Westover Hall escrita por Fe Valdez


Capítulo 30
Não quero dizer adeus


Notas iniciais do capítulo

Heeey quanto teeeempo gente do meu coração, quase um mês :p desculpem mesmo a demora, mas terceirão está puxado :/

DUAS COISAS QUE TENHO PRA DIZER:
Primeiro agradecer aqui um leitor, escritor, panda, dorminhoco, maravilhoso, um graaaande amigo meu... MIKE! Obrigaaada! Nem vou dizer qnt é importante pra mim vc ler minhas fics haha Gente, ele me ajudou e, nós dois elaboramos e escrevemos esse capítulo, ele escreve perfeitamente bem, amo sua escrita e fics, então se quiserem ler tbm VÃO NA PAGINA DELE hehe http://fanfiction.com.br/u/135453/
Lembrem-se, se não gostarem do capítulo, foi culpa do Mike kkkkkk brinks

Outra coisa: leiam as notas finais tbm haha



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O sol estava brilhante e forte como uma linda tarde, o que era totalmente errado, já que estávamos no inverno e eram 9 horas da manhã do pior dia da minha vida. Parecia que o tempo estava caçoando de mim.

O reflexo do sol na janela me ardia os olhos, mas eu não conseguia parar de observar as ruas de Houston, o caminho até o aeroporto. Sim, o aeroporto. Estávamos na Kombi em direção ao aeroporto enquanto Jason explicava a história para Annabeth, Leo e Percy, que até então, nada sabiam.

Falando nisso... Jason me contou a ligação com o pai dele, foi do tipo “Eu sei que você não está em Westover Hall, assim como sei que tens faltado às últimas aulas. Aquela passagem para o Texas foi sua, não sei onde você está, mas esqueça domingo, quero você em casa AGORA! Vá para o aeroporto mais próximo e pegue a primeira passagem, isso é uma ordem e eu sou o Poderoso Chefão!”, ok, ok, não tinha o Poderoso Chefão, mas foi quase isso.

Isso me lembrou de novo a música Daylight, que se encaixou ainda mais perfeitamente com toda aquela situação, “E quando a luz do dia chegar, eu vou ter que ir, mas esta noite vou lhe abraçar forte”.

Fui arrancada dos meus devaneios no momento que Percy deu um tapa na mesa:

– Não acredito!

Havia sido difícil convencer Jason a contar para eles, mas tivemos uma pequena discussão:

“– Você tem que contar a eles. Eles são seus amigos... Não seria justo fazer isso. Não depois de tudo que passaram.

– To com medo.

– Conte para eles, afinal, você é um homem ou um saco de batata?

– Posso ser um saco de batata Ruffles? São gostosas...

– Estou falando sério. Conte a eles”

Tudo bem, eu lembrava que havia sido ainda mais difícil.

Logo chegamos ao aeroporto, eu resisti o impulso de puxar Jason de volta, colocar ele na Kombi e correr contra o vento, sem olhar para trás, gritar para que ele debatesse com o pai, mas isso não adiantaria, já havíamos discutido isso, e isso era uma das lembranças que eu não queria lembrar. Simplesmente desci da Kombi e lhe dei a mão, enquanto caminhávamos para a área de check-in, onde encaramos uma fila mínima para chegar ao balcão.

– Jason Grace? – Perguntou o atendente atrás do balcão, de modo respeitoso, era da empresa do pai de Jason.

Jason assentiu com a cabeça e lhe entregou seus documentos. O homem devolveu os documentos já com a passagem para Jason e saímos sem entregar nenhuma bagagem.

Ele me olhava por um tempo com um olhar ora culpado, ora preocupado, ora triste, até encarar a sua passagem, que tomei das suas mãos e conferi.

– Olhe pelo lado positivo, ao menos você está viajando de primeira classe, e não em uma Kombi mais.

– O que isso importa, na Kombi ao menos teria você ao meu lado. – disse ele sorrindo amargamente.

– O que importa na vida, afinal? – Devolvi o mesmo sorriso.

