Bring Me To Life escrita por Zotinha, Annie Bell


Capítulo 1
One-shot


Notas iniciais do capítulo

Oii semideuses!
Minha primeira fanfic one-shot e universo alternativo de PJO, mas se pensando bem, não se vê muitas opções de fanfics na minha conta, pra falar a verdade, nenhuma além dessa... Mas ENFIM! Já tô saindo do foco. Mas se você estiver lendo isso aqui, espero que deixe um review pois tenha certeza que sua mão não irá ficar podre e cair, além do que, se não deixar é capaz de eu virar uma macumbeira e fazer com que sua mão caia do mesmo jeito. Então por favor, COMENTEM! Porque? I'm DIVA U_U Só que não.
Então... Enjoy ^-^



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 Pov. Rachel

 Estava terminando um dos meus quadros quando ouço gritos vindos do andar de baixo. Mais do que depressa, larguei meu quadro e desci as escadas.

 -COMO VOCÊ PODE FAZER ISSO COMIGO, CASTELLAN???

 Epa. Conheço essa voz.

 -Se acalme, Annie. Eu... Eu posso explicar.

 Abri levemente a porta e encarei a cena. Annabeth brigava com meu primo, Luke. E pelo jeito, era coisa séria.

 -EXPLICAR O QUE? QUE VOCÊ E A LAMBISGÓIA DA DREW ESTAVAM QUASE SE COMENDO NA COZINHA? – Gritou Annabeth.

 É. É coisa séria.

 -Annabeth, por favor, eu...

 -VOCÊ O QUE? – Gritou Annabeth.

 Luke olhou ela, irritado por ela tê-lo interrompido.

 -Ah, quer saber? Dane-se. Eu ia mesmo pegar a Drew, do mesmo jeito que peguei a Dana e a Susan. Não é culpa minha se você não sacia as minhas “necessidades”. – Disse Luke. Na maior cara-de-pau.

 Annabeth ficou vermelha de raiva e deu um tapa na cara dele com tanta força que ele caiu pra trás.

 -Cafajeste. Acabou. Pode ficar com essas suas “amigas”, seu nojento. – Disse Annabeth, saindo pela porta dos fundos logo em seguida.

 Luke se levantou do chão e disse:

 -Já foi tarde.

 Certo. Agora quem está com raiva dele sou eu.

 Entrei de uma vez na sala e derrubei ele novamente no chão.

 -Idiota. Vai morrer sozinho e mal-amado como o vô Cronos. – Eu disse, saindo logo em seguida pelo mesmo lugar que a Annie.

 Subi em minha moto e fui atrás de Annabeth. Ela geralmente é muito racional, mas com a cabeça quente desse jeito, ela com certeza vai fazer besteira.

 Vamos lá... Se você fosse a Annabeth com ódio mortal do ex-namorado e quisesse ir pra um lugar para se acalmar, pra onde você iria?

 Biblioteca.

 Sempre que ela quer se acalmar, ela vai pra lá.

 Segui em direção à biblioteca, mas um quarteirão antes de lá, dei de cara com um acidente horrível.

 Com um pressentimento péssimo, parei a moto e me aproximei do carro.

 E no banco do motorista, com a testa encharcada de sangue, estava uma Annabeth semimorta.

 (...)

 Estava na sala de espera, olhando Annabeth por um vidro. Minha melhor amiga. Minha pobre melhor amiga estava a beira da morte.

 E eu não podia fazer nada.

 Os médicos disseram que o cérebro dela foi muito danificado. Ela está em coma induzido. Mas ainda assim, pode morrer a qualquer momento.

 Expulsei Luke daqui mais cedo. O idiota tinha ficado com peso na consciência e resolveu “fazer uma visitinha pelos bons tempos”. Mas eu o arrastei pra fora do hospital a base do tapa.

 É mais de meia-noite quando finalmente caio no sono.

Era um lugar sombrio. Escuridão até aonde a vista alcança. Eu ando completamente sem rumo por um tempo, até que finalmente vejo luz ao longe. Corro naquela direção e vejo Annabeth. Ela era a luz que eu havia visto, ela brilhava levemente e parecia um anjo. Tentei alcançar ela, mais uma espécie de parede nos separava.

 Então, Annabeth começou a cantar. E mais uma vez, não pude deixar de compará-la com um anjo.

