Fire With Fire escrita por NKIDDO


Capítulo 6
Vingança parte um!


Notas iniciais do capítulo

Na minha mais humilde opniao, esse capitulo ficou uma bosta. Mas tudo bem, juro que o proximo vai ser melhor ;-;



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CAPITULO O6 - Vingança parte um!

Mal consegui dormir aquela noite. Revirei-me o tempo todo, demorei a dormir e custei a permanecer dormindo. Uma cabeça de agulha batendo no chão me faria acordar.

Eu sabia que tínhamos treinado mais que suficiente, que eu tinha escolhido todos os integrantes da banda para derrotar Cam em seu próprio jogo, mas mesmo assim...

O nome da banda fora decidido na noite anterior, e acabou ficando Decayed Fire. Era uma mistura de nossa primeira música “Fire With Fire” com uma palavra maneira que dizia secretamente como eu tinha me sentindo. Cam provavelmente jamais pensaria que eu era capaz de chegar a esse ponto, e mal ele sabia que eu já estava na vírgula.  Ok, me expressei mal.

Eu agora me encontrava em uma fila com apenas os representantes das bandas para pegar o número da colocação de apresentações. Já contei várias vezes, eu ia ser a sétima. É um bom lugar, porque dá pra ver a capacidade dos outros, não espera tanto assim e temos um tempo para relaxar.

Para este dia, decidi me vestir confortavelmente – um vestido preto aberto nas costas em um elegante V, e na frente decorado com rendas. As mangas eram faixas que ficavam nos braços. – para poder cantar com beleza e sem complicações.  Decidi também deixar meu cabelo azul e solto, pegando um pouco da parte de cima do cabelo e prendendo atrás com um laço enfeitado com um morcego. Achei fofo.

- Ei, trouxeram uma criancinha pra fila – Ouço dois caras comentando atrás de mim.

Não ia perder a cabeça logo na fila. Vai que eu sou expulsa do teste?

- E também o macaco pra pegar a fixa – Olho diretamente para o ruivo falso, fitando-o com a morte e uma aura negra.

Ele se encolheu, e o outro também. Só porque eu sou baixinha? Eu mato vocês dois depois disso! E depois de Cam, ele tem que ser o primeiro. Paro de encara-los, pego minha ficha e vou direto ao camarim da minha banda, onde todos estão conversando ansiosamente. Patrick é o nosso tecladista tarado, que agora está cortejando a pobre Kylari. Ou seja, cortejando a morte. Ela o afasta e o corta o tempo todo, o que é engraçado. Haru e Sting também conversavam, e Castiel veio falar comigo.

- Que número – Diz ele se aproximando.

- Sete – Respondo. – Acho que não da pra ver os outros tocando.

- É um bom número, é, acho que não dá mesmo.

O assunto continua mecanicamente, falamos sobre coisas banais relacionados ao que íamos fazer. Estávamos claramente nervosos demais. Eu simplesmente tremia sem perceber, sentia meus pés deslizando dentro do sapato.  Todos estavam vestidos como acharam que a banda deveria parecer. Sting como sempre parecia um padre. Kylari tinha aquela aparência individual, gótica.  Haru como sempre com aquele ar de despreocupado, estava vestindo roupas normais. Castiel o mesmo de quando eu o encontrei e Pat se vestia de forma clássica.

Não vamos perder.

***

- Decayed Fire, por favor. – Diz o homem na bancada.

Nós entramos e sentimos o clima pesado. Quando a outra banda passou derrotada ao nosso lado, engolimos a seco. O lugar era um palco onde uma banda qualquer poderia fazer seu show diante de muitas pessoas, mas na verdade bem agora, havia quatro jurados apenas. Um deles era Matt e o outro Rick. De resto, eu não conhecia. Um era velho e o outro mais novo.

- Por favor, podem começar – Diz Rick de uma forma calma, aparentemente tentando me confortar – Fiquem a vontade.

Arrumamos nossos instrumentos e eu coloco meu próprio microfone. Eu secretamente tinha medo de ficar com alguma doença transmissível pela saliva dos outros – como beber no mesmo copo – então sempre fui muito cuidadosa com essa mania.

A música ia começar, bebi uns 5 litros de água, pensando que a minha voz poderia melhorar, tentei fazer alguns exercícios discretamente enquanto eles ajeitavam as cordas de seus instrumentos.

Você tinha que abrir a porta

Nunca vai ser do jeito que era antes

Então pelo que nós lutamos

Nós que sempre temos mesmo motivo?

Pat estava com um microfone a sua frente, e como combinamos, ele cantou essa parte. Eu dei um pequeno apoio de coro com ele.

Eu não sei onde nós erramos

Eu não sei onde nós pertencemos

Diga-me por que estamos tão perdidos

Será que vamos decidir de que lado nós estamos

Sem avisos ou pausas, eu assumi, e desta vez foi ele quem me deu um apoio de coro.

