No Olho Da Tempestade escrita por P r i s c a


Capítulo 26
Varia, Ciumes e Algo Mais...


Notas iniciais do capítulo

Gentem... o-o... Já faz tanto tempo que não psoto que dá até vergonha de aparecer por aqui....

...
...
gomeeeeeeem!! ºAº



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Queixos caídos. Risos do outro lado. Umas poucas crianças corriam na frente da área reservada para o campeonato.

Quando uma bola chegara perto demais, no entanto, fora destroçada por pelo menos três facas, uma katana, dois guarda-chuvas elétricos e uma infinidade de disparos vagamente exagerados. O choque fora tamanho que o menino sequer chorou. Só deixou o queixo cair na areia, tal como estavam os pobres garotos e garotas da Vongola enquanto Bianchi tirava centenas de fotos registrando aquele momento.

“Bem-vindos ao primeiro campeonato anual de vôlei de praia!” anunciava a voz do bebê distorcida pelo megafone “E na disputa de hoje: Décima Geração Vongola contra a própria Esquadra Idenpendente de Assassinato de Elite...”

A Varia.

“Shishishishi… saudades?”

***

Primeira reação:

Indignação.

E não pensem que viera apenas da dupla Miura-Gokudera... a maior parte dos guardiões fazia questão de querer saber o que aquele bando de loucos psicopáticos fazia ali na praia perto de tanta gente inocente.

Claro, havia exceções.

“Squaloo-!!!“ cumprimenta Yamamoto segundos antes de receber uma voadora de seu futuro mestre espadachim.

E o tubarão também parecia bem satisfeito em revê-lo...

“ME ERRA, MOLEQUE! VOOOI! ”

O fato era que, se a Varia já se faria difícil de tolerar dali a dez anos quando, supostamente, quase todo o mundo da máfia já estaria em bons termos com Tsuna e companhia, e a esquadra já estaria declaradamente à serviço do Décimo, bem... ali, naquele momento, dez anos mais novos, dez anos mais imaturos e uns milhares de anos mais violentos, pedir para interagirem seria assinar a declaração de fim das férias, com direito à necrópsia de cortesia.

“Maa maa...” apascentava-os Reborn “Não sejam rudes com seus oponentes. Há algumas semanas recebemos a informação do desaparecimento de Mammon e de sua substituição...” ouvindo isso, fez um gesto para apresentar (de novo) o mais novo membro da esquadra. Olhos se arregalaram, corações dispararam e queixos caíram na presença daquele que marcaria o ponto de suas vidas em que dez anos no presente e dez anos no futuro começavam mais e mais a se mesclar na forma de um menino de, aproximadamente, oito anos. “Este jogo, nada mais, nada menos é que nossa forma de dizermos ‘Bem-vindo Fran!’”

E sim, ele tinha uma maçã gigante na cabeça.

Pulando sobre o ombro de Tsuna o bebê ainda lhe sussurra “Cuidado com o que fazem, ou dizem, Dame-Tsuna... Ele não se lembra de nada do futuro...’ pausa dramáticas “Algo envolvendo um bloco de queijo...”

“Hiiii!!” grita o pobre garoto cujos tímpanos foram estourados “SE VAI SUSSURRAR, NÃO USE O MEGAFONE, REBORN!!”

“AGORA AS REGRAS DO JOGO!” gritou o bebê, ignorando seu discípulo e fazendo-o rolar pra longe com a força do volume do aparelho.

“Regra número 1!” anunciava Bianchi “É proibido matar, ferir, injuriar, prender, roubar, ameaça, assustar e/ou cutucar os civis.”

...

Silêncio. O grupo se encarou por alguns segundos.

“Só?”

“Sim, é isso.” E se virou para o mais novo membro. “Fran, querido, por gentileza...”

O menino não se moveu, mas, de repente, todas as pessoas começaram a se levantar e se retirar da praia e se dirigir para a cidade, feito insetos hipnotizados pela luz.

Era o Apocalipse Turista Zumbi!

Varia e Décima geração se encaram. A esquadra de assassinato saca as boxes.

“CORRE JUUDAIME!!”

***

O jogo fora um massacre.

As meninas se amontoaram debaixo do guarda-sol protegido pelas ilusões de Fran e Chrome [de quem o menino não desgrudou o resto do jogo] e passaram o tempo comendo, conversando e apostando quem seria eliminado primeiro.

Chegaram a perguntar sobre o paradeiro de Hibari, ao que uma irritada Chrome responde “cochilando” e não diz mais. Fran se apoiara no braço dela e fizera o mesmo, sem desmanchar a ilusão.

Deram de ombros.

Sem o Skylark, torcer por qualquer um deles seria completamente inútil, mesmo que bonitinho. No fim, ninguém se voltou pra falar com o novo membro por alguma razão que não fosse uma ordem ou uma bronca, a praia fora destruída e a Décima Geração atirada para o mar, onde poderiam se refugiar com tubarões de verdade.

Reza a lenda que passaram voando por ali, uma rede e uma bola de vôlei em algum breve período entre as dinamites de Gokudera e o pavoroso “Lixo!” seguido dos disparos de Xanxus.

