The Current escrita por Fenix


Capítulo 8
Você será próximo!




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/359256/chapter/8

Carol abaixa a cabeça respirando fundo.

- Meu deus – Diz Narayani.

- Eu li ontem... – Diz Carol, ela ergue o olhar para eles – Eu só quero acabar com isso!

- Quando ia nos contar? – Pergunta Nathan.

- Achei que não fosse precisar contar – Diz Carol.

- Pessoal não é hora pra isso, vamos logo, o tempo está acabando – Diz Kerry.

Eles caminham pela calçada, a rua estava escura e vazia, alguns postes de luz ainda funcionavam e iluminavam os jardins das casas, os carros estão estacionados próximos ao meio fio, os barulhos da ventania e das arvores balançando continuavam sem fim. Eles vão caminhando com pressa, Kerry e Nathan carregavam os galões de gasolina que não chegaram a por no carro.

- Acha que vamos conseguir acabar com isso? – Pergunta Narayani, caminhando ao lado de Carol.

- Eu espero que sim! – Responde Carol.

A luz do poste a frente pisca duas vezes e volta ao normal, em seguida pisca novamente, eles param de andar estranhando, ouvindo as luzes se apagando, eles viram para trás e observam a menina de branco na luz antes que se apagasse, ela ia se aproximando conforme os postes iam se apagando.

- Droga... VAMOS, VAMOS! – Nathan puxa Kerry e começam a correr desesperadamente.

Carol e Narayani correm na frente bem atentas a tudo, Narayani afasta-se da Carol por causa de um carro, ela vai para rua, no entanto o poste estoura e os cacos de vidro da lâmpada caem em direção a Narayani, rapidamente ela pula para o lado e deixa os cacos se quebrarem no chão, ela fica ofegante com os olhos arregalados.

- Vamos, vamos – Carol a ajuda levantar e juntas se afastam correndo.

Nathan olha para o lado e a menina de branco está na calçada lhe acompanhando com o olhar.

- MAIS RAPIDO! – Ele grita.

Kerry cai no chão deixando o galão de gasolina rodar para calçada, ela ergue o corpo com os braços quando é puxada em direção a menina que estava dentro do breu no meio da rua.

- NATHAAAAAAAAAAAN – Grita Kerry, desesperadamente enquanto é arrastada, ela tenta segurar-se em alguma coisa.

Nathan e as meninas param de correr e viram-se.

- KERRY – Grita Carol, ela corre para salvá-la, mas Narayani a segura pelo ombro impedindo-a.

Nathan naquele instante larga o galão e corre até Kerry, ele consegue segurar sua mão.

- Não... Kerry, não solta – Diz Nathan, firmando os pés no chão e forçando para trás enquanto segurava as mãos de Kerry.

- NATHAN NÃO ME SOLTA – Kerry chorava sem parar, seu desespero era expresso por seus gritos agonizantes.

- Carol vamos, temos que fazer isso logo – Diz Narayani, puxando Carol, que por sua vez fica abismada com o que via.

Elas viram-se correndo sem pararem de chorar.

A menina de branco aparece ao lado de Nathan, ele grita fechando os olhos e levantando a cabeça, o sangue escorre pela boca de Kerry enquanto gritava, seu corpo é partido ao meio, Nathan cai de costas no chão com seu rosto respigado de sangue, ele arregala os olhos em choque.

- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH – Ele grita sem conseguir se mover.

O corpo de Kerry está caído no chão com o osso da coluna a mostra e as tripas no chão, o sangue vai se espalhando devagar. Nathan fica suspirando forte enquanto tentava mover seu corpo para poder fugir dali.

------------------------

Carol e Narayani correm pelo centro da rua, as duas choram desesperadamente, elas olham para trás e não havia ninguém, elas viram a esquina, todos os carros no local acionam o alarme, Carol e Narayani param de correr assustadas.

- Meu deus, o que é isso? – Pergunta Narayani, olhando em pânico para os carros.

- É ela... Vamos – Carol puxa Narayani e juntas continuam a correr pela rua.

------------------------

Nathan corre desnorteado pela rua, o desespero aumenta a cada passo, ele olhava atento para os lados sem parar, fazendo-o tropeçar e cair, Nathan tenta retomar o fôlego, ele levanta-se e fecha os olhos suspirando, vira a cabeça com medo, ao abrir os olhos depara-se com a menina de branco na sua frente, ela levanta a cabeça e da um grito agudo demoníaco, estourando os vidros dos carros, Nathan afasta-se correndo, ele olha para o lado e ela está parada lhe encarando da calçada.

