You're Not Alone escrita por Maremaid


Capítulo 39
Atrás de pistas


Notas iniciais do capítulo

Waaazzzaaa! Tudo bem amores? Eu tô bem haha

*Capitulo de hoje dedicado a IsabelaFofa que recomendou a fic. (Recomendação de número 10, yes! õ/ )

Capitulo todo pelo ponto de vista do James, para vocês matarem a saudade dele na história haha.

P.S: Eu não sei se o capitulo ficou muito bom. Se não tiver, me desculpem... eu realmente me esforcei para fazer ele.

Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/359660/chapter/39

JAMES ON:

Sexta feira, 11 da manhã. Sai mais cedo da faculdade pois não tive a última aula, o professor faltou. Então fui em direção a cafeteria, eu precisava falar com a Lola novamente. Aquela história de foi uma “brincadeira” estava muito mal contada, ela estava me escondendo algo e eu ia descobrir o que era. Parei o carro no estacionamento exclusivo para clientes, e entrei no estabelecimento. Avistei Lola atendendo uma mesa onde se encontravam uma senhora idosa com uma menina por volta dos 6 anos, deveriam ser avó e neta. Sentei em uma das mesas e dei uma conferida no cardápio, um café não faria mal a essa hora.

– Bom dia, posso atender seu pedido? - escutei alguém falando. Tirei o cardápio da frente do rosto e vi Lola. Ela tirou o sorriso no rosto quando viu que era eu.

– Pode. Eu quero um Expresso - falei. Ela ficou me olhando como se estivesse congelada - Lola?

–Ahh oi. Eu já vou trazer - ela saiu do transe, anotou o pedido no seu pequeno tablet em sua mão e retirou-se. Depois de alguns minutos ela voltou com o café. - Mas alguma coisa? - Ela perguntou.

– Sim... Queria falar com você, sobre o assunto daquele dia.

– Agora eu não posso, estou em horário de serviço - ela respondeu desviando seu olhar para o caixa.

– Que horas você sai para o almoço? - perguntei.

– Daqui a 10 minutos - Ela respondeu depois de olhar o relógio em seu pulso.

– Então eu te espero - Disse e depois sorri. Ela assentiu, e foi atender outra mesa. Tomei meu café com a maior calma do mundo só pensando em tudo que eu ia perguntar a ela.


Depois de alguns minutos, vejo Lola colocando um cardápio que estava em sua mão no balcão do caixa. Ela tira o avental e entra em uma salinha exclusiva para funcionários. Pago minha conta e fico a esperando na parte de fora da cafeteria, apoiado no muro. Logo depois vejo ela vindo em minha direção.

– Pronto - ela diz assim que chega ao meu lado - O que você quer falar comigo?

– Você sabe o que é - digo. Por que ela fica se fingindo de desentendida? Ela não poderia simplesmente facilitar as coisas? Pelo jeito não.

– Hmm.. Será que você pode perguntar logo? Preciso almoçar e voltar para o serviço depois. - ela responde dando de ombros.

– Tenho várias perguntas. Que tal conversamos enquanto almoçamos? - perguntei. Espero que isso não tenha soado como um flerte. - Eu pago - respondi, e finalizei com um sorriso.

– Tudo bem - ela assentiu por fim.


Lola disse que não tinha carro e sempre ia para o serviço de ônibus, então fomos no meu. Logo chegamos a um restaurante que ficava nas proximidades da cafeteria, ela disse que sempre almoçava ali por causa do cartão alimentação que ganhava do serviço. Nos servimos e sentamos em uma mesa qualquer. Ela começou a comer, como se aquilo fosse um simples almoço. Eu precisava perguntar logo o que queria saber.

– Por que você deu em cima de mim naquela dia? - perguntei por fim. Ela olhou para mim, e pousou o garfo no prato.

– Você já me perguntou isso antes - ela respondeu

– E você não me respondeu - rebati. Soltei o ar e mexi minha mãos, tentando não parece nervoso - Lola, por favor... Eu preciso saber o motivo de você ter feito aquilo. E por que você disse que era para ter sido “só uma brincadeira” - Usei aspas com as mãos e enfatizei o brincadeira.

