When Smiled You Knew escrita por Roses in misery


Capítulo 38
Happy Birthday to you


Notas iniciais do capítulo

E ai galera? Tudo certo? Mais um capítulo novo para vocês. Eu devo dizer que gostei desse capítulo e os escrevi pensando em vocês então espero que gostem dele.
Não respondi os reviews do capítulo passado mas irei respondê-los assim que tiver um tempinho.
Boa leitura.



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–Finalmente- Cosette esbravejou assim que Éponine passou pela porta acompanhada de Enjolras.- Achei que a mademoiselle não iria vir mais.

–Pardon.- pediu Éponine sinceramente enquanto colocava a bolsa no sofá.- Acontece que tive que lidar com uma criança antes de vir para cá, sabe como elas podem ser irritantes.- lançou um olhar duro para o Enjolras. Cosette percebendo a troca de olhares achou melhor deixar o assunto morrer,começando um outro.

–Pedi para Marius ir pegar o gelo e o bolo. Os salgadinhos foram entregues não faz muito tempo, junto com os outros docinhos. A geladeira está abastecida com todo tipo de bebida e estávamos esperando você para escolher as musicas.- Cosette deu um relatório para Éponine que ouvia atentamente enquanto olhava ao redor. A decoração não era muito exagerada,uma faixa escrita “Joyeux anniversaire Grantaire”, que ela percebeu foi feita a mão por causa da letra delicada de Jehan e os brilhos coloridos que Cosette tinha mania de colocar em todo lugar possível, fotos do Grantaire estavam espalhadas pelo apartamento de todos os tamanhos, as luminárias do apartamento de Jehan tinham ganhado lâmpadas coloridas que dava a sensação de ser uma coisa bem intima. O centro do apartamento fora liberado como das outras vezes para ser feito de pista de dança. E tinha um leve aroma de incenso no ar que deixava um certo quê de mistério e calmaria. Exatamente o que ela achava que Grantaire significava. Ele podia parecer um livro aberto e o garoto idiota,mas sabia que havia bem mais, ele era um mistério para ela, ao mesmo tempo quando o mar estava agitado dentro de si,sabia que se procurasse o Grantaire ele seria sua calmaria,aquele capaz de acalmar todos os seus demônios. Só tendo os seus para saber como domar o dos outros.

–Está perfeito... e quanto a música coloquem francesa. Ele gosta,por causa da avó dele. De preferência Piaf, ele vive cantarolando as músicas dela.

–Certo. Eu acho que tenho aqui.- Jehan concordou com a cabeça indo procurar na sua estante lotada de cd’s e vinil.- Trouxe sua câmera ?- perguntou olhando para Éponine que fez que sim com a cabeça.- Ótimo. Transformei o antigo quarto de Combeferre em um Studio para a festa, ta cheio de plumas,perucas e acessórios para fotos inesquecíveis do aniversario do Grantaire.

–Bolo chegando!- Marius anunciou chegando junto com Combeferre que abria a porta seguido de Augustinne.- E está bem pesado. Acho que dá para alimentar metade da população de Paris.

–Exagerado.- Éponine correu para ajudá-lo com o bolo,colocando encima da mesa e tirando os papeis que protegiam.- Fiquei na duvida de como fazer, então pedi meio a meio. Chocolate branco e preto.

Cosette fez uma careta.

–Mas tá tão sem graça,sem nenhum enfeite.

–Quanto a isso.- Éponine se virou pegando a bolsa e tirando uma caixa de dentro e a abrindo pegando o conteúdo de dentro.- Passei essas duas semanas fazendo isso no meu tempo livre.- colocou no centro no bolo e se afastou.- Sei que não ficou aquela maravilhas mas vamos lembrar que eu sou artista de teatro e não artista manual.

–Ficou lindo,Ponine.- Cosette elogiou se abaixando para ver os dois bonequinhos ao lado de uma vela que marcava o número “24”.- Grantaire e seu alter ego feminino Grantairine.