E durante todo... e digo, todo o tempo, mesmo, Haru não conseguira desgrudar os olhos de um certo príncipe loiro.

Quando quer que ele e Gokudera se esbarrassem, fosse proposital, fosse força do momento, ela o imaginava provocando-o. Quando ele parava e se virava pra falar algo, ela se arrepiava, pronta para vê-lo se vingando ou simplesmente ameaçando-a, mas então ele gritava com Fran e voltava pra guerr- digo, pro jogo.

Os olhares que conseguira trocar com Hayato foram poucos, mas expressivos: O guardião encontrava-se igualmente confuso.

Talvez... só talvez... Bel não se lembrasse de nada do que ocorrera dois anos no futuro.

...

Ou ocorreria.

Lembrar-se-ia do que estava pra acontecer... Do que já aconteceu...

Ah, esquece, já entenderam.

***

Depois de algumas poucas horas de recuperação na enfermaria improvisada por Lussúria e sua box Po-chan, os rapazes estavam novamente liberados, até a hora da festa.

Hora de pegar Hayato e sair correndo antes que-

“Haru-chan~!!”chamava sua cunhada.

Antes que a morena pensasse em responder, Bianchi lhe dá o que parece ser um daqueles borrifadores de limpeza, pisca e se vira para alcançar Reborn. Não era exatamente o que se espera receber de uma amiga, assim, do nada, mas, se tratando de Bianchi, era mais que provável que aquilo seria útil. No rótulo do borrifador podia-se ler na caprichosa letra da hitman: “Kit de Adestramento”. E atrás ainda se lia:

“Para o caso de alguém vir te aborrecer~ XOXO!”

Ok… Pegou sua bolsa de praia e o guardou onde pudesse pegar com facilidade.

Haru pensou em Bel.

Bianchi o fizera para Yamamoto.

E falando no beisebolista...

“Hey~! Onde você vai agora?”

A hitman não dera meio passo mais pra perto de seu querido Reborn, o esportista entra em seu caminho, bloqueando a visão da perfeição na forma de um bebê de costeletas cacheadas.

Havia algo ali, naquele sorriso, que lhe dava nos nervos. Takeshi jamais seria um especialista em maquinar o mal, mas como alguém de experiência, a Escorpiã sabia que ele vinha tentando com muito afinco nos últimos dias.

Ai dele, se tentasse alguma gracinha para cima de sua menina Hahi. Sabia que não mudaria em nada a situação dela com seu irmão, mas aquilo definitivamente não queria dizer que ficaria sentada vendo-o aprimorando suas segundas intenções.

Pode-se dizer que estava com “ciúmes de irmã/cunhada”.

Tentou correr, mas bastou dois passos daquelas pernas cumpridas e saradas para alcançá-la.

Droga, devia ter feito mais de um daqueles kits de adestramento...

“Saia da minha frente, Takeshi, tenho que ajudar Reborn a escolher seu traje de gala.” Se ia para a direita, ele bloqueava. Se virava para esquerda, ele abria o braço e barrava.

Bianchi deu um soco em seu estômago. Takeshi se dobrou com dor.

Quando pensou que conseguiria passar, o rapaz segura seu pulso. Desferiu outro golpe...

Ele segurou.

“Y-yamamoto-kun...” Tsuna estava ficando velho demais pra se espantar com qualquer coisa que seus guardiões fizessem, mas... Diante da estranha cena de soca, segura, chuta, desvia, empurra e puxa que o par mais incomum travava, ele não resistiu perguntar “Está tudo bem?”

“Sim! Nós só estamos… dançando! Haha!” e prosseguiu com os movimentos, forçando a hitman a retroceder e “acompanhá-lo” mecanicamente até o quiosque mais próximo.

Seria mais simples avisá-la de que só queria conversar em particular, seu abdome roxo agradeceria, mas aquela interação estava tão agradável...

“MORRA!” rugia a Escorpiã.

***

Andava à procura de Hayato calmamente, correndo com terno desespero, escondendo-se em becos e sombras com doce pavor e aproveitando para,- porque não?- gritar com cada esbarrão que dava em loiros suspeitos com singelo pânico. Afinal, a Varia também se dispersara de modo que Haru não tinha mais noção de onde se encontrava Belphegor.

E se tem algo no mundo mais pavoroso do que ver uma aranha ou uma barata gigante, é perdê-la de vista...

A verdade era... que Haru sentia vergonha.

Seu problema não era a reação esquisita. Seu problema era ser esquisita. Haru bem que gostaria de ter reações de pessoas normais [ainda que conviver com Tsuna e os outros não fosse o mais indicado para isso]. Como quando estava no futuro e foi encurralada no quarto de Bel…. Ela poderia gritar… poderia bater… tentar correr… claro que nada daquilo funcionaria, mas, por quê…. POR QUÊ cargas d’água a garota hahi cismara de brincar de seduzi-lo!?

Só de lembrar as provocações, a bagunça naquel quarto caótico e, urrrgh, o que acabara fazendo para tentar sair de lá... sentia como se houvesse comido um singelo e fofo bolo de chocolate com pimenta mexicana e agora o sentia queimar das entranhas até o rosto.

