E Se Eu Não Voltasse, Você Sobreviveria Sem Mim? escrita por GiGihh


Capítulo 31
1ª pegadinhas - Segunda feira


Notas iniciais do capítulo

Demorei, não é????
Andei repensando e vou prolongar o final... Mas em apenas um cap, ok?
Então boa leitura, meus amores!



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SADIE

Calça vermelha e xadrez, a camiseta branca com os dizeres I LOVE NY em preto, meus coturnos e os colares faziam meu look do dia. Olhei pelo quarto buscando meu celular, mas não cheguei a encontrá-lo. Peguei minha mochila vermelha e algumas folhas de papel sufite... Desci as escadas devagar e encontrei meu celular na mesinha de centro.

-Não é cedo demais para você sair? – a voz sonolenta da minha avó me surpreendeu. Eram seis da manhã, ou melhor, ainda iria dar seis da manhã. Eram 05h47min no celular e eu devia estar na escola 07h30min.

... Mas eu já tinha uma desculpa caso eles acordassem...

-Não. Eu tenho que terminar um trabalho em grupo...

-Vão se encontra na pracinha? – vovó reprimiu um bocejo.

-É. Depois eu vou passar no mercadinho e comprar chiclete, ok?

Ouvi vovó suspirar enquanto se virava voltando para o quarto. Guardei meu “trabalho em grupo” na mochila e joguei a mesma sobre ombro. Não é segredo que chiclete e um, ah, vicio meu... Mas não era isso o que eu ia comprar.

Saí de casa pensando em todas as pegadinhas possíveis. Eu tinha muito que aprontar e, alem da professora de geografia, meus amigos também tinham problemas com outros professores e funcionários da escola. Eu não sabia o que aprontar primeiro!

As ruas estavam um completo breu. Era cedo demais para uma menininha estar na rua, mas eu não era inocente, nem ingênua; vários bairros sabiam o quanto eu podia aprontar e o quanto marota eu era. O primeiro que apareceu foi Austin com um sorriso tão maligno que, se eu não o conhecesse, daria medo.

Fomos os primeiros a chegar à pracinha, mas a galera não demorou a aparecer. Para a minha felicidade, Miguel e Thiago, os garotos mais velhos da mesma sala do Walt, concordaram em vir planejar bagunça com a nossa galerinha do mal. Eu queria reunir ainda mais diabinhos... Poderíamos falar com cada sala e descobrir os arteiros. Não era uma idéia para se deixar de lado.

Tirei os papeis com as informações disponíveis da Andrea (assim era bem mais fácil do que com o celular) da mochila e fiz um coque frouxo com meu cabelo. Começamos a analisar cada detalhe importante ou mesmo insignificante do currículo dela.

-Alergia a nozes... – li em voz alta com um sorriso diabólico.

-Diz as reações da alergia? – Miguel perguntou interessado.

-Rosto vermelho e inchado. – não contive uma risada e minhas amigas me acompanharam – Ela vai ficar parecendo aquele peixe do Nemo.

Agora os meninos no acompanhavam... Milena pegou as folhas e deu mais uma olhadinha por cima nos problemas e deu um sorriso de lado.

-Ela tem entomofobia.

-Tem o que? – Thiago e Miguel perguntaram juntos.

-Fobia de insetos – Walt respondeu com um brilho diferente no olhar... Será possível que aquilo era diversão? Gente... Ele ta andando muito comigo.

-Nossa! – Gabriela havia pegada os papéis e estava verdadeiramente surpresa e sentida. – Ela perdeu a mãe e a irmã quando ela tinha 15 anos.

-O que? – perguntaram quase todos juntos.

-Quantos anos a menina tinha? – perguntei séria e eles estranharam.

-Quem? A professora...? – a menina começo, mas não deixei continuar.

-A irmã.

-Não diz, mas acho que era mais jovem que ela. – todos ficaram quietos. Apoiei mo cotovelo na mesa de cimento e comecei a pensar na possível irmã... Tinha algo errado com essa história toda.

-Diz como ela morreu? – perguntei interessada. Walt olhou para mim curioso.

-Assassinato. Mas é só. – Gabi olhou para o papel procurando mais detalhes.

