Flor De Apolo escrita por Gus


Capítulo 9
Aquelas palavras


Notas iniciais do capítulo

Pessoas, desculpa a demora, estou em semana de prova ai fica difícil postar de três em três dias, vou tentar sempre postar um capítulo a cada quatro/cinco dias.

Bem não seja um leitor fantasma, comente e divulgue aos seus amigos :D Obrigado.

Boa leitura



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Aquelas palavras

Herdeiro do Submundo. Capítulo Nove.


Marie me encarava friamente, será que ela sabia... Era impossível.

– Dave – Quando tentei falar, ela colocou o dedo em meus lábios e continuou falando – Eu sei o que você fez... Mas você não é o culpado, Alice na verdade é...

Vinham passos das profundezas da caverna, a respiração era forte e os passos decididos. Alice aparece a poucos metros de nós, ela estava empoeirada e em seu tornozelo sangue escorria.

– Alice – Minha voz era engolida pelo frio que tomou a caverna.

Alice estava diferente, em sua bochecha havia vários cortes, seu cabelo havia mudado de tom, seus olhos eram vermelhos de um lado e azuis de outro. Sangue escorria de sua testa. Marie deu um passo para traz.

– Dave... Preciso lhe contar algo, urgente. – Não sei o que Marie estava querendo dizer, mas pelo tom de medo em sua voz era referente a isso.

– Dave – A voz de Alice havia mudado, mas para uma voz mais sedutora – Não a escute, ela só quer lhe envenenar. – Sua pele agora havia ficado em um tom esverdeado, presas havia crescido em lugar de dentes.

– Ela é um mostro! Não olhe em seus olhos.

– Como se eu fosse à medusa aqui né querida. – Seu cabelo que sempre foi castanho, agora estava longo e loiro. De sua cintura para baixo havia criado escamas. – Acho que você não queria que eu contasse para o Dave o seu passado.

Minha cabeça estava confusa, o que estava acontecendo¿.

– Posso contar o mesmo de você. – A voz de Marie era fraca e densa

– Estamos no mesmo barco.

– O que vocês duas estão falando¿ - Gritei com medo de minha voz parecer fraca e indecisa.

– Calado! – gritou Alice mostrando suas recentes presas – querido. Dave sabia que sua querida, namorada, é uma assassina. Uma traidora dos sangues antigos, do sangue grego. – Alice deu uma longa risada, ela não era mais Alice, suas pernas eram duas caudas, metade de seu corpo era de dragão, eu já vi essa criatura no submundo. Era uma Empousai.

– Mentira! – Marie correu até meu lado me envolvendo em seus braços, escorria lagrimas por sua face.

– Dave – A voz de Alice voltou a ser doce e leve – venha até a mim.

Meu corpo havia ficado fraco, minhas pernas estavam se movendo sem a minha permissão, Alice não era mais uma monstra, estava com sua velha aparência.

– Não se encoste a meu namorado.– Marie gritou, seus olhos havia uma expressão de ódio, ela pegou uma flecha correu a mão em direção a Alice.

Namorado.

Estava distraído quando a flecha acertou a mão de Alice e ela jogou-me para o lado ao sentir dor. Sua forma de empousai havia voltado e uma fina camada de liquido verde escorria por sua mão.

– Por que você não desiste! – As unhas de Alice cresceram e ficaram afiadas, provavelmente mais poderosa que qualquer arma. – Dave, conte-a que dormimos juntos, ele me tocou.

Tocou. Essa palavra rondou por minha cabeça... Isso era o que eu mais temia.

Alice foi para cima de Marie fincado uma de suas garras em seu braço esquerdo. Marie grunhiu de dor. Ela cuspia sangue. Marie havia tentado me proteger e eu estou aqui parado.

Pego minha espada, e olho para as duas, elas estavam se envolvendo em uma pequena batalha, Alice arranhava seu rosto enquanto Marie tentava acerta sua barriga. Não sabia quem atacar. Nenhuma estava contra mim. Nenhuma queria me matar. Eu amo Marie... Eu amo Alice?. Essa pergunta me consumia como a eletricidade consome uma lâmpada.

