When Smiled You Knew escrita por Roses in misery


Capítulo 39
Please,please don't leave me


Notas iniciais do capítulo

E ai meu povo, tudo bem? Capítulo novo para vocês e espero que gostem,mas de uma coisa eu tenho certeza: ao chegarem ao fim desse capítulo ou vocês vão me amar muito ou me odiar muito.(acho que já sei qual vai ser)

Bom antes de vocês irem para a leitura, este capítulo é dedicado para fofa e linda da Tici,obrigada por recomendar a fic,me deixou muito feliz. Tem muito Enjolnine nesse capítulo,então espero que goste.

Boa leitura.



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Depois daquela noite, a rotina dos Amis teve uma leve mudança. Sempre que tinham tempo estavam juntos. Na hora do almoço,quando estavam na faculdade ficavam juntos. Pelo menos uma vez na semana tentavam se reunir para beber e jogar conversa fora.

Estavam ocupados,mas acharam que essa não podia ser a desculpa para não se verem e não aproveitar cada minuto que tinham. Grantaire havia começado a faculdade e estava tentando se adaptar,apesar de estar sofrendo um pouco, o mais difícil era ter que ficar tanto tempo longe de qualquer tipo de bebida com álcool. Esse era sua grande batalha interna, que com muita dificuldade estava conseguindo manter. Bebia? Sim, claro que bebia, afinal a bebida era sua válvula de escape,mas estava aprendendo a beber com moderação, não para passar vexame.

Infelizmente a falta de bebida o estava deixando um cara mal humorado,que raramente conseguia fazer piadas com as coisas,ou fazer alguém rir. Por mais que tentasse.

Ele realmente sentia falta de sua amada bebida.

Sempre estava revezando: um dia iam ao cinema, outro ao teatro. Um dia até arriscaram a ir ao boliche,mas tiveram que ir embora depois que Grantaire tentou tacar Augustinne na pista,depois que suas bolas acabaram. Ou então ficavam no apartamento de Augustinne e Combeferre quando ela já não estava conseguindo acompanhar os Amis, se sentia cansada constantemente e reclamava que sua barriga pesava e que nunca podia beber com eles.

Também sempre estavam presente em algum tipo de manifestações. Éponine como não tinha mais tempo de estar os seguindo,sempre era aquela que recebia o telefone da policia,anunciando que os Amis haviam sido presos. Então depois da terceira vez tendo que ir soltá-los, Éponine, Cosette e Augustinne criaram o “fundo fiança”,todo dia um dos garotos tinham que colocar uma quantia de dinheiro antes de sair para uma manifestação.

Enjolras chegou cansado aquela noite. Havia acabado de chegar de um protesto que acabou em confusão. Estava mancando e seu joelho direito doía, assim como as palmas de suas mãos. Olhou a porta antes de destrancá-la. Éponine havia voltado com a mania de deixar sempre um bilhete vermelho colado na porta para quando ele chegasse e lesse. Era sempre alguma frase animada,ou a letra de uma música ou um simples “sinto sua falta”.

Mas essa noite não havia nada ali colado em sua porta, o que foi estranho porque ele já estava acostumado com aqueles bilhetes.

Quando abriu a porta um cheiro de comida o atingiu em cheio e escutou uma voz abafada cantarolando da cozinha. Bolinha veio correndo em sua direção, se esfregando em suas pernas e miando,olhando para o dono. Enjolras jogou sua mochila no chão e se inclinou para pegar o gato,que havia se tornando um grande companheiro.

–Como está garoto? Éponine que está na cozinha?- perguntou para o gato,que tacou a pata em sua cara, o que tirou uma leve risada de Enjolras que o colocou no chão,indo em direção a cozinha,onde encontrou Éponine com o cabelo preso em um rabo de cavalo,uma camisa sua e um shorts,cantando e dançando usando uma colher como microfone.

Ficou ali parado,observando, se divertindo com o show da namorada.

–AAH- ela gritou se assustando quando se virou e viu Enjolras ali.- Você quase me matou.- reclamou mexendo no fogão.- Desde quando está ai parado?

–Não faz muito tempo.- respondeu dando de ombros e entrando na cozinha.- Acontece que estava divertido de olhar.