Esse era o mal de agir por impulso, sem qualquer consideração por consequências.

Às vezes… Haru só queria ser mais normal.

“Céus, que Gokudera nunca descubra o que se passou lá...”

E falado em Gokudera... lá estava. Finalmente o vira...

Estava com uma… garota…?

Sim, era isso mesmo.

Uma garota. Uma anônima desinformada da situação que, se não estava literalmente perdida, estaria dali a alguns segundos…

De pé na frente de um dos quiosques, Hayato olhava para a praia (procurando por ela, Haru esperava) enquanto a anônima puxava assunto com ele. Apenas isso. Poucos segundos de observação fariam a mais densa pessoas entender que a menina falava e Gokudera tentava não explodi-la. E só porque era crime.

Mas saber o que está se passando e gostar disso são coisas completamente diferentes. Afinal…

ERA PARA HAYATO APRENDER SOBRE CIÚMES E NÃO O CONTRÁRIO.

Haru se preparou para chegar lá feito uma bola de demolição quando algo a impediu.

Alguém havia apoiado um esguio, porém forte braço ao redor de seu pescoço.

“Ushishishishi...” todo o sangue que tinha no rosto foi-se embora na forma de calafrios junto de todas as suas forças. “Tem alguém aqui pronta pra ser uma menina má, não?”

Durante toda a competição ele a sentira secando-o. Quando quer que se aproximasse, ela se intimidava e se encolhia, mas, o melhor de tudo, percebera que o que quer que a agitasse, agitava também seu precioso rival das dinamites. Aquilo... mexeu com ele...

Poucas coisas poderiam atraí-lo mais do que as que o temiam.

Belphegor não podia pedir por uma oportunidade melhor para atormentar alguém.

Era aquela a hora para se perguntar ‘O que faria uma pessoa normal e sensata’. Então, diante de seu pior pesadelo, a morena levanta as mãos, as coloca sobre os ombros do retalhador e com o mais iluminado sorriso dizendo:

“BEM NA HORA DESU~!”

“Hein?”

A normalidade podia esperar.

E sem demora ela começa a falar e falar e falar do quanto era bom ele ter aparecido porque Gokudera isso “aquela perdida” aquilo e que era agora que ele ia ver o que era ciúmes de verdade, mas nada, nada, nem mais um rastro daquele maravilhoso pavor se encontrava nela. Quando Haru entrou no assunto doido de “como aconteceu daqui a dois anos”, Bel parou de ouvir, procurando a melhor hora para fugir ou massacrá-la.

Ele só estava atrás do medo dela...

“E então podemos aparecer na frente deles e, EI!!...” ignorando-a por completo a unidade da tempestade sai andando.

“Fui.” Acenava, sem sequer olhar pra trás.

No segundo seguinte sua cabeça fora atingida pelo que parecia ser um bloco de queijo maciço, outro presente aleatório de sua cunhada. Ganhara dois, mas o primeiro já encontrara destino no garoto com cabeça de maçã.

“Cretino inútil -desu!” sem mais, arregaça mas mangas de seu blusão branco e marcha na direção da dupla que, àquela altura já se tornara um quarteto.

Era hora de Miura Haru dar a aula 3 do Haru Haru Love Classes NA PRÁTICA:.

Cíumes.

O ciúmes saudável pelo parceiro deve ser moderado e racional. Nem paranoico nem inexistente. Basta mostrar que se importa e que está incomodado, conversar e seguir em frente sem a típica novela dos que não sabem como demonstrar seu afeto. Afinal, confiar em seu namorado ou namorada é o básico antes de se iniciar qualquer relacionamento desu~

Yosh! pensava consigo em sua cabecinha morena. Haru vai mostrar exatamente como uma dama reage a essa situação -desu~.

Caminhou calma e tranqulamente até a dupla -que àqulea altura já se tornara um quarteto- e sorriu.

“Finalmente! Haru achou você...” meiga, calma, e completa e absolutamente ponderada. “Ha-ya-to–kun~

Silêncio. E não um silêncio qualquer, mas aquela parada brusca noa ssunto como se a pessoa que acabara de chegar não fosse bem-vinda. As três meninas E Gokudera a encaravam surpresos.

“Me chamou de quê, Mulher?!” pergunta, referindo-se ao alienígena ‘kun’ a pousar no final de seu nome.

Claro que não foi isso que as anonimas entenderam. A morena pára chocada e as três estranhas logo começam a rir.

“Coitadinha” dizia uma “Ela pensa que tem intimidade pra falar com alguém como ele!”

‘Alguém como ele’... Haru repetia em sua mente, mentalizando o idiota, rude, infantil, rebelde, explosivo e absolutamente não colaborativo namorado.

“Haru não é uma coitadinha...” dentes trincados, sangue fervendo. Aquela brincadeira a estava cansando...

“Conhece ela?” pergunta uma outra, ignorando a morena por completo e se aproximando dele com evidente implicância. O guardião se afasta um passo e meio com um grunhido enquanto eprcebia a garota hahi se arrepiando feito um gato arisco.