Corro em direção as duas com a certeza de quem acertar, nenhuma me percebeu, a velocidade movia meu cabelo para trás, meus pés estavam mais leves, a cada passo que dava parecia que estava mais longe... Corto-a em sua barriga, sangue escorria pelo chão de pedras. Alice estava caída aos meus pés.

– Dave – Ela sussurrava – Liberte-se, Marie não é quem você pensa.

Seus olhos voltaram ao tom normal e junto com seu corpo. Frio.


Fico olhando o corpo imóvel de Alice se transformar em pó. Marie segurou minha mão e eu a afastei.

– Preciso ficar sozinho. – Ela concordo com a cabeça e fui ao fundo da caverna.


O clima no fundo da caverna era rebaixado, o ar estava frio e a umidade me deixava aflito. Como pude matar Alice ao sangue frio?. Uma mão toca meu ombro.

Era uma das duas. – A voz era fria e seca.

Viro-me para trás e vejo Hades. Seu olhar estava mais fraco do que da última vez, sua pele estava enrugada e seu cabelo branco e longo.

– Hades.

Ele sorriu. Meu pai sorriu para mim.

– Filho – Em seus olhos havia uma expressão de cansaço, ele jogou seu peso em cima de mim e depois estralou seus dedos, pedaços de ossos e fragmentos de rubis apareceram e começaram a se juntar, formando um trono. Sentou-se – Você deveria saber. Marie nunca foi a única... Você, igual ao seu pai, teve a escolha e escolheu certo, espero. Mas eu quero mesmo que você saiba que você não precisa ficar triste. – Ele pegou uma rosa, que nascia de um montinho de terra ao lado de seu trono – O amor... Bem Dave, você sabe que eu sempre fui contra qualquer tipo de amor, mas isso é impossível de acontecer, você um dia teria que amar alguém... E eu quero que você saiba que quando isso acontecer, não é para você ficar confuso, você só tem que deixar se levar.

– Eu não tenho essa escolha.

– Tem você só não quer ver. Dave... O amor é igual uma flor, ele só precisa ser cuidado, pois se ele não for, acaba que... Murcha. Não que eu seja o especialista, como eu mesmo disse. Você lembra porque eu proibi você e Perséfone de brigarem entre si?

– Lembro-me.

– Então, isso foi, pois um dia você seria o herdeiro, isso ficou claro quando eu conheci sua mãe. – Seu olhar brilhava, ele amava minha mãe ainda... Ou era isso que queria que eu pensasse, qual fosse o caso, era muito convincente.

– Não quero falar isso com o senhor – Olhei para o alto, havia um grande buraco por onde eu e Alice havíamos caído. O Sol já havia ido embora, o céu estava alaranjado, por um momento senti uma pontada na barriga, Alice amava ver o pôr do Sol.

– Bem, entendo. – Levantou-se e o seu trono se quebrou em vários vestígios de ossos e rubis, colocou sua mão por cima de meu ombro e colocou uma sacola de dracmas em minha mão. – Quando precisar.

Continuei olhando para cima, Hades deu meia volta e uma fumaça negra invadiu a caverna, junto com ela, cheiro de morte.


Voltei para onde Marie estava. Ela estava sentada no chão, olhando para o mesmo feixe de luz que iluminava o sangue do ciclope ao ser acertado por Marie. Abracei-la por trás e ficamos juntos, olhando para o nada.

Ela apertou-me contra seu corpo e me sussurrou.

– Você precisa achar a flor.

Nós, precisamos achar a flor.

Ela sorriu, e pela primeira vez senti que tínhamos um longo futuro.


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Notas finais do capítulo

Pessoas, desculpa a demora, estou em semana de prova ai fica difícil postar de três em três dias, vou tentar sempre postar um capítulo a cada quatro/cinco dias.

Bem não seja um leitor fantasma, comente e divulgue aos seus amigos :D Obrigado.



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