–E eles se agarrando.- Marius acrescentou admirando o trabalho da amiga.- Acho que é o sonho do Grantaire.

–Desculpem se esperavam mais. Só que... eu achei que não tinha uma coisa que definia o Grantaire com exatidão.

–Tem sim. Uma garrafa de qualquer bebida alcoólica.- Enjolras abriu a boca pela primeira vez e isso fez Éponine fechar os olhos e contar até dez.

–Não seja maldoso. Você prometeu se comportar.

–Não prometi nada, eu disse que vinha.

Éponine respirou fundo pedindo aos céus paciência. Enjolras estava insuportável ou ela estava esgotada e se irritando com tudo?

–Cada um vemos Grantaire de um jeito. Para mim ele significa calmaria,mesmo ele fazendo as merdas dele,no final é para ele que eu vou correr quando tiver nervosa e precisando de alguém para me acalmar e me fazer rir.

–Para mim ele é alguém quebrado,que precisa de afeto. Isso ele acha em nós.- Augustinne falou calmamente enquanto acariciava a barriga.

–Para mim ele é alguém que sempre nos mete em problemas. Sempre,sempre,sempre.- Marius começou.- Mas no fim é o mais leal de todos e sei que é aquele que vai ficar com você até o fim,mesmo que você esteja errado.

–Aquele que insiste que é verdade,mesmo sabendo que é mentira. Ele sempre pensa em nós antes dele mesmo. Porque ele é triste,mas faz questão de esconder para nos fazer feliz.- Jehan adicionou. Combeferre balançou a cabeça frustrado.

–Seus filhos da puta. Não sobrou nada para eu falar.- reclamou e os Amis riram.- Grantaire ele sempre nos fode com as ideias dele, mas se não fosse essas ideias que sempre dão merda,não teríamos momentos tão bons para se lembrar em momento triste. Porque por mais que você tenha ficado fudido da vida com ele, quando você para e pensa foi engraçado e você se pega sentindo falta daquilo.- terminou de falar encarando o chão.

–Pelo amor de Deus, me diga que não está chorando? Se você estiver juro que vou pedir divorcio agora.- Augustinne quebrou os segundos de silencio em um tom brincalhão enquanto olhava para o marido que logo levantou um olhar zangado para ela.

A porta se escancarou.

–Couyrfeyrac mandou mensagem que já está descendo. Fiquem preparados.- Joly gritou entrando no apartamento.

–Só para constar: ninguém falou com ele, né?- Cosette perguntou indo para atrás da mesa. O Amis fizeram que não com a cabeça,quando ouviram passos no corredor.

–Apaguem a luz.- sussurrou Jehan se agachando atrás da estante de cd’s.

O apartamento mergulhou em um profundo silencio, apenas o som das respirações e um “cala boca, Cosette” cortaram a escuridão que ficou o lugar.

A porta se abriu e todos,menos o Enjolras, gritaram surpresa saindo de seus lugares mas deparando só com o Courfeyrac ali na porta, com a respiração irregular.

–Não consigo achar o Grantaire.- anunciou.

–O que?- perguntaram todos juntos.

–Como você foi perder o Grantaire?- questionou Joly.

–Ele estava comigo no apartamento. Foi quando eu fui me trocar de roupa, disse que iríamos sair para comemorar. Desculpem,ele mora comigo,tive que falar parabéns. Continuando,foi quando mandei a mensagem para o Joly, só que quando eu sai... Cadê Grantaire? Tinha desaparecido. Puff.- fez um gesto com as mãos.

–Onde ele pode ter se metido?- Jehan questionou saindo do esconderijo.

–Não faço a mínima ideia. Porque se soubesse eu teria ido atrás dele.- Courfeyrac retrucou.

–Todos se acalmem.- pediu Éponine.- Ele não deixou nenhuma pista da onde pode ter ido?