– Você me ama, Piper?

– Mas que pergunta estúpida – revirei os olhos.

– Você não me respondeu – ele me cortou.

– Claro que te amo.

– Viu? Isso, na minha vida, importa – Ele fez uma pausa – Que horas é o vôo? To com fome.

– Ah, você diz assim, fácil, daquele vôo que vai nos separar e acabar com nossas vidas, nos deixar tristes, te fazer de gato e sapato do seu pai, rompendo nosso namoro?

– Hm... Uhum!

– Às 10:15h.

– Temos quase uma hora, então, dá para eu fazer um lanche.

Encontramos com Annabeth, Percy, Leo e Luke e esperamos Thalia voltar com a passagem dela, então fomos até um café por ali. Todos comeram naquele clima de enterro e o aeroporto foi enchendo cada vez mais, até Thalia se levantar.

– Melhor irmos para a área de embarque, se não fica muito tarde.

Jason assentiu sério.

Caminhamos em silêncio até a porta da sala de embarque, então Jason parou de frente para mim. Eu o olhei e então me toquei: Essa era a última vez que nos veríamos; nossos últimos segundo juntos, então ficamos ali, decorando cada detalhe - por mais mínimo que fosse - um do outro.

Eu queria falar tanta coisa, tudo o que tínhamos vivido passou como um flashback, desde as nossas brigas no começo, nosso beijo no corredor, e também aquele beijo naquele outro corredor, quando Jason me fez bater a cabeça, o momento Flip-Flip, a cozinha, e principalmente aquela viagem na Kombi. Tudo em questão de poucos segundos. Esse era meu amor por ele, que eu não iria conseguir nunca descrever usando palavras, nem se eu dissesse “eu te amo”, pareceria tão... Vago, comparado ao que realmente sentia naquele momento. Percebi que Jason se encontrava na mesma situação, então ele encostou a testa na minha, sorrindo, e assim, apenas nos olhando profundamente... Não foi necessário dizer nada.

Nos envolvemos em um abraço e ficamos assim por um tempo, com minha cabeça enterrada em seu ombro até Thalia gritar:

– JASON! A GENTE VAI PERDER O VOO!

Aquilo fez eu querer apertar ele em meus braços. Não... Não era justo tudo aquilo, mas então eu o soltei e ele pegou minha mão e a beijou, e sussurrou.

– Eu te amo, Pipes, por mais vago que isso soe, sempre será você. Nunca irei te esquecer, eu te amo.

Então os dois se afastaram, e no momento em que ele cruzou o portão de embarque, as portas de vidro se fecharam e fiquei ali em pé, com a garganta seca os olhando passar pelos detectores de metal do outro lado do vidro que separava a sala de embarque de onde estávamos.

Não dava, eu não conseguia suportar. Precisava impedi-lo. Só lembro de ter gritado alto e saindo correndo, ultrapassando as portas transparentes, junto a outros passageiros. O detector atrás de mim apitou, mas eu estava focada em achar o portão de embarque de Jason, o vi ao fundo, Jason passando por ele, enchi meus pulmões e corri, atropelando as pessoas e chamando seu nome - desculpa senhora, não queria te empurrar no cesto de lixo – Eu sentia uma dor incomoda na parte direita do corpo. Eu gritava seu nome e ele não me ouvia, nem olhava para trás. Seu portão foi fechado logo que ele passou, instantes depois eu cheguei, só faltava eu quebrar o portão de tantas vezes que soquei ali, chamando-o.

Então senti mãos me puxarem e braços fortes me levantarem do chão, eu debatia e esperneava, me vi sendo levada para fora do aeroporto e quando fui colocada no chão, Annabeth correu ao meu encontro e vi Luke olhando feio para os seguranças, que voltavam a seus postos depois de tirarem a mim de lá. Naquele momento eu apenas queria... sair dali.

. Peguei as mãos de Annabeth e olhei em seus olhos, minha voz saindo falha:

– Ele se foi.