How can you see into my eyes,

Like open doors

Leading you down into my core

Where I've become so numb?

Without a soul;

My spirit's sleeping somewhere cold,

Until you find it there and lead it back home.

Wake me up inside.

Wake me up inside.

Call my name and save me from the dark.

Bid my blood to run.

Before I come undone.

Save me from the nothing I've become.

Bring Me To life

Now that I know what I'm without

You can't just leave me.

Breathe into me and make me real.

Bring me to life.

 Tentei entender o que ela tentava me dizer. Não era a primeira vez que eu tinha uma visão.

 Uma única lágrima solitária desceu pelo rosto dela, e eu acordei.

 Abri os olhos e tentei me situar. Estou no hospital, Annabeth está quase morta e tentou me mandar uma mensagem. Uma canção.

“Now there I know what I’m without/ You can’t Just leave me/ Breath into me and make me real/ Bring me to life.”

 Parecia que ela queria que eu passasse a mensagem para alguém. Parecia uma mensagem que ela mandaria para alguém...

 Alguém que deixou ela. Alguém de quem ela gostava muito.

 Luke.

 Não gosto muito disso, mas tenho que trazê-lo de volta para ela se quiser se ela sobreviva.

 Não é 100%, mas é o melhor que posso fazer.

 Saio do hospital e subo em minha moto, indo direto para a mansão dos meus pais, onde meu primo está hospedado.

 Entro em casa e subo as escadas, indo em direção ao quarto dele.

 Bati na porta.

 -Quem é? – Pergunta Luke de dentro do quarto.

 -Sou eu. Preciso falar com você. É importante. – Respondi.

 Ele abriu a porta.

 -O que é? – Pergunta ele.

 Grosso.

 -Porque está me tratando assim? – Perguntei.

 Ele revira os olhos.

 -Você me expulsa do hospital na base do tabefe e eu tenho que te tratar bem, é isso mesmo? – Pergunta ele.

 Irônico? Imagina!

 Respira, Rachel. Respira. É pela Annie.

 -Me desculpa por aquilo. Estava nervosa por causa da Annabeth e...

 -E?

 -Eu acho que talvez seja uma boa idéia que você visite ela. Acho que pode ajudá-la. – Eu disse.

 Ele arqueou a sobrancelha.

 -Acha? – Ele perguntou.

 -Hum-rum. Tenho um bom pressentimento quanto a isso. – Respondi.

 Ele revirou os olhos.

 -Quando você vai parar com essa baboseira de vidente, hein? Fala sério. Você sabe que eu não caio nessa. – Disse ele.

 Respira Rachel. Respira e conta até dez.

 Pela Annie.

 -E aí? Você vai? – Pergunto.

 -Vou. – Ele me respondeu.

 ...

Estava novamente naquele lugar. Mas dessa vez eu já apareci na frente da Annie.

Bid my blood to run.

Before I come undone.

Save me from the nothing I've become

Bring me to life.

Bring me to life.

Frozen inside without your touch,

Without your love, darling.

Only you are the life among the dead.

I've been sleeping a one thousand years it seems.

I've got to open my eyes to everything.

-Não entendo o que você quer dizer. – Eu disse. – Sinto muito.

 Ela me encarou por alguns segundos. O sonho já estava ficando turvo quando ela disse aquela última palavra.

Diário.

 “all the single ladies, all the single ladies”

 Acordei com meu celular tocando ao meu lado.

 Atendi.

 -Alô?

 -Oi Rachel. – Respondeu Luke, do outro lado da linha.

 -Oi Luke. E aí? Aconteceu alguma coisa? – Perguntei.

 Ele bufou.

 -Claro que não. Achou que eu ia chegar lá e ela iria acordar num passe de mágica? Ela está lá. Do mesmo jeito. – Ele me respondeu.

 -Ah... Eu... Tenho que desligar. Tchau.

 Desliguei o celular.

 Não entendo. Aonde eu errei?

 “Diário.”

 O que ela quer dizer com isso?

 Será que ela quer que eu...

 Claro! Só pode ser isso! A resposta tem que estar lá!

 Tomei um banho rápido, me vesti, subi na minha moto e fui o mais rápido possível para a casa dos pais da Annabeth.

 Os pais dela com certeza estão no hospital, ou seja, a casa está trancada.