-E o pai? – Milena se manifestou visivelmente interessada, mas era simples curiosidade.

Será que eles não conseguiam associar certas coisas? Ninguem pareceu perceber, ou deduzir o que deduzi. Eu teria uma séria conversa com uns amigos meus durante alguma tarde dessa semana. A situação era bem séria pra mim agora... Eu só não sabia que teria companhia durante a tarde, mas estou me adiantando.

-Certo. Esqueçam isso. – disse – Ela não tem o direito de fazer o que faz...

-Mas Sadie... – Gabi começou... Ela era muito boazinha e acreditava no melhor das pessoas, mesmo quando não havia nada de bom.

-Não, Gabi. O passado não é motivo. Eu perdi minha mãe, então por isso eu vou sair ameaçando todas as mães de morte por ai, ou garotas ligadas as mães? Eu repito: isso não é motivo para ter pena!

-Pera ai! Ameaçar?- Miguel estava confuso e preocupado.

-Explica isso, Sadie. – Thiago praticamente ordenou.

-Não explico não. Vocês ainda vão entender durante essa semana. E que outros professores vamos atormentar? – perguntei mudando de assunto e despertando o pior sorriso maligno dos meus colegas.

-O professor de educação física. – Jake comentou e Austin assentiu – Aquele filho da...

-O que ele fez? – Gabi perguntou muito rápido; ela ainda é muito inocente.

-Ele nunca chutou uma bola e fica dizendo que tudo esta errado. – Jake falou e bufou em seguida. Affs, meninos e seus fascínios por bolas e futebol.

-Ele me deixou umas duas semanas sem jogar só porque eu o mandei calar a boca e parar de frescura. –Austin disse com raiva nas feições.

-E o que vocês querem fazer? – eu conhecia a resposta, mas queria ver se era isso mesmo que eu estava pensando.

-Bom... – Austin tirou uma bola murcha da mochila e eu tive a minha confirmação.

Eu ri e Milena, Emma e Liz me acompanharam, já que foram as únicas que entenderam. Se você não entendeu eu explico... Mas depois. Dei um sorriso digno da travessura e ele voltou a guardar a bola na mochila.

-E vocês? – Emma falou pela primeira vez. – Tem alguma idéia?

Ouvimos todas as pegadinhas possíveis e no fim já eram 06h10min da manhã. Dividimos as pegadinhas durante toda a semana; não podíamos gastar todas as nossas idéias em um dia só, mas essa semana ia ser terrível... Bom, não para nós.

Fomos agora em direção a um mercado conhecido nosso. Austin e Jake ficaram algum tempo para trás, mas nos alcançaram minutos depois correndo e com os olhares brilhando de maldade. Eu queria acabar as compras rapidamente e chegar logo na escola; nós tínhamos muito o que fazer.

Entramos e todas as meninas começaram a pegar os “ingredientes” necessários enquanto os meninos seguravam tudo. Garrafas de mel, sacos de farinha, manteiga, óleo, xampu e sabonetes líquidos, chantilly, nozes, bexigas pequenas e tintas coloridas...

Passamos tudo no caixa, mas o carinha estranhou essas coisas; mas esse Zé era fácil de enganar. Eu já tinha bastante experiência com isso.

-Pra que vocês precisam de tudo isso agora? – ele perguntou.

- Vamos fazer algumas aulas praticas na aula de ciências hoje e nós nos esquecemos de comprar ontem. – comentei com indiferença tornando a mentira quase verdadeira. Ele me olhou desconfiado.

-E se eu disser que não acredito?

-Isso é problema seu. – dei de ombros – mas gostando ou não, estamos pagando, então meu amigo, acelera que nós temos hora pra chegar.

Meus amigos prendiam o riso da cara do Zé enquanto nós íamos enchendo as mochilas. O dono do mercado apareceu olhando para nós com visível curiosidade. Por sorte ou azar, ele era um conhecido meu.

-Então vocês vão aprontar muito hoje.

Pra ele eu não precisava mentir.

- E quando é que eu não apronto?

Ele sorriu; acho que ele era um grande arteiro na sua juventude, mas enfim...