“Hm...” e refletiu consigo: responder ou irritar… eis a questão. “Conheço.”

E a frase parou aí. Gokudera estava prestes a se livrar daquelas garotas irritantes quando percebeu o conhecido flamejar na aura da morena. Haru parecia gritar, rosnar e ameaçar com cada olhar:

‘Conta pra elas quem eu sou, nesse instante -desu...’

O guardião pisca duas vezes antes se sorrir, soltar o típico “Che”...

‘Não.’ e mostra a língua, zombando.

“Quantos anos você tem afinal? Falar em terceira pessoa, sério?”

“Isso é tão… ensino fundamental...” e todas riem.

As meninas continuavam a debochar. Começa o embate mental.

Haru sorri sem graça para o grupo, sempre se lembrando de que estavam proibidos de agredir civis, mas sem jamais tirar os olhos do namorado.

‘Gokudera Hayato, se você não fizer com que elas parem neste segundo...’

Em resposta o rapaz vira a cara coçando a orelha desinteressadamente.

‘Sem chance. Sua aula estúpida, seu problema estúpido.’

Haru resmunga, contrariada. Era lindo perceber como a menina era capaz de cair nas próprias armadilhas e ainda se revoltar com ele por causa daquilo. Mas mais do que isso….

Percebia agora, com nítida clareza, que gostava de saber que ela esta enciumada. E se surpreendeu com isso.

Finalmente, uma das moças para de fazer piadinhas no grupo e se volta para Haru.

“Ainda está aí? Você é o que dele afinal?”

A garota hahi olha pra Gokudera sem conseguir acreditar. O safado ainda ergue as sobrancelhas, a encara com aquela cara cínica de ‘Vai lá, mulher, fala pra ela, também quero ouvir.’ e sorri.

Haru solta um resmungo com resposta.

“O que foi? Eu não ouvi.”

“Haru… é a namorada dele desu!!”

...

E os quatro caem na gargalhada. Elas sem acreditar no que Haru dissera, ele sem crer que ela realmente dissera. Antes sentia até vergonha, mas havia uma boa quantia de orgulho em se forçar a outra pessoa a admitir aquilo em voz alta.

Ela tinha dono.

“Não é? Fala pra ela, amorzinho.” a garota Namahage pronunciou a ultima palavra com a afeição de um carrasco a pronunciar uma sentença de morte.

E fora a coisa mais linda que ja chegara aos ouvidos de Gokudera. Era tão fantástico vê-la enciumada, caida na armadilha que ela mesmo armara, tão adoravelmente patética que tudo o que ele fizera fora continuar a rir esquecendo-se até de confirmar as palavars da petit.

Então uma das anônimas, ainda rindo, pega em seu braço. Gokudera fica sério. As outras dão passo pra trás.

É a vez de Haru sorrir. Se há uma coisa a que Hayato não é dado é intimidade com estranhos. Com certeza a mandaria ir embora com gritos e...

O rapaz sacou a dinamite. O sorriso da morena sumiu.

***

Do quiosque onde se matavam, Bianchi e Yamamoto dão uma pausa para ouvir a sequencia de explosões.

“Maa… fogos de artifício a essa hora?”

Ambos dão de ombros. Voltam a se matar.

ooo

“Gokudera mal! Gokudera mal!” Haru pega o borrifador que recebera e o espirra nele feito cachorro mal criado.

O rapaz cai no chão na hora.

“M-mas o que foi isso, mulher!?!” pergunta com mal pressentimento.

Ela olha pro frasco.

“Suco -desu.”

“D-de quem?!”

“Bianchi-chan.”

“Gaaahhhh!” e se contorce feito lesma salgada.

Bianchi o fizera para Yamamoto.

Haru pensara em Bel.

Mas nofinal, claro que sobrara para Gokudera pagar o pato.

***

De volta á areia da praia, Haru se mantém ajoelhada ao lado do pobre rapaz, abanando-o com um leque com uma mão, pegando o pano em sua cabeça e umidecendo com água gelada com a outra, de tempos em tempos.

Seu namorado. Sua responsabilidade. Palavras de Reborn.

Ao perceber o casal afastado, Bel não perdeu tempo e foi provocar o rival. Se tivesse pelo menos imaginado que já eram namorados, teria aceitado a proposta estúpida de fazer ciúmes e estragaria com o dia dos dois em uma tacada.

“Ooh… o namorado tá mal...” canta o loiro pondo o braço em volta de Haru implicantemente, fazendo a morena revirar os olhos. Quando ela precisava ele não veio, agora ela queria que ele sumisse.

Com uma mão trêmula e sem se levantar, Gokudera pega o borrifador... tira a tampa.. e enfia na boca de Bel.

Na praia, enquanto a competição segue, Haru abana um pobre Gokudera enquanto, ao lado deste, Fran abana o nocauteado Bel.

Seu senpai retardado. Seu problema idiota, Voi! Palavras de Squalo.

ooo

Quando caiu a tarde, foram todos para a casa dos Sasagawa onde guardaram suas coisas e se lavaram, prontos para aguardar os Cavallone servirem o jantar.

