O Medalhão escrita por Bianca Devito


Capítulo 2
Capítulo 2 - O Jogo


Notas iniciais do capítulo

Este é começo de nossa história, bem vindos a nossa aventura!



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A sala estava escura, apenas a luz de uma vela coloca em cima da mesa iluminava o rosto dos cinco jovens em volta dela. Rafael estava em pé diante de todos na escuridão; os jogadores viam apenas suas mão no halo da luminária, brincando com os dados de múltiplas faces. Estavam jogando RPG - o Role Playing Game, um estilo de jogo em que cada jogador interpreta um personagem. Naquela noite haviam criado uma crônica em que todos tinha o poder de licantropia. Lobos.

Foi um momento crucial do jogo, um daqueles raros minutos em que todos fazem silêncio e se entreolham, totalmente envolvidos com os personagens que estão interpretando, completamente esquecidos de quem são e do que fazem na vida real. Era todos lobos

__ Vocês acabaram de entrar no quarto e encontraram o corpo da mulher deitada na cama - disse o mestre, quando achou que o silêncio já estava durando tempo demais. - A porta estava trancada por fora quando entraram, mas a janela está aberta e a Lua, que começa a minguar, ilumina o quarto. Há tapetes e cadeiras revirados. O que vão fazer?

Todos conheciam a dinâmica do jogo: o Mestre descrevia uma cena, e cada jogador dizia o que seu personagem faria a seguir. Cristiana foi a primeira a falar.

__ Vemos marcas de garras ou dentes no corpo?

__ O vestido brando longo que ela usa está intacto, e não há sinal visível de agressão nem nos braços, nem no rosto, que está coberto por um véu branco bem fino. Um filete de sangue escorre de um buraquinho no peito do vestido, na altura do coração, para a cintura. Por trás do véu é possível ver os olhos dela, abertos, arregalados como se sua última visão antes de morrer fosse surpreendente.

Um dos rapazes, Victor, declarou a ação do seu personagem.

__ Eu farejo o corpo, procurando cheiros familiares.

O mestre olhou uma ficha na mesa e empurrou um dado em sua direção.

__ Role um D20. Transformado em lobo, você tem um bônus de mais seis.

Victor rolou o dado e tirou doze. Todos somaram mais seis pontos mentalmente: dezoito. Isso queria dizer sucesso: o rapaz seria bem-sucedido no que tentara fazer.

__ Muito bem - o meste continuou - você identifica vários aromas, nenhum pertencente à sua matilha. Alguém se aproximou da vítima, segurou-a na cama pelo pescoço com a mão esquerda e com a direita cravou uma lâmina fina em seu coração.

__ O assassino não foi nenhum de nós - o rapaz concluiu - É alguém de outra matilha, pode até não ser humano.

Ana pegou seus dados num saquinho de cetim bordado.

__ Minha loba quer farejar também - pediu.

O mestre assentiu com a cabeça, e, embora não o vissem na penumbra, todos entenderam. A garota rolou um D20 e prendeu a respiração em expectativa. Sabia por jogadores anteriores que não receberia nenhum bônus. Saíra um três.

__ Você não consegue perceber nada - declarou Rafael-, só que a morte foi recente, o cheiro do sangue é fresco.

O mestre se virou para Victor que tinha mais pontos.

__ Quando você olha mais perto, percebe alguma coisa estranha na no pescoço e na cabeça dela.

__ Eu arranco o véu com minhas patas de lobo. Oque eu vejo?

A voz do mestre estava mais sinistra que de costume, ao revelar:

__ A cabeça foi tosada, alguém cortou os cabelos dela, bem restes. Em seus pescoço isso foi a unica coisa que encontraram.

Rafael jogou em cima da mesa, o objeto saiu rolando até parar de frente com Cristiana. Era um medalhão em forma de coruja, com os olhos extremamente vermelhos.


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Notas finais do capítulo

Bom esse foi o primeiro capitulo de nosso mistério, espero que tenham gostado.