-Verdade. Já que vão aprontar... – ele saiu do meu campo de visão e em segundos voltava com uma caixa cheia de ovos... Para cada um de nós! – Por conta da casa. Não deixe que eles se esqueçam de vocês rapazes.

Sorrimos gratos a ele, e quando saímos me virei para olhá-lo.

-Hei, se meus avós perguntarem eu vim aqui comprar doces.

-Mas é claro que veio.

Voltamos a caminhar no sentido da escola e dessa vez, Emma e Gabi sumiram durante alguns minutos, mas nos encontramos perto da escola... Mal pisamos no pátio e o Otavio, o vice diretor, já chegou nos olhando com aquela cara feia.

-Sadie, na sala do diretor agora.

-O que? Eu ainda não fiz nada!

Ele ergueu uma sobrancelha.

-Então planeja aprontar...

-Não. Eu tenho aula de geografia com uma vadia, então...

-Tenha mais respeito com os profissionais dessa escola, mocinha. – seu tom era grosso e eu sentia a vontade dele de me bater.

-Desculpa, então – ele começou a se afastar e eu deixei minha mochila com o Jake, então gritei para ele ouvir – É QUE EU NÃO SABIA QUE SER VADIA OU VAGABUNDO ERA UMA PROFISSÃO!

Ouvi meus amigos gargalharem e os poucos alunos que chegaram cedo rirem descontroladamente. E eu? Bom eu corria a toda velocidade para a sala do diretor. O dia começou bastante empolgante.

Cheguei à sala do diretor ainda correndo e sem pedir permissão para entrar.

- Sadie, mas o que...?

Eu parei para respirar profundamente. Meus cabelos haviam se soltado durante a minha rápida corrida contra o velho vagabundo.

-Diz ai o que queria comigo. – falei colocando a mão no peito tentando controlar os batimentos acelerados.

-Mas o que...?

Otavio entrou correndo e com o rosto vermelho de raiva (ou pelo esforço de correr atrás de mim?)

-Ora, diabinho! – ele disse com raiva e tentou chegar até mim. Eu corri para trás do diretor e ele me protegeu do acesso de raiva do seu vice. – Saia de trás dele, pequena vadia!

-Isso é bullying comigo; ta vendo diretor? – exclamei escondendo o divertimento dos meus olhos, substituindo por medo.

-Otavio, saia imediatamente da minha sala. Vamos conversar sobre a sua demissão depois.

Ele parou subitamente chocado... Minha mão foi para na minha boca, sufocando um riso cheio de maldade.

- O-o que disse?

-O que você ouviu. Não quero que trate aluno desse modo e que tenha tanta falta de respeito. Saia e conversamos sobre quando você ira embora.

O ex-vice-diretor ferveu de raiva e com muito esforço eu contive o riso... Um já foi. Agora faltam vários, mas que serão humilhados e aterrorizados em publico. Ele sai da sala e eu saí de trás do diretor. Sentei em cima (literalmente) da mesa, respirei fundo e peguei meu celular.

~ um já foi... Quem será o próximo? ~ mandei mensagem para Liz e ela respondeu:

~ # se sentindo maligna ~ Liz.

-E então... O que você queria comigo? – perguntei ignorando suas perguntas sobre Otavio e suas reclamações sobre eu me sentar em sua mesa. Passei as mãos no cabelo, puxando-o para trás e soltei um suspiro – Pode pegar um copo de água pra mim? – perguntei respirando irregularmente.

Ele me entregou um copo cheio e em segundos ele já se encontrava vazio.

-Bom Sadie, tenho duas noticias para você.

-E então... – incentivei.

-Lion estará de volta à escola nessa semana...

-O QUE? – não consegui evitar o grito.

-Pensei que você...

-Que o que? Que eu ficaria feliz a ver aquele filho de biscate aproveitador de novo? – meu tom era perigoso e ameaçador.

- Sadie, eu não posso fazer nada!

-Ah, mas é claro que pode! Poderia expulsá-lo ou transferi-lo pra qualquer escola em um fim de mundo qualquer...

-Sadie...

-NÃO! Eu não vou ouvir suas desculpas esfarrapadas...

-Você tem que ter mais respeito para falar comigo. – seu tom agora era mais sério.

