Livro Da Perdição escrita por Alan Mcgregor


Capítulo 7
Capítulo 6 - Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal! Esse capítulo será divido em partes, pois ele ficou muito grande! HAHAH Me empolguei um pouco. Espero que gostem. =)



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Os escombros da casa ainda estavam exalando fumaça. O céu estava se fechando e ameaçava chover forte. Daniel tinha dificuldades em se controlar. Ajoelhou-se em frente aos destroços e começou a chamar pelo irmão em meio às lágrimas que escorriam ininterruptamente, sem que ele as permitisse.

– Jon! Jon! Não, não, por favor, por favor... – Daniel berrava, apesar de seu esforço ao chamar o irmão mais velho não pudesse trazê-lo de volta.

Um trovão ressoou ameaçador acima dele. Daniel, sem pensar, meteu-se em meio aos escombros do que fora a casa dos McGregor para tentar achar o irmão. Ele tinha que estar vivo, tinha que achá-lo.

Começou a chover. Até mesmo o céu chorava pelas mortes dos McGregor e Jon. Daniel não se importou com a chuva e continuou revirando os entulhos para achar seu irmão. Algumas horas se passaram até que ele o encontrasse, porém, não do jeito que gostaria. A primeira coisa que viu dele foi seu cabelo. Começou a tirar tudo de cima dele desesperadamente, mas logo em seguida parou.

– NÃO! NÃO, NÃO NÃO... Jon, não, não... – escondeu o rosto nas mãos, tentando suportar a dor que sentia e assimilar a cena que havia acabado de presenciar.

As únicas partes de Jon que restaram era o tronco, uma parte do crânio e um braço. Todo o resto fora devorado pela serpente de fogo ou destroçado pela explosão. Se Daniel saísse alguns segundos mais tarde da casa, também teria perdido a vida. E mais uma vez a culpa era dele. Assim como a mãe se sacrificara para dar a vida a ele, também Jon, seu irmão mais velho, se sacrificou para salvá-lo, pondo-se entre ele e a serpente de fogo no momento em que ela tentou dar o bote em Daniel.

Ele não conseguia mais olhar para o corpo do irmão, mas também não tinha forças para ir embora. A chuva batia em seu corpo sem que ele ao menos percebesse. Todo o seu mundo caiu. Ainda tinha seu pai, mas Jon era muito mais presente em sua vida, seu protetor, seu companheiro, seu amigo inseparável. Daniel não queria nem tentar achar os familiares de Alan. Já passava mal só de pensar no estado de seus corpos.

E assim, sentado em meio aos escombros, sem querer ficar e sem ter forças para ir embora, ele permaneceu chorando por muitas horas, até que enfim adormeceu, sentado, velando o corpo do irmão.

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O sol começou a queimar seus olhos e assim que Daniel começou a acordar, ele estranhou não estar em sua cama. Por alguns segundos, ficou tentando lembrar o que estava fazendo em meio à casa destruída, até que olhou para o lado e viu Jon, ou o que sobrou dele.

Daniel cansou de chorar. Ele se levantou e prometeu a si mesmo que não choraria mais, por pior que fosse a situação. Ele tinha que ser forte e contar ao seu pai tudo o que havia acontecido. Pelo menos o culpado também havia morrido. Apesar de tudo que ocorreu ter sido muito estranho, no fundo, ele sempre acreditara em seres sobrenaturais e magias. Ele também prometeu para si que iria descobrir tudo que pudesse sobre o que aconteceu na noite anterior e quem era aquele homem demoníaco.

Daniel foi até a cabana de ferramenta dos McGregor, que ficava um pouco além da casa, e trouxe uma pá. Não deixaria o corpo de seu irmão ali, perecendo em meio ao entulho. Ele também queria colocar os McGregor em covas, mas seria muito difícil procurar por todos eles, e as vigas que estavam sobre o resto dos entulhos eram muito pesadas. Decidiu que deixaria isso para os coveiros e outros moradores de Leimbra.

Ainda se segurando para cumprir a promessa de não mais chorar, ele foi abrindo a cova para Jon. Sua raiva e tristeza sendo despejadas a cada movimento que realizava com a pá. Daniel não possuía muito vigor físico, portanto demorou muito para poder abrir uma cova decente. Assim que terminou, limpando o suor do rosto, foi até Jon, e o levou da melhor forma que pôde para a sua cova.

Colocou-o gentilmente na cova recém-aberta, e rezou por sua alma, algo que seu pai havia ensinado desde pequeno. Pediu a Deus que guardasse sua alma, que ele tinha sido um irmão muito bom e que ele prometia que iria honrar o nome dele.

Logo depois, ele começou a recolocar a terra sobre o corpo de Jon. Assim que terminou, com os braços ardendo e doloridos, ele partiu em direção a sua casa.

====//=====

Assim que começou a se aproximar de casa, notou que havia algo errado. Não havia sequer uma criança brincando, ninguém conversando, gritando, brigando, trabalhando. Ninguém. Desconfiado, começou a olhar para as casas. Todas estavam com suas janelas e cortinas fechadas, apesar do calor que fazia nesse horário. Algumas casas pregaram várias cruzes em suas portas. Daniel agora estava definitivamente preocupado. Começou a correr em direção a sua casa.

Quando já estava próximo, reparou que algumas pessoas olhavam para ele por entre as frestas das janelas, e quando percebiam que ele os havia visto, desapareciam rapidamente.

Ao passar pela última rua para chegar em casa, ele viu algo que o preocupou ainda mais: a porta de sua casa estava destruída! Correu para dentro de casa para procurar o pai e ver se estava tudo bem.

(FIM DA PARTE 1)


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Notas finais do capítulo

Avaliem por favor! =D

Grande abraço, até a próxima.



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