Flor De Apolo escrita por Gus


Capítulo 4
Perdido no tempo


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem, comentem e compartilhem com seus amigos ;)

— Um capítulo a cada três dias



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/358952/chapter/4


Perdido no tempo


Herdeiro do Submundo. Capítulo quatro.


Estava em um pesadelo sem fim, havia acabado de matar Marie e agora seria caçado por toda a eternidade. Estava sem energia para correr á algum lugar, meu corpo estava paralisado, o pânico havia tomado conta dele.


– Não tem nada a dizer? É, Marie estava certa, você é um covarde. – Reparo que Ártemis estava sorrindo, zombando de minha cara.

Eu tinha muitas coisas a dizer, tentava falar, mas não conseguia.

– Dave, dê um paço a frente e aceite sua morte como um homem de verdade. Caçadoras preparem suas flechas, no já atirem.

O medo tomava conta do meu corpo, eu não sou tão corajoso quanto gostaria de ser, meu pé estava imóvel juntamente com o meu tronco.

– Um, Dois – A Deusa estava cada vez mais sorridente, ela queria meu fim.

Dei um passo à frente, logo quando as caçadoras foram atirar suas flechas, dez flechas cercadas por fogo cerraram o ar. Cinco caçadoras caíram se contorcendo de dores, algumas estavam pegando fogo. Uma cena dolorosa de ver.

– Intrusos! – Gritou Ártemis – Ataquem!

Olho para cima e me deparo com quatro musas atirando flechas. Servas de Apolo. Chegaram mais cinco depois de um tempo e o numero de caçadoras aumentavam a cada minuto, ninguém poderia vencer a luta se continuasse assim, peguei minha espada jogada no chão e corri ao ataque.

Uma caçadora estava correndo em minha direção com uma flecha já posicionada em seu arco, corro para minha direita e depois pulo para cima dela, minha espada raspa uma fina camada de sua pele, dei meia volta e enfiei a faca em sua barriga. Ela começou a se desenvolver até então virar pó. As caçadoras eram monstros.

Duas musas estavam atacando o lado direito enquanto as outras três atacavam o esquerdo, o campo estava livre, Ártemis estava vulnerável.

– Bonita essa paisagem, não¿ - Olho para trás e vejo um homem alto e forte, cabelo loiro e um queixo igual à de um galã, ele havia em seu rosto uma expressão de arrependimento. – Olá Dave. Não vou lhe impedir se quiser atacar Ártemis, afinal, você tem motivos, mas quero que saiba que ela nem sempre foi assim, ela era muito legal antigamente. Ela não sabe oque está fazendo.

– Olá... Apolo? Certo?

– Sim, Deus do Sol, irmão de Ártemis.

– Não pretendia machucar sua irmã...

– Eu sei que pretendia... Não finja que não.

Sentia-me mal, nunca pensei pelo lado de Ártemis, ter varias caçadoras para cuidar, deve levar a loucura. ‘’Não culpe alguém pelo oque você fez’’. Não foi ela que matou Marie, e sim eu.

– Posso te mostrar algo? - Ele passou a mão pelo ar e uma porta dourada apareceu – Entre.

Fui à frente, ao tentar abrir a porta me dei conta que nenhum mortal ou semideus pode abrir uma porta dos Deuses. Andei ao lado dando passagem a Apolo. Ele abriu a porta e entrou, logo em seguida entrei.


A claridade estava me cegando, o lugar era como o céu, havia luz para todo lado e nuvens como piso, Apolo me guiou até um globo no qual tinha uma menina, ruiva de olhos verdes. Marie. Meus olhos começaram a encher de lagrimas, mas ao passar a mão por minha face não havia nada.


– Onde estamos? Que lugar é esse?

– Estamos no Sol. Trouxe-lhe para ver algo que pode ou não mudar sua opinião. – Ele tocou no globo no qual fez o mesmo efeito quando se toca na água.


A imagem no começo estava tremida e aos poucos foi focando. Estava á dois meses antes de Marie ser congelada, quando nós conhecemos.


Marie estava usando um vestido vermelho com caveirinhas em seu bordado. Usava rabo de cavalo e ela ainda estava de aparelho, seu sorriso era metálico, mas lindo. Ela andava para um lado ao outro, olhando sempre ao relógio de uma cafeteria ao lado, a rua estava parada e os pássaros não cantavam uma só nota, um dia frio de outono, um dia comum.

Depois de um tempo um garoto de cabelo castanho e um sorriso torto apareceu correndo, desesperado gritando ‘’vou me atrasar’’, ele trombou com Marie derrubando os papeis que a garota segurava.