-E você não me respeita! Acho melhor você sentar nessa sua cadeira de couro e esperar pacientemente o meu respeito. – senti meus olhos faiscarem de raiva – Se você não fizer nada, saiba que eu vou fazer e isso seria bem pior, não?

-Eu não posso fazer nada. – ele disse de novo.

-Então eu vou fazer e não me responsabilizo por danos físicos e morais em ninguém. Fui clara o bastante? . – encerrei o assunto de maneira firme; em momentos assim é que eu percebo o sangue dos faraós em mim... – Qual é a segunda noticia?

Ele estava um pouco chocado com a mudança de assunto e, talvez, com medo da minha reação com a próxima noticia.

-Nós temos dois alunos novos... – senti o mundo congelar junto com suas palavras; eu tinha uma leve impressão de quem seriam os novatos... – Por favor, entrem.

A porta se abriu e tive minha confirmação... Meus planos estavam parcialmente comprometidos e a minha raiva aumentou; senti uma súbita vontade de matar meu pai e meus avôs.

-Carter e Zia são nossos novos alunos. Você vai mostrar como as coisas são por aqui.

Quem mais vai estudar aqui? Planeja trazer meus pais da cova pra cá também? Ai que inferno! Eu quero sumir!- esses eram meus pensamentos, mas a única coisa que saiu dos meus lábios foi:

-Claro.

**-**

- Ai que ódio! – exclamei assim que nós três deixamos a sala do diretor.

-Não queria que estivéssemos aqui? – Zia perguntou observando os corredores com cautela; eles não vieram para estudar.

-Não! Eu não queria dois adultos super responsáveis cuidando de mim e de tudo o que eu faço nessa porra de escola!

-Que boquinha suja a sua, irmãzinha. Mas nós não somos adultos...

-Mas agem como se fossem. E não quero mais saber disso! Mudem de assunto ou sei lá. – minha cabeça parecia prestes a explodir.

~ Liz eu vou me atrasar. Podem começar o básico sem mim.

-Eu pensei que o diretor ia te suspender depois do jeito que falou com ele. – Zia comentou, para a minha felicidade, mudando de assunto.

-Ah. Não, ele nunca faria isso.

-Mas devia – Carter se manifestou.

Comecei a rir descontroladamente.

-O que foi? – Zia perguntou.

-Eu posso demolir esse colégio todo que ele não iria me suspender. Só uma bronca de leve e olhe lá.

****

O pessoal já estava se preparando para ir para a quadra coberta e nós demos a nossa escapada: enquanto as meninas colocavam o uniforme de educação física, Liz, Emma, Milena, Gabi e eu estávamos nos corredores das salas dos diretores, coordenadores e fomos indo até as salas de aula... Molhando todo o piso da escola com manteiga, óleo, xampu e sabonetes líquidos. Os meninos faziam o mesmo nos outros andares da escola.

Vou explicar melhor o propósito disso: no final dessa próxima aula seria o tão esperado intervalo e aqui, os professores querem sempre sair primeiro... Os professores e alunos iam escorregar durante bastante tempo enquanto eu e a minha galera prendíamos o riso... E aprontávamos com o professor de educação física.

****

Vestíamos os uniformes o mais rápido possível já que estávamos um pouco atrasadas. Miguel, Thiago e Walt não tinham aula com o professor hoje, então não veriam o que Austin, Jake e as meninas aprontaríamos.

Saímos correndo e prendendo os cabelos enquanto ouvíamos os assovios dos meninos e as reclamações do professor.

Já que na semana passada não jogamos nada, hoje éramos obrigadas a participar da aula. Nada mais maravilhoso e propicio do que a aula ser basicamente composta por treinar pênaltis. O professor ia acabar me querendo expulsa, mas... Eu não resisto a uma boa pegadinha; de preferência pesada.

Errávamos a bola sempre... E de propósito, mas não deixávamos esse detalhe óbvio. No fim, Jake e Austin já prendiam o riso e o professor gritava sobre sermos lerdas ou burras; não sei e não cheguei a prestar muita atenção...

-Vamos meninas! Vocês conseguem acertar pelo menos uma bola! – Emma chutou a canela do diretor de propósito, mas disfarçou colocando as mãos na boca e arregalando os olhos. O pessoal que não sabia da pegadinha ria abertamente – ISSO NÃO É POSSIVEL!

