A Filha Dos Daleks escrita por Karla de Araujo


Capítulo 2
Parte Dois


Notas iniciais do capítulo

Após anos tentando descobri quem era esse 'Doutor', finalmente Helena começa a ter algumas perguntas respondidas... Porem o que ela não sabia que algumas dessas respostas estavam ligadas a sua vida e passado!



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Tudo que estava acontecendo naquele momento não estava sendo absorvido pela jovem, ela sentia que o Doutor estava a par da situação, porem, Helena não.

–- Isso mesmo, Doutor, essa jovem que se encontra nesta sala é a fonte de vida para os Daleks, ela é aquilo que estará restaurando tudo que foi destruído por você após nosso ultimo encontro. A nova raça será reerguida e dessa vez o Senhor do Tempo não impedirá nossa vitória!

–- Porque estou tendo a convicção que já ouvi o nome Saulo De Krads antes - indagou o Doutor.

–- Pensei que era mais esperto, Doutor - respondeu ficando de costas para todos - Meu nome vem da mistura dos nomes Daleks e...

–- Davros - disse Helena.

–- Parece que a jovem está bem informada sobre nós. Então sabe que nasceu para um grande proposito não é?

–- A unica coisa que sei que tudo isso é uma loucura, e que esses Daleks não passam de monstros. Querem conquistar e destruir nossa Terra!

–- Do que está falando, Helena? - questionou Ana - Meu senhor, deixou claro que seriamos transformados em grande potencia, e não nisso que estão falando.

–- Lamento dizer isso, Ana - Doutor dizia olhando para o Grã-Senhor - Os Daleks não se unirão ao povo da Terra, ao contrario, escravizarão ou matarão sem nenhum pudor. Oh, sempre imaginei qual seria o próximo passo dos Daleks, mas nunca imaginei que esperaria por 23 anos, que teria a paciência em esperar ela amadurecer para reerguer e reviver seu exercito, Davros. Porque não se mostra realmente como é!

De Krads, ainda de costas, sorrindo para si e sem responder começou sua transformação: a parte de trás de sua cadeira se abriu e magicamente aumentou de tamanho, surgindo uma especie de cilindro ornamentado por uma especie de gomos, parecidos como iluminarias por toda sua volta. Quando se virou, o que era uma assustadora novidade para Helena, Ana, Marina e Amy, já era normal para o Doutor. Ele tinha aparência de que no passado foi um homem, a sua pele enrugada e de cor marrom fazia contraste com o negro de sua roupa e transporte, tinha nariz e boca e apenas a cavidade ocular onde se olhasse bem fundo veria quão negro era sua alma. Tinha um terceiro olho no alto da testa e sua cabeça era revestida com uma especie de tiara com alguns parafuso anexados em seu cranio. E trazia um sorriso diabólico em seus dentes feios e escuros. E ainda aparentava ter somente o braço direito, o membros inferiores nem existiam mais. Quando pensavam que nada poderia mais poderia sobrepor à aquela imagem, duas portas: uma de cado lado se abre, aparecendo um Dalek em cada porta. Apesar da sua expressão ser dura com a presença deles, Doutor, sentia por dentro a aflição pelos outros presentes.

–- Sinto medo em seu semblante, Doutor? - dizia Davros entre os dentes com uma voz vitoriosa - Sentes que agora nada, nem mesmo o Senhor do Tempo poderá me impedir! Daleks! Levem nosso troféu para a sala nobre e quantos aos outros, exterminem!

–- EXTERMINAR! EXTERMINAR! - esbravejava os Daleks se aproximando do grupo.

–- Não! - gritou Ana.

–- Há um nível de estresse muito alto na fêmea! - avisou um deles ao Davros.

–- O que isso significa, Guardiã?

–- Meu senhor - dizia ela reverenciando e aproximando dele - É certo que sua vitoria é eminente, que nada poderá atrapalhar o renascimento dos Daleks e a sua vitória também Mas permita que tanto a mim, quantos elas e o Doutor vejam sua triunfante vitoria se concretizar.

Davros observava Ana com tal impeto, porem a jovem não mudou sua expressão diante de seu 'olhar'. Depois sorrindo, disse:

–- Tem razão, minha jovem o Doutor deve assisti o retorno do planete Skaro. Daleks, levem todos aos salão nobre.

Os Daleks mudaram de posição, ficando a frente de Davros e 'indicando' a direção aos cativos. Ana ficou logo atras, entre o Doutor e Marina e a frente iam Helena e Amy. Foi quando Ana sussurrou para seus dois companheiros:

–- Doutor, daqui a cem metros, a sua direita, ficará um corredor onde levará para o baixo porão, corra e salve-se a todos...

–- E você?

–- Eu tentarei segura-los.

–- Não pode! não terá chance e será morta...

–- Se realmente eles forem esses monstros que você disse, então eu servi a causa errada. E agora eu sei que só você poderá salvar tanto Helena quanto nosso planeta... não sei se Unica-Goiânia poderá ser salva, mas o restante da Terra não poderá pagar pelos erros de alguns. É logo ali... Vai!