E agora é que estamos na luta

Fogo com fogo

As chamas estão queimando queimando

Alto e mais alto

Isto sempre tem que ser olho por olho

Justiça continua a ser o único desejo

Combatendo fogo com fogo

Você faz como eu faço para você

Eu faço com você, como você faz para mim

Combatendo fogo com fogo

Fogo com fogo

Não cantamos a música inteira, até porque não tem motivo de cantarmos uma música inteira se não era um show ou coisa assim. A nossa magnífica plateia nos encara enquanto ainda estamos arfando. Rick sorri para mim, e eu relaxo meu corpo, que apenas agora percebi que estava rígido. Matt permanece com aquela mesma expressão vazia, mas me olhava. Eu pisco para ele, - querendo que ele pareça mais intimo meu – e ele acaba deixando um sorriso escapas. Os jurados terminam de escrever algumas coisas, e quando eles começam a falar, apenas lanço um olhar para minha banda.

- Vocês tocaram muito bem, a harmonia está perfeita e a letra está ótima – Diz o mais novo, um pouco animado.

- Entretanto – Começa o mais velho, TINHA QUE SER VELHO! – A vocalista.

Eu praticamente sinto minha existência ser apagada. Demorou um tempo até eu perceber que ele se referia a mim. Sinto minha boca abrir e fechar, não conseguia falar.

- Nada de mais querida – O mais novo olha feio para o velho – Só queremos que cante individualmente, não queremos uma banda genérica, então precisamos saber até onde sua voz vai.

- Tem outra música? – Diz Rick, em tom de suplica.

- Sim...

Então era só eu escolher uma das minhas que tivesse muito mais vocal do que qualquer outro instrumentos. Tentei relaxar, olhei para minha banda e todos estavam apreensivos, tão nervosos quanto eu. Vejo os lábios de Kylari se moverem e dizerem sem som “Você consegue”. Sim, eu tinha que conseguir. Me foi permitido escolher dois dos integrantes pra dar um ritmo a música, e eu escolho Kylari e Pat.

A fabulosa invenção dela, que estranha imaginação vista

As suas gloriosas intenções, um mar de dúvidas abaixo dela mesma

Foi dito "você não é a primeira a sonhar isso”, pequena garota

Você sabe, isso nunca aconteceu uma única vez nesse mundo,

Nunca passou pela minha cabeça que uma jovem poderia

esperar achar um poder maior do que o meu

Não canto muito, pois me pedem para parar. Fazem um sinal, e eu canto mais três músicas diferentes. Eles insistiram demais em mim, e eu acho estranho.

- Tudo bem, chega titio! – O jovem se levanta da mesa, batendo os punhos na mesma. – Pare de forçar a voz dela em um teste!

- Só estava vendo se ela valia a pena. – Diz ele, ignorando tudo.

- Não minta! – Ele fica mais nervoso – Não leve seus problemas pessoais para o trabalho, por favor, Mizeria...

- Sim? – Digo meio rouca.

- Você foi ótima, e é claro que sua banda vai fazer parte da Red Star, agora, por favor, vão.

Nós agradecemos e saímos do lugar o mais rápido possível. Eu não entendi muito bem, mas várias ideias me passaram pela cabeça. Ele podia ser machista, quem sabe? Ele era velho, e talvez os costumes antigos ainda continuassem. Agora estávamos arrumando as coisas no camarim quando Matt aparece. Eu imediatamente vou cumprimentá-lo, mas ele não esboça nenhuma expressão específica.

- Sua voz está bem? – Ele indaga calmamente.

- Estou sim, não se preocupe. – Coloco a mão na nuca, sem graça.

- Explico o que aconteceu mais tarde, por hora, parabéns. – Ele vai embora e nem me deixa dizer um obrigado ou coisa assim.

VALEU PELA MORAL AI AMIGÃO. Eu estava disposta a fazer ele se sentir tão desconfortável que iria me tratar com intimidade. Porque isso? Porque meu novo eu é chato e sensual. Eu iria fazer o que achasse melhor. Quando nos vemos sozinhos, nos abraçamos todos juntos, mas logo somos separados por mim e Kylari. Socamos Pat.

- Que isso garotas! – Ele diz, com a mão na frente do corpo – Foi só uma apertadinha amiga.

- Eu vou te dar um soco amigo! – Digo nervosa, e Kylari já o chutava como se fosse um saco de lixo.

- Amém – Diz Sting, jogando um rosário nos dois. Kylari pega e arremessa de volta no Sting, que se abaixa como se fosse pegar uma moeda e no final ele acaba batendo Haru, que coloca na cabeça e finge que está rezando.

- Parem com isso seus macacos – Castiel fala, com as mãos no bolso.

Aquele dia foi bem divertido no final. Comemos juntos e comemoramos a noite no bar em que eu encontrei Kylari, e que tudo começou. Nos dias que viriam a seguir, seriam os que eu provavelmente derrotaria Cam sem que ele percebesse que era a menina sem graça que estava pisando em cima dele. VINGANÇA PARTE UM, COMPLETA!


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Notas finais do capítulo

O que acharam do nome?

E a pergunta desse cap é;;;;;; O que deve acontecer no proximo cap???