Acordei asssutada, lembrando que não perguntei para meu irmão onde ficava a escola dele.

Desci as escadas correndo e acabei tropeçando... Resultado: Rolei escada abaixo.

Quando senti que meu corpo estava em um local plano, provavelmente o chão, ouvi uma batida de porta.

–EU AINDA MATO AQUELE LOIRÍDICULO! AQUELE VIADO! - Gritava meu irmão.

–Acalme-se Castiel. Você está muito tenso. - Uma voz monótona e calma fez meus ouvidos voltarem ao normal, depois do grito de Castiel.

–TENSO!? EU TÔ É FURIOSO!! GRAAAAAAAAAAAH!!!! - Ouvi um barulho de vidro quebrando.

–Ernh... Sua irmã já chegou de viagem? - Vi que o garoto da voz monótona tentava mudar de assunto.

Rapidamente, a voz de Castiel mudou de furiosa para de deboche.

–Ui, ta querendo saber por que? Tá apaixonado?

–Pare com isso. Você sabe que não.

–Uhum, ah tá!

–Eu só perguntei porque tem uma garota caída no pé da escada.

Pronto. Me descobriram.

–Eae, mana? Caiu da escada? - O ruivo veio em minha direção.

–Não, estou pensando na vida, deitada aqui. - Ironizei, enquanto levantava.

–Que pena que você não se machucou... Eu daria TUDO para ver você chorando feito um bebê, hehehe! - Retrucou Castiel.

–Só em seus sonhos. - Cruzei os braços.

Virei o olhar e descobri quem era o dono da voz monótona: um garoto de cabelos brancos com as pontas negras e trajes vitorianos. Ele percebeu que eu e Castiel íamos começar uma briga e tratou de se meter na conversa.

–Prazer, eu me chamo Lysandre. E você? - Ele disse, enquanto recebia um olhar de ódio do ruivo.

–Alice. - Descruzei os braços e olhei para Castiel com o mesmo olhar revoltado.

Percebi que Lysandre estava me observando. Por algum motivo que o universo não pode compreender, ele ficava me olhando da cabeça aos pés e quando viu que eu tinha percebido, corou.

–Ah, o representantezinho gay mandou eu avisar você que ele recebeu sua ficha de inscrição.

–Quem!?

–Ele quis dizer Nathaniel. - Lysandre corrigiu.

–Bah! Tanto faz! Vou pro meu quarto! - O ruivo subiu correndo e bateu a porta tão forte que acho que teve terremoto no Japão.

–Ernh... Se não é pedir demais, pode me mostrar onde é a escola Lyceé Sweet Amoris? - Pedi à Lysandre.

–Acho que tudo bem. Vamos. - Ele pegou minha mão delicadamente e saímos andando pelas ruas.

Não consegui decorar direito o caminho da escola. Fiquei tempo demais tentando não gaguejar e não ficar vermelha.

–Bom, é aqui. - Paramos na frente de um grande portão dourado. - Tenho algo à fazer. Te vejo depois. - Soltou minha mão e foi em direção ao que parecia um jardim dentro da escola.

Entrei em um lugar enorme, cheio de portas. Em uma delas havia uma placa na qual se lia "Sala dos Representantes". Talvez fosse ali o local. Abri a porta e seja o que Deus quiser.