rosa e falava calmamente com um pequeno riso contido.

Isso é o meu peluche. BiBi.” O Travis deu uma pequena gargalhada.

Eu sei… é vergonhoso… eu tenho um coelho rosa, o meu peluche. Mas eu gosto dele!

Sai!!!!” indiquei-lhe a saída.

Com que então… muitos rapazes como eu?" O Travis fazia um ritmo descompassado batendo com os dedos na minha secretária.

O quê??

Era aqui que tu e eles…

SAI!!!!” Abri a porta do meu quarto e indiquei-lhe a saída. Com o seu meio sorriso na cara, o Travis arrastou-se até à saída. Antes de sair parou à minha frente e passou a mão no meu cabelo como se eu fosse o seu animalzinho de estimação e eu tentei empurra-lo para fora do meu quarto. Ainda consegui ouvir o seu riso irritante do outro lado da porta e desejei nunca o ter conhecido.

O meu quarto estava escuro e a cor clara do BiBi sobressaía na minha estante repleta de cd´s e de livros. Caminhei até perto dela e levantei o pequeno coelho que , graças ao Travis tinha caído para a frente deixando a sua pequena cauda felpuda à mostra. Peguei nele e ajeitei-o. O seu olhar negro e inocente observava tudo e nada. Como se estivesse cego, mas ao mesmo tempo conseguisse ver e perceber coisas que eu não conseguia. O BiBi sempre tinha tido esta capacidade, ver coisas que eu pensava não existirem e ignorar coisas que eu via claramente.


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Notas finais do capítulo

Ai... acho que o capitulo não ficou muito bom, mas a minha cabeça anda sobrecarregada e não tenho tanto tempo para pensar no Travis e na Jen :( e acho também que tou a parecer um telegrafo a escrever o.o acham que a minha maneira de escrever está muito diferente de quando eu comecei? eu sinto isso e não sei porquê, alguém me ajuda a perceber onegai?? sayonaraaaaaa



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