–Mon Dieu! O que aconteceu com você?- Éponine perguntou olhando bem para o namorado e parando no machucado em seu joelho.- Andou brigando?

–Não foi minha culpa. Eu estava no meio da multidão quando começou.- se justificou enquanto se sentava na cadeira.

–Fique aqui quieto que vou dar um jeito nisso.- falou brava enquanto saía da cozinha.- Francamente, acho que já esta bem grandinho para ficar arrumando briga. Tudo bem querer mudar as coisas,mas tem que ser desse jeito? Não tem uma maneira mais civilizada?- Enjolras era capaz de ouvir Éponine praguejando mesmo ela estando longe. Bolinha entrou na cozinha miando.

–Sua mãe está brava.- Enjolras murmurou para o gato,bem no momento que Éponine voltava para a cozinha com algodão e álcool nas mãos.

–É porque o irresponsável do seu dono fica se metendo em confusão.- rebateu brava,se sentando no chão.

–Éponine, não é necessário. Pode deixar que eu faço isso...

–Shh. Cala a sua boca.- pediu enquanto destampava o frasco de álcool e virava sobre o machucado de Enjolras.

–AAAi Éponine!- exclamou de dor,puxando a perna.- Ficou louca?

–É para você aprender a parar de se meter nessas manifestações que sempre acabam em quebra-quebra. É perigoso!

–Eu sei mas é necessário.

Éponine puxou a perna do namorado com força, a cara fechada em um bico,enquanto passava o algodão, sem dizer mais nenhuma palavra. Enjolras pegou o celular da namorada e ficou o encarando.

–Que música estava ouvindo?- perguntou enquanto puxava o fone, e a música preencheu a cozinha com seu toque animado. Enjolras rapidamente se lembrou da musica que Éponine havia dançado com Montparnasse meses atrás e que o havia deixado louco de ciúmes.- Queria saber dançar.- balbuciou .

–Mas você sabe... na verdade todo mundo sabe. É uma questão de treino como tudo na vida. Ou você acha que eu já nasci sabendo?- Éponine questionou, levantando os olhos para encará-lo.- Mas eu passava tantas horas na frente da TV tentando imitar os passos das dançarinas de programas,ou dos filmes que Fantine decidiu me colocar na aula de jazz. Depois fui me interessando por outras danças e fui fazendo aulas. Mas tudo começa com você querer. Pronto. Terminei. Agora vá tomar banho para tirar esse cheiro de suor.- Éponine fez uma careta,enquanto se levantava.- Depois coloque um curativo nisso. E lave bem essas mãos para não infeccionar.- mandou se virando para continuar preparando o jantar.

–Tudo bem,chefe. Você está passando tempo demais com Combeferre e Joly.- Enjolras falou antes de sair da cozinha.

Quando saiu do banheiro,já sentia o corpo bem melhor,ainda dolorido porém relaxado. Encontrou a mesa pronta e Éponine voltando com uma garrafa de vinho.

–Posso saber o que estamos comemorando?- Enjolras perguntou se sentando na mesa. Éponine fez um som de desgosto com a boca.

–Precisa ter um motivo para eu vir até aqui e fazer um jantar para você, para que assim passemos um tempo a sós?- rebateu com outra pergunta.

–Esse motivo já é o suficiente para mim.

–Bom saber.- respondeu Éponine.- Com ou sem música ambiente?

Enjolras deu de ombros.

–Você decide.

Éponine assentiu e conectou seu celular no aparelho de som que havia ali na sala. Uma música suave começou a tocar e ela sorriu ao olhar para Enjolras,que devolveu o sorriso. Era tão fácil, sorrir quando estava com Éponine. Gostava do jeito que ela o fazia se sentir humano e de como as vezes o desafiava. Gostava inclusive de algumas brigas,porque no fim a reconciliação era a melhor parte.

Ela acendeu as velas que estavam encima da mesa e apagou as luzes. Enjolras ergueu as sobrancelhas,com um ar divertido.

–Que foi? É errado querer um jantar romântico agora? A culpa não é minha que a gente ta gastando dinheiro com fianças e não sobra para irmos em um restaurante.- falou em um tom de censura, o que fez Enjolras se sentir mal.