– Perdão, você está bem? - Perguntou o garoto.

Não parecia que Marie tinha se machucado, muito menos ficado zangada, ela sorria levemente.

– Tudo bem, deixe que eu te ajude. – Ela se abaixou e começou a recolher os papeis. – Parece que estava atrasado... Hum...

– Dave, meu nome é Dave Mosesque. – Marie deu um sorriso bobo ao ouvir o meu nome.

– Marie, Marie Twinks. – Ela pegou na minha mão e junto nós levantamos. – Bem Dave Mosesque, desculpa ter te atrasado.

– Não tem nada, Marie Twinks. – Nos escaramos por um tempo e logo disse – Tenho que ir, até outro dia.

– Até – Demos um aperto de mão e fui embora.

Marie continuou em seu lugar, olhando eu ir embora, ela deu um suspiro e por fim caiu no chão.

A imagem começou a se desfocar e mudou de cenário. Estava agora no coração congelado, Marie e Perséfone estava discutindo.

– Eu não vou fazer isso – Gritou Marie.

Segui seus gritos e desaforos e me deparei com a Deusa fora de sua flor, sua pele estava branca, seus cabelos um tom de castanho desgastado, seu rosto era frágil e enrugado. Ela estava quase morrendo.

– Mas é preciso, você que ver Dave salvo? Então lute com ele, ganhe. Assim então Ártemis te recompensara, depois cuidamos do Dave.

– Se eu matar ele, como eu vou deixar ele a salvo! – Marie estava quase a bater em Perséfone.

– É PRECISO! Você não pode ir contra minhas ordens sua mortal ingênua, estou tentando te proteger e é assim que me agradece! Devia vaporizar você agora mesmo, mas vou deixar esse trabalho para Dave, ou você acha que ele vai te salvar? Ele te abandonou, ele não te ama! – Perséfone encostou-se a Marie e por um momento seus olhos ficaram verdes. – Você agora, pertence-me.


Acordo assustado, Perséfone estava controlando Marie, ela ainda me amava...


– Dave, espero que entenda o lado de Perséfone... Ela queria proteger vocês... Vocês não podem ficar juntos.

– Quero ver quem vai me impedir. – Dou meia-volta e vou em direção à porta, estava com uma única coisa em minha cabeça, Perséfone vai sofrer.

– Dave! Espere se não posso te ajudar, deixe ao menos te deixar em um lugar seguro, há uma guerra por trás dessas portas. – Ele está certo, as chances de eu morrer são grandes.

– Ok, aonde você pode me levar?.

– Ah qualquer lugar, menos fora dos limites dos deuses. – Apolo estava sorrindo, era bom ver que alguém ainda não perdeu a esperança.

– Me mande para longe das caçadoras e para perto para a Flor de Apolo.

– Está bem, ainda não entendo, porque chamam de flor de Apolo, se não é minha flor... Mas vamos ao que interessa – Apolo estralou os dedos e nos contorcemos contra o ar.


Voltamos ao campo, à luta havia acabado, varias caçadoras estavam mortas no chão ao lado de algumas musas. Sangue e fogo tomava conta da metade do cenário, Ártemis estava atordoada no chão e sobraram apenas falsas esperanças para contar a história.


Sigo Apolo até uma Ferrari dourada. Ele começa a dizer como o carro era o seu maior orgulho, de como ele conseguiu um carro desse tamanho porte, mas parei de prestar atenção quando ele começou a falar de Thalia, filha de Zeus.

Paramos em uma casa abandonada

– Bem, até aqui que eu posso te deixar. Boa sorte Dave.

– Obrigado, acho.

Desço do carro e pego uma mochila que Apolo havia me dado durante a viagem, à porta ao ser aberta faz um rangido estranho, nada de se assustar, depois de lutar com caçadoras e pisar no próprio Sol.

Decido passar a noite no primeiro andar mesmo, abro minha mochila e tiro o essencial, um colchão inflável e um lençol.

Ao meio da noite ouço um rangido vindo dos fundos, cansado levanto-me vagamente olhando aos arredores, vou até a cozinha e pego uma vela já gastada e a acendo.

– Quem está ai? - Minha voz ecoava pela casa

Um vulto preto se estreita entre a porta da sala e da cozinha, seus olhos eram castanho vivo, era a única coisa que dava para ver na tremenda escuridão. Aproximo-me e ao susto deixo a vela cair. Não acreditava em que estava vendo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que gostem, comentem e compartilhem com seus amigos ;)

— Um capítulo a cada três dias



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Flor De Apolo" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.