Só que não jantariam lá naquela noite.

“É pra todo mundo se arrumar…!” anunciavam Ramario e Dino, já de terno, mas ainda com as redinhas na cabeça e ajeitando as gravatas. “Duas horas, pessoal! Você tem duas horas para se arrumar para a festa!”

“Hahi… achei que seria domingo -desu...”

“É, nós também” respondeu Reborn. Não disse o que era, mas havia algo muito estranho na ausencia do sorriso do bebê. “Vamos, as limousines vem nos buscar logo.”

Gokudera olha para Haru. A menina dá de ombros e eles se vão, cada um para sua ala para se arrumarem.

***

“Ohohoho~...! Só mais um retoque e estará MARVELOUS~!” sorri Lussuria, agulha e linha em mãos e um sorriso sinistramente feliz no rosto.

Seu único erro fora esquecer a cueca no quarto ao se preparar para tomar um último banho desistoxicante [pior que os venenos de sua irmã, era o cheiro de podre que deixavam as vítimas, mesmo nas que sobreviviam]. Bastou sair do banheiro, toalha na cintura, terno em mãos para Lussuria surtar.

“Melhor que alta costura, só feito sob me-di-da!” continuava a repetir.

E assim acabou lá, num salão de costura improvisado absurdamente profissional, com braços abertos, deixando o assassino medir e ajustar seu terno-mais-caro-só-a-mãe. Achava aquilo mais que desnecessário, mas, conhecendo o Varia como conhecia, era de se esperar que aquela agulha e linha e tecidos seriam terrivelmente fatais caso Gokudera se recusasse a deixá-lo trabalhar.

O desgraçado ainda se atrevera a mexer em SEU cabelo, passando que raios que fossem de óleos e coisas e a única coisa boa que tiraria daquilo, era que, pelo menos, Hayato já não fedia mais.

Por fim, o homem pavão guarda seu material infernal e dá dois apssos pra trás como que para comtemplar sua obra.

Uma obscura seriedade sobrevém a face do hitman. Por um segundo, Gokudera se perguntou se haveria algo de errado, se seria nele ou no terno e torceu para que fosse nele.

Uma cirurgia plástica lhe seria mais viável do que outro alfaiate.

“Está… FABULOSO!!!”

E o rapaz finalmente desceu os braços, já doloridos de tanto esperar.

“Por favor, não use essa palavra...”

Lussuria apenas riu enquanto tirava um lençol de cima de alguma coisa com rodas e o arrastava para perto de Gokudera.

“Veja você e me diaga o que achou. Huhuhu~”

Diante do grande espelho, Gokudera viu o mais apresentável homem que jamais imaginara se tornar. Cabelos amarrados com classe, somente as mechas certas foram deicxadas soltas, emoldurando o rosto. O terno era de um cinza grafite profundo, com camisa preta e uma gravata vermelho-escuro, no exato tom de contraste com os tempestuosos olhos claros.

Simples, sóbrio, sofisticado e todos os outros adjetivos que significavam tudo o que Gokudera nunca fora, ou pelo menos nunca soubera ser antes daquele terno.

“Eu poderia me dar um beijo agora mesmo...”

“Nananinanão… Ainda falta uma coisa!”

O ar sombrio do mais velho finalmente termina de se desmanchar enquanto ele pega numa gaveta o que parece ser uma pequena caixa e lhe dá. Ao abri-la, Gokudera encontra nada mais, nada menos que um par de óculos escuros, estilo aviador. Levantou os olhos para o hitman e perguntou:

“Sabe que o baile é de noite, não sabe?”

“OHOHOHOHO!! Não, não, não, garoto tolo…. Não são para enxergar...” diz apontando para os próprios óculos, sempre presentes no bem cuidado rosto. “São para fazer estilo!”

Bom… cada doido com sua mania… Desde que iniciaram aquela viagem o guardião já havia aprendido a dar apelidos ‘carinhosos’ humilhantes o bastante para causar vergonha alheia, já havia gastado mais em uma peça de roupa do que gastaria para repor um órgão vital por causa da namorada, sentira ciúmes e fora vingado com a alegria maior de saber que gerava ciúmes também…. enfim, já havia aturado e sobrevivido à tanta coisa que achou nunca ser capaz de suportar que algo como a firula de Lussúria de lhe dar óculos escuro para um baile noturno não o tiraria do sério.

E, para falar a verdade, não achou nada tão horrível assim. alguns meses atrás, a mera ideia de gastar seu tempo como essas babaquices seria motivo para estourar algo ou alguém, mas agora… agora o ridículo não o assustava mais. De certo modo ele teria que admitir, conforme finalmente reconhecia… que aquelas idiotices tinham o seu valor.