- SAI DAQUIIIIIII – Ele grita sem parar de correr.

Nathan começa a chorar já achando que sua vida estava destinada dentro de horas, quando pisca, a menina de branco está na sua frente e lhe ataca com o braço, Nathan cai no chão protegendo o rosto com o braço, olhando para frente novamente, não havia ninguém ali e seu braço estava ileso.

-----------------------

Narayani e Carol adentram na rua da casa de Narayani.

- Falta pouco! – Diz Narayani, sem pararem de correr.

De repente os carros da rua são arrastados para o centro e colidem entre si, formando uma barreira de dois carros em frente a elas, as duas param de correr naquele momento.

- Merda! – Diz Carol – Pela calçada, vamos!

Elas viram-se para correr quando o poste cai na calçada molhada e os fios a eletrocutam.

- Ela não vai deixar a gente passar! – Diz Narayani.

- Vai na frente, eu vou dar um jeito!

- O que? Carol...

- Vai logo – Carol a interrompe – Vai Nara, eu vou depois! Você precisa encontrar o corpo, ela não vai te machucar, você não leu a corrente!... Vai, anda!

Narayani corre em direção aos carros, salta e desliza pelo capô, ela cai agachada do outro lado e continua a correr sem parar, Carol da uns passos para trás chorando com medo.

--------------------------

Narayani se aproxima da porta de sua casa, ela tira a chave do bolso e abre a porta, em seguida a bate e encara a escada do segundo andar, ela sobe correndo e para em frente ao corredor, no final havia uma janela que batia com o vento, Narayani está ofegante, ela continua a encarar o corredor com medo.

Narayani da um passo a frente estalando o piso no chão, ela fecha os olhos com o estalo e os abre em seguida, ela caminha cautelosamente pelo corredor, se aproximando da porta de seu quarto, ela nota que estava encostada, Narayani para em frente a ela, com muito medo, ela estica o braço tocando a porta, e a empurra com cautela.

Não havia ninguém no corredor, de repente ela ouve o estalo do piso, Narayani vira-se abruptamente deparando-se com Carol, as duas gritam assustadas.

- Carol! – Narayani a abraça – Que bom que está bem...!

- Eu não sei o que houve com Nathan, ele ainda não apareceu – Diz Carol.

- Você acha que ele...

Carol afirma com a cabeça lamentando a notícia, Narayani pisca, deixando a lágrima escorrer por seu rosto.

- Temos que continuar! – Diz Carol.

Elas adentram no quarto, Narayani acende a luz iluminando o quarto.

- Como vamos saber se o corpo está aqui? – Pergunta Narayani.

- Deve ter algum lugar oco – Diz Carol.

Carol caminha pisando forte no chão, Narayani fica na porta lhe observando, Carol olha para ela.

- Acho que encontrei, me ajude a empurrar a cama – Diz Carol.

Narayani caminha até ela e a ajuda a empurrar a cama até a parede, elas retiram o tapete e encara a madeira.

- Como vamos tirar a madeira ai? – Pergunta Narayani.

- Seu pai não tem nenhuma pá ou algo assim? - Pergunta Carol.

- Eu não sei... A-acho que sim! – Narayani fica nervosa e bastante tensa.

- Eu vou pegar, você fica aqui! – Diz Carol, ela se aproxima de Narayani – Aonde seu pai guarda as ferramentas?

- No porão! – Responde Narayani.

- Ótimo! – Carol bufa – Eu volto já!

Carol sai do quarto, Narayani se afasta da porta em direção à janela.

-----------------------------

Carol desce a escada segurando no corrimão, aflita, ela olha para trás com medo lhe fazia tremer as pernas, cada passo um degrau seu coração ia se acelerando.

Seu olhar vaga pela sala vazia e escura, levando-a até a porta de entrada que encontrava-se aberta, Carol desce a escada e caminha para cozinha com cautela, o silencio dominava o local. Ela adentra na cozinha e avista no canto a porta branca fechada, acreditando que seria de acesso ao porão, Carol da uma breve corrida até a porta e a abre. Havia uma escada de estilo como uma sala normal, ela desce devagar e tenta acender a luz no primeiro interruptor que avista, revelando uma sala de estar, um pouco bagunçada e empoeirada.