-Mostra pra gente como é que se faz! – Eu pedi fazendo uma cara quase de suplica como a boa aluna esforçada e boazinha que eu não sou. Emma, Liz, Milena, Gabi e até as outras que de nada sabiam pediam para ele mostra a maneira certa de chutar a bola.

-Esta bem. Eu mostro – ele ergueu as mãos em sinal de rendição.

Ela começou a falar sobre os diferentes modos de se chutar a bola e que dependia tudo da ação no jogo. Ele ergueu a perna tomando impulso e...

Jake e Austin fizeram uma cara de decepção e confusão.

O pé do professor não tocou a bola...

-Agora tente você, Sadie.

-Mas professor, você não fez a demonstração direito. Nem chutou a bola! Não acho isso justo! – exclamei fazendo birra. – Por acaso não sabe chutar uma bola?

O professor fechou a cara... E chutou a bola...

-E o que vocês querem fazer? - – Austin tirou uma bola murcha da mochila e eu tive a minha confirmação. Dei um sorriso digno da travessura e ele voltou a guardar a bola na mochila. Fomos agora em direção a um mercado conhecido nosso. Austin e Jake ficaram algum tempo para trás...

Os meninos viram os amigos sumirem pelas ruas ainda escuras e então voltaram a tirar a bola da mochila. No chão da praça eram visíveis pedras de vários tamanhos... Austin e Jake começaram a encher a bola com todas as pedras que podiam o mais rápido possível e então fecharam o buraco por onde as passaram...

Eles finalmente teriam a sua vingança com o seu professor escolhido!

... O grito do professor foi assustador, mas uma galerinha não se conteve e riu... O sinal bateu e os esfomeados correram em direção ao pátio... Os gritos e risos se misturavam de tamanha forma que eu não agüentei...

Alguns conseguiram desviar e parar antes de chegarem a escorregar pelo chão e riam abertamente dos amigos que caíram na pegadinha... E então aquele amigo da onça empurra quem ta rindo nos corredores, escorrega e cai em cima de alguém...

Meus amigos e eu deixamos o professor gemendo e fomos para fora da quadra já que sabíamos que não havia sido nada sério... No caminho encontrei Walt, Miguel, Thiago, Carter e Zia.

-Foi você? –Carter perguntou prendendo o riso.

Todos sorriram.

- Fomos nós. – Carter olhou para todos e seu olhar parou em...

-Até você Walt? O que aconteceu?

-Você não era de fazer isso? – Zia comentou surpresa, mas também prendia o riso. Walt encolheu os ombros.

-É a convivência comigo. – eu o poupei de dar explicações, mas essa era uma verdade, embora eu não possa levar a culpa por tudo. – Carter, nós vamos aprontar a semana inteira... Ou você e a Zia participam ou não atrapalham; o que incluem ficar quietos. O que vai ser?

Carter ficou quieto... Então olhou para Zia.

-Podemos participar de alguma coisa ou outra.

Eu tinha certeza de que eu tinha um sorriso enorme no rosto. Pulei nos braços do meu irmão, surpreendendo a todos, lhe dando um abraço forte. Ele demorou, mas correspondeu.

-Bem vindo ao lado negro. – ele me colocou no chão quando ouviu isso e me olhou confuso. Eu e meus amigos dissemos juntos em uma só voz – Estávamos te esperando.

A galera riu e o dia passou rápido depois disso... Já que não fomos para a diretoria!

Carter e Zia iam ficar lá em casa e eu dei o maior gelo nos meus avôs, durante os primeiro s cinco minutos. Durante a tarde joguei vídeo-game com meu irmão enquanto Zia lia alguma coisa. Foi uma tarde gostosa, mas amanhã aprontaríamos de novo... Até o final da semana!

... Eu só não sabia o quanto essa semana seria terrível pra mim...


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Notas finais do capítulo

espero que tenham gostado e o final da semana se aproxima... bom não teve lá muito romance, mas um novo casalzinho surgiu... E um novo também pode surgir...
Ainda virão muitas pegadinhas e emoções e quem sabe dizer o que mais...
Bjss