Wizards, Again escrita por ImperadorDreamer


Capítulo 3
Capítulo 3 - Calça Desesperada




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Quando cheguei na casa da família Russo, eu havia cumprimentado Jerry Russo e o pequeno Max Russo. Pequeno? Bom, eu era apenas alguns centímetros mais alto que ele, então tudo bem. Justin estava na cozinha discutindo com o pai enquanto eu mostrava a Max um jogo de cartas do mundo mágico.
– Sereia? - Ele perguntou enquanto encarava uma das cartas. - Ela é bonita. - Max sorriu bobamente.
– Não é uma sereia, é muito pior. - Eu disse e juntei as cartas na ordem anterior - É uma empousa, uma criatura grega que pode ter a aparência mais bonita na visão de qualquer homem para que depois mostrassem sua verdadeira forma e come-los.
– Oh! - Max deu um pulo e entregou a carta de volta a mim. - Quer dizer que na real elas são feias?
– Sim. - Respondi e puis a carta de volta no bolo.
– Então são mesmo piores que as sereias. - Balança a cabeça.
– Exato.
– Porque as sereias são lindas naturalmente e quando te devoram continuam bonitas.
O encarei confuso e ele ainda sorria. Será que ele não temia ser devorado?
– Não é a beleza que importa. - Eu disse e puis o bolo no bolso do meu moletom.
– Pelo menos você teria a chance de pegar uma gatinha antes de ser morto.
– Não, não, não e não! - Justin gritou na cozinha com o pai. - A Alex não podia ter feito isso com a toca.
– O treinamento acabou e foi justo, meu filho. - Jerry disse enquanto subia as escadas.
– Toca de treinamento? - Perguntei e me levanto do sofá.
– Sim, a Alex transformou em uma galeria de arquitetura. - Max respondeu e cruzou os braços. - Pai, e os meus clientes? - Fez beicinho.
Jerry Russo franziu a testa e sua cara ficou séria para o filho mais novo, então Max saiu pela porta com destino a lanchonete.
– Olhe, o Max tem razão tudo bem? - Jerry disse.
– Que? - Justin gritou e começou a gaguejar tentando dizer algo.
Me aproximei dele e dei um tapa de leve em suas costas. Ele se virou pra mim e fez uma careta brava. Me desculpei e então Justin se voltou para seu pai.
– Eu tenho que cuidar da lanchonete, vocês podem treinar por aqui na sala. - Jerry disse e foi até a porta.
– Ou não. - Dou um sorriso malicioso.
– Ai não, você não tá pensando nada né? - Justin me olhou assustado.
– Nada demais. - Tiro minha varinha do moletom e a balanço em meus dedos - Em algum lugar desta casa, não quero sofá e nem ficar na sala, nos leve ao ateliê onde já foi uma toca. - Recito o feitiço e assim nos teletransportamos.
O lugar tinha paredes brancas que foram rabiscadas por cálculos matemáticos e por de baixo deles haviam desenhos feitos por uma régua. Os desenhos eram prédios ou hidrovias. Também em uma só parede havia uma planta completa de uma nova estrutura para a ponto do Brooklyn. O solo estava coberto por cartolinas azuis e havia uma grande televisão no teto. Por que no teto? Eis a questão. Havia um sofá bem no centro do lugar e quadros que possuíam a letra A desenhada de diversas maneiras.
– Ela é louca. - Justin disse, bufando.
– Ela é um gênio. - Murmurei maravilhado com a aparência do lugar.
– O que? - Justin olhou pra mim, perplexo.
– Nada. - Balancei a cabeça e ergui minha varinha. - Desfaça essa bagunça junto com essa visão, que este lugar volte a ser como sua primeira versão. - Girei a varinha no ar até sair faíscas azuis que consumiram a sala que então se transformou em uma toca magica.
– Você sim é um gênio, Rambin! - Justin disse, sorrindo e bateu em meu ombro com um tapa. - Agora sim, me mostre o que tem.
Tirei do bolso de meu moletom o bolo de cartas do jogo La Guerra. Disse a ele oque era cada carta e monstro que haviam nelas, alem das funções e efeitos, até ponto fraco.
– O que quer com isso? - Justin disse rindo enquanto segurava o bolo. - Não acha inútil?
Tiro uma carta do bolo e a olho fixamente. Uma ninfa. Ponho a carta deitada sobre a ponta da varinha, em equilíbrio horizontal onde a ponta da varinha toca a figura do monstro.
– Calisto. - Digo o nome da fada em um sussurro. - Ursa maior e satélite de Júpiter, liberto-te e ao meu som logo lhe prender. - Recito o feitiço e assim aponto a varinha pro chão, cujo a carta ainda estava sobre a ponta dela e então começa a brilhar.
– Jimmy! - Justin grita e então esconde os olhos com os braços.
A luz branca vinda da varinha tomou conta da toca e rapidamente se apagou. Pude enxergar Justin ainda com os olhos tampados pelos braços como se tentasse se defender.
