Flor De Apolo escrita por Gus


Capítulo 14
Herdeiro


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo em galera... ;-;

Qualquer duvida que tenha sobre a fic, ou algo que não entendeu, ou que queira perguntar sobre os personagens, pode comentar o

Não seja um leitor fantasma, comente e divulgue aos amigos.

O último capítulo sai daqui três dias.



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Herdeiro

Herdeiro do Submundo. Capítulo quatorze.

Seus olhos frios encontraram-se perfeitamente com os meus, seus lábios eram brancos, seu corpo comprido e torto. Encarava-me com desprezo, seus cabelos estavam bagunçados e fiapos dos mesmos esparramados pelo chão. Como um Deus poderia ter uma aparência tão horripilante. Ele estava jogado no chão, estava largado ao lado de uma fonte, isso era o que eu pensava.

 Pisco meus olhos novamente e já não estou mais na sala, o Deus antes quase morto, estava em uma boa forma, seus cabelos eram curtos e negros, sua pele morena e seus lábios carnudos. Se não me engano, era a caricatura perfeita de um militar. Ele estava sentado em uma cadeira com as pernas cruzadas, me olhava com um tom de superioridade, mesmo sendo um Deus menor. Phobos me encarava friamente. Ele acabou de me mostrar um terço de sua influência em minha mente. Não falei nada, não havia nada a ser dito, seus olhos penetrantes poderia me levar a outro pesadelo.

- Phobos.

- Dave. – Ele sorriu maliciosamente. – Apolo me avisou que tu virias, não imaginava que teria coragem de passar por aquela porta. – Ele apontou a porta que dava passagem do terceiro andar ao quarto. – Bem vindo ao quarto andar, como se fosse algo bom estar aqui. – Tentei falar, mas parecia que as palavras estavam entaladas em minha garganta, então reprimi-las. – Acho que você já sabe que terá que passar por testes em cada andar. Bem vindo ao seu pior pesadelo. – Ele se levantou de sua cadeira e rodou-a, apoiando-se nas costas da cadeira. – Sente-se, vamos começar.

 Meus lábios tremiam e minha cabeça latejava fortemente, eu não devia fazer isso, eu não posso fazer isso. Meu corpo começa a andar, não estava controlando-o, ele se senta na cadeira e eu fecho meus olhos, estava preparado para o que estava por vim.

- Comece. – Minha visão borrou.

 Ouvia o som de um coração pulsando. Ele batia lentamente, seu som era fraco. Não se via nada, somente o som do pulsar. Era um barulho incomodador, algo pior que qualquer tick-tock ao algum pleck-pleck. Algo realmente perturbador. O borrão preto começou a sumir, mas ainda sim não se via nada. Senti um estalo em meu coração, a sala era totalmente branca, havia uma figura ensanguentada, seus olhos eram brancos e usava uma longa manta preta. Não havia como identificar se era homem ou mulher, até ouvir a voz.

- Porque Dave¿ Porque fez isso comigo, porque Dave¿ - A voz era de Alice. – Eu merecia isso Dave¿ Eu merecia...¿ - Seu olhar era vazio, ela me encarava fixamente, até que seu corpo começou a se derreter em uma única poça de sangue.

A cena mudou.

 Estava em um beco, provavelmente de New York. As ruas estavam vazias. Algo extremamente raro de acontecer. O Sol já havia se podo, mas a Lua ainda não havia aparecido. Ouço berros vindos de fora do beco, berros exageradamente altos. Eram gritos de uma garota, havia passos atrás dela. Ela entra no beco, sua respiração era alta, seus cabelos estavam bagunçados. Sua pele era branca, seus olhos verdes e seu cabelo havia tom alaranjado. Ruiva. Sua face era realmente extraordinária, ela era igual a... Seu nome havia escapado de minha boca. Ela lembrava-me de alguém, ao tentar lembra-me de seu rosto sinto uma pontada em meu coração. Ela devia ter sido realmente importante, e eu a perdi. Depois de alguns segundos da garota ter entrado completamente no beco, consigo ver quem estava correndo atrás dela. Eram dois rapazes, um era realmente forte, outra já era mais fraco. Usavam mascaras pretas e jaquetas de couro. Eles estavam à procura da garota.

 Os dois avistam-na e começa a correr mais rápido atrás dela, até que o mais forte alcança e a segura pelo braço. A garota gritava, não sei se devia ajuda-la. O outro os alcança e encara friamente a garota.

