A Filha Dos Daleks escrita por Karla de Araujo


Capítulo 1
Parte Um


Notas iniciais do capítulo

Essa é minha primeira fic. Conta uma historia que uma vez sonhei apos uma longa maratona da série.



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Essa é a historia de como um reinado, se é assim que posso dizer, que durava há mais de 20 anos foi derrubado pelo Doutor. E de como ele salvou minha vida e evitou que a ameaça mais terrível de todo o universo caísse sobre o planeta Terra.


Uma jovem andando com varias sacolas de supermercado nas mãos, olha tranquilamente a movimentação sem se preocupar com o tempo, enquanto caminha não deixa de ver a imagens daquele que seria uma especie de líder afixada em postes, muros e prédios Um flash apareceu em sua cabeça, fazendo com que ela parasse e senti-se novamente aquela horrível dor de cabeça. Na sua mente ela via um homem que parecia velho e depois jovem, sempre via que ele estava acompanhado e sempre ouvia a palavra...


–- Helena! - gritou uma jovem do lado oposto da calçada, chamando assim sua atenção e a fazendo sorri.

–- Ana - respondeu- O que faz por aqui? Você não trabalha hoje?

–- Não sei porque me deram folga. Então pensei: porquê não visitar minha melhor amiga e saber como ela estar?

–- Eu vou bem. Mas a vovó...

–- Ela não anda nada bem, não é?

Helena apenas consentiu com a cabeça e as duas voltaram a caminhar, poucos metros depois chegaram uma casa que ficava entre dois prédios comerciais. Do lado de fora parecia ser uma casa minuscula e apertada, porem ao passar da porta azul havia um corredor que levava ao interior da casa que era mais espaçosa e havia mais uma andar acima com direito a um pequeno quintal no fundo. A arquitetura da casa dava uma impressão de ser arrendondada com colunas de mármores e paredes na cor de céu azul, tapetes em estilo persa e cadeiras japonesas decoravam o local.

–- Nunca vou me acostumar com essa arquitetura - disse Ana admirando o teto.

–- Eu gosto daqui. Café?

–- Obrigada. Continua sonhando com eles? - perguntou a amiga olhando para uma especie de retrato desenhado a carvão sobre uma mesa no canto.

–- Dos sonhos, passaram a acontecer com mais frequência.

–- Como assim?

–- As vezes tenho uma especie de flashes, curtos, sei lá! É o mesmo nome, mas as vezes parece ser um velho e sábio, outras vezes um jovem e irresponsável Parece que sei mais dele do que de mim! Ele tinha companhias, algumas jovens. Bonitas até. Outros era homens... Quem é ele Ana? Porque consigo me lembrar de seu rosto, ou rostos, de sua historia, passado, vivência? Mas não consigo me lembrar nem do nome dos meus pais? Nem sei se...- sussurrando- Nem sei se ela é realmente minha avó.

–- O quê é isso, Helena?

–- Sinceramente, Ana, quem eu sou?

–- Você é a Helena Di Paula. Minha melhor amiga há 10 anos. A adorável sonhadora, boba e as vezes chata! Mas eu sei quem você é! E esse rosto tem um nome?

–- Apenas, Doutor.

–- Doutor? Doutor quem?

Helena apenas dar de ombros para a pergunta.

Em algum ponto um pouco mais longe dali um barulho de motor irradia sobre a extensão da praça da Avenida Goiás: uma cabine de policia azul vai aparecendo aos poucos até focar totalmente visível e dele sai uma jovem de cabelos vermelhos como o por do sol totalmente alegre:

–- Olá, Rio de Janeiro! porem a frustração toma conta do momento. Logo atras sai um homem: alto, magro, um rosto bastante diferente com direito a uma testa e queixo chamativos, nariz pontiagudo e um cabelo levemente arrumado. Seus olhos eram de um menino arteiro, apesar de aparentar ter menos de 30 mas acima dos 25 anos. Usava um terno de tweed, calça com suspensório e uma engraçada gravata borboleta. - Acredito que aqui não seja o Rio de Janeiro, Doutor - disse a jovem que estava com ele.

–- Na verdade, Amy - disse apontando sua chave de fenda sônica pelo ar - estamos na capital Goiânia.

–- Goiânia? Onde raios fica isso? É um planeta?

–- Não - disse apos gargalhar - Goiânia é a capital do estado de Goiás, fundada em 24 de outubro de 1933 foi criada durante o governo do presidente Vargas. O estado é considerado o coração do Brasil, e tem um clima... bastante seco!

–- Percebi pelo meu nariz, Doutor. Mas porque viemos parar aqui?

