Flor De Apolo escrita por Gus


Capítulo 5
A pele flácida


Notas iniciais do capítulo

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A pele flácida



Herdeiro do Submundo. Capítulo cinco.



Tinha me prometido a esquecer Marie, mas era quase impossível. Olho para minha espada e vejo o seu reflexo, metade morta, metade viva.



Lembro-me de como a metei ao sangue frio. A adrenalina tomava conta de meu corpo, mas isso não importa mais. O meu fim está próximo.



As paredes da casa abandonada havia escritas a sangue, o teto era velho e o piso rangia ao toca-lo. O vulto negro que havia aparecido na noite passada havia se imaterializado em pó, logo após cai em um profundo pesadelo.




O mundo havia sido invadido pelos sete cavaleiros do apocalipse. Marie corria de um lado ao outro e eu não sabia como acalma-la, em seu rosto havia ódio e ao mesmo tempo desespero. Ela gritava pedindo ajuda, e ao tentar se comunicar meu corpo era jogado, como se houvesse uma barreira elétrica entre mim e ela. Tudo estava um transtorno, ouvia a voz de Perséfone ecoar em minha cabeça, ela dizia algo sobre o meu dever de trazes a paz e até por fim, Apolo estava na minha frente.




– Bravo guerreiro – Ele disse abaixando seu olhar a minha mão – Esse é o seu destino.


Uma pequena flor brotou do chão. Ela era azul, havia neve em suas pétalas e ao pouco o transtorno compulsivo do local foi diminuindo, Marie estava voltando a si e Apolo tinha se transformado em um grande pássaro dourado.

Não havia como provar, mas essa é à flor de Apolo.


Acordo assustado, minha boca está seca e minha mão tremula. A flor de Apolo é mais poderosa que qualquer arma mortal, provavelmente até mais que uma arma de um Deus. Levanto-me e vou à procura de água, meu corpo está cansado, dirijo-me até a cozinha, mas é obvio que não havia água filtrada. Vou ao banheiro e começo a beber a água da pia, podia jurar que obtia gosto de sangue. Logo a cima da pia a um espelho, em seu contorno havia listras laranja e amarela, o vidro estava embaçado. Passei a mão pelo espelho e por fim consegui ver meu reflexo. Havia um menino com uma expressão de vazio no rosto, seu rosto era ossudo, pois havia semanas que não comia algo decente, seus olhos obtiam a escuridão, esse menino era eu depois de cinco semanas de puro desespero.



Depois de lavar o rosto pego um dracma que Apolo havia me dado e ligo a banheira, logo o banheiro estava infestado pela fumaça. Jogo o dracma para cima e faço uma oração silenciosa.


– Oh Íris deusa do arco-íris, aceite minha oferenda. Mostre-me Hades, mundo inferior.

A fumaça começou a ficar em um tom avermelhado, meu coração estava acelerado. Minha garganta seca e minhas mãos suadas. Meu pai podia me matar ou simplesmente me ajudar ‘’Estava pronto para morrer’’

Uma imagem embaçada começou a aparecer, Hades estava sentado em seu trono ordenando algumas mortes e gritando com algumas almas penadas.

Dave – Sua voz estava fraca.

– Hades.

Em que posso ajuda-lo?

Estou precisando de sua benção... Se o senhor puder me dá sua benção para percorrer o mundo contra os perigos...

– Entendo, Não.

– O que? - Como ele poderá negar?

– O que você ouviu, não. Não posso lhe dar minha benção, meu corpo está fraco, minha aura está negativa – Ele estava morrendo. – Os mortais... Dou-me a vida a eles e nem para retribuir com uma oração? Os meus próprios filhos – Ele abaixou o olhar.

Não podia culpa-lo, ele estava certo. Todo o tempo estava xingando-o por dentro. Um peso estava em minhas costas havia acabado de aumentar.

– O senhor não tem como me ajudar?.

– Desculpa Dave, não posso.

– O.K então, obrigado por ouvir senhor. – Estava a acabar com a mensagem até que Hades gritou.

– Dave! Espere, tem como eu te ajudar. Ele enfiou a mão em seu bolço e tirou um pote – Isso – Ele disse apontando para o liquido borbulhante dentro do frasco – É sangue de górgona, se não me engano esse pode curar qualquer doença, até mesmo uma praga de um Deus. Eu ia usar, mas achei mais importante lhe ajudar. – Esticou-o a mão e eu peguei o pote.

– Obrigado... Pai.

Ele abaixou o olhar, ele havia me ensinado que é errado chama-lo de pai, do mesmo modo que ele não pode me chamar de filho.

– Tudo bem... Filho.

A mensagem se auto cancelou e a fumaça do banheiro foi desaparecendo aos poucos.


Desço as escadas correndo e pego minha mochila, tenho que começar essa missão o quanto antes. Vou à cozinha e pego todos os suprimentos que preciso, mas só acho um saco de batatinhas e duas maças.



O Sol estava a invadir a janela da sala, dava para se ver o quanto a casa estava empoeirada. Abro a porta e dou uma longa fungada. Fazia tempo que não me sentia vivo.


– Oras! Olha quem encontrei aqui, Dave. – Um garoto jovem estava sentado na mureta ao lado da casa, ele havia um sorriso de derreter qualquer geleira, sua pele era bronzeada, seu cabelo era loiro e usava óculos de Sol, impossibilitando ver seus olhos. Era Apolo.

– Você sabia que eu estava aqui... Quero dizer, você me trouxe aqui.

– É você está certo – Ele estava olhando as garotas que passavam do outro lado da rua, e elas olhavam de volta dando sorrisos bobos.

– Então... Oque lhe traz aqui?.

– Decidi que vou te ajudar! Trouxe-te uma parceira.

– Eu não preciso de ajuda, obrigado. – afirmei minha mochila em minhas costas e segui caminho.

– Espere, eu sei o que eu faço. Alice vem aqui.

Uma garota apareceu a alguns quilômetros atrás de Apolo, ela tinha uma pele morena e usava seu cabelo amarrado em uma única trança, ela carregava um arco com uma rajada de flechas pendurada em seu ombro, seu olhar era de ódio. Ela era familiar... Seus traços. Ela era uma das caçadoras.

– Apolo cuidado – Abro minha mochila e pego uma das flechas que Marie havia deixado. Corro em sua direção, ela não estava reagindo até que Apolo deu uma longa risada. Não entendi o que estava ocorrendo.

– Dave, Dave – Ele deu uma longa fungada – Essa é a Alice.

– Não! Ela é uma caçadora, ela queria me matar.

Alice que antes estava com um sorriso em seu rosto agora estava com o olhar retraído. Será que ela era inocente mesmo...

– Eu mudei... Quebrei meu voto. Ártemis mudou muito desde que Marie entrou, ela pensou que poderia dominar os homens... Ela não era assim.

– Ah. Desculpa. – Um profundo vazio atacou meu peito.

– Se animem vocês agora é uma dupla. Se apresentem!

– Sou Dave Mosesque, prazer.

– Alice Wayfarer. – Ela me deu a mão e eu a apertei.

Não ia me acostumar fácil com essa ‘’parceria’’, mas sinto que vou me divertir.


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Notas finais do capítulo

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