–Desculpe... é só dizer quando quiser ir jantar fora. Eu vou dar um jeito.

Éponine soltou uma risada.

–Seu bobo. Prefiro assim... sabe,uma coisa intima.- se inclinou para beijar o garoto e logo se afastou mordendo os lábios.- Vamos comer antes que a comida esfrie.

Éponine serviu Enjolras e comeram lentamente. Conversando e bebericando vinho. Enjolras elogiou o jantar que a namorada fez. Conversaram como o inverno que já havia chego parecia que seria forte, e como estavam,mesmo que Enjolras não confessasse,ansiosos para que o bebê de Augustinne nascesse no próximo mês. O tempo passava tão rápido.

Enjolras ajudou Éponine a tirar a mesa e a lavar as louças. Mesmo tendo o lava-louças, a garota odiava usá-lo,dizendo que aquilo não lavava,apenas espalhava a gordura.

Terminaram e foram se sentar na sala, com outra garrafa de vinho entre eles. Essa noite podiam beber,já que na manhã seguinte não teriam que ir na faculdade, já que os professores iam na manifestação que iria acontecer.

Éponine deixou a taça de lado e se levantou estendendo a mão para Enjolras.

–Venha.- chamou. Ele olhou confuso para a mão da garota. Ela não tinha dito nada de sair.

–Onde?

–Vou te ensinar a dançar.

Enjolras hesitou olhando para a mão estendida de Éponine com desconfiança.

–Eu não sei não. Eu sou uma droga dançando. Nem me comparo a um Montparnasse.

Éponine riu e revirou os olhos.

–Montparnasse não dança, ele fica agarrando as garotas. Venha,deixe de ser covarde. Vou te ensinar com uma música calma.

Enjolras ainda desconfiado se levantou. Éponine colocou a música para tocar e a melodia calma e suave envolveu Enjolras.

http://www.youtube.com/watch?v=DOuaecXvhmU

–Sinta a música. Deixe ela entrar em você. Endireite os ombros. Coloque uma mão aqui e a outra aqui.- Éponine instruiu.- Lembra quando estávamos ensaiando para o casamento de Cosette?

No estaba en mis planes conocerte

(Não estava em meus planos conhecê-lo)
La suerte no soplaba a mi favor

(A sorte não soprava ao meu favor)
Había tropezado tantas veces

(Havía tropeçado tantas vezes)
Con piedras, con mentiras, con traición

(Com pedras,com mentiras,com traição)

–Lembro.- respondeu suavemente seguindo o balanço de Éponine.- Quando estávamos deitados no chão eu queria te beijar.- confessou olhando nos olhos da morena que sorriu.

Será que hice algo bueno en esta vida que te trajo a mi

(Será que fiz algo bom nesta vida que te trouxe a mim?)
Lo que yo pedí tal vez allá en el cielo

(Tudo o que eu pedi, talvez aja no céu)
Alguién me cuida y me llevó hasta ti

(Alguém que cuida de mim e me levou até você
Contigo soy feliz

(Com você sou feliz)

–E eu queria que você me beijasse.- respondeu olhando com a mesma intensidade para Enjolras.- Agora me gire.- orientou e assim o loiro fez.- Por que não beijou?

Inexplicable, inexplicable el amor

(Inexplicavel,inexplicável o amor)
Porque de pronto te transforma el corazón

(Porque de repente você transforma o coração)
Inexplicable como dos almas se encuentran

(Inexplicavel como duas almas se encontram)
Como yo llegué a tu puerta

(Como eu cheguei a sua porta)
Y como un beso nos salvo

(E com um beijo nos salvou)
Inexplicable como es que al fin llega el amor

(Inexplicavel como ao final,chega o amor)

Enjolras deu de ombros.

–Você sabe como eu era na época e também eu fiquei com medo de estar me apaixonando. Eu nunca imaginei que isso aconteceria comigo e estava apavorado.- terminou de contar,soltando uma risada pelo nariz.- E também você saiu correndo,o que me fez acreditar que não queria ser beijada.- lembrou fazendo uma careta e Éponine riu.