– Eu sinto muito.. De verdade. - Ela disse olhando para mim, sua expressão era de arrependimento - Mas é que... - ela se interrompeu

– Mas? - falei, pedindo que ela continuasse.

– Não posso te contar, eu posso perder o meu emprego por isso - ela abaixou os olhos e encarou o prato.

– E o que o seu emprego tem a ver com isso? - perguntei, a não ser que... - Espera, tem a ver com alguém que trabalha na cafeteria?

– Não! - ela falou imediatamente - Mas foi por causa disso... que eu fiz, que acabei ganhando esse emprego.

– Você quer dizer que o seu trabalho na cafeteria foi a forma de pagamento pelo que você fez? - perguntei. Ela assentiu. - Por que?

– Eu precisava do emprego. - Ela voltou a comer. Comi algumas garfadas também, fazer um interrogatório de barriga vazia não parecia ser uma boa ideia.

– Quem pediu para você fazer isso? E por que?

– O porque eu não sei, mas... Foi uma garota.

– Que garota? Qual o nome dela? Como ela era? - perguntei. Eu precisava de detalhes.

– Vivian. Mas duvido que seja o seu nome de verdade. E ela estava usando um disfarce, não sei te dizer como ela realmente é.

– Disfarce? - perguntei confuso - Como assim?

– É. Ela tinha o cabelo castanho, ondulado e comprido. Mas eu reparei que era uma peruca, porque estava um pouco torto. Ela usava sempre óculos escuros e um sobretudo branco, mesmo não estando frio para isso. - ela respondeu. Claro, essa garota não iria de cara limpa fazer uma coisa dessas.

– Como ela te achou? - perguntei.

Lola me contou que a garota chegou em uma noite no bar de música ao vivo onde ela trabalhava limpando as mesas e os banheiros. E simplesmente perguntou se ela queria um trabalho melhor em troca de um pequeno favor. Como Lola odiava trabalhar no bar e ganhava muito pouco, acabou aceitando antes mesmo de saber o que teria que fazer. Essa tal de Vivian, disse que ela teria apenas que flertar com um cara por alguns minutos. Deu o endereço para ela onde eu e Kim fomos naquela noite, e mostrou uma foto minha para que Lola soubesse quem era. Quando ela perguntou a Vivian o por que de fazer isso, ela disse que queria dar o troco em um cara que tinha dado um fora nela. Fiquei imaginando se eu realmente tinha feito isso... Será que alguma garota gostava de mim no tempo que eu namorava a Kim? Bom, que eu saiba não.

– E depois daquela noite... Você viu a garota novamente? - perguntei

–Sim, no outro dia. Nos encontramos e ela falou que tinha dado tudo certo. Ela não me disse que sua namorado tinha sofrido um acidente, eu te juro. - ela fez uma pausa - Então ela disse que já tinha me arrumado um emprego. Só que não era nessa cafeteria que estou agora, era outra filial, fui transferida depois que inauguraram essa nova.

– Entendi... E como ela se comunicava com você?

– Ela me ligava.

– E você ainda tem o tal número? - perguntei torcendo para que a resposta fosse SIM.

– Vivian mandou que eu excluísse o número e que nunca a ligasse. Mas resolvi guardar, fiquei com medo do emprego ser uma furada. - Ela disse pegando algo em seu lado. Lola retirou um pequeno celular de dentro da bolsa e procurou algo na tela - Aqui.

– Você se importaria de tentar ligar para ela? - perguntei depois de analisar o número. Não era de ninguém que eu conhecia, mas o código de área marcava que era de alguém da cidade.

– Posso tentar - ela discou o número e colocou o telefone na orelha. Passaram se alguns segundos. Ela balbuciou “caixa postal” para mim.

– Deixa um recado - falei baixo. Ela fez uma cara de “O que eu digo?” - Diz que alguém te procurou, mas você não falou nada porque não sabia o que deveria falar. - Ela assentiu

– Oi, é a Lola. Uma pessoa me procurou em relação aquele assunto. Me liga assim que receber essa mensagem, é importante. Tchau - ela desligou o telefone - Pronto, agora é só torcer que ela ainda use esse número.