–- Não foi eu quem fez isso... Foi a TARDIS. Alguma coisa a fez vim pra cá. Mas o quê? Alguma coisa me cheira estranha nessa cidade.

–- O que?

–- Não sei. É como se...

O estranho homem caminha até uma cabine que parece de telefone, porem tem um visor para chamada em conferencia. Ele usa sua chave de fenda e logo um canal de propaganda começa a rodar:


"Desde que o Grã-Senhor Saulo De Krads implantou a lei de Unicidade na terra de Goiânia há 23 anos, as criminalidades caíram a 0,0% e desde então a cidade vivem em paz com sua própria economia, agricultura e per capita. Os cidadães da Unica-Goiânia logo serão testemunhas do maior acontecimento que já ocorreu. Com a palavra o Grã-Senhor De Krads.


O Doutor observa, apenas um rosto de um senhor normal, bem distinto aparece:

"Cidadães de Unica, logo logo o mundo será testemunha do maior crescimento que a qualquer, país, reino ou sistema solar teria já presenciado. Logo o mundo saberá da nossa força e potencia!"

A tele desligou. E o Doutor coçava a cabeça com a fenda.

–- O que foi Doutor?

–- Alguma coisa não está certa: porque tenho a sensação de que já vi esse rosto e que esse nome não me é estranho?

Enquanto isso na casa de Helena. Ela acabara de desligar a TV quando sua avó entrou cuidadosamente na sala.

–- Era o Grã-Senhor dando um pronunciamento, nada de interessante. O que foi? Parece pálida.

–- Ele chegou.

–- Ele chegou? Quem vovó? Quem chegou?

–- A resposta que mais procura.


Em uma alta torre sobre a cidade, um homem mediano vestindo um especie de uniforme cinza parecia ter pressa, caminhava com uma certa postura militar e seu rosto que parecia um esquilo demonstrava apreensão Chegando em uma grande porta colocou sua mão direito sobre um painel vermelho que logo ficou verde liberando sua entrada. Rapidamente entrou e ficou a poucos metros da mesa. Uma enorme cadeira virou mostrando o mesmo rosto que o Doutor e Helena viram no televisor.


–- Meu Senhor o Doutor foi identificado em nossos sistemas!

–- Se ele chegou aqui é porque sua TARDIS localizou nossa fonte. Há tempos que ela anda dando sinais que despertaria. Teremos que avançar com nosso objetivo.

–- Mas meu Senhor, a fonte ainda não está pronta.

–- Não importa. Que busquem a fonte e que antecipe o inicio do nosso vitoria! Do nosso sucesso. Chame a guardiã!

–- Sim, meu Senhor.

Logo entra uma jovem de aspecto amigável e bastante conhecida:

–- Ana Domingos, guardiã da fonte se apresentando meu Senhor.

–- Guardiã como a fonte vem se comportando?

–- Ela sabe quase tudo sobre o Doutor, meu Senhor, mas ainda tem dificuldade de se assimilar ou até mesmo não poderá atingir o ápice conforme meu Senhor quer.

–- Fique de olho nela, guardiã. O Doutor não poderá nem mesmo desconfiar que guardamos uma fonte tão preciosa como esta.

Com uma reverencia, a que se dizia a melhor amiga de Helena sai.

Caminhado pelas ruas da cidade, o Doutor procurava algum sinal com a sua chave de fenda. Sua companheira o seguia observando cada passo.

–- Doutor porque essa preocupação com essa cidade?

–- Amy, essa cidade se chama Unica-Goiânia. Sabe o que isso significa?

–- Não.

–- Ela foi separada da região, do seu país de origem e foi envolta por uma especie de bolha onde ninguém entra ou sai. Isso vem ocorrendo há 23 anos!

–- E como entramos?

–- Por algum motivo a TARDIS se prendeu a um sinal, baixo, porem o suficiente pra fazer ela entra aqui. O estranho que esse sinal seria como se fosse de um... - ele parou e com seus olhos transmitindo preocupação - Não pode ser!

–- Não pode ser o quê? Doutor! O que não pode ser?

–- A TARDIS consegue identificar o sinal de um Senhor do Tempo. Mas não pode ser, não pode acontecer de novo.

–- De novo o quê?

–- Antes de me regenerar, antes de ser esse aqui que você conhece, eu lutei contra um Senhor do Tempo. O Mestre, era assim como ele gostava de ser chamado. Foi uma batalha muito difícil pois tive que escolher entre meu planeta e a Terra.

–- E você escolheu a Terra.

