Lado A Lado - Novos Rumos escrita por Cíntia


Capítulo 16
Ação


Notas iniciais do capítulo

Meninas, muito obrigada pelos comentários, eles me deixaram tão feliz. Só informando que o último direito de pergunta já foi concluído a Gimena Mrquez, já fez uma pergunta e eu a respondi. kkk. Mas tem mais quando chegar aos 300 comentários kkk, se Deus quiser. Essa semana eu estou um pouco mais ocupada, não sei se será possível postar um capítulo todos os dias, mas eu tentarei. E vocês podem me ajudar nessa tarefa comentando, recomendando, mostrando que estão aí. Espero que gostem do capítulo...



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Por Edgar

Eu tivera uma discussão feroz com a Laura. O clima dos últimos meses não era dos melhores, nós não éramos nem a sombra do que fomos no início do nosso casamento. Vivíamos brigando e fazendo as pazes... Mas dessa vez, a discussão fora pior, as palavras mais duras, e o ressentimento era evidente.

Antes nós sonhamos tanto com filhos... Mas agora eu descobrira que ela não queria ter mais filhos, não depois de Pedrinho. Isso doeu em mim... era como se ela não me amasse mais... como se eu a estivesse perdendo.

Havia acontecido tantas coisas nos últimos tempos. Melissa tivera várias crises, eu precisara atendê-la. E Laura jogou na minha cara que eu era um pai ruim ao nosso filho, que quase não ficava com ele... que não o estava vendo crescer.

E eu não podia contradizê-la nisso... Muitas vezes quando chegava em casa, Pedrinho estava dormindo, eu o vira andar mas perdera tantas coisas dele. Coisas que queria ter visto. Isso doía em mim... Eu me sentia culpado.

Enquanto isso, Laura ficava com ele, e as vezes, quando estava em casa, os olhava. Os dois eram tão unidos. Parecia ter um mundinho particular só deles. E eu até ficava acanhado de me intrometer nele.

Mas eu amava o meu filho. O amava muito... Será que Laura sabia disso? Será que Pedrinho sabia? Será que eles sabiam que era doloroso para mim, não poder ficar com eles nesses momentos?

Melissa precisava de mim... Ela estava muito doente e por vezes achei que a perderia. Enquanto Laura era uma mãe maravilhosa. Catarina era uma mãe atrapalhada que por vezes botava a vida de Melissa em risco. Por isso, eu ficava tanto com ela... Por isso talvez, ela precisasse mais de mim. Por isso que eu me afastei deles.

Laura também se incomodava com as intromissões da Catarina. E tinha toda a razão. Quantas vezes, eu falara com a Catarina para ela não parecer em minha casa. Mas ela se desesperava com as crises da Melissa e aparecia, irritando Laura e sempre piorando a situação.

Eu pensei em tirar a Melissa da Catarina... Mas eu não achava que ela fazia por mal... A doença da Melissa a desesperava. Eu não queria separar uma mãe da filha, e também não via Laura aceitando criar a Melissa... Não seria justo com ela, nem com minha filha que merecia ter uma mãe, ser amada por uma mãe. E apesar de atrapalhada. Catarina parecia amá-la.

Eu esperava que as coisas melhorassem, que Melissa ficasse bem, e que pudesse passar mais tempo com Laura e Pedrinho.

Só que minha última discussão com Laura mostrava o tamanho do peso que ela estava suportando... Talvez fosse demais... Ela estava desanimada, não sonhava mais em ter filhos, não esperava que as coisas melhorassem... Eu ficara com raiva no momento... Me sentira ofendido... Mas depois de pensar melhor, eu percebera que aquilo era muito difícil para ela. E que eu a estava perdendo, ela e o meu filho.

Não, não podia perdê-los. Eu ficaria perdido. Os amava tanto, precisava deles, daqueles nossos breves momentos familiares... Precisa de Laura, dos seus olhares, de admirá-la, de tocá-la, ela era o meu apoio... Era a minha a luz, a minha felicidade...Não conseguia fazer Laura ver isso. Mas precisa fazer algo.