- Não devia ter feito aquilo. – Disse o rapaz. – Não devia mesmo.

- Me deixe – Disse a garota, tentando escapar das mãos do capanga.

- Acalma docinho. – Ele tocou a mão em seu rosto e a beijou. Sinto que algo furou meu coração. A garota era Marie. O homem volta a tocar seu rosto, deslizando sua mão até seu pescoço, descendo por seus seios, ele aperta-os. Marie gritava, seu grito era de angustia. Tentava se mover, mas não conseguia. O homem tirou suas mãos dela, desabotoou suas calças e tirando o vestido esverdeado que Marie usava. Ela tentava correr, mas não conseguia. Ela estava somente com suas roupas intimas e ele com as dele. Ele coloca a mão sobre o sutiã de Marie. Não aguentava. Comecei a correr, e dessa vez sai do lugar. Ninguém me percebeu. O rapaz tira o sutiã de Marie. A raiva crescia dentro de mim. Aproximo-me mais, quando ele estava a abaixar o resto que sobrou de sua roupa, alcanço meu punho em sua cara. Pulo em cima dele. Soco primeiramente sua face, não sabia o que estava vendo. Tudo em volta começou a se destruir, ficando somente eu e o rapaz. Sua cara estava borrada de sangue e seu nariz já estava deformado. Fecho meus olhos e tudo some.

 Estou novamente na sala. A cor enjoativa do amarelo fazem meus olhos arderem, ainda estou sentado na cadeira de madeira no centro da sala. Phobos me olha.

- Impressionante. Estou levemente impressionado.

- Impressionado com o que exatamente¿

- Com tudo, como você conseguiu se mexer¿ Isso é impossível, você... Você é diferente.

- Claro, eu sou um semideus. Nada nessa minha vida é normal. – Levanto e empurro a cadeira para o lado da sala.

- Não... Você é diferente mesmo. Tem certeza que você não é um Deus menor¿

- Eu acho que saberia se eu fosse um Deus menor, não acha¿.

- É... Você tem razão.  Eu... Eu acho que você deve ir. Agora.

 Não penso em discutir, caminho até o outro lado da sala e abro a porta que por sua vez, era de metal. Quando entro na sala não vejo nada. Tudo estava escuro. Até que me deparo com algo, era brilhante... Havia um tom azulado, sua cor era leve, como o céu em uma tempestade de primavera, não é nada de mais, somente nuvens forrando o céu. Meu coração acelera ao chegar perto do objeto. Encosto-o. Sinto uma vibração surgindo dentro de mim. Nunca me senti tão... Vivo. Todos os momentos que passei com Marie vieram à cabeça, ela era linda.

- Bonita, não¿ - Olho para a direção assustado, demorou-se para perceber que Perséfone estava presente na sala. – Digo... O que você vê na flor...

Flor de Apolo.

- Essa é à flor de Apolo¿

- A esse nível pensei que você já soubesse.

- Não... Não pode ser. No mapa dizia que seriam quinze andares... E se você pode estar aqui, por que me mandou em busca da flor¿.

- Depois do incidente com Apolo...

- Incidente¿ Ele tentou me matar! – Ela me olha com desprezo e continua.

- Você avançou sem saber ao decimo quarto andar e acabando de enfrentar o decimo quinto... E pela cara de Phobos você foi ótimo! E respondendo sua pergunta, eu estou e não estou aqui. Eu não posso me materializar, nenhum Deus pode. Diga-me, quando foi que você encostou-se a algum deles aqui, nessa montanha¿ - Ela tinha razão... Eu só havia conversado com eles, somente monstros podem se materializar-se aqui.

 Não discuto, olho novamente para a flor... Se isso pode acabar com a guerra... Pode restaurar Marie. Quando estava preste a tira-la, Perséfone gritou.

- NÃO! Seu mortal ingênuo, o poder da flor é muito forte para você...

- Eu não sou mortal... – Sinto algo estranho, toda a raiva que se acumulou dentro de mim, estava preste a sair. – Eu não recebo ordem de nenhuma Deusa da primavera. Eu sou Dave – Digo com toda força que me resta e agarro a flor. – O herdeiro do Submundo.


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Notas finais do capítulo

Qualquer duvida que tenha sobre a fic, ou algo que não entendeu, ou que queira perguntar sobre os personagens, pode comentar o

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O último capítulo sai daqui três dias.