Faltava uns vinte minutos para as limousines chegarem e os levarem à festa. Gokudera ajeitou os óculos em seu bolso, junto do lenço de cetim preto caprichosamente dobrado e se olhou uma última vez. Mesmo tendo fugido cedo de casa, não foram poucas as festanças mafiosas que presenciou... Haveria comida boa, a melhor e abundante. Música ao vivo, coisa pela qual nunca perdera o gosto, mesmo não sendo mais capaz de tocar sem um terrível desconforto… Pessoas dançariam, pessoas brindariam e casais teriam outro evento idiota para acumularem em sua listinha feliz de lembranças que passariam para os filhos e netos caso vivessem tempo o bastante para tê-los e vê-los crescer.

No fundo, era nisso que se contituía crescer na máfia e até mesmo pessoas tão incríveis como Juudaime e Reborn, capazes de serem felizes e espalhar essa alegria esquisita para o bando de miseráveis que resovera se unir a eles, não fugiam dessa realidade. Lutar, sobreviver, crescer e talvez… só talvez e um talvez de maldita raridade… Poder contar para um meninho bocó ou dois as grandes aventuras que viveu… torcendo para que tenham valido a pena.

Olhando para o rapaz no reflexo, talvez o vislumbre de um futuro homem, um Guardião do Décimo Chefe Vongola e não apenas isso, podia ser… gostava de acreditar que viria a ser algo mais... Se lembrando da confusão desgraçada que tem sido sua vida até o presente momento... Gokudera sorri.

Era sua vez de curtir algumas baboseiras… de fazer sua listinha de recordações e torcer para ter alguém para ouvi-las e reclamar de como são chatas e inúteis do jeito que ele fazia com seu velho.

Estava pronto.

Hayato Gokudera estava pronto... e se sentia assim.

Ahhh~! It’s Showtime~!!!” grita o homem pavão abrindo caminho pelos corredores.

Sentada à mesa do refeitório para poupar os pés em seu salto preto, Haru aguardava os outros com um leve receio…

Ahhhh, balela! Ela estava era apavorada com como Hayato iria lidar com toda essa história de festa!

Provavelmente ele não estaria pensando nesses termos, mas…. de certo modo… aquele seria tipo um encontro, certo? Pessoas sempre em pares, roupa de gala, limousines e casarão…. até agora Hayato havia suportado muito bem as coisas que ela vinha tentando mostrar, mas aqueles eram todos cenários pensados… artificiais. A festa não fora ideia da Haru… não era algo hipotético…. era um evento real! E aquilo queria dizer que já não estavam mais em situação de ensinar e aprender, de brincar e fingir… Aquilo seria um pedacinho de viver.

E sem poder sequer imaginar qual seria a reação do rapaz diante de… bom, qualquer coisa... a garota não sabia se ela se sairia bem. Principalmente por conta de seu juízo duvidoso.

De repente, alguém a abraça por trás.

“K-kyoko-chan!!” grita a morena, quase infartando.

A ruiva estava uma graça com o cabelo curto todo penteado para um lado, formando volume no alto e deixando as mechas cairem onduladas no lado direito do rosto. Obra de Hana, com certeza. O vestido simples, todo azul, à altura do joelho lhe dava o toque exato de modéstia… isso até Haru pedir para a amiga dar a volta e reparar no generoso decote nas costas…

“HAHI! Kyoko-chan tem uma tatuagem?”

“Ah, isso…?” a Sasagawa sorri um pouco acanhada, levando à mão à nuca, onde estava o desenho de uma singela concha branca emoldurada por ondas do mar numa clara referência ao emblema Vongola. “Essa é temporária… só pra ver se me acostumo com a ideia.” então ela pisca, sorrindo travessa “Na verdade é pra ver se o Tsu-kun se acostuma. Eu gostaria muito de fazer essa antes de irmos pra Itália...”

Kyoko… seu eterno potinho de surpresas.

Haru estava se decidindo por confessar suas inseguranças à ruiva uma última vez quando reparou no tique constante da amiga, enfregando as mãos uma na outra como se estivesse congelando, apesar de estar uma temperatura bem agradável dentro do refeitório.

“Como você consegue, Haru?”

Hahi...

“Como haru consegue o quê?”

“Ficar tão calma….” eita… “Digo… essa é sua primeira vez num evento tão… bom… você sabe...”

A morena sabia muito bem que a palavar que sua amiga queria usar era ‘chique’, mas parou, porque falar chique no meio de gente chique soa como coisa de pobre. Haru sabia. Pegara-se contorcendo o nariz ao som da palavar que saia da própria boca cada vez que procurava em sua mala um vestido que se adequasse.

Acabou enfurnada dentro de seu branco favorito, godê e simplezinho, só pra depois perceber que estava com uma mancha amarelada de tecido guardado. O ódio fora tamanho que quase chorou, mas, sabendo o quão ridiculo aquilo seria e, acima de tudo, o quão ridiculo Gokudera acharia [e implicaria]… Engoliu a raiva e trocou por um outro, um tomara-que-caia rosa claro que comprara por ser bonito, mas que não exatamente lhe deixava confortável, pois nunca havia usado e, portanto, não tinha ideia de como ficava nela.