 O jeito vai ser entrar pela janela.

 Peguei uma cadeira que estava no quintal e a usei como apoio para alcançar a janela do quarto da Annabeth e entrar lá.

 Liguei a luz. Estava do jeito que eu me lembrava.

Será que ela ainda guarda no mesmo lugar?

 Levantei o colchão e ele estava lá.

 O diário dela.

 Estava marcado no comecinho ainda.

 Diário novo.

 Abri na primeira página.

 “Querido diário, hoje eu aceitei o pedido de namoro do Luke. Também não acho justo namorar alguém quando se gosta de outra pessoa, mas quem sabe? Talvez eu o esqueça finalmente.”

 Então a Annabeth não ama o Luke! Não era ele que ela queria. Por isso não funcionou!

 Passei para a segunda página.

 “Querido diário, hoje eu sonhei com ele novamente. No inicio, eu ficava feliz. Graças aos sonhos, agora consigo lembrar o som da risada dele e o tom exato de seus olhos (coisas que eu já tinha esquecido a muito tempo), mas agora, eu queria parar. Tenho que seguir em frente. Não posso viver no passado. Luke chegou. Escrevo mais tarde.”

Página três.

 “Querido diário, hoje é o dia do aniversário dele. Sonhei com o seu sorriso e passei mais de meia hora olhando fotografias antigas. Sinto muita falta dele.”

 Página quatro.

 “Querido diário, sei que não devia pensar tanto nele, mas não consigo evitar. Depois de tanto tempo me contendo, me tranquei no banheiro e chorei. Chorei muito. Sinto muita falta dele.”

Nossa, a Annabeth sempre foi tão racional... Nunca imaginei que ela também pudesse sofrer tanto por amor.

Página cinco.

 “Querido diário, hoje eu sonhei com ele de novo. Mas dessa vez, quando acordei, eu me sentia bem. Eu compus uma música agora a pouco. Ela é mais ou menos assim.”

 Li a página seis e arregalei os olhos.

 A música do meu sonho!

 Faltavam apenas os dois últimos parágrafos!

 Só faltava eu ler a última página agora.

 “Querido diário, hoje eu encontrei uma foto que havia perdido há muito tempo. Eu, Rachel, Grover, Jason e ele logo depois da gente sair daquele acampamento de verão. Estou colando ela na última página.”

 Fui para a última página e me assustei.

 Mas a pessoa que ela não citou o nome era...

 O Percy!

 Não. Isso é impossível. Ela não pode ser apaixonada pelo cabeça-de-algas! Ela o odiava por sempre saber o que ela ia dizer. Ele costumava falar que...

 Arregalei os olhos.

 Ele dizia que ela era fácil de ler porque seus olhos eram como portas abertas.

 Eu quase podia ouvir Annie cantando novamente.

 “How can you see into my eyes, like open doors...”

 É isso!

 Peguei meu celular e disquei o número do Percy.

 “O número chamado não existe”

 Idiota! Ele te deu esse número há três anos, no maldito acampamento de verão! Acho mesmo que ele ia manter o numero por tanto tempo?

 Onde ele disse que morava mesmo?

 Manhattan, mas não o endereço.

 A mãe dele... Sally Jackson, acho. Trabalha numa loja de doces... Blue Candies.

 Disquei o dois da discagem rápida.

 -Roger? Quero um helicóptero imediatamente. Preciso ir para Manhattan. – exigi.

 ...

 Uma hora e meia.

 Foi o tempo que eu levei para ir de helicóptero de São Francisco até Manhattan.

 Provavelmente existe uma lei que proíbe um helicóptero de voar tão rápido, mas a gente não está se importando.

 Por sorte, Roger, o motorista do helicóptero já morou em São Francisco e sabia aonde fica a loja Blue Candies, então ele pousou o helicóptero bem perto de lá.

 Corri direto para a loja e entrei. Era um lugarzinho pequeno e aconchegante. Haviam várias prateleiras abarrotadas de doces de todos os tipos, azuis.

 Uma mulher de uns trintas e poucos anos me atendeu. Ela tinha cabelos castanho escuros e olhos da mesma cor.

 -Boa tarde. Está atrás de algum doce em especial? – Perguntou ela.

 -Ér... Você é Sally Jackson? – Perguntei.

