Aparencias escrita por Jojo Carla
Notas iniciais do capítulo
Boa leitura e espero que gostem!!!!!
Alguma vez você olhou para alguém e pensou que aquela pessoa era especial, mas na verdade você estava tão enganada quanto as pessoas que pensam que a Terra é plana?
Eu já. E posso garantir que isso não é legal.
A história que vou lhes contar começou no fim do ano passado, enquanto eu assistia ao TVZ. Ainda estava sob aquele eleito pós-Poker Face quando vi 2 garotos jogando videogame. Imediatamente me perguntei qual dos 2 era o cantor. Quando um deles, o mais gato, atendeu o celular, deduzi que era aquele quem ia cantar.
Aí apareceu:
Música: One Time
Artista: Justin Bieber
Eu lera certo? Justin Biba?
Ah não, era Bieber. Eu, hein?
Prestei bastante atenção no clipe e na música. Céus, aquele Bieber era um pecado!
Pouco depois, entrei no computador e tratei de comprar o My World pela internet, mesmo sem ouvir nenhuma outra música dele.
Alguns meses depois, comprei o My World 2.0, dessa vez na loja mesmo. Não preciso dizer que aquela altura Já era uma Belieber de carteirinha e com a Bieber Fever no máximo do máximo, preciso?
No mês seguinte, as vendas dos ingressos para seu show em Londres, onde eu morava, foram abertas. Peguei toda a minha mesada e comprei o ingresso da área VIP, de onde eu podia vê-lo bem de perto. Não ia cometer novamente o erro de comprar o ingresso do camarote, lá atrás.
O dia do show chegou e eu estava à beira de um colapso. Controle-se, Natasha, controle-se, ordenei a mim mesma. Ter um colapso não vai ajudar em NADA agora. Mas era muito difícil controlar o meu coração, meu cérebro… Eu ia chegar tão perto do Justin!
Apesar dos protestos da minha tia, saímos de casa 10h antes do início do show. Por sorte, não havia ninguém. Suspirei, aliviada.
– Por que está aliviada? – perguntou minha tia. – Quem é que vai passar 10 horas nesse lugar? E ainda por cima está chovendo.
– Quando você amar alguém como eu amo o Justin, vai saber do que estou falando – respondi saindo do carro. – Tchau, tia!
Saí do carro para entrar numa chuva tipicamente londrina. Abri meu guarda-chuva (apesar de estar usando capa) e sentei-me no chão, em frente ao portão da área VIP. Após 10 minutos e ninguém à vista, coloquei os fones de ouvido do meu iPod e comecei a ouvir Overboard, que o Justin canta com a Jessica Jarrell. Aquela era minha música predileta dele. Boa parte da minha predileção era por causa da Jessica, admito. Mas a letra da canção é linda!
3h horas depois, começaram a chegar pessoas para a arquibancada, o tipo de ingresso mais barato. Lá não era tão ruim quanto o camarote, mas a área era mil vezes melhor. Ao menos era o que pensava.
Quando o povo que comprara ingressos para o camarote começou a chegar, 1h após as da arquibancada mudei de artista. De repente, ficara a fim de ouvir Lady Gaga. Afinal, ia ouvir mais Justin Bieber durante o show.
Faltando 1h para o portão abrir, chegaram 2 pessoas para a área VIP. Elas me olharam com cara de “É com essa garota que ficaremos durante o show todo?” Ai, como tenho ódio dessas pessoas de mentalidade aristocrática. Não estamos mais na Idade Média, caramba!
O portão abriu e entrei, controlando-me para não desmaiar ao ver o palco tão perto de mim. As 2 patricinhas entraram com uma arrogância de dar nojo. Graças a Deus, elas preferiram ficar do outro lado da área VIP. Tirei a capa de chuva e guardei-a junto com o guarda-chuva. Foi quando minha barriga roncou. Há quanto tempo não comia? Eras, talvez. Procurei por algum lugar para comer. Nas barras que separavam a área VIP da arquibancada havia uma mulher vendendo pipoca. Comprei maior tamanho e comi enquanto esperava o show começar, dali a 90 minutos.
Aos poucos, o lugar foi enchendo cada vez mais. Na hora exata as luzes se apagaram e saiu uma fumaça do palco. Uma voz sintetizada anunciou a chegada de Usher, que abriu o show cantando OMG, Hey Daddy e um cover de Down, do Jay Sean. Aquela música ficou tão melhor na voz do Usher!
Assim que Usher saiu, ouvi os primeiros acordes de Baby. Não resisti e comecei a cantar.
– Baby, baby, baby oooh
Like baby, baby, baby noo
Like baby, baby, baby oooh
I thought you\’d always be mine, oh oh
Quando o Ludacris começou sua parte, Justin voltou seu olhar na minha direção. Sinceramente, fiquei na dúvida se ele olhava para mim ou para a loira oxigenada ao meu lado. Ficou um pouco difícil saber. Olhamos uma para a outra e tentando descobrir para quem ele olhava. Não chegamos a nenhum veredicto, mas meio que nos tornamos “amigas”.
Eis a nossa sequência de karaokê mal feito:
– And you can have it all
Anything you want I can bring
Give you the finer things, yeah!