Sem hesitar, Ana se voltou contra os dois Daleks e Davros e como a mesma ainda estava armada começou a atirar neles. Rapidamente o Doutor puxou Marina pelo quadril, devido sua frágil condição, e Amy em ajuda puxou Helena, todos entraram pelo corredor em direção a uma porta. Doutor usou sua chave de fenda para abri-la. Nesse ínterim Helena olhou para trás e viu Ana se afastando e atirando contra os inimigos, quando percebeu que estava sem munição, jogou a arma contra eles e em tom de ira Davros sentenciou a punição pela traição.

–- EXTERMINAR! EXTERMINAR! - gritava os Daleks. Ana apenas olhou para Helena e com um ultimo sorriso foi morta na frente da amiga.

–- Nãããããoooo! Ana! Não! Não! - Helena tentou correr, porem o Doutor a puxou para o outro lado da porta fazendo a cair no chão, e rapidamente com a chave fechou e desativou o painel de abertura. Helena, ainda deitada, e com as mãos no rosto chorava pela morte da melhor amiga. A tristeza tomava conta do lugar, o Doutor voltou a olhar a porta, sabia que eles estavam perto e logo dariam um jeito para passar. Ajoelhou-se ao lado dela, Helena segurou-se em seus punhos.

–- Precisamos sair daqui, Helena.

–- A minha melhor e unica amiga está morta!

–- Eu sei. Eu sinto muito por isso, mas ela deu sua vida para te salvar e você deve recompensa-la.

–- Doutor - disse Helena apos um breve momento e sentando a sua frente - é verdade que eu carrego o DNA desse tal de Senhor do Tempo e Dalek? - o Doutor apenas baixou o olhar, e Helena continuou - Se eu for usada para o fim que De Krads ou Davros, seja lá qual for seu nome, quer fazer comigo... Quer me usar para destruir o planeta, então vai ter que me prometer: Não me deixe transformar nesse monstro. Me mate! Mas não me deixe transformar nesse monstro...

Rapidamente, o Doutor abraçou Helena enquanto ela chorava e olhou para Marina e depois para Amy. Segurando o rosto da jovem, disse:

–- Eu prometo... que nada vai acontecer com você. Nem Dravos ou os Daleks usarão você para o que quer que seja... Se realmente você descende de um Senhor do Tempo o meu dever é proteger, cuidar e salvar você. Ok?

–- Ok... - Ambos sorriram. O Doutor rapidamente levantou e ajudou sua conterranea a fazer o mesmo. Começou a observar o local com a chave de fenda sônica até que a mesma abriu uma nova porta secreta que dava a um corredor escuro, então ele percebeu que lá se tratava do caminho para o baixo porão e indicou o caminho para as outras, pediu que Amy e Helena fossem a frente enquanto ele ia ajudando a avó da jovem logo atrás. O trajeto ia tranquilo até que Marina resolveu falar:

–- A Helena precisa de você, Doutor.

–- Eu sei... por isso estou ajudando-a.

–- Não somente agora. Mas sempre, para sempre.

–- O que quer dizer?

–- Você mesmo afirmou: ela é como você, um Senhor do Tempo. Estou doente e logo logo partirei... ela não poderá ficar só.

–- Não sei se posso fazer isso...

–- Não só pode como deve! Ela é muito mais do que imagina... Ela...

–- Doutor! - gritou Amy.

Os dois ficaram se olhando, quando Amy voltou a gritar, ele rapidamente deixou Marina encostada na parede e correu em direção delas. Ele entrou em um salão pouco iluminado e frio, porem sombrio e com cheiro de morte, ele não conseguiu esconder o espanto em seu rosto: o salão tinha varias carcaças de Daleks, ora no chão, ora suspenso por cabos no ar. Foi quando algo chamou sua atenção, um brilho fraco que ele conhecia, emanava pelo canto do seu olho direito. Aos poucos quando ele olhou, Helena estava ao centro do salão, de costas para todos, cabeça baixa e com as mão cerradas e brilhando com aquela luz no tom de ouro. A luz começou a se rebela pela sala, rapidamente ela se virou e encarou o Doutor, seus olhos ardiam em luz dourada, fazendo o Senhor do Tempo ter uma breve lembrança da situação. A luz ficava mais intensa até que uma voz rouca ecoou pelo lugar:

–- Adorem a Imperatriz dos Daleks, a filha escolhida para sua ressurreição!- então percebeu que quem falava era Helena. Mas ao mesmo tempo ecoou um grito, agora era sua voz normalizada, fechos dessa luz espalharam como uma chama ardendo, logo apos, a jovem caiu desmaiada Doutor e Amy correram em sua direção tentando acorda-la.

–- O que foi aquilo, Doutor?

–- O lado Dalek dela está querendo despertar, temos que sair o mais rápido possível isso aqui é um verdadeiro condutor, aqui é cheio de DNA Skaro, mais forte que o DNA de um Senhor do Tempo. O monstro, Amy, o monstro quer despertar!

Amy olhava em volta com medo de que todos aqueles Daleks poderiam acordar se a 'filha' de Skaro finalmente despertar.


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Notas finais do capítulo

E agora? Será que o destino monstruoso de Helena acontecerá?
Será que o Doutor conseguirá evitar a ressurreição dos Daleks?
E que segredo é esse que Marina tenta revelar ao Doutor?



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