Eu havia dito a ela que não tocaria nela naquela noite... Fora duro, cruel com ela! Como eu pudera fazer aquilo? Eu não me reconhecia...

Não conseguia pegar no sono... e me virei de lado, passei a observar Laura... Ela dormia... linda. Eu queria abraça-la. Apertá-la contra mim... E pedir desculpa pelas palavras que havia dito, pela minha ausência, pela carga pesada que jogara nela... por a fazer se sentir tão mal. Mas eu não queria acordá-la e ainda era muito orgulhoso para admitir tantos erros. Admitir que eu não sabia o que fazer para mudar a situação, já que eu não podia abandonar Melissa.

Estava amanhecendo quando me levantei com cuidado para não acordá-la. A casa estava silenciosa e fui para o quarto do nosso filho. O observei dormir, ele era tão lindo. Tão angelical. O cabelo liso e castanho bagunçado, as bochechas e pernas salientes. Parecia estar tão sereno e bem. Como era doce a mim vê-lo assim. Vê-lo me enchia de felicidade e de orgulho.

Depois de um tempo, ele começou a se mexer. E acordou. O peguei com cuidado, ele estava molhado. O troquei. Ele parecia feliz e sorriu. Seus olhinhos verdes pareciam me observar satisfeito:

– Papai – ele me disse enquanto o beijei

– Pedrinho.... Papai te ama, você sabia? – ele sorriu mais uma vez, era tão novo, mas parecia ter entendido- Tá com fome? – perguntei e ele fez que sim com a cabeça

Desci com ele até a cozinha, e brinquei com ele enquanto preparava a sua mamadeira. Voltei para o quarto, lhe dei o leite, e enquanto ele mamava, falei com ele. Comecei a lhe contar uma história de maneira calma, e pouco tempo após mamar, ele voltou a dormir. Era cedo, e meu filho ainda parecia cansado. Ele parecia sorrir enquanto dormia. E o coloquei em seu berço:

– Te amo, filho – o beijei

Quando me virei para sair, percebi que Laura nos olhava emocionada. Mas ainda me sentia arrependido pelas palavras que falara a ela na noite anterior, e também meio perdido por não saber como agir:

– Laura – quase falei meu amor... mas contive o meu impulso devido a nossa briga recente– Ele acordou, mas eu já cuidei dele, e acabou de dormir...

– Obrigada, Edgar.

– Não precisa agradecer... É o meu filho também... e eu gostei de fazer isso- sorri para quebrar o clima ruim.

– Claro – ela disse um pouco constrangida

– Eu vou me arrumar... Depois tenho que estudar um processo complicado. Vou ficar essa manhã no escritório.

E assim, passei a manhã em casa, mas sozinho no escritório, próximo da hora do almoço, escutei a campainha. Mas como estava concentrado no que fazia, preferi não interromper e deixei outra pessoa atender.

Entretanto fui despertado por um barulho de vozes que pareciam cada vez mais altas. Distingui a voz de Catarina e de Laura. Corri a até a sala:

– ... É a filha dele, quero falar com o Edgar!- Catarina estava autoritária, realmente passara do limite

– Eu estou aqui. – falei nervoso, Catarina parecia surpresa e Laura estava prestes a nos deixar quando voltei a falar, só que dessa vez carinhoso - Meu amor, fique por favor – segurei em sua mão e mesmo confusa, Laura ficou- Catarina, o que foi? – estava novamente alterado

– Edgar... a Melissa, esta está mal... – vi Melissa em seu colo, e ela chorava assustada, mas por sua cor viva, não pareceu nada grave.

– Vem cá, minha filha. – a peguei no colo e a ninei acalmando-a, ela parou de chorar

– Ahhh, Edgar você é tão bom com ela – Catarina falou e Laura pareceu se irritar

– Eu vou indo... cuidar do Pedrinho.