–- Se eu deixasse a antiga Gallifrey ressurgi haveria mais e mais guerra do tempo e o que você conhecesse da Terra nem existiria mais.

–- E você acha então que esse sinal deve ser desse tal Mestre?

–- Não sei... Espero que não seja ele, espero que minha TARDIS esteja equivocada.

O Doutor voltou a caminhar direcionando sua chave de fenda. Até que de repente seu sinal ficou forte e o Doutor e Amy se viram parados em frente a porta azul de uma casa entre dois prédios comerciais.

–- Doutor essa porta não lhe parece familiar?

–- Muito, muito familiar. - Quando ele pensou em bater na porta, alguém já havia aberto. Era uma senhora. Com semblante cansado porem com um sorriso no olhar abraçou o Doutor.

–- Ansiava por sua espera.

–- Oh, olá! Eu sou o...

–- Eu sei quem você é, Doutor. Entre, por favor.

Ela foi a frente dos dois com certa dificuldade mas bem amparada com sua bengala e os levou até a sala. Os visitantes ficaram encantados com lugar, parecia tanto com a...

–- TARDIS, Doutor, parece com a TARDIS!

–- Eu sei, eu sei! Quem é você?

–- Meu nome é Mariana. Há anos vem rezando para que você aparecesse antes que a buscassem.

–- Buscassem quem?

–- Ora Helena a... Oh meu Deus! Ainda não sabe quem é ela...

–- Ela quem? De quem você está falando?

–- Helena, minha neta. Na verdade ela não é minha neta, apenas cuido dela desde bebê. Ela está com um terrível destino se não ajudar-la!

–- Eu não sei quem ela é ou porque de eu estar aqui, mas alguma coisa me atraiu pra cá e não foi você...

–- Doutor - disse Amy puxando a manga do paletó.

–- ... e eu vou descobrir o que está acontecendo...

–- Doutor olhe aqui - insistiu Amy.

–- ... mas eu vou descobrir, pois se há algum Senhor...

–- Doutor olhe é você! - dessa vez Amy puxou seu braço, fazendo ele ficar de frente ao seu retrato desenhado em carvão. - Doutor é você, e quem são esses outros?

–- Regenerações antigas. Ou seja, eu.

–- Doutor - disse Mariana- ela sabe tudo sobre você, quem é, de onde é e tudo que fez até hoje.

–- Como? Como poder ser possível?

–- Vovó o que está acontecendo? - dizia Helena entrando na sala, porem parou rapidamente antes de ter a resposta pois estava de frente com o Doutor. Logo seu rosto mudou de cor e ela não acreditava no que via. De repente sentiu que estava caindo em um abismo, mas na verdade ela apenas desmaiara!


Enquanto isso na sala do Grã-Senhor algo chama sua atenção e liga um enorme monitor. Onde mostrava um gráfico.


–- Guardiã - grita pelo comunicador.

–- Na escuta, meu Senhor.

–- A fonte se manisfestou pouco, mas algo me diz que não demorará para ela atingir o ápice Mas isso não pode acontecer na frente do Doutor.

–- Estou quase chegando ao local onde a fonte está guardada, meu Senhor! Desligo.

–- Ninguém - disse o Grã-Senhor batendo na mesa - nem mesmo o Doutor impedirá nossa vitoria!


Na casa de Helena, a mesma estava deitada sobre um sofá com uma toalha fria em sua testa, ao seu lado estava Amy segurando sua mão com um olhar tranquilo e sua avó estava sentada em uma poltrona em sua frente. Helena olhava um pouco assustada para a jovem a sua frente.


–- Você é a Amy. Amy Pond.

–- Sim. - respondeu assustada - Como sabe sobre mim?

–- Como sabe sobre tudo isso aqui? - disse o Doutor segurando todos os desenhos - Quem é você? Como sabe sobre mim ou ela?

–- Eu não sei! As imagens apenas vinham na minha cabeça!

–- Como assim? - ele disse enquanto segurava seu rosto e com a chave ficava buscando algo em sua mente.

–- Pare! Pare com isso! - gritou Helena em um pulo.

–- Doutor você está a assustando! - dizia Amy enquanto a abraçava.

–- Me desculpe. Me desculpe, Helena. É que estou assustado com isso...

–- Por acaso não acha que eu estou? Sei tudo sobre você. Mas não sei nada sobre mim!

–- O que quer dizer com isso?

–- Não lembro do meu passado, dos meus pais... Na verdade eu tenho lembranças dos últimos 10 anos, foi quando eu conheci a...

–- Helena? Quem são...? Oh meu Deus... É o Doutor!