Sozinho o vestido era um tanto diurno, então a solução fora a meia calça preta e o escarpin preto com tornozeleiras, mais um cinto fino, logo abaixo do busto, também preto. o pescoço uma correntinha prateada com pingente perolado e brincos iguais. Só. Nada nas mãos nem nos pulsos. Hana estava arrumando o próprio cabelo, cacheando-o lindamente, então não teve coragem de pedir-lhe ajuda, mas para sua surpresa, Chrome se oferecera para ajudar, prendendo-o num penteado alto, não exatamente um coque. A franja sempre presente fora presa fazendo um leve topete no topo da cabeça, deixando o rosto livre para uma maquiagem mais pesada nos olhos e boca com tom leve, bem natural.

Nem tão Namahage, nem tão garota Hahi… Haru se sentia caminhando sobre um salto bambo. A sensação era tão forte que lhe obrigara a sentar-se na mesa, onde os pés definitivamente não tocariam o chão, só para respirar um pouco mais aliviada.

E se existe uma roupa que não cai bem numa pessoa, é desconforto.

Vendo Kyoko, no entanto, percebeu que não era a única meio… ansiosa. O celular da ruiva toca e quando lê, Kyoko se despede apressada dizendo ser Hana pedindo ajuda… estava quase com crise de urticárias. Assim que ela saiu, Chrome entrou correndo, já com o cabelo arrumado por ser curto, mas ainda de moletom e shorts, com uma gravatinha postiça e um blazer minusculo chamando por Lambo quase que desesperadamente. A primeira limousine chegou e os rapazes disputavam entre si quem seriam os primeros, quem ficaria na janela, se chamariam um carro inteiro só para Hibari ou arriscariam dividir uma com o Skylark, que impressão dariam às meninas se não conseguissem um bom lugar e toda sorte de coisas que nenhuma delas realmente se importava.

Nem Tsuna, Reborn, Bianchi ou Dino estavam presente. Provavelmente em reunião.

A cofusão dera uma breve pausa… quando um esperado companheiro entrou no refeitório.

Gokudera. Os elogios que recebia dos amigos eram tantos que, por um segundo, Haru esquecera do nervosismo e estava pronta para arrancar dele um merecido “Você tinha razão”, com respeito ao terno que ela escolhera. Quando o viu, no entanto, todo o esforço que era capaz de fazer focou-se em manter o queixo grudado com a parte de cima da boca enquanto expirava e inspirava devagar, uma coisa de cada vez.

Hayato caminhou devagar em sua direção enquanto Lussuria se gabava com os demais pelo sucesso do visual como um todo, subiu no banco como se fosse um degrau e se sentou ao lado dela para aguardar o resto do mundo ficar no lugar.

Não sorria, mas estava longe de ter no rosto aquela carranca típica do Smoking Bomb. Estava simplesmente... calmo.

E agora que se sentara perto, Haru conseguia ver… leve rubor nas bochechas. Ele provavelmente não estava confortável com aquele tipo de atenção…

Tinha algo errado… Tinha algo muito errado…!

“Hayato… você está… bem?”

O rapaz apenas bufa, bem de leve, a perna esquerda, ainda apoiada no banco que usava de apoio, subindo e descendo num tique nervoso sutil, ams típico dele. Olhou pra ela rapidamente, deixando a boca abrir e fechar umas duas vezes, e depois soltou um “Hn.” de resposta.

Só então Haru percebera que não havia comentado nada de sua aparência…

Nada. Não que esperasse elogios, muito pelo contrário... naquele momento o que a morena mais ansiava era por uma implicância boba, um comentário besta, qualquer coisa que discontraísse pelo menos um pouquinho, mas não recebera nada.

“Achei que fosse chamar Haru de alguma coisa… Tipo… zombar dela...”

Aquilo fora como uma apunhalada… pois mais que todos, a mroena sabia… que Gokudera só implicava com o que gostava. de resto, o guardião ignorava. Se não tinha nada a dizer, então…

“Che. Era o que eu planejava, mas…” ele solta, ainda mais vermelho. “Até minhas implicâncias têm limite, mulher. Tem horas que qualquer insulto é simplesmente forçado demais pra se fazer...”

Espera...

...?

Espera aí...

…? …?! …!!!

“Quer dizer que Gokudera gostou tanto que não consegue insultar?!”

“SIM, mulher, tá feliz agora!? Che!”

E a resposta fora uma gargalhada alta, feliz e aliviada… Nunca sequer imaginara que a ausência de palavras de alguém pudesse significar tanto, tão mais que o melhor elogio que alguém pudesse lhe fazer.

“Obrigada!!” e o aperto em seu peito finalmente afrouxou, deixando-a respirar sem ter que pensar antes “Era tudo o que Haru queria ouvir hoje desu~!”

Não chegara a perceber as palavars que dissera, nem a expressão de Gokudera ao ouvi-las, pois, no momento que chegou a primeira limousine, já imediatamente reclamada por Hibari que entrou, fechou a porta e se foi, deixando os outros pra trás, sua atenção fora desviada para Lambo entrando no refeitório só de cuequinha estampada [de vaquinha, lógico], a gravata postiça presa na cabeleira, seguido por uma arrumada, porém exausta Chrome que trazia nas mãos o pequeno terno, calças e camisa.

