The Humans In Aaa escrita por Juniper


Capítulo 14
May


Notas iniciais do capítulo

Bom, depois de meses tentando pensar em alguma coisa, acabei fazendo as pazes com a May.
Nós duas estávamos erradas e reconhecemos isso. Sim, ela é a Unicorn Killer rçrç
Para a felicidade de muitos, a May vai continuar com POV, e prometemos não envolver a fanfic nem nada que criarmos juntas em nossas briguinhas bobas.
Exclui o capítulo "Aviso" para não trazer à tona lembranças tristes u.u
Enfim, nós voltamos, e finalmente o capítulo saiu.
Pela primeira vez eu escrevi o POV do Marshall, então não liguem para os diversos pensamentos loucos ♥
Amamos vocês infinitamente ♥

#Nikoru & May# ♥



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POV - Nikoru

Estávamos todos alvoroçados. Gumball analisava a máquina, e não parecia tão sério como antes.

Ele parecia tentar consertar a mesma, para provavelmente poder abrir o portal novamente, e resgatar May. É claro, se ela estivesse lá.

Gumball apertava vários botões, conectava e desconectava cabos. A cada tentativa, a tela da máquina chamuscava e soltava leves faíscas, mas nada mais que isso. Quando Gumball finalmente se deu por vencido, a tela ficou preta novamente, mas dessa vez, parecia que tinha queimado de vez, e que não ligaria tão cedo.

– Não sei mais o que fazer... – Disse, com uma voz trêmula, como de quem estava prestes a chorar.

Todos ficaram em silêncio. Eu, mais do que todos, estava aflita, fixando meu olhar preocupado na máquina, na esperança dela ligar magicamente, e de lá sair May. Mas isso não aconteceu.

– Acho melhor vocês irem embora. – Ele completou, evitando erguer a cabeça, e revelar a possíveis lágrimas que escorriam por seu rosto rosado. – Está tarde. Eu irei continuar tentando. Se conseguir algum progresso, aviso imediatamente.

Ainda sem falar nada, todos nós começamos a sair de seu laboratório.

O clima estava tão tenso, que Marshall mal chegava perto de mim. Parecia que estávamos saindo de um velório. Todos de luto.

POV – Gumball

Eu tentava conter as lágrimas, e me arrependia silenciosamente por ser frio com ela. Estava nervoso, mas não deveria ter feito aquilo. E agora, se não estivesse morta, ela estaria perdida em outra dimensão.

A máquina estava acabada, mas eu não iria desistir.

– Mordomo menta, traga-me jarras de café, por favor. – Proferi, apertando o botão, ligando assim o microfone que chegava à todos os aposentos do castelo.

Analisei cuidadosamente cada ponto da planta do aparelho. Examinei cada cabo e cada entrada.

Foram horas de estudo, até que cheguei uma conclusão. Uma conclusão lógica dessa vez.

– Senhor, estou entrando. – Disse menta, enquanto trazia meu café da manhã num carrinho.

– Já amanheceu? – Perguntei, enquanto analisava a dupla, coçando meus olhos cansados.

– Sim, alteza.

– Droga... – Murmurei para o nada.

Eu estava naquilo há mais de horas e nada de progresso. Talvez fosse melhor desistir.

Talvez ela tenha conseguido voltar para sua dimensão e esteja em segurança.

“Talvez, talvez, talvez.”

– Eu não quero um talvez... – Declamei novamente para o ar, já que agora, menta havia saído do laboratório.

Sobre a minha mesa, pilhas e mais pilhas de papel espalhadas. Eu finalmente tinha uma ideia.

Mas para colocá-la em prática tinha que consertar a máquina. E foi o que eu fiz. Durante horas, troquei cabos, vasculhei todo o interior da mesma, troquei as peças, agora defeituosas... Fiz de tudo para garantir que não teria mais erros.

– Menta! – Gritei, ao término de todos os reparos.

– Sim, majestade? – Sua voz surgiu, adentrando no cômodo.

– Chame os outros. Tenho uma solução para o caso de May.

POV – Nikoru

Estávamos todos sentados em silêncio.

Todos abrigados naquela casa da árvore, devido à chuva incessante.

Era impossível compreender o ocorrido. May estava lá, ao lado de Gumball, observando-nos, até que, de uma hora para a outra, ela desapareceu.

Cenas horríveis e possibilidades negras passaram por minha cabeça, desenhando uma expressão de terror em minha face.