Courfeyrac negou com a cabeça.

–Se quiser pode ir olhar.- apontou para o corredor e Éponine seguiu para fora,apertando o botão do elevador,já que Courfeyrac morava apenas uns andares acima do apartamento de Jehan.-Teimosa.- murmurou ao encarar a garota entrando no elevador.

Quase vinte minutos depois, os amigos estavam sentados em silêncio, bebendo enquanto olhavam para o nada. Até que a porta se abriu e Éponine entrou em silêncio.

–Então?

–Achei isso em um quadro do quarto dele.- mostrou um papel de anotações amarelos. Limpou a garganta.- “Neste lugar, pessoas passam sem enxergar. Mas um grupo,de garotos esquisitos,tomaram este como seu lugar”- terminou de ler,levantando o olhar para os Amis.- Foi escrito pelo Grantaire, olhem é o garrancho dele.- entregou para Marius que analisou o papel e foi passando.- Quer dizer alguma coisa para vocês?

–Que ele gostou dessa frase?- Combeferre perguntou enquanto olhava o papel.

Enjolras levantou os olhos e a frase veio a sua mente.

–“Neste lugar,pessoas passam sem enxergar...”- começou, atraindo a atenção dos outros que o encararam.- A casa abandonada do lado da escola que estudávamos no colegial. Era tão decrépita que não valia a pena nem virar a cabeça para encarar.

–“Mas um grupo de garotos esquisitos tomaram este como seu lugar”- Courfeyrac continuou.- Os garotos esquisitos somos nós,quando invadimos aquela casa e acabamos encontrando Grantaire. Depois desse dia,começamos ir para lá quando queríamos fugir um pouco do mundo.

–Então vamos para lá.- Éponine falou pegando a bolsa do sofá. Enjolras riu sem acreditar e ela o encarou.- Qual o problema?

–Você não acredita realmente que ele deixou pistas.- respondeu revirando os olhos.

–Eu não acreditava que você seria capaz de amar alguém. Agora veja só.- respondeu de um jeito maldoso,se sentindo mal logo em seguida.- Quem vem comigo?- perguntou olhando para os Amis. Eles se entreolharam e deram de ombros, se levantando para se juntar a Éponine.

–Só um minuto que vou pegar uma lanterna. Vamos precisar.- Jehan saiu correndo para seu quarto voltando logo em seguida,com uma lanterna nas mãos.

Se apertaram todos no elevador e desceram. Assim que pisou na calçada, Éponine se envolveu com os braços, estava gelado, sinal de que o verão estava no fim. Começou a seguir os Amis pela cidade,até que chegaram na antiga escola deles,mas não havia nenhuma casa ao lado da escola.

–Demoliram.- murmurou Joly olhando para o lugar vazio onde um dia esteve a casa onde ele usara para se esconder apenas uns anos atrás.

Cosette olhava para a escola e pensava como aquela tinha o dobro de tamanho da escola que ela frequentou quando criança,até que um pedaço de papel amarelo chamou lhe atenção. Se aproximou para ler e arregalou os olhos,agarrando o papel e voltando correndo para o grupo.

–“Todos um dia irão crescer e assim nosso dia chegou. Risos fáceis ficaram para trás,assim como a vida de criança que não volta mais. Um líder para nos guiar, e os problemas assim mostrar. Uma briga com o pai, para o garoto assim um homem se tornar.- Cosette terminou de ler e encarou Enjolras.- Esse é claramente sobre você- concluiu.

–Foi quando o pai do Enjolras nos encontrou no café Musain e ouviu o discurso do Enjolras. Estávamos todos no primeiro ano da faculdade.

–O que estamos esperando?- Marius perguntou.- Vamos.

E assim,seguiram para o café Musain, se perguntando o que diabos Grantaire estava querendo com aquilo.