*

A viagem de volta não foi nem um décimo divertida como a ida. Minha vida em Westover Hall havia mudado do vinho para a água nos três dias que haviam se passado, todos os lugares da escola estavam me lembrando dele. Aquele banco. Eu freqüentava as aulas, mas não entendia nada. Até os Stolls e suas brincadeiras haviam perdido a graça.

Já estava me arrumando pra ir para a cama quando meu celular acendeu o visor com um sms que havia chegado de um número desconhecido, ao abrir, achei estranha a curta mensagem: “Flip-Flip. Agora.”

Meu primeiro pensamento foi que eu não devia obedecer aquele número desconhecido, podia ser algo perigoso, porém meus instintos e curiosidade ansiavam em ver o que era, poderia ser alguém precisando de ajuda eu não sei, eu precisava ir.

A chuva estava caindo forte aquela noite, mas desci para o Flip-Flip, com todo o cuidado para não ser pega, pulei o muro e entrei lá, onde estava aparentemente vazio e silencioso.

– Alô?

Segui por um corredor até ouvir um barulho atrás de mim e uma voz falando baixo:

– Desculpa ter feito você pegar a chuva. Não quero que se resfrie, Pipes.

Meu coração saltou em meu peito e me virei, já correndo na direção da voz, com os braços abertos, o impacto dos nossos corpos derrubou ele no chão e rimos um pouco. Ele estava ali, inacreditavelmente, ele estava ali.

– Jason! Como? Quando? Por quê?

Ele colocou um dedo em meus lábios, fazendo eu me calar, e sorriu travesso, sua voz baixa respondendo em um sussurro.

– Fugi, o avião fez escala e não embarquei de volta, encontrei uma conhecida, Reyna, e ela me ajudou a voltar pra cá, cheguei aqui faz uma hora, e tudo isso porque eu amo você, Pipes. Fui um imbecil por ter te deixado.

Ele me selou demoradamente. Eu ainda não acreditava.

– Você não sabe como foi doloroso partir. Eu não olhei para trás achando que seria mais fácil para nós, mas quando você gritou meu nome, eu... Eu...

Foi minha vez de calar a voz dele. Nos levantamos e ficamos abraçados.

– E seu pai?

– Não será mais preciso te perder para saber que não há nada mais importante que você.

– Eu te amo, Jason Grace. Isso também importa na minha vida, fique sabendo.

Ele sorriu e pegou minha mão, me puxando para próxima a entrada do Flip-Flip, foi quando eu lembrei daqueles filmes antigos e clichês, e sai na chuva, puxando Jason comigo e o abracei, trazendo em seguida teu rosto ao meu e o beijei, que retribuiu o beijo com vontade, passando seus braços por minha cintura e puxando-me para ele.

– Fuja comigo, Pipes?

– Fugir? – pensei em todos os problemas que isso causaria, em tudo o que deixaria para trás e em uma aventura sem sabermos nosso futuro – Sim, não quero te perder mais.

– Então vamos.

Neste momento já estávamos encharcados. Ele me puxou pela rua até a avenida à frente e parou ao lado de um carro, sorrindo.

– Jason... Você não roubou este carro, né?

– Claro que não. Apenas peguei emprestado da Reyna.

Ele entrou no carro e entrei no passageiro, sorrindo, ainda boba por ele estar ali, e por fugirmos juntos.

– Mas tem uma condição. Para não sermos rasteados, vamos nos livrar dos celulares, ok?

Concordei com ele e ambos tiramos o celular do bolso e jogamos eles pelas janelas, o sinal abriu e ele partiu, sem destino de ida, apenas contando um com o outro sempre juntos, e isso me deixou sorrindo aquela noite, enquanto na rádio tocava When it rains, do Paramore.


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Notas finais do capítulo

Muahaha vcs caíram na minha pegadinha do susto/tristeza no começo do capítulo de novo lol
Mesmo parecendo, saibam que este não é o último capítulo o/ tem um ou dois capítulos para vir ainda :D Já estamos chegando no final.