–- Ana! Doutor, Amy! Essa é minha melhor amiga: Ana!

–- Olá Ana - cumprimentou com um olhar desconfiado, porem, demostrando tranquilidade.

–- Doutor... Então você não é apenas o sonho louco de minha amiga?

–- Parece que não.

–- Você está bem, Helena?

–- Fiquei tonta, mas já passou. Tive um leve desmaio...

–- Precisa ir ao médico! - dizia Ana a amiga enquanto a puxava pelo punho. Porem o Doutor deu uma volta nela e a trouxe de volta ao sofá.

–- Não será necessário! Eu sou o Doutor.

Dizendo isso ele puxou um estetoscópio e foi ouvir o coração dela. Primeiro o lado esquerdo e ele sorriu, depois foi ao direito e seu olhar ficou intrigado, fazendo a menina se assustar.

–- Doutor o que houve?

–- Mariana, quem é ela?

–- Se o senhor ouviu, então sabe quem ela é.

–- Doutor - disse Amy apreensiva - O que foi? O que ouviu?

Ele começou a andar de um lado para o outro, passando as mãos sobre os cabelos, olhava ora para Helena, ora para os desenhos. Parou diante dela e com os olhos brilhando, se ajoelhou próximo dela, segurava seu rosto carinhosamente e depois segurava seus braços, mãos e depois voltou ao rosto. Seus olhos estavam mais lacrimejantes.

–- Você tem dois corações, Helena.

–- Eu tenho o que?

–- Doutor - disse Amy - se ela tem dois corações... Ela é...?

–- Sim Amy! Ela é de Gallifrey, ela é do meu planeta... Ela descende de um Senhor do Tempo!

Ele olhou para Mariana que chorava e sorria confirmando suas duvidas.

–- Doutor, - Mariana disse - a Helena é...

–- Chega! - gritou Ana apontando uma arma para Helena. Fazendo todos levantarem as mãos.

–- Ana - Helena se levantou - o que é isso?

–- Me desculpa, querida, mas eu sou sua guardiã e meu trabalho era impedir que tivesse qualquer contato com o Doutor em nome do Grã-Senhor!

–- Então tudo isso é por causa dela? - perguntava o Doutor - Helena, quantos anos tem?

–- Vou fazer 23 anos em quatro meses.

–- Tem algo nela por ter o DNA de um Senhor do Tempo, que interessa a esse tal de Grã- Senhor. Por isso sabia de mim. Quando me viu você confirmou: "É o Doutor!" Você sabia quem eu era, assim como Mariana.

–- Pelo que vejo, Mariana nos traiu, a função dela era fazer com que ela ficasse 100% pronta para seu destino e evitar que fosse encontrada pela sua TARDIS. Eu fui escolhida para acompanhar Helena até o momento que ela atingisse o ápice.

–- O ápice? - sussurrou Amy.

–- Sim Amy, o ápice é quando um jovem Senhor do Tempo poderá usar o seu dom de regeneração para seu próprio uso ou para salvar ou ajudar alguém Sempre ocorre nessa idade terráquea entre 23 a 25 anos. Mas tiveram que segurar onda pra que ela não soubesse de nada.

–- Levarei todos comigo, como garantia. - disse Ana apertando um botão e fazendo todos surgirem em uma outra sala mais vazia e fria.

–- Onde estamos? - disse Helena.

–- Na sede central. Logo conhecerão meu Senhor.

Uma porta se abriu atrás de Ana, fazendo surgi em uma especie de cadeira de rodas motorizada o Sr. Saulo De Krads.

–- Olá Doutor. Mariana, jovem Amelia Pond. E minha joia rara: Helena!

–- O que quer de mim?

–- De você apenas quero seu folego, sua vida, seu DNA.

–- Porque ela De Krads?

–- Porque ela é filha de um Senhor do Tempo. E ela vem sendo preparada desde que era um pequeno bebê com poucos dias. Porque além de correr o DNA dos Senhores do Tempo ela tem ainda correndo em suas veias o DNA do planeta Skaro!

–- O quê? - disse o Doutor olhando para Helena.

–- É isso mesmo que ouviu, Doutor, a jovem Helena será o sopro de vida para o novo exercito de Daleks. Uma nova raça! Mais forte, mais soberana... Mais vitoriosa!

Enquanto De Krads comemorava sua vitoria aos risos, Doutor e Helena apenas se olharam. Ele apreensivo e ela com grande temor.





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Notas finais do capítulo

Pessoal me perdoem por qualquer erro, pois não é a primeira que escrevo... Mas a primeira que publico!



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