– Meu amor, não vá... – ela parecia confusa, eu chamei por Matilde, que não demorou muito a aparecer- Matilde, será que você poderia olhar a Melissa e o Pedrinho por um momento?

– Claro, Dr. Edgar.- Matilde pegou Melissa do meu colo, e foi para dentro da casa levando-a junto com Pedrinho

Segurei novamente a mão de Laura, sorri para ela e me voltei para Catarina aborrecido:

– E então, Catarina? O que você veio fazer aqui? Quantas vezes te disse que não deveria vir aqui?

– Edgar, não fale assim comigo, ainda mais na frente da Laura... Eu fiquei assustada... a Melissa estava passando mal. - ela parecia alterada

– Ela me parecia bem. Você se assustou com nada! Crianças choram, as vezes! E é na frente da Laura que quero falar mesmo. Ela é a dona da casa! Você não devia estar aqui. Não devia discutir com ela. Ela manda aqui!- falei mais uma vez duro- Você permitiu a entrada dela, Meu Amor? – perguntei a Laura

– Não, Meu amor- Laura me falou sorrindo, e colocou seu braço em volta do meu

– Então por favor, Catarina. Vá embora!- falei

– Mas a Melissa, Edgar. Ela está aqui.

– Pegue a Melissa, e vá então!

Catarina entrou e voltou com Melissa no colo. Laura e eu mantivemos a pose de casal:

– E não volte mais aqui sem ser chamada, não entre nessa casa sem ser convidada- falei

– Mas e se a Melissa passar mal? Você não vai abandonar... –ela parecia preocupada

– Arrume outra forma de me avisar.

Catarina saiu, Laura afastou o braço do meu e me disse:

– Obrigada por isso, Edgar.

– Eu vou resolver as coisas, meu amor – falei tentando me aproximar dela, mas ela deu um passo para trás

– Eu gostei do que vi. Mas só isso não é o suficiente- ela foi andando para as escadas e eu a segui

– Laura... Laura... Eu sei, me escuta – mas ela não parava

Ela entrou no quarto e eu entrei com ela, queria resolver as coisas de uma vez:

– Laura... Eu estou tentando. Eu vou resolver as coisas... Sei que é só o primeiro passo, mas já é bom... a Catarina não virá mais aqui... Meu amor.

– Edgar... você já falou isso tantas vezes... Não sei se posso acreditar, eu estou ... –ela começou a chorar e eu a abracei

– Acredita em mim, vai ser diferente. Eu prometo que resolverei as coisas. – Laura ainda chorava, e eu enxuguei as suas lágrimas com carinho- Eu te amo, Laura. Eu amo o nosso filho. Me desculpa por estar tão longe de vocês... Só me escuta... é que a Melissa é doente, precisa de cuidados constantes... e a Catarina é uma mãe desleixada. Já você é uma mãe maravilhosa, sempre achei que Pedrinho estava sendo bem cuidado, estava seguro com você. Não queria ficar longe de vocês... vocês são minha família. Você vai ver... As coisas vão mudar. Eu quero tanto ficar perto de vocês … quero que você volte a sonhar a ter filhos comigo...

– Será que posso? Será ainda posso ter esperanças?- ela me parecia tão frágil

– Se você ainda me ama, me dá uma chance... Laura... nossa família merece uma chance, meu amor. Ou você... - eu precisava saber o que ela sentia

– Eu te amo, Edgar... Mas ...- eu não quis deixá-la continuar

– Sem mas, meu amor. A gente se ama, então resolveremos tudo. – a beijei com paixão, e ela me retribuiu com vontade, eu amava, a desejava, precisava dela, e não a deixaria escapar de mim.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam? Será que as coisas vão se resolver, ou ainda há um torcida pelo divórcio? kkkk Espero que tenham gostado e que comentem, recomendem, mostrem que estão lendo pois isso me anima muito a escrever.



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