– Eu espero que sim - olhei para o relógio em meu pulso. Já passava do meio dia - Muito obrigado Lola. Agora vamos terminar de comer e depois vou te levar de volta. - Ela assentiu e continuamos almoçando.


Assim que terminamos, paguei a conta e saímos no restaurante. A levei de volta para a cafeteria, e dei meu numero de celular a ela, assim se conseguisse saber de algo, ela me ligaria.

– Eu realmente espero que você consiga provar sua inocência James - ela disse assim que eu parei o carro na frente da cafeteria. No caminho eu resumi a ela, o porque de eu estar tão interessado nisso depois de dois anos. Disse que a Kim lembrou do que tinha acontecido a algumas semanas atrás, que brigou comigo, que disse que me odiava. E que eu só queria mostrar a ela que não tive culpa de nada. - E sinto muito por isso, se eu soubesse... Nunca teria aceitado.

– Tá tudo bem, você não teve culpa - respondi. E realmente era verdade. Como ela iria imaginar que a Kim iria sair transtornada daquele jeito e bater o carro?

– Obrigada pelo almoço e pela carona de volta. Te ligo se souber de algo. Tchau - ela saiu do carro e contornou pela frente dele. Mas antes de entrar na cafeteria ela parou e pegou seu celular. Lola ficou branca de repente, e voltou na minha direção - É ela.

– Atende e coloca no viva voz, por favor - pedi já saindo do carro.

– Alo? - Lola disse assim que atendeu

Eu tinha dito para você excluir esse número - disse uma voz feminina no outro lado da linha. Tentei me esforçar para saber se eu a conhecia, mas eu acho que não. - Quem te procurou? A garota?

– Não... - Lola disse, e olhou para mim. Assenti para que ela falasse o que havíamos combinado - O garoto, acho que é James o nome dele.

Droga! - “Vivian” xingou, ela parecia bem incomodada - Isso não deveria ter acontecido. O que você disse a ele?

– Nada! Falei que não sabia do que ele estava falando, que não era eu. Mas ele continuou insistindo.

Com certeza ele vai continuar insistindo ainda mais. Ahh, tenho um plano! - a garota respondeu e soltou uma risada sinistra. Senti um arrepio.

– Plano? Que plano? - Lola perguntou

Me encontre no lugar de sempre, domingo às 3 da tarde. Eu vou te contar o que você deve fazer - Vivian disse e desligou o telefone.

– Que lugar é esse? - perguntei. Ela me passou o endereço. Era uma série de lojas com uma praça no meio, tipo um mini shopping, que ficava perto do bar onde Lola trabalhava antes.

– Mas você tem que chegar antes e sentar bem longe de onde eu vou ficar. Para ela não desconfiar de nada. - Lola disse - Mas eu não sei o que devo falar a ela

– Ok... Eu vou pensar nisso e te ligo mais tarde, tudo bem? - perguntei e ela assentiu. Ela se despediu de mim e entrou na cafeteria para voltar ao seu turno.


Entrei no carro e dirigi de volta para casa. Olhei no som do carro, ia dar uma da tarde. Eu só começava as duas na loja de música. Durante o caminho tentei bolar mentalmente um plano de tudo que Lola deveria falar. Eu precisava saber de tudo. Talvez assim eu provasse minha inocência. Kim... ela deveria estar lá no domingo. Mas não vai se fácil convencê-la já que ela não quer me ver nem pintado de ouro. Mesmo assim, eu precisava tentar. Talvez lá no fundo ela acreditasse que eu realmente sou inocente, mas é orgulhosa demais para admitir isso. Então era isso que eu ia fazer, tentar falar com ela.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí... gostaram? Odiaram? Sejam sinceros!

Ainda não terminei de escrever o próximo capitulo, então só posso adiantar que vai ter Carlos e Maggie. O que será que vai acontecer? ~suspense mode on~

Por favor, por favor... comentem! Nem que seja para dizer que está ruim. Leitoras fantasmas apareçam, eu sei que vocês existem.

Até quarta-feira.
Bjooos :*