Westover Hall escrita por Fe Valdez


Capítulo 29
Houston


Notas iniciais do capítulo

Gente, eu mudei a capa da fic, não sei se perceberam rçrç Gostaram? Quero opniões! QUERO MESMO! Porque no outro capítulo eu só recebi 2 (DOIS) reviews! Fiquei muito #chatiada, então todos vcs mandem reviews com o que acharam da capa o/
To sendo muito boazinha postando esse capítulo hoje u.u



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Adivinha como eu acordei? Se você respondeu com um grito do Leo, novamente, você está absolutamente certo, mas se você respondeu com uma lontra tocando trombone vestindo calça, consulte um médico, por favor.

– É UM NOVO RECORDE SENHORAS E SENHORES! – gritou Leo ao meu lado.

Pulei da cama e olhei ao redor assustada, todos estavam comemorando e aplaudindo como se eu tivesse ganhado um prêmio. Leo estava com um cronômetro na mão.

– 12 horas inteiras dormindo sem remédios, motivos e no meio do dia, parabéns Piper – Leo disse.

– Quem deixou esse drogado me acordar? – retruquei olhando para os outros.

Annabeth se aproximou.

– São meia-noite Piper, sua vez de dirigir – ela explicou.

– Ah certo.

– E eu não estou mais drogado ta – Leo retorquiu.

– Sempre foi – falei dando de ombros.

A Kombi já estava parada no acostamento, então presumi que quem estava dirigindo era Annabeth, pulei para o banco do motorista quando todo mundo se preparava para dormir.

Logo que comecei a dirigir, Jason pulou para o meu lado, e colocou uma caixa de isopor ao lado dele no banco.

– Oi – ele disse.

– Não vai dormir? – respondi.

– E te deixar aqui sozinha dirigindo 7 horas pra chegar em Houston? Ah ta.

– E o que tem do seu lado?

Jason abriu a tampa do isopor e estavam todos os energéticos que eu havia comprado ali.

– Eu esqueci que você ia dirigir a noite, então me esqueci de dormir também, acho que vou precisar dessas belezinhas – ele falou abrindo uma latinha.

Eu ri e depois falei:

– Pode ir dormir um pouco se quiser, eu não me importo.

Jason me ignorou.

– E então, faltou uma pergunta sua no Três Perguntinhas Básicas.

Revirei os olhos sorrindo.

– Sei lá... esse energético desconhecido é bom?

– Caaaaara, é loucura, já to elétrico, melhor que todos, os outros me dão sono, e eu não posso dormir hoje, tenho que aproveitar você – ele se deu um tapa em cada bochecha – Se mantenha acordado Jason, acordado!

Eu ri de novo.

– A estrada ta calma – falei contente.

– Isso se não começar o apocalipse zumbi do nada – Jason disse também calmo.

Olhei para ele e ele deu de ombros sorrindo e bebeu mais um gole do energético.

– Me passa um desses.

Jason abriu uma latinha para mim e deixou no porta-copos, tomei um pouco.

– É UMA DELÍCIA!

– Ei, ei! Não grite! Tem gente dormindo – Jason falou sussurrando.

– Desculpe – respondi sussurrando – Isso merece uma comemoração, será que o rádio ta pegando?

– Está fora de sintonia, Leo tentou o dia inteiro.

Ergui uma sobrancelha.

– Lembra que eu que mando aqui? E mando o rádio funcionar – falei.

Liguei o rádio e ele começou a tocar normalmente a música “I love it” do Icona Pop.

– Macumbeira.

– Adoro essa música – falei e comecei a cantar.

– Não gosto dessa música – Jason disse trocando a estação.

Dei um tapa na mão de Jason e troquei de volta cantando.

– I don’t care!

Jason ficou emburrado me olhando cantar.

– Vamos lá, eu sei que você sabe a letra – o chamei.

– Nem vem – ele riu erguendo as mãos.

– Se você cantar comigo te prometo um beijo.

Jason hesitou. Logo em seguida estávamos ambos cantando toda a música e fazendo pequenas coreografias, acabou a música e começamos a rir. Então começou uma do Eminem que cantamos e imitamos rappers.

Foi aí que começou Daylight do Maroon 5.

Ficamos quietos ouvindo a música, toda ela, toda a música, pesou em nossos corações, senti Jason ao meu lado também, não havia como não se lembrar de domingo, de sua partida. A letra simplesmente é nossa.

“We knew this day would come, we knew it all along

How did it come so fast?”

– Está com medo do futuro, Jason? – perguntei o olhando.

Ele me envolveu em um abraço e beijou minha testa.

– Você diz de domingo? – ele fez uma pausa – Estou com medo até do hoje.

Como eu não estava passando marcha, usei minha mão livre para segurar a dele, e passamos o resto da viagem assim somente, em silencio, pensando... e Jason apoiando a cabeça em meu ombro.

Por volta das 5 da manhã ele pegou a direção de mim até chegar a Houston e então as 7:14h da manhã, paramos em um café qualquer perto da entrada da cidade de Houston e nos reunimos todos em uma das mesinhas.

– Okay, primeira pergunta: Como diabos vamos achar alguém que não sabemos onde está aqui em Houston?! – Luke começou.

– Segundo: Hoje é sexta né? Calipso então vai sair amanhã de madrugada não é? Não vai dar tempo – Thalia e sua positividade ajudando.

