Wonderland, Baby. escrita por beatriz jackson, Soufflé Girl


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Olaa, aproveitem o cap.



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Eu e Alice passeávamos pelos campos de abóbora. Ela estava radiante, eu não fazia ideia porque, mas guardei minhas dúvidas e sentimentos pra mim mesma. Alice era linda, muito melhor que eu. Todos sabiam disso até o Maluco. Minha tia sempre me dizia, “nunca se compare aos outros” ela dizia que isso só nos trazia magoa e sentimento negativo. Por isso tentei afastar o pensamento, mas sem sucesso...
- Afinal... Qual é o seu nome?
- Não vou te contar.
- Mas por quê? Isso é muita tolice sua.
- Não gosto do meu nome.
- Como vou me referir a você?
- Não sei. Chame-me de “Ela”.
- “Ela”?
- Sim, não vou revelar meu nome, por mais que goste de você.
Alice sorriu, e falou:
-Também gosto de você!
Na época nem percebi, por estar tão encantada por ela, mas hoje tenho a impressão que aquilo foi terrivelmente forçado.
Estava escurecendo então decidimos voltar para a casinha onde o Chapeleiro decidiu nos hospedar. Ela era simples, dois andares, dois quartos. Não sei como ele pode arranjar uma coisa assim no meio do nada. Literalmente... No meio do nada. Tinha apenas um problema, um quarto era rosa e o outro vinho. Alice não queria ficar no quarto escuro, bom, nem eu. Claro, que eu acabei cedendo, afinal ela era Alice, tinha esse poder de encanto sobre todos. Mas ela não sabia que eu morria de medo do escuro, não que eu ache que se importaria. Porém fiz esse sacrifício por ela.
No dia seguinte voltamos para os campos de abóbora, sentamos no chão e fizemos um picnic com suco de abóbora, bolo de abóbora, e abóbora. Tudo abóbora. Hoje em dia sou alérgica a Abóbora.
Mais tarde, fomos ao Lago. “Aquele lugar é mágico” dizia o Coelho. Ele curava pessoas amarguradas com a vida. Se você bebe daquela água, ela te dá paciência.
Isso é um dos motivos dos quais eu odeio magia pura e boa.
Admito, esses foram os motivos mais tediosos da história, porém eles compensam o tempo agitado e de terror que tivemos em seguida.
Estávamos sentadas, entediadas, o assunto acabado, meio desconfortável por conta do silêncio, e de repente um cavaleiro apareceu. Um cara forte, bonito, cujo a pele brilhava no sol. Ele estava vestido de vestes azuis e verdes, o que era bem engraçado. Ele parecia estar imitando algum tipo de bobo da corte. E quando digo que ele apareceu do nada, não é exagero. Só víamos os campos bonitos e em um piscar de olhos ele estava lá. Ele era alto, forte, mas pareceu nem perceber minha presença. Como todas as outras pessoas, ele se encantava com Alice. Ah, Alice, seus cachos loiros, face angelical, voz suave e sempre muito simpática deixavam qualquer um caidinho por ela.

 


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Notas finais do capítulo

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