Primeiro fomos a uma loja de troncos*. Pedimos o que ele tinha, e após verificar, pelo menos, 20 diferentes troncos, compramos três, um para mim, triplo, um compartimento com senha que dava para um escritório. Outro um closet com todas as minhas roupas. E o ultimo uma sala que era ligada, magicamente, ao segundo tronco, que é uma biblioteca com capacidade para mais de 10 mil livros, o de Harry é muito parecido com o meu, mas tem um compartimento a mais, um quarto com uma cama King Siez e um armário ligado ao closet.

Logo fomos até a Loja da Madame Malkins, um garoto loiro estava experimentando vestes quando entramos, sua expressão era, terrivelmente, pomposa quando subimos nos banquinhos. Ignoramo-lo totalmente e começamos a conversar.

– Ragnok foi muito gentil em nos atribuir um tutor... - Harry comentou para mim.

–Ora, pois! Quando os clientes não se importam em respeitar, duas crianças interessadas em tanto pode fazer o seu dia.- Comentei com desdém.

–Vocês conheceram o gerente de contas goblin?- O loiro perguntou curioso.

–Oh, sim, e qual seu nome?- Perguntei desconfiada.

–Desculpe meus modos, Draco Malfoy, prazer em conhecê-los.- Ele sorri galante. Levanto minha sobrancelha.

–Prazer... Meu nome é Christ e esse é o Harry...-Apontei para meu amigo.

–Sem sobrenomes?- Ele perguntou.

–Deixe isso para Hogwarts, agora só estamos fazendo nossas compras. - Harry comentou, indiferente.

–Qual será sua classe favorita?-Perguntei curiosa. Draco sorriu para mim.

–Poções, meu padrinho ensina essa classe, mas ele tem me ensinado desde os seis anos, e é muito divertido quando se sabe o que fazer. - Ele respondeu sinceramente.

–Poções é como cozinhar, não é?- Harry perguntou.

–Deve ser...Só que os ingredientes tem nomes mais estranhos e propriedades exclusivas que podem causar desastres se errar na medida.- Draco foi meio duvidoso ao responder.

–Queridos...Suas roupas estão prontas.- Madame Malkins falou para mim e Harry.

–Obrigado Madame!- Falamos juntos, fazendo a mulher sorrir e Draco nos olhar incrédulo.

Logo estávamos no apotecario comprando ingredientes de poções, compramos os caldeirões, telescópios, muitos pergaminhos, penas e tinta, para treinar a caligrafia, sempre fomos top do ano no colégio, não queremos que isso mude tão cedo.

A próxima parada era a loja de varinhas do Olivaras. A loja era pequena e muito discreta pelo lado de fora,mas por dentro era grande e cheia de prateleiras cobertas de caixas compridas.

Cada uma das caixas possuía uma cor diferente em sua aura, mas nenhuma parecia coincidir com a de Harry ou a minha.

De repente vi de relance uma aura muito leve, branca e quase transparente, vindo do fundo mais escuro da loja.

–Olá?- Chamo.

–Sr. Potter, Srta. Benedetti, estava esperando por vocês...- Um homem velho falou, enquanto caminhava em nossa direção.Ele parecia muito misterioso, mas aqueles olhos brancos pareciam ver através de minha alma ao olhar em meus olhos, pelo estremecimento que senti em Harry ele pensou o mesmo que eu.

–Vamos começar...Braço da varinha, por favor?- Ele pediu. Nós nos olhamos em duvida, somos ambidestros. Estendi minha mão esquerda e ele a direita. Fitas métricas dançavam ao nosso redor medindo e cutucando tudo até parar repentinamente.

O velho, provavelmente Olivaras, seu nome, veio com duas caixas, uma com aura cor verde floresta e outra Amarelo ouro. Minha aura e de Harry são da mesma cor, Verde esmeralda brilhante, perfeitamente lapidada e polida.

Ele estendeu duas varinhas uma para mim e outra para Harry.

Peguei a varinha com desdém, tudo tremeu antes que ele a pegou de volta. O mesmo aconteceu com Harry.

Testamos quase todas as varinhas da loja antes que ele parasse para nos observar com curiosidade.

–Qualquer um de vocês consegue ver auras?- Ele finalmente perguntou. Sorri orgulhosa e dei um passo à frente.

–Nenhuma varinha dessa loja tem uma aura como as nossas... Verde esmeralda como os olhos de Harry.-Falei um pouco aborrecida. Ele nos olhou surpreso.

–Então faremos varinhas novas!- Logo após nos empurrava para os fundos da loja.

Primeiro ele colocou uma grande quantidade de madeiras em nossa frente.

–Vá em frente, sinta o que fica mais compatível com sua magia, não tente pela aura, ela muda quando adicionada ao núcleo...- Ele me alerta.

Eu fecho meus olhos e vou passando pelas madeiras, até sentir uma forte ressonância a alguns centímetros de minha mão. Pego o pedaço e dou para o velho.

–Esse pedaço foi de uma muda hibrida de Salgueiro e Carvalho, e antes que me peça eu não sei se isso deveria ser possível, então uma raridade que eu nunca soube com o que combinar. - Ele comenta.

Vejo Harry pegar o mesmo tipo de madeira após passar por todas as outras.

–Interessante... Muito curioso... Eu me pergunto... - Olivaras murmurava.