Então diante deste comentário nossa mesa virou uma zona, todos falando ao mesmo tempo, gritando um com outro, um caos como uma sala de aula bagunçada, até a garçonete chegar.

– Com licença... COM LICENÇA!

A olhamos.

– Eu não pude deixar de ouvir, nem notar, que vocês estão procurando alguém que não sabem onde está, certo?

Todo mundo assentiu.

– Então... talvez vocês não acreditem e tal, mas há um vidente na cidade, todos comentam dele, e dizem que é muito bom, ele sabe de tudo.

– Tudo? – Percy perguntou.

– Tudo – ela respondeu – ele tem algum negocio lá sinistro que ele pode ver pelas trevas, os espíritos podem falar com ele sobre coisas que vão acontecer ou que ele não sabe ainda, essas coisas.

– E você quer que acreditemos? – Annabeth disse sarcasticamente.

A garçonete deu de ombros.

– Boa sorte em achar essa pessoa então.

– Ei espere! – pedi – onde podemos acha-lo?

– Na praça perto da prefeitura – ela respondeu.

– Eu sei onde é – Leo disse indiferente.

Por um momento tínhamos até esquecido que ele já havia morado aqui.

***

Minutos depois, já na praça, avistamos um garoto vestindo uma jaqueta de couro, calça preta, sentado em um banco com uma mesinha na sua frente onde tinha algumas cartas.

– Oi – Annabeth foi a primeira a falar quando nos aproximamos – Você que é o cara que pode nos falar qualquer coisa que queiramos saber?

– O esquisito que depois que a irmã morreu herdou uns dons de conversar com as trevas? Aham, fala ae.

Por mais que ele fosse mais novo que a gente, demos um passo atrás.

– Qual seu nome? – Thalia perguntou.

– Nico Di Ângelo, o que querem saber?

– Queremos saber onde está uma garota aqui na cidade, ela é bonita, com cabelo castanho claro que veio pra cá para ir embora com o tio, ela normalmente usa vestido florido – Annabeth falou com uma cara desafiadora.

– Chamada Calipso? – Nico falou roendo a unha e olhando o chão sem nenhuma importância para o que falou.

Ficamos atônitos o olhando até ele se levantar.

– O que foi? Se querem saber onde ela está, tem que pagar sabiam?

– Ahn – todos saíram do transe e Annabeth tirou sua carteira do bolso.

– Quanto você quer pela informação?

– Não é quanto... é o que – Nico disse até um pouco tímido olhando para nosso grupo.

– O que quer? – Jason perguntou.

– Um beijo – disse Nico, mas vendo que todos os garotos s postaram na frente das meninas ele riu – Não delas... dele.

Nico estava apontando mesmo para Percy? PERCY?!

Todos olharam atônitos para Nico pela segunda vez.

– Vai logo Percy, não temos o dia todo – falei.

– O que? – Percy disse arregalando os olhos – Quer dizer... Desculpe, mas.. Ah, eu tenho uma namorada – ele disse para Nico.

– Ah entendo – Nico olhou para baixo – Imaginei mesmo, mas ao menos, eu tentei. Enfim... tem outra forma também, eu vendo baralho de Mitomagia, é um jogo legal! Se comprarem eu falo onde Calipso está.

– É aquele baralho dos deuses gregos? – perguntei.

– Sim!

– Legal, eu compro – falei – Quanto vale?

– Um beijo.

Todos o olharam, fez-se um minuto de silêncio e ele riu.

– Zoa, 15 pratas.

Annabeth lhe entregou o dinheiro e depois me entregou o baralho.

– Ok – Nico rodou o corpo ficando de costa para nós – A casa do tio dela é aquela ali ó – ele apontou para uma casa do outro lado da rua – A amarela.

– Você ta falando sério? – Annabeth ficou carrancuda.

– Fala sério quem lê as trevas? Foi pura coincidência! Eu vi quando ela chegou e o tio dela gritou algo como “CALIPSOOO” Ai eu me arrisquei né, eu também soube que a aquele velho vai se mudar – Nico deu de ombros.

Olhamos atônitos para ele pela terceira vez e nos retiramos de sua presença, andando até a casa amarela. Nico ainda gritou lá do fundo.

– Ei moreno dos olhos verdes, se largar essa dai me liga!

Chegando lá toquei a campainha. Então aconteceu uma coisa mágica! O que? Todos estão se perguntando o que? Ok, vou responder: Calipso atendeu mesmo a porta.

Agora quem olhou atônita foi Calipso.

– Não acredito que a polícia não me achou e vocês conseguiram – ela disse.

– Bom dia –sorri – agora, meu colar – estendi a mão.

Calipso olhou para mi, deu uma piscadinha e entrou em casa correndo, depois gritou lá de dentro:

– ENTREM!

Fizemos o que ela mandou, era uma daquelas típicas casas americanas. Sentamos no sofá chique da sala e a aguardamos, ela voltou com refrigerante pra todo mundo e meu colar, quando ela me entregou eu quase chorei.

Nem acredito que havíamos mesmo conseguido. E feito tudo isso.

Na verdade foi mais fácil que pensei.

Então o celular de Jason começou a tocar, ele deixou o copo de refri na mesinha do centro e pegou seu celular, mas quando viu o visor perdeu o sorriso que estava no rosto e virou-se para mim, surpreso, com o celular ainda tocando em sua mão.

– É... é o meu pai.


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Notas finais do capítulo

Huhuhu suspense
Não esqueçam dos reviews lalala seus lindjos