 Ela franziu o cenho.

 -Sou. Como sabe?

 -Sou Rachel. Preciso falar com seu filho o mais rápido possível. É importante. – Respondi.

 Acho que ninguém me levaria a sério, mas acho que algo na minha expressão (que estava em algum ponto entre “desesperada” e “esperançosa”) deve tê-la convencido.

 -Ele deve ter chegado da faculdade a essa altura. Moramos no apartamento 201 daquele prédio branco aqui perto. – Ela disse.

 -Obrigada.

 Saí correndo da loja (eu tô correndo muito, não acha?) direto para o prédio. Era logo no segundo andar, então fui pelas escadas e bati na porta do 201 igual uma doida.

 Ele abriu a porta e franziu o cenho ao me ver.

 -Quem...

 Abracei ele.

 -Oi Pers. Sou eu, a Rachel. Preciso que venha comigo agora. É muito importante.

 -Rachel? O que você... Não importa. Não posso ir com você, tenho aula amanhã.

 -E desde quando você se importa com isso? Por favor, Percy. Acha que eu viria de São Francisco para Manhattan se não fosse? – Perguntei.

 -Mas...

 -Tem a ver com a Annabeth.

 A postura dele mudou completamente ao ouvir o nome dela.

 -O que aconteceu com ela? – Ele perguntou.

 -Vem que eu te explico no caminho.

 ...

 Expliquei tudo para ele no caminho. A briga do meu primo com a Annie, o acidente, os sonhos, o diário... Tudo.

 Ela ficou em silêncio a viagem quase toda. Quando a gente estava quase chegando, ele me perguntou.

 -Você acha mesmo que eu posso salvá-la? – Perguntou Percy.

 -Acho. Meus sonhos nunca erram. Só espero que não seja tarde demais. – Respondi.

 O helicóptero pousou no heliporto no centro da cidade (no mesmo lugar em que eu tinha embarcado). Subi na minha moto e fui pro hospital com Percy de carona.

 Eu andava a quase o triplo da velocidade máxima. Não me importava. Annabeth é minha melhor amiga desde sempre não posso perder meu diário com pernas.

 E eu tenho uma sensação horrível que, ou ela acorda hoje, ou ela nunca mais acorda.

 E não quero dizer que ela vai ficar em coma para sempre. Quero dizer que ela vai... Argh! Não consigo nem falar isso!

 Parei na porta do hospital e descemos correndo deixando a moto estacionada de qualquer jeito.

 Corri na frente, conduzindo Percy até o quarto da Annie.

 Estranhei ao ver (pelo vidro) tantos médicos ao redor dela.

 -Senhora Chase? O que aconteceu? – Perguntei.

 A mãe de Annabeth, Pallas Atena Chase, olhou para mim. Seus olhos estavam vermelhos e inchados, como se ela tivesse chorado muito.

 -Ela teve uma parada cardiorrespiratória. Nesse momento, os médicos estão tentando reanimá-la. – Respondeu senhora Chase.

 Fechei os olhos. Eles não vão conseguir. Apenas uma pessoa pode trazer ela de volta.

 Peguei Percy pela mão e entramos no quarto, no mesmo momento em que os médicos pararam de tentar reanimá-la e uma das médicas olhou no relógio de pulso e disse.

 -Hora da morte: 14 e 27.

 -Não! – Exclamou Percy.

 Ele correu até Annabeth e começou a fazer massagem cardíaca.

 Me encostei na parede e me permiti chorar. Eu falhei. Quase podia ouvir Annabeth cantando os dois últimos parágrafos.

Bring me to life.

        Wake me up inside.

        Wake me up inside.

 Call my name and save me from the dark.

 Bid my blood to run.

 Before I come undone.

 Save me from the nothing I've become

Não posso desistir dela. Se eu estivesse em seu lugar, Annabeth não desistiria de mim.

 Peguei o desfibrilador e estendi para Percy, dizendo:

 -Pegue. Tem mais efeito.

 Ele pegou o desfibrilador. Fui até o aparelho e ajustei.

 -Vai!

 Ele pôs o desfibrilador no peito dela. Seu corpo deu um salto, seu coração bateu uma vez e voltou a parar.

 Aumentei a potencia e disse:

 -Vai!

 Ele repetiu, mas sem sucesso.