Entraram no Musain,cumprimentando a senhora que sempre ficava ali e já estava acostumada com a presença dos jovens. Foram até a mesa onde sempre ficavam e a encontram vazia. Jehan se agachou encontrando o papel amarelo colado ali.

–“Não é natal,mas agora temos um duende entre nós. Ho ho ho mas o líder não gostou. Ele teve que aguentar muita grosseria antes de entrar, até que o líder percebeu que o duende poderia ajudar.”- Jehan dobrou o papel.

–Claramente ele está falando do Marius.- Éponine falou apontando.

Marius revirou os olhos.

–Realmente, ele não gostava de mim no começo, achava que eu não entendia os problemas e estava na faculdade só por diversão,que eu era um riquinho. Até que eu disse que ele não tinha nada que falar,já que também era um riquinho... Mas quando Enjolras percebeu que eu não era só mais um querendo brincar,foi no segundo semestre da faculdade,que eu trouxe mais gente para ajudar.

–Ta mas onde isso aconteceu?- Courfeyrac perguntou impaciente. Marius olhou para Enjolras,que continuava impassível.

–Na saída da faculdade.

E assim eles foram correndo para os portões fechados da Sobornne. Marius dessa vez que pegou o papel.

–“Quando elas chegaram,mais unidos nos tornaram. Mas que maravilha,duas mulheres cheia de vida. Isso foi podre eu sei,mas quando chegaram,acenderam uma vela,que há muito estava apagada. Tão diferentes e tão iguais, por favor vamos alguns tijolos empurrar”

–Éponine e eu.- Cosette falou sorrindo- E ele ta se referindo aquele bar onde a Éponine nos levou.

–Mas que droga Grantaire. A gente só queria comemorar seu aniversario.- Combeferre balbuciou para si mesmo.

Quando chegaram ao beco onde se encontrava o bar que tinham que empurrar os tijolos, Éponine e Cosette cuidaram disso,como da outra vez e quando conseguiram,deram de cara com a mulher que ficava ali.

–Grantaire?- ela perguntou e Éponine assentiu.- Ele pediu para entregar a vocês e dizer que já esta no fim.

–Merci.- Cosette agradeceu se virando para Éponine e se inclinou para ler.

–“Nessa noite, ganhamos cabelos coloridos,tatuagens indesejadas e um certo doutor beijando uma certa falsa-mulher. Suas memórias foram apagadas, exceto suas bundas,que ainda estão na parede de um certo bar. Bora mamar”

–Não entendi.- Cosette falou depois de alguns segundos em silêncio.

–Mas eu sim. Vamos.- Courfeyrac se virou e o grupo começou a segui-los.

Já estavam exausto e não entendiam o que Grantaire queria com aquilo. Por que os estavam fazendo andar por toda Paris.

Mesmo sem entender,memórias vinham na cabeça dos Amis, de outros tempos e sentiam falta. Se lembravam de cada coisa com carinho e queriam ser capazes de voltar. E sempre que se lembravam,olhavam ao redor para os rostos dos amigos e fazia um agradecimento mental por tê-los.

Chegaram na frente do bar,onde Grantaire os levou para refazer os passos daquela despedida de solteiro de Marius. Ao entrar Éponine sorriu ao se lembrar do barman que os guiou aquela noite.

–Derek.- ela cumprimentou e ele a olhou sorrindo.

–Éponine,certo? Como estão?

–Bem obrigada.- respondeu se sentando no balcão.- Tem visto o Grantaire?

–Você quer saber se ele deixou isso aqui?- respondeu mostrando o papel amarelo entre os dedos. Éponine se inclinou para pegar.- Só se vocês aceitarem um drink antes,princesa.- falou de um modo sedutor e com um sorriso torto para Éponine que correspondeu.

Enjolras desviou o olhar. Ela estava flertando com outro. Na frente dele!

Ele recusou uma bebida e continuou sentado em silêncio,enquanto os amigos bebiam em mamadeiras,rindo, e aparentemente se esquecendo que estavam procurando o Grantaire. Cosette era a que mais ria, achando muito engraçado ter que beber em uma mamadeira.