- O que?! – Carol murmura.

Ela desce a escada e observa o local.

- Como isso...? – Carol para de falar arregalando os olhos, ela se aproxima do quadro empoeirado na parede, revelando a foto de Madison – Meu deus!

Atrás de Carol, Madison está parada lhe encarando.

---------------------------

Nathan se aproxima correndo na casa de Narayani e para no arco da porta, ele adentra com precaução, seus olhos analisando o local escuro e silencioso.

- Narayani... Carol... – Nathan as chama murmurando.

Ele fecha a porta com cuidado e vira-se para escada,seu olhar vaga pelo andar superior, Nathan sobe os primeiros degraus quando Carol o surpreendente com um gravata e o lança no chão, Nathan bate de costas e grita com a dor.

- O QUE VOCÊ TA FAZENDO? – Grita Nathan.

Carol segurava um machado e lhe encarava, ela o ergue com um grito, Nathan gira no momento que ela o ataca, o machado é fincado no chão.

- CAROL, O QUE VOCÊ TA FAZENDO? – Nathan está agachado no chão, assustado.

Narayani ouve o grito de Nathan e levanta-se abruptamente da cama, ela corre até a porta, antes que pudesse entrar no corredor a porta se fecha com rijo, Narayani para imediatamente, assustada, ela olha ao redor.

- PARA CAROOOOOL – Grita Nathan, segurando o cabo do machado com a mão enquanto estava deitado no chão.

- Me desculpa... – Carol dizia enquanto chorava – Me desculpa Nathan, me desculpa...

Ela levanta o machado, neste tempo Nathan lhe chuta na barriga fazendo-a cair de costas, ele levanta correndo e sobe a escada, olhando para o topo avista Madison, Nathan arregala os olhos, ele é lançado para a parede do outro lado e cai em cima da mesa de madeira, quebrando um vaso de planta, um caco de vidro é encravado na lateral da barriga de Nathan, ele tenta se levantar, no entanto o sangue passa a escorrer e a dor se torna insuportável, Nathan cai no chão novamente.

- AAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHH – Grita Nathan.

- Droga! – Narayani avança novamente até a porta, segura a maçaneta e a abre com força, ela encara a porta do outro quarto aberta.

Narayani sai do quarto e olha para o lado, observando o corrimão que beirava a um espaço vazio até a escada colada na parede, ela caminha em sua direção bastante aflita, suas mãos ficam suadas de nervoso e seu olhar não parava em um lugar fixo.

Carol se aproxima de Nathan que estava caído no chão, ela chorava horrores enquanto o via sangrar.

- Eu tenho que fazer isso... Nathan me desculpa... Ela vai me matar se eu não fizer! – Diz Carol.

- Ela vai... Vai te matar de qualquer jeito – Diz Nathan, com a boca escorrendo sangue e o ferimento já formando uma poça de sangue abaixo do corpo.

- E-eu não posso arriscar! – Diz Carol, ela levanta o machado e lhe ataca no nas costas.

Nathan ergue a cabeça com um grito sofrido, Carol retira o machado e lhe ataca novamente, o sangue respinga em seu rosto, ela continua a ação sem parar de chorar, Narayani chega à escada e arregala os olhos.

- CAROL! – Grita Narayani, em desespero ao vê-la matar seu amigo.

Carol enfia o machado na cabeça de Nathan, matando-o, ao retirar uma enorme quantidade de sangue escorre por sua cabeça, Carol olha para Narayani no segundo andar.

- O que você fez? – Pergunta Narayani.

- Ta tudo bem... Agora está tudo bem! – Diz Carol.

- O que? O que está tudo bem? – Narayani começa a chorar de nervoso – Não podia ter feito isso!

- Eu precisava!

- POR QUÊ?

- Madison iria me matar! – A voz de Carol sai fria e seca.

- O que ela fez com você? – Narayani se afasta aos poucos.

Carol larga o machado, deixando-o cair ao lado da cabeça de Nathan, levantando a cabeça, ela encara a menina de branco, os olhos de Carol já estavam fundos de tanto chorar, ela estava fraca e suas mãos tremulas e suadas, saindo do transe criado por Madison.

- O que você quer de mim? – Pergunta Carol – O QUE MAIS QUER DE MIM?