 Tive a impressão de ouvir os médicos querendo nos impedir, mas um deles disse:

 -Deixe. Mal não fará.

 Continuamos fazendo isso. Meu rosto já estava encharcado de lágrimas, quando uma enfermeira pôs a mão em meu ombro e disse:

 -Pare. É inútil.

 Em momento algum, Percy desistiu. Além de tentar reanimá-la, ele ficava dizendo coisas como: “Funciona, por favor, funciona. Não posso perdê-la.” Ou “Vamos, Annie, volte”.

 Eu sabia que se não parasse, a enfermeira tomaria o aparelho de mim, então rapidamente pus ele no máximo e disse pro Percy.

 -Vai!

 Ele pôs o desfibrilador no peito dela. Seu corpo deu um salto e seu coração começou a bater fracamente.

 Ela abriu levemente os olhos e fitou Percy.

 Nesse momento, fomos puxados para fora do quarto por uma enfermeira.

 Ficamos sentados do lado de fora do quarto com as costas apoiadas na parede, ofegantes e com o coração acelerado.

 -Conseguimos. – Murmurei.

 Antes de apagar.

(...)

 Quando acordei, estava num quarto do hospital deitada em uma cama. Um médico anotava algumas coisas numa prancheta. O cabelo dele era cor-de-terra, seus olhos eram de um azul bem claro, ele era alto e sua pele era bronzeada.

 Ele levantou a vista e, ao ver que eu tinha acordado, sorriu e disse:

 -Olá senhorita Dare. Sou William Solace, seu médico. – Disse ele.

 Corei. A voz dele não era nem um pouco menos bonita que ele. Era suave e meio rouca, como um ronronar suave.

 -Ahn... Porque eu estou aqui? – Perguntei, franzindo o cenho.

 Ele arqueou a sobrancelha.

 -Realmente não sabe? – Ele perguntou.

 Neguei com a cabeça.

 -Bem, é isso que acontece quando se fica mais de três dias sem comer nada. – Ele respondeu.

 Sorri meio envergonhada.

 -Eu meio que me esqueci de fazer isso, se quiser saber. Estou aqui a quanto tempo? – Perguntei.

 -Dois dias. Achei um gesto muito bonito o que fez por sua amiga. – Ele disse.

 Só então me lembrei de onde conhecia a voz dele.

 -Foi você. Você convenceu os outros médicos a não nos impedirem, não foi?

 Ele sorriu. O que pra mim, foi confirmação suficiente.

 -Como ela está? – Perguntei.

 -Se recuperando. Seu amigo não sai do lado dela. Tive que convencer a enfermeira a levar comida para ele também ou ele desmaiaria de fome, como você. Estaria errado se supusesse que eles são um casal?

 -Ainda não eram quando eu desmaiei. Mas eles se amam. – Respondi.

 -Hm... Então você acredita no amor?

 -Claro. Eles se amam desde a primeira vez que se viram.

 -Então você acredita em amor a primeira vista? – Ele perguntou.

 Corei ao perceber os dois significados da frase.

 -Por quê? Você acredita? – Perguntei.

 -Não acreditava até quatro dias atrás. – Ele me respondeu.

 Sorri de lado, tentando parecer invulnerável ao charme dele. O que não é fácil quando você está conectada a uma máquina que mostra quando seu coração acelera.

 -Se apaixonou, foi? – Perguntei.

 -Completamente.

 -Por quem?

 -A garota mais linda do mundo. Seu cabelo é ruivo, seus olhos são mais verdes que duas esmeraldas e ela nunca desiste do que acredita.

 -E ela já sabe? – Perguntei.

 -Acho que sim.

 - E ela retribui?

 -O que você acha?

 -Eu digo que sim. – Respondi, sorrindo.

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Notas finais do capítulo

Fim, The End, c'est le fin.................... τέλοςs! ps: Confiando no google tradutor g_g
Espero que tenham gostado e se não, SEUS BANDO DE FDP *Filhos de Poseidon* PEGADINHA DO MALANDRO, HAHAHAHAHA :3
Ignorem isso também.
De qualquer forma, se somente leram, valeu por darem uma chance à fanfic, mas se bem que eu iria gostar mais se deixassem um review com sua opinião, elogios e críticas - e mais elogios - .
Beijos.