–Muito bem. Aqui esta e voltem sempre.- Derek entregou a pista na mão de Augustinne, assim eles saíram do bar e ela abriu o papel.

–“Tem hora mais mágica que meia-noite em Paris? Depois de um filme,uma caminhada, uma aula de bicicleta, uma troca de beijos debaixo das estrelas e um pedido de namoro. Uma noite que um pedaço de mármore se rachou,permitindo sentir algo além do frio”

Éponine olhou pra Enjolras. Ambos sabiam ao que ele se referia. Na noite que Enjolras pediu ela em namoro,e ela disse “sim”. Um aperto no coração de Éponine. Sentia falta daquele tempo que parecia ter ocorrido anos e não meses atrás.

–Foi na noite que eu pedi a Éponine em namoro.- Enjolras finalmente falou.- Naquele parque,perto de onde assistimos o filme e você fez o discurso sobre o Woody Allen.

–Depois vocês conversam sobre isso.- Augustinne interrompeu a troca de olhares cheio de significados que os dois estavam trocando. Éponine sorriu,daquela maneira que ela só sorria para ele e fez um aceno com a cabeça para que eles a seguissem.

Quando chegaram no parque,andaram até o lugar onde ficaram deitados por um tempo observando o céu.

–Me desculpe por ter contado para o Grantaire,mas eu estava tão feliz que...- Éponine deixou a frase morrer quando sentiu o braço de Enjolras em seus ombros.

–Não se desculpe. Se não fosse ele,nunca teríamos voltado aqui.- sussurrou no ouvido de Éponine , fazendo com que a garota se arrepiasse. Ficaram ali parados no lugar onde trocaram aqueles beijos,enquanto os outros procuravam,onde Grantaire poderia o papel amarelo.

Éponine se virou lentamente para Enjolras, envolvendo a cintura dele,se esticando para alcançar os lábios do namorado. Queria sentir como naquela noite, e eles estavam em um lugar mágico,que foi capaz de fazê-los esquecer que estavam irritados um com o outro.

–Aqui.- Combeferre ergueu o braço com um sorriso.- “Já está acabando,por favor tenham paciência. Neste lugar vimos um casal aparecer. Assim como neste lugar dançamos juntos ao som de músicas antigas. Segredos compartilhados com uma garrafa na mão. Aqui nos tornamos amigos. Aqui,a verdadeira amizade começou. Dancing Queen para quem quiser cantar.”

–Meu apartamento!- Jehan exclamou.- Mas qual o motivo de nos levar de volta para o meu apartamento?

–Só vamos descobrir se voltarmos para lá.- Enjolras falou,a voz serena,enquanto ainda estava abraçado a Éponine que tinha a cabeça encostada no peito dele,respirando aquele cheiro que só Enjolras tinha.

Caminharam rápido. Só não correram por causa de Augustinne. Foram decorrendo sobre a dica, um casal que se formou ali fora Augustinne e Combeferre, eles já se conheciam,mas tiveram seu primeiro beijo ali,quando Éponine a convidou para se juntar a eles. Na casa do Jehan sempre dançavam com a coleção de musicas antigas que o amigo colecionava. Fora ali que eles perceberam que a vida deles estava para sempre ligadas.

Quando chegaram na porta do apartamento de Jehan tinha uma pista colada ali. Já passava das duas da manhã e estavam exaustos. Rodaram Paris a pé,e não viam a hora de tudo acabar,e se não tivesse acabado haviam concordado entre si que não iriam atrás de mais nenhuma pista.

Enjolras pegou essa e leu em voz alta.