–Acho que eu estava com medo também. Afinal acreditava que o único cara que tinha meu coração estava para se casar e que nunca ia achar ninguém. Fui muito tola de acreditar que... Marius era o dono do meu coração.- Éponine falou encostando a cabeça no peito dele,sentindo seu cheiro,aquele cheiro que ela amava.- Então apareceu você,me confundindo e me fez ver que não é e nunca foi de Marius o meu coração.

Vivia navegando en la tristeza

(Vivia navegando na tristeza)
Y mi amargura se volvió el timboy

(E a minha amargura se transformou em conto de fadas)
De pronto apariciste por sorpresa

(De repente você apareceu de surpresa)
Y la tormenta desapareció

(E a tempestade desapareceu).

–Você entende alguma coisa que ela ta cantando?- Enjolras questionou. Éponine balançou a cabeça em negativa.

–Não. Mas eu gosto dela.- ficaram em silêncio,apenas dançando na pequena sala.-Fez sentindo isso que eu disse?- perguntou Éponine em um sussurro e Enjolras acenou com a cabeça afirmativamente, inspirando o cheiro do cabelo da morena.- Sabe o melhor de tudo?

–O que?- Enjolras quis saber curioso.

–Agora você pode me beijar sem medo.- Éponine falou envolvendo os braços no pescoço de Enjolras o puxando para si.

–É assim que você quer me ensinar a dançar?- Enjolras perguntou quando se separaram. Éponine sorriu largamente.

–Teremos tempo suficiente para aulas de danças,mas agora... eu só quero você- Éponine confessou em um sussurro. Apenas isso foi o suficiente para o loiro pegar a morena nos braços e jogá-la no sofá.

02 de novembro, inicio do inverno, Paris

Enjolras acordou e sentiu o peso de Éponine em seu peito, ela havia dormido grudada nele e ainda permanecia naquela posição. Ficou com preguiça de se levantar mas havia prometido que iria naquela manifestação,então mesmo estando frio e não querendo sair e deixar Éponine ali, ele se forçou para fora da cama,tomando cuidado para não acordar a garota.

Havia perguntando se ela gostaria de ir,mas Éponine disse que preferia ficar descansando se ele não se importasse,porque não estava mais tendo tempo de ficar até mais tarde na cama e adoraria poder dormir.

Assim Enjolras trocou de roupa,se agasalhando bem, preparou café colocando na garrafa e deixou um bilhete colado nela.

“Estarei onde tivemos nosso primeiro protesto juntos, aquele que você estava vestido de garoto. Apareça por lá se quiser quando acordar”

Éponine acordou com o toque do seu celular distante. Virou na cama de um lado para o outro, procurando o corpo quente de Enjolras, até que abriu os os olhos e se encontrou sozinha. Ele já deveria ter saído para o protesto. Que horas eram afinal?

Seu celular recomeçou a tocar,seja lá quem fosse, precisava falar urgentemente com ela. Sem nenhuma vontade ela se levantou da cama,enrolando o coberto no corpo porque estava com frio e saiu seguindo a musica. O achou sobre a mesa da cozinha,juntamente com a garrafa de café que Enjolras havia deixado para ela.

–Allo?- atendeu o celular,pegando o bilhete colado na garrafa para ler e sorrindo.

–Éponine.- a voz de Courfeyrac parecia apavorada, o que não chamou muito sua atenção,afinal o amigo sempre parecia apavorado.- Onde você está?

–Estou no apartamento de Enjolras tomando uma xícara de café que ele deixou pronto para mim. Por que?

–Éponine... pelo amor de Deus. Estamos com problemas.- agora ele realmente parecia apavorado.

–Quem foi preso? Enjolras?- perguntou já alarmada e se levantando para pegar o pote de biscoito onde eles escondiam o dinheiro da fiança.

–Éponine venha para cá. Agora!- Courfeyrac a intimou e desligou o telefone. Éponine antes do amigo desligar o telefone pode ouvir o indicio de gritos e brigas.

Rapidamente Éponine correu para o quarto e vestiu a roupa que estava usando na noite anterior,sem se preocupar em fazer sua higiene matinal ou dar uma ajeitada no cabelo que mais parecia um ninho de passarinho.