– Justin? - Ri e então senti algo cair sobre meu pé. - Que?
Me agacho e pego a carta da fada. Estava totalmente em branco. Me ergo do chão e então cutuco o diretor, que abaixa os braços desconfiado e seu olhar fica assustado.
– O que houve? - O olho confuso e então me viro. - Ah! - Começo a rir.
– Você me invocou... - Disse a garota, sorrindo. - Qual o seu nome?
Ela tinha um cabelo cor bege que batia nos ombros, usava uma túnica grega de cor branca no corpo e sua pele era branca. Calisto, a estrela Ursa Maior.
– Jimmy Rambin e este é Justin Russo. - Eu disse apontando pra ele com o polegar.
– Eu sou Calisto. - Ela fez uma referência com a cabeça.
– Eu sei disso, eu li sobre você. Escute, você poderia mostrar sua força?
– Que? Ela é só uma ninfa. - Justin disse e se pondo na minha frente.
– Ah... - Faço uma careta e olho por cima do ombro do Justin até desviar o olhar para ele. - Não tenho tanta certeza.
– Como assim não tem certeza? - Justin pergunta, nervoso.
– Ela é uma estrela e me diz você a atacaria? - Pergunto pra ele e cruzo os braços.
Justin olha a ninfa da cabeça aos pés. Seu rosto acaba mudando a expressão. Os cantos da boca haviam se erguido, porém não formou um sorriso. As sobrancelhas não estavam mais juntas. Calisto abriu um sorriso gentil e desviou o olhar de Justin para poder olhar o chão.
– Tanto tempo se passou desde que... - A voz dela falhou.
– Não fique assim. - Justin disse e tentou se por em minha frente, mas o impedi.
– Não confie nas cartas, apesar de eu também ter ficado encantado. - Sussurro e faço com que Justin se afaste.
Calisto levanta o olhar pra mim e seu olhar se torna sério. De repente num movimento rápido, ela move os braços rapidamente até as costas e então ergo minha varinha em sua direção aonde ela segura um arco e uma flecha apontados a mim.
– Rápido. - Ela murmura.
– Digo o mesmo.
– Eu pisquei. - Disse Justin, impressionado. - Faça ela voltar a carta.
Calisto olha em direção a ele e praticamente... rosna? Sim, ela mostrou suas presas a ele. Que rapidamente ergueu a varinha, mas para atende-la.
– Alô?
– Justin isso não é hora pra conversa. - Eu digo enquanto encaro a ninfa.
– Sim, eu estou indo. - Ele responde, mas foi a mim ou a quem ligou? - Recite o feitiço de transferência.
Calisto de repente se ergue e acaba tornando-se mais alta que eu. Seu vestido se desfaz e seu cabelo se fixa no corpo. Suas presas crescem e sua boca se estica formando um focinho.
– Ursa maior. - Eu grito e aponto minha varinha a carta. - Em minha ordem você volta a ser Calisto, satélite de Júpiter e com sua cor, a carta terá ao você retornar.
A ursa solta um rugido e é absorvida a carta, que novamente ganha cor devido a sua imagem nela.
– Você tinha que puxar a ursa maior? - Justin disse, assustado.
– Puxei uma carta aleatória. - Começo a rir e balanço a varinha em meus dedos.
Ele não responde então volta a atender a varinha. Professor Migalhowisk foi o que ele falou quando estava na varinha. Justin afasta a varinha de seu ouvido e olha para mim.
– Ele está me chamando, você vem comigo?
– Eu preciso ir não acha? - Ergo uma sobrancelha.
Justin faz uma careta e então ergue sua varinha até recitar um feitiço para teletransportar. Olho pra carta de Calisto. "Será que não ajudariam?" pensei. Guardo o bolo de cartas no bolso do meu moletom e sinto uma raiva surgir em mim.
– Por que eu estou aqui? - Grito.
Ergo minha varinha e começo a balançar meu braço enquanto a varinha brilha. As coisas da toca começam a flutuar e rodarem pelo lugar. Escuto um barulho.
– O que aconteceu com meu estúdio? - Uma voz feminina gritou.
– O que tá acontecendo, Alex? - Outra voz gritou.
Caio de bunda no chão e o brilho se afasta da varinha até bater por todo lugar da toca como se fosse uma bolinha de fliperama. Acompanho os seus movimentos com o olhar e ela atinge uma garota que de repente se transformou em uma.... calça?
– Ai nããããão! - Disse a ruiva ao lado da garota.
– Desfaça isso garoto! - A garota-calça falou.
– Alex, quem é ele? Por que a toca voltou?
– Eu não sei Harper, será que eu vou voltar pra competição?
Respirei fundo e fiz careta ao olhar a garota ruiva. Ela usava um vestido amarelo de listras pretas e uma tiara com duas antenas que na ponta são abelhas.
– Eu posso explicar... - Digo.
– Cala a boca e me transforma de volta! - Alex, a calça, diz.


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Notas finais do capítulo

Se quiserem mais capítulos por favor comentem.



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