Narayani entra correndo no quarto de seu pai e pega um isqueiro na gaveta da mesinha ao lado da cama, ela sai correndo do cômodo em direção a escada.

Carol levanta a mão repetindo o gesto de Madison.

- Eu fiz o que você queria... PORQUE NÃO ME DEIXA EM PAZ?

Ela avista Narayani descendo a escada.

- NÃO, NÃO...

- Eu vou queimar o corpo!

- NARAYANI O CORPO ESTÁ NO SEU QUARTO! – Grita Carol.

Narayani para e a encara surpresa.

- Eu tenho certeza... Você não tem porão, aquilo é o primeiro andar da casa... Seu quarto é uma parte do sótão! – Diz Carol.

- Meu deus! – Narayani arregala os olhos.

Ela estranha quando Carol passa a se estrangular, Narayani corre até ela sem saber como ajudá-la, assim que avista o espelho na parede, corre até ele, o pega e põe na frente de Carol, o espelho estoura e Carol ajoelha ao chão tossindo.

- Você está bem? – Narayani a ajuda levantar.

- Eu não queria ter feito aquilo... Meu deus, eu não queria – Carol não para de chorar - Não temos... Tempo para abrir um buraco no chão... – Ela levanta o olhar para Narayani – Faça o que eu fizer!

Elas correm em direção a cozinha, adentrando no cômodo, as duas janelas de vista para rua, estouram, as duas viram-se protegendo os rostos.

- VAMOS NARA, VAMOS – Carol corre em direção aos fogões, Narayani a segue correndo.

Elas abrem as saídas de gás.

- Vamos – Carol segura a mão de Narayani e correm em direção a janela.

Narayani pega um pano na bancada enquanto corria, solta a mão de Carol e acende o isqueiro, ela queima o pano e o lança para trás, as duas pulam passando pela janela, elas caem de peito no chão.

- VAMOS, VAMOS! – Grita Narayani.

Elas levantam e correm em direção a rua, nesse instante a casa explode, o fogo beira pelo ar, os destroços caem pela rua, Carol e Narayani estão no chão protegendo o rosto, elas observam algumas partes da casa em chamas.

- Acabou? – Pergunta Narayani.

Carol pega seu celular, escreve “Sua alma capturar e sangue jorrar, não há escapatória, ela irá te encontrar. Senão passar isto dentro de 2 dias, logo a visitará!”, em seguida envia para uma pessoa, ela encara Narayani.

- Agora temos certeza que sim! – Diz Carol.

---------------------------

Ambulâncias,policias e bombeiros já estavam no local, Narayani está dentro da ambulância com um médico fazendo o curativo, Carol se aproxima com um coberto lhe aquecendo, ela observa Narayani.

- Como está? – Pergunta Carol.

- Vou ficar boa! – Responde Narayani.

O médico sai da ambulância, Carol adentra no veículo sentando ao lado de Narayani, elas olham para a casa e respiram fundo.

- Eu sinto muito, não queria ter feito aquilo com Nathan... – Carol abaixa a cabeça se lamentando.

- Você não teve culpa, estava sob o controle dela... – Diz Narayani.

- Eu sei... Mas eu... Eu sinto muito – Diz Carol.

Elas ficam sérias, Carol olha para uma foto do grupo reunido na tela de seu celular, uma lágrima cai na foto.

----------------------------

Cláudio está deitado no sofá quando seu celular toca, ele o pega na mesa central da sala e o observa.

“Sua alma capturar e sangue jorrar, não há escapatória, ela irá te encontrar. Senão passar isto dentro de 2 dias, logo a visitará!”

- O que? – Cláudio não entende – Essa menina deve estar bêbada! Vadia igual a mãe!

Cláudio deita no sofá e uma mão atravessa o pescoço dele, Cláudio arregala os olhos, seu corpo para de se debater e o braço cai para o lado. A menina de branco está lhe encarando ao lado do sofá, ela vira-se, encara a frente e com um grito avança.

The End.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bem pessoal, é isso!
Eu espero que tenham gostado, e agradeço muuuuuuito pelos comentários!
Se realmente gostaram, eu gostaria de receber recomendações ^^

Muito obrigado!

P.S: No momento eu não penso em uma sequência, mas o que vocês acham? The Current merecia uma sequência?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The Current" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.