Foi correndo,porque infelizmente os transportes haviam parado naquele dia. Sentia seu corpo todo ardendo e doendo,o ar faltando mas se forçou a continuar sempre em frente,mesmo que já não sentisse mais seus pés, só diminuiu o ritmo quando encontrou a multidão.

Mesmo assim foi difícil passar por entre as pessoas. Policiais em seus cavalos,cercavam os manifestantes como se os professores e pessoas decentes gritando por melhorias fossem bandidos perigosos.

Tentou ligar para Courfeyrac mas o mesmo não atendia o telefone, o que desesperou Éponine.

Ela se permitiu rir, talvez não fosse nada de sério, só Courfeyrac sendo Courfeyrac e a assustando sem motivo. Talvez ele tivesse feito aquilo para arrastá-la para manifestação. Era bem a cara dele fazer isso. Seu celular vibrou em sua mão e ela rapidamente o atendeu.

–Cosette!- gritou para que a amiga a escutasse.

–Ponine, onde você está?- Cosette tentava manter a voz calma,Éponine percebeu,a amiga sempre fazia isso quando não queria assustá-la.

–Estou no meio da multidão. Tentando achar vocês. Onde vocês estão?- gritou já perdendo a paciência, por que ninguém a dizia o que estava acontecendo?

Sentiu alguém puxando seu braço e o grito ficou preso em sua garganta quando viu que era Marius.

–Graças a Deus. Talvez você possa colocar algum juízo na cabeça deles.- Marius falou apressado,enquanto puxava Éponine consigo,que não estava entendendo nada.

–Eles? Eles quem Marius?

Marius apontou. Mesmo estando longe,pode ver Grantaire cercado de policiais,junto de Combeferre.

Grantaire gritava alguma coisa para o policial, que bateu nele com o cassetete, fazendo o amigo tombar para trás. Combeferre acabou levando também por tentar proteger o amigo. Logo atrás tentando chegar aos dois estava Enjolras, com o olhos inchado e um corte nos lábios,o cabelo desgrenhado e sujo.

–Finalmente,Ponine.- Courfeyrac a abraçou,seguido de Cosette.

–Talvez eles te escutem. Grantaire... Grantaire ele... ele...- Cosette não conseguia falar, ela tremia e estava tentando não chorar. Éponine quis saber o que ela estava fazendo ali,mas achou melhor perguntar em um outra hora. Quando tudo estivesse mais calmo. De preferência depois que pudesse bater em Enjolras por estar no meio da confusão.

Enquanto os amigos explicavam rapidamente como os três foram para ali para Éponine,ela viu Grantaire se levantar e correr para o carro de algum dos políticos que havia chegado e conseguido passar pela multidão. Quando viu quem saia gelou.

Era o pai de Enjolras e Grantaire estava correndo em sua direção,gritando alguma coisa,provavelmente xingamentos e os punhos erguidos, com raiva e sangue escorria de algum machucado.

O olhar de Éponine seguiu um policial que estava com a arma apontada para o amigo. Não conseguia ouvir mais nada ao seu redor. Se é que em algum momento estava ouvindo.

Porque de repente todos ficaram em silêncio.

Foi tudo tão rápido que não parecia real.

E mesmo naquele silêncio,que parecia proibido quebrá-lo um grito cortou a garganta de Éponine, só que ela não tinha certeza se tinha sido ela,se tinha gritado ou só imaginado que havia gritado.

Não sabia o que sentir, só que seu corpo estava pesado e os olhos cheios de água a impossibilitando de ver, o que mesmo de olhos fechados e na escuridão seria capaz de enxergar. O que seria capaz de ouvir.

Os tiros ecoando.

Um.

Bam.

Dois.

Bam.

Um corpo caindo com um baque surdo que mais parecia um tambor no chão.

Os olhos revirando,agonizantes de dor.

O corpo do seu garoto.

O corpo de Enjolras.


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Notas finais do capítulo

Bom e aqui se encerra a participação do Enjolras na fic. Então o que acharam? Devo me esconder ou ta tudo de boa? Espero que tenham gostado do capítulo e que já tenham em mente que a fic já está entrando em sua reta final. Mas relaxem que ainda tem capítulos por vir.

Acho que isso é tudo. Ansiosa para saber o que acharam.

Até mais!



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