“Lambo!! Você tem que vestir!!” gritava a pobrezinha.

“Bleeeeeeh!!! ”

“Oi, mulher…” chamou.

Haru o observa se levantar, provavelmente para dar um jeito no menino vaca, mas já sem qualquer rubor, seriedade o o que quer que fosse a expressão que permeasse o alvo rosto antes...

“Obrigado.” dissera… e sorrira.

Aquele sorriso… faltava na Terra ou na cabeça de Haru qualquer coisa que se equiparasse, que lhe servisse de comparação… Haru guardou aquilo em sua mente, gravou fundo na memória e torceu, ainda que secretamente, poder vê-lo sorrir daquele jeito outra vez mais. Ou muitas. Sempre.

Depois de um dolorido encontrão com a perna do rapaz, Lambo abre a bocona para praguejar e congela, estático. Observando o homem em todo seu esplendor. Era como estar diante do mais importante mafioso que conhecera… cercado por todos os outros bem perigosos, bem armados, bem vestidos, homens.

“Todos os guardiões estam de terno, vaca estúpida.”

“Eh?” pergunta Lambo, olhando em volta chocado. Todo mundo parecia tão importante…. Lambo-sama também queria ficar importante!!!

Como se a roupinha formal tivesse se materializado no menino, Lambo agita a gravatinha pra cima e pra baixo, exigindo que alguém o ajudasse a colocar aquele treco. Chrome só pôde olhar para as mãos, perguntando-se quando ele havia pego as roupas e vestido…

“Me ajuda, eu não sei colocar essa coisa!! Me ajudaaaa!!!” gritava, até o rapaz pegá-lo pela cabeleira com uma mão, já liberando a menina do tapa-olho para terminar de se cuidar e, com a outra mão, esticar elastico da gravatinha, colocando-a por baixo, como se fosse uma saia.

“Nunca que esse treco ia passar por cima desse cabeção…” resmunga com tom de óbvio.

Depois de alisar a própria roupinha, feliz por manter pelo menos o rabinho de vaca na calça social, a criança escala Gokudera até se sentar em seu ombro, todo orgulhoso.

“Nós estamos… DEMAIS!! GYAHAHAHAHA!!!”

A torcida de nariz de Gokudera preocupou a moreno um minuto, temendo que se irritasse com Lambo, mas, antes que pensasse em tirá-lo de lá, ele pega os óculos escuros no bolso e os oferece ao menino que os recebera com um animadíssimo “Uuuuuuuuhhh~!!!” e os colocou na cara.

“Agora sim… estamos demais.” afirma, o igualmente orgulhoso Hayato.

Olhando aqueles dois haru não conseguia evitar sorrir mais e mais com segunda cena mais improvável que jamais esperava testemunhar…

“Eu sei que sou lindo, já pode parar de me admirar…!”

Silêncio.

Haru piscou algumas vezes, as engrenagens do cérebro voltando a rodar depois do tilte gerado pelo absurdo que acabara de ouvir.

“Quem é você -desu?”

Gokudera pára, finalmente percebendo o que acabara de dizer, então olha para a roupa alarmado.

“Acho que é o terno falando...” diz com genuino espanto.

Haru ri. As outras limousines chegam, assim como os que estiveram ausentes na reunião. Tsuna Kyoko iriam na primeira, sendo que o chefe precisara de um empurrãozinho para entrar uma vez que o choque de ver a tatuagem, e tanta pele exposta nas costas e a tatuagem em tanta pele exposta o travaram durante bom tempo. Ela, Gokudera e Lambo iriam na mesma, como bom Braço Direito e acompanhantes. Hayato percebeu Takeshi ameaçando entrar no carro e jogou o menino no beisebolista, mandando-o explodi-lo, coisa que Lambo obedecera de muito bom grado, pra infelicidade do trio de subordinados do Dino que acabaram servindo de barreira sem querer.

Então ele lhe estende o braço, como um verdadeiro gentleman… ou quase. Sem mais frescuras, e com esfarrapada cordialidade, Gokudera estava era claramente pronto e decidido à puxá-la à toda velocidade ao carro antes que outro guardião de segunda importância tentasse pegar o SEU lugar ao lado de Juudaime. Haru aceitou o braço e juntos puseram-se a correr, pegando Lambo pelos cabelos antes que explodisse mais alguma coisa e acabasse sujando a roupa.

Mesmo depois de tudo, Hayato continuava sendo um baita de um baka afinal.

Ainda bem…

“Nee…. quando a gente casar, você podia usar um terno assim...”

Ele sorri. O típico sorriso arrogante e do Gokudera.

“Quando a gente casar... nunca que você vai vestida desse jeito, mulher! Vai diminuir o esplendor do meu terno!!”

“HAYATOO!!!”


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Notas finais do capítulo

Bom.... a festa era pra ser pro Halloween do ANO PASSADO, eu acho.... Agora vai ficar [ainda que adiantado, eu espero] pro halloween desse ano xDDDDDD

Hahahah... hahha...ha.... ahh....

Gomem de novo o-o
Miracolo sendo atualizada semana que vem... o-o