–“Espero que esse tour tenham revivido suas memórias. Todos foram lugares especiais em algum momento para nós. Fiz isso para que não esqueçam,por mais que as coisas estejam difíceis,temos momentos bons para lembrar e o melhor temos uns aos outros ainda. Não deixem isso se perder.Esse foi meu presente para vocês. Agora entrem e curtam a festa. Uma festa nunca é legal quando se esta sozinho. Obrigado por se importarem o suficiente para seguir cada pista.”- terminou de ler e abriu a porta.

Ali dentro dançando sozinho com uma garrafa na mão estava Grantaire. Ou melhor Grantairine.

Ele se virou e sorriu. O sorriso mais lindo que Éponine podia jurar que já tinha visto o amigo dar. Ela sorriu de volta,assim como todos.

–Surpresa!- gritou Grantairine erguendo a garrafa.- Achei que não iriam vir para a festa.- Éponine foi a primeira a andar até ele e abraçá-lo com força e sussurra um “merci” no ouvido do amigo.

Depois um por um andou até ele e fez o mesmo. Por último ficou Enjolras com as mãos no bolso sem saber o que fazer. Courfeyrac ainda estava abraçado á Grantaire e chorava enquanto o xingava e dizia como ele era um bom amigo.

Finalmente quando Courfeyrac o soltou, Grantaire olhou para o Enjolras parado sem jeito.

–Vem cá,Jojo. Realiza seu sonho de abraçar TUUUDO isso.- falou brincando,tirando risada dos amigos,que ainda olhavam com respeito para o Grantaire, por ter feito eles se lembrarem do que estavam se esquecendo.

Enjolras andou sem jeito até o amigo e o abraçou,dando tapas nas costas de Grantaire,deixando claro que estava sem jeito devido a troca de afeto na frente de todos.

–Te amo.- Grantaire murmurou no ouvido do Enjolras o fazendo congelar. Grantaire soltou uma risada.- Não do jeito romântico da coisa. Do jeito amigo. Te amo por ter me feito uma pessoa melhor,e mesmo não acreditando em mim,ter acreditado em mim.

Eles se afastaram, Enjolras sentiu a garganta ardendo,e percebeu que queria chorar.

–Obrigado por serem meus amigos.

–Não,obrigado você por ser nosso amigo.- Enjolras falou.- Mesmo ferrando a gente com suas ideias.

–Tenho que contar uma coisa.- Grantaire anunciou.- Vou começar a fazer faculdade.

Éponine e Cosette soltaram gritinhos,enquanto todos parabenizavam o amigo.

–E pretendo maneirar na bebida. Afinal,ninguém vai querer levar seu animal em um veterinário bêbado. Agora que tal o bolo?

–Veterinaria? Tem certeza?- Combeferre perguntou.

–Tenho. Eu sempre quis isso,mas nunca acreditei em mim o suficiente. Porém esses dias que eu fiquei na fossa pensei muito em tudo e decidi que quero isso.

–Estou feliz por você Grantaire.- Cosette falou o abraçando mais uma vez.

Cantaram parabéns. O parabéns mais zuado da história. Grantairine estava um arraso nas fotos.

–Qual foi seu pedido?- Éponine perguntou depois de terminar seu terceiro pedaço de bolo. Grantaire sorriu levando a garrafa de vodca a boca.- Achei que tinha falado que ia para de beber.

–Não posso contar meu pedido,ele não irá se realizar se eu contar. E, eu disse que ia maneirar na bebida. Não disse que esse dia ia ser hoje.

Éponine riu.

–Eu amo você. Nunca se esqueça disso.

–E eu amo vocês. E foda-se se isso soa gay. Talvez eu seja.- Grantaire falou alto suficiente para que todos escutassem.


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Notas finais do capítulo

É isso espero que tenham gostado. Escrevi pensando em vocês como eu disse por uns reviews que recebi e percebi que ficam meio assim de pensar em eles se separando. Me digam o que acharam,sim?

Pergunta: Alguém aqui lê Estilhaça-me? Alguém? Li o último livro da trilogia e estou morrendo para ter alguém para conversar.

Acho que isso é tudo.

Até mais!



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