But what I really want
I can\’t find \’Cause, money can\’t find me
Somebody to love (Ohh Whoa)
(Somebody To Love – feat. Usher)
– I wish we had another time
I wish we had another place
But everything we have
Is stuck in the moment
And there\’s nothing my heart can do
To fight with time and space cause
I\’m still stuck in the moment with you
(Stuck In The Moment)
– Baby take my open heart
And all it offers
Cause this is as
unconditional as it\’ll
ever get You ain\’t
seen nothing yet,
I won\’t ever hesitate
to give you more
Cause baby (hey)
You smile, I smile
(U Smile)
– I\’m running out of time
Where is my runaway love?
Searching low and high
Know that I\’m not giving up
(Runaway Love)
– They say that hate has been sent
So let loose the talk of love
Before they outlaw the kiss
Baby, give me one last hug
(Never Let You Go)
– I\’m overboard
And I need your love
Pull me up
I can\’t swim on my own
It\’s too much
Feels like I\’m drowning
Without your love
So throw yourself out to me
My lifesaver
(Overboard – feat. Jessica Jarrell)
– You can’t make up your mind (mind)
Please don’t waste my time (time)
I’m not trying to rewind, wind (wind)
I wish our hearts could come together as one
Cause shorty is a Eenie Meenie Miney Mo lover
Shorty is a Eenie Meenie Miney Mo lover
Shorty is a Eenie Meenie Miney Mo lover
Shorty is a Eenie Meenie Miney Mo lover
(Eenie Meenie – feat. Sean Kingston)
– That we can go nowhere but up
From here, my dear
Baby we can go nowhere but up
Tell me what we got to fear
We\’ll take it to the sky
Past the moon through the galaxy
As long as you\’re with me baby
Honestly (honestly)
With the strength of our love
We can go nowhere but up
(Up)
– That should be me, Holding your hand
That should be me, making you laugh
That should be me, This is so sad
That should be me, That should be me
That should be me, Feeling your kiss
That should be me, Buying you gifts
This is so wrong, I cant go on
Til you believe
That, That should be me
(That Should Be Me)
– So baby I know that you\’re cool with rocking with me
But I can\’t have you telling everybody
Got me all twisted with your lips like this so
Tell me tell me are you gonna kiss,
Kiss and tell
Tell me are you gonna kiss,
Kiss and tell
Tell me are you gonna kiss me, then tell everybody
You got me twisted with your lips girl
Are you gonna kiss and tell?
(Kiss And Tell)
Ao fim do show, Justin anunciou que escolheria 1 garota para irem ao seu camarim. Surtei. E se me escolhesse?
E adivinhe.
Acho que não preciso dizer, né?
Quase desmaiando de emoção, fui levada pelos seguranças ao camarim quando Justin saiu do palco. Após 20 minutos esperando no sofá, ele entrou.
– Boa noite – disse ele, apertando minha mão, sério.
– B-Boa noite, Justin Bieber. Meu nome é Natasha Montgomery, mas pode me chamar apenas de Natasha.
Ele se sentou na sua cadeira e ficou em silêncio por um ou 2 minutos. Depois perguntou:
– Gostou do show, Natasha? – Sua expressão ainda era séria.
Respirei fundo e respondi:
– Ai, eu simplesmente A-M-E-I! Aquela fumaça, aquele jogo de luzes, as músicas… Foi muito perfeito! Mas…
– Mas… – seu tom era desafiador.
– Por que ficou tão sério de repente?
– Eu sou sério – respondeu ele numa voz áspera.
– T-tudo bem. Desculpe.
Mais 2 minutos de silêncio constrangedor.
– Justin? – disse eu. – Posso te dizer algo? – Ele assentiu. – É que eu… eu te amo, Justin! Desde que vi você cantando One Time, eu…
– Por favor, pare com isso – ele parecia sofrer. – Não diga que me ama. Todas dizem isso, e isso dói.
Arfei, surpresa.
– Eu sei que não sou a 1ª, nem serei a última. Mas… Doer?
– É. Vocês não me amam de verdade. Vocês amam o cantor, e é isso que me enfurece. Eu te escolhi para vir aqui por achar que você era uma garota menos histérica, mas agora vejo que você é só mais uma a me magoar!
Fiquei um tempo paralisada.
– Então tudo bem, eu não te amo, Justin, mas por que…
– Saia daqui! Agora! Antes que seja tarde demais…
– Como assim tarde d…
– Apenas saia. E se me ouvir gritando ou qualquer coisa do tipo, não volte. Só vai piorar as coisas para o seu lado e para o meu.
Minha intuição gritava o mesmo e praticamente saí correndo dali. A poucos metros de distância, pude ouvi-lo… Rosnando?
– POR QUE ELAS NÃO ENTENDEM, CARAMBA! – ele urrava. Isso mesmo, urrava. – EU NÃO POSSO SER AMADO! POR QUE ELAS INSISTEM EM DIZER QUE ME AMAM? – Pude ouvi-lo socar a parede. Estava com muito medo. Então aquele era o Justin pelo qual eu virei fã?
Senti uma mão no meu ombro e me virei. Era Usher.
– E-Ele é sempre assim? – perguntei.
– Infelizmente, sim. Não sei por quê. Ele não deixa ninguém entrar lá quando está numa crise.
– Sempre pensei que ele fosse um cara amoroso.
– Também pensei isso. Mas quando vi uma fã dizer a ele que o amava, vi que estava enganado. Não sei o que ele tem, mas que é algum problema, é.
Suspirei. De uma coisa eu tinha certeza:
Não havia amor dentro de Justin Drew Bieber.
No lugar disso, era o ódio que reinava em seu coração e sua alma.
E eu queria saber o por que desse ódio e queria acabar com ele.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Comentem, não faz mal pra ninguem!