Batidas na porta cortaram todos esses pensamentos, acendendo assim, uma pequena chama em meu interior.

– Fionna, Nikoru, Marshall! Gumball está nos chamando! – Cake chegou berrando. Era possível notar a felicidade em sua expressão.

Levantamos de súbito, quebrando o clima mórbido presente naquela sala.

POV – May

O céu tinha um tom avermelhado e escuro, de tempos em tempos uma nuvem passava e era possível ouvir variados berros. Havia bananas por toda parte, bom, talvez fosse uma vantagem, afinal eu estava perdida, quando estivesse com fome eu simplesmente podia comer uma das mesmas que estavam espalhadas pelo chão.

Havia centenas de criaturas bizarras em toda parte, e a maioria delas pareciam demônios. Todos eles me encaravam indignados, enquanto eu retornava confusa. Onde estava? Por que Gumball havia me soltado? E por que tantas bananas? Aquelas perguntas rodeavam minha cabeça me deixando tonta.

— Onde estou? – Perguntei em voz alta, na tentativa de que algum demônio notasse minha presença.

— Você está na Noitosfera, mas obviamente já sabe disso, não sabe? — Uma criatura grande e vermelha se dirigiu a mim.

— Não, você pode me levar para casa?

— Você não é um demônio?

— Não.

— Intrusa! – A criatura apontava para mim enquanto corria feito louco.

— O que? – Perguntei, confusa.

Vários demônios correram em minha direção e me amordaçaram, enquanto me carregavam em direção a uma cela cheia de bananas.

— Tenho pena dela. – Comentou um deles.

Meu corpo foi de encontro com o chão duro e liso.

“Será que Nikoru sabe onde eu estou?”

POV – Marshall

Eu sabia que Gumball era totalmente irresponsável, apesar de posar de inteligente ele não era tão esperto assim. Eu realmente queria dar uma surra nele, mas se eu o fizesse Nikoru gritaria comigo, então tive que me conter.

Novamente nós estávamos lá, naquele laboratório estranho.

O rosinha tentava explicar, mas tudo que saía da boca dele entrava em meus ouvidos em uma língua totalmente diferente. Talvez por eu não estar muito interessado em suas explicações.

Fitei Nikoru, que brilhava ao ouvir as palavras do mauricinho. Talvez por pensar que veria May novamente. Ou sei lá, ela era uma garotinha estranhamente boba.

Era engraçado observar a animação infantil dela. Aquela vontade de provocá-la havia nascido novamente, e estava crescendo a cada segundo.

A voz irritante havia parado. Agora era possível ver o monitor mostrando várias dimensões.

Observei cada uma delas como meu típico olhar entediado, até que, reconheci uma das mesmas.

Era a Noitosfera. O lugar de onde eu saí.

– Espera! – Berrei, assustando todos. – Eu conheço esse lugar! É a Noitosfera!

– Como assim? – A morena, sobre a qual eu pairava, perguntou, esticando o pescoço para poder fixar seus olhos azuis em mim.

– Ah, eu ainda não te contei sobre a Noitosfera? – Fionna interrompeu, chamando a atenção de Nikoru.

– Não…

– É basicamente a casa do mal. De lá você só consegue esperar coisas ruins, como demônios e outros. – Completou o homossexual à nossa frente, me encarando com um olhar provocador, como se dissesse que eu sou tudo de ruim que possa um dia ter saído de lá. Mas acho que ele não estava tão errado assim.

– E de onde você veio? De lá só saem veadinhos de merda? – Lancei um último sorriso, exibindo minhas presas.

– Ah qual é, vocês vão começar a brigar agora? May pode estar morta e vocês ainda se importam com esse tipo de coisa? – Fionna disse, indignada. — A cada minuto que vocês lançam provocações estúpidas, menor é a chance de a encontrarmos.

– Vocês querem que eu leve-os à Noitosfera ou não? – Perguntei, cruzando os braços e lançando um olhar ameaçador para Gumball.

– Sim! – Nikoru foi a primeira a responder, um pouco animada demais. Perguntei-me o que estava passando naquela mente estranha.

– Esperem, sabem quantas dimensões existem? A probabilidade de ela estar na Noitosfera é quase nula. – Interrompeu o Sr. Sabe tudo.

– Mas o que custa tentar? – Uma voz saiu da cabeleira negra abaixo de mim.

– É, o que custa? – Fionna era outra que começara a se animar.

– Tudo bem, então. – Gumball dissera, em meio de suspiros.


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