Fomos postos em frente a uma estante coberta dos mais variados tipos de materiais.

–Encontre quatro líquidos e três sólidos que sejam compatíveis... - Ele pede, e o processo se reinicia. Houve sete fortes chamados para minha magia.

–Veneno de Basilisco, Lagrima de Fênix, Veneno de Naga e Lagrima de unicórnio... Combinação estranha... Pele de Inferi, Manto de Dementador e Pena de Grifo... Grande potência para curas, mas talento inato para magia negra... Estranha afinidade, se puder chamar disso, com a verdade, somente aqueles muito honestos poderiam tocar a pena de um grifo, quanto mais serem atraídos por ela. - Ele comentou, Harry trouxe os mesmos materiais, sorri para ele como ele para mim.

E fomos levados a uma ultima mesa, cheia de pedras, preciosas ou não.

–Escolham três...-Quase todas pareciam frias para mim. Voltei com as únicas três que, realmente, tiveram alguma reação.

–Esmeralda bruta, Rubi e Diamante Negro.- Ele enumerou. -Boas para as artes da mente como Oclumência e Legimência, auxiliam para o controle emocional e no caso do Diamante concentram altas quantidades de energia como no “apenas para o caso”.- Ele voltou a comentar. Harry novamente voltou com os mesmos materiais.

–Como curioso que vocês não só tenham escolhido os mesmos materiais, mas que vieram das mesmas fontes, essas varinhas serão gêmeas idênticas e se usadas em conjunto farão grandes coisas!- Ele exclama pegando os materiais e sumindo de nossa vista.

Olho interrogativamente para Harry, mas ele parecia tão confuso quanto eu.

Ficamos alguns minutos parados sem saber o que fazer antes que Olivaras voltou. Ele trouxe duas varinhas idênticas, uma perfeitamente espelhada na outra.

–Vocês devem dizer um encantamento muito complexo como essas foram escolhidas por vocês e não vocês por elas... Repitam com elas cruzadas:“Cum meus sodalis, cum potentia, illos eligebant ut optimus exercendus. *” -Latim... Tenho que me lembrar de estudar isso também, se estiver certa é a base dos feitiços.

Cruzamos as varinhas e recitamos o encantamento. Um clarão invadiu todo o cômodo, cegando-me temporariamente, quando minha visão voltou algo parecia diferente. Nossas varinhas ainda eram idênticas, mas pareciam pulsar, entidades vivas diferentes, mas ainda uma conosco.

Um pequeno sorriso subiu em meus lábios, com um aceno de meu braço toda e qualquer poeira do cômodo sumiu, com uma risada toquei no cabelo de Harry, fazendo-o crescer até o quadril com um leve ondulado.

Olivaras nos observava como um pai orgulhoso de seus filhos. Abracei-o e agradeci, sendo seguida por meu amigo.

–Quanto custa?- Harry perguntou timidamente.

–Como quase todos os materiais foram dados de bom grado só cobrarei a madeira e as pedras, sendo assim, 20 galeões. - Ele falou. Franzi a testa para isso, pelas minhas contas deveria ser um galeão, no mínimo, para cada material, sendo assim, 17 galeões para cada um. Sussurrei para Harry rapidamente e parece que ele pensou o mesmo que eu. Ele pegou 20 galeões e deu para o velho.

Despedimos-nos e fomos encontrar com meu pai, que já nos esperava.

–Espero que tenham se... -Ele parou ao olhar para Harry.- Você não tinha o cabelo mais curto quando chegamos?- A curiosidade quase não era evidente no rosto de meu pai, mas sabíamos que ele estava intrigado.

–Esqueça... Vamos, ainda temos uma livraria e o banco para passar antes de achar um hotel para passar o resto dos dias... -Ele chamou.

Fomos para a Floreios e Borrões que estava relativamente cheia. Dirigimos-nos ao caixa.

–Qual a melhor forma de comprar muitos livros sem ter de carregá-los por toda a loja?- Perguntei.

– Pode abrir uma conta com a loja e ganhar um marcador “Varinha” que quando tocado em um livro o adicionara em seu carrinho, o final das compras é só passar aqui, pagar e pegar seus livros. - O atendente foi simpático. -O custo é 30 galeões. - Harry sorri pra mim e paga pela inscrição colocando no meu nome.

Pegamos o marcador e corremos para as estantes, primeiro a sessão de poções, livros para iniciantes, como preparar certos ingredientes, livros grossos de propriedades, receitas, etc.

Próxima sessão Defesa contra as artes das trevas, depois Herbologia, adivinhação, Astrologia, Runas, Aritmancia, Cuidados de Criaturas mágicas, Historia da magia, Política, economia, encantos, transfiguração...Houve uma sessão de raridades no qual verificamos tudo, muitos livros em latim, e alguns que somente Harry poderia ler, compramos grande parte dos livros nessa sessão e passamos para uma sessão escura escondida da vista publica, denominada Artes das Trevas.Compramos muitos livros, sem nos importar se deveríamos.

Voltamos ao caixa e pedimos os livros comuns para primeiros anos. O moço pediu o marcador de compras e fez as contas, arregalando os olhos antes de nos encarar. Harry Pagou e colocou os novos livros no Tronco Biblioteca.

Sorrimos antes de ir para Gringots sob o olhar atônito do atendente.