Capítulo 20 - Magia fora do controle

As férias não poderiam está melhor, todo dia era uma nova diversão, uma nova bagunça e até mesmo uma nova briga entre irmãs.

– Sara me devolve esse livro agora! – Lia corria escada abaixo atrás de sua irmã que acabara de pegar seu livro.

– Vem pegar filhinha do papai! – zombando Sara correu pela sala, contornando o sofá, enquanto Lia tentava alcança-la. – Ah é, esqueci você não consegue me alcançar! – ela disse correndo envolta do sofá.

– Eu não sou filhinha do papai! – as duas continuaram correndo em volta do sofá. – E eu posso sim te alcançar. Agora me dá esse livro!

– Vem pegar! – Sara saiu correndo, mas parrou no meio da sala, como se alguém a tivesse congelado. – Ei o que você fez? Sabe que não pode usar magia. – ela falou irritada.

– Eu não fiz nada! – Lia exclamou rindo. – E me de meu livro! – Lia aproveitando que sua irmã estava congelada, arrancou o livro da mão dela e voltou para o sofá.

– Você vai me deixar aqui? – ela perguntou.

– Eu já disse que não fiz nada! – Lia ria da situação de sua irmã. Carly vinha descendo as escadas com sua boneca quando viu Sara congelada no meio da sala.

– O que a Sara está fazendo? – a pequena perguntou passando por Sara e sentando no sofá.

– Ela que ser uma estatua Carly! – Lia zombou.

– Não tem graça sua irritante! – ela falou entre os dentes. – E eu já falei para você desfazer o que você fez!

– Eu já disse que não fiz nada! – ela repetiu ainda sorrindo junto com a loirinha.

– Eu vou contar para o papai que você está fazendo magia fora da escola, se você não me soltar agora! – Sara ameaçou. Lia e Carly não se moveram e continuaram a rir. – PAPAIIIII! – Snape estava em seu laboratório e rapidamente desceu pensando que algo grave tinha acontecido.

– O que está acontecendo aqui? – ele perguntou serio. As meninas sabiam que quando ele estava no laboratório não gostava de ser incomodado.

– Papai a Lia me congelou! – Sara falou com dengo. Snape com um aceno da varinha a descongelou.

– Eu já disse não fui eu! – Lia protestou.

– Foi sim! Foi você!

– Não foi! – Lia repetiu.

– Eu sei que foi você!

– Já chega de discussão besta vocês duas. – Snape bravejou. – Lia você sabe muito bem que não é permitido o uso de magia fora da escola, não é porque vocês podem usar ela sem varinha que será permitido.

– Mas Severus eu não usei magia... – ela tentou se defender mais Snape não quis ouvir.

– Eu não quero saber de desculpas, aproxima vez que isso acontecer você ficar de castigos! – ela com muita raiva passou furiosa por ele. Alguns quadros que estavam nas paredes caíram, as luzes começaram a se acender e a se apagar, os livros da estante saíram voando. Lia automaticamente parou espantada.

– Como você fez isso? – Carly perguntou.

– Eu não fiz nada! – foi o que ela conseguiu responder.

– Lia foi você sim! – Sara disse ainda em espanto.

– QUE DROGA! EU JÁ DISSE QUE NÃO FIZ ISSO! – Lia gritou e subiu as escadas correndo e quase chorando, ela não queira acreditar, mas por algum motivo ela era sim a causadora daquilo.

– O que deu nela?! – Sara perguntou admirada, Lia nunca foi de explodir assim, ela sempre foi a mais calma das duas.

– Fiquem aqui, eu vou falar com ela! – Snape ordenou e segui para o quarto de Lia. Ela estava deitada na cama chorando, Snape entrou no quarto e sentou-se na beirada da cama. – Lia? – ela não respondeu e nem se virou, continuou com o rosto no travesseiro. – Lia, vamos conversar...

– Eu não quero! – ela falou. Snape suspirou e alisou os longos cabelos da morena.

– Eu sei que você não quer, mas precisamos conversar, o que aconteceu lá embaixo não foi normal. – Snape usou sua voz mais calma de um pai que estava preocupado com a filha.

– Mas não fui eu que fiz aquilo! – Lia falava com tristeza e desespero.

– Pequena vem cá! – ele puxou a menina pelo braço fazendo ela se sentar, seus olhos estavam vermelhos, algumas lágrimas ainda caiam e ele as enxugou. – Você tem certeza? – ele perguntou olhando fixamente nos olhos da garota.

– Eu não sei... – ela disse voltando a chora. Snape a envolveu em um abraço carinhoso e disse.

– Não precisa ficar assim filha, eu sei que seus poderes são bem fortes para sua idade, vou te ajudar a controlar seus poderes. – ele alisava os cabelos da menina fazendo-a ficar mais calma. – Você sabe que a sua magia e a de sua irmã são muito forte, vocês duas precisam de um treinamento diferencial para ter um melhor controle.

– Porque Severus? – ela perguntou confusa.

– Eu não sei direito. – ele disse tentando não pensar na possibilidade de Dumbledore está correto. – Mas não vamos pensar nisso, vem vamos descer!

– O senhor se importa se eu ficar aqui? Eu não quero descer agora. – Lia falou um pouco sem jeito.

– Tudo bem, quando você se sentir melhor pode descer – Snape deu um beijo na testa da filha e saiu do quando.

Lia deitou-se novamente e ficou pensando como seu pai tinha sido carinhoso. Ela parou para pensar e percebeu que ele havia mesmo mudado, não totalmente, mas estava tentando dá o seu melhor.

Na hora do almoço Carly subiu para chama Lia e depois desceram para a cozinha. Snape e Sara já estavam sentados na mesa.

– Lia me desculpa por hoje de manhã? – Sara pediu assim que sua irmã sentou ao seu lado.

– Tudo bem Sara! – ela assentiu e deu um leve sorriso.

O almoço foi silencioso até a hora da sobremesa, Luk depois de retirar os pratos, retornou com quatro taças de sorvete, duas de chocolate e duas de morango. As de chocolate ele entregou para Carly e Snape e de morango para gêmeas.

– Eu não gosto de morango, troca comigo Carly! – Sara pediu fazendo careta para o sorvete. Carly trocou sem problema, pois ela gostava mais de morango do que chocolate.

Lia também não gostava de morango, mas não falou nada, continuou calada olhando para a taça. Snape sabia muito bem que em relação a gostos de comida Lia e Sara compartilhavam do mesmo.

– Lia, eu gosto mais de morango, você quer trocar comigo? – claro que ele preferia o de chocolate, mas preferia muito mais sua pequena contente.

– Claro! – ela trocou com ele e deu um sorriso simpático para ele.

– Papai quando é que nossas aulas extras vão começar, estou ansiosa para aprender novos feitiços. – Sara perguntou.

– Hoje à tarde.

– Papai eu também posso aprender? – Carly perguntou com voz de uma criança de 4 anos. – Snape sorri e assentiu que sim.

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As meninas se encontravam sentadas no meio da sala e Snape no sofá observando-as.

– Carly nessa aula você não ira participar, somente as meninas. – Carly assentiu levemente em positivo. Ele olhou paras as gêmeas e continuou. – Eu quero que vocês se concentrem e deixem que sua magia aflore naturalmente. – Severus falou rígido, como se estivesse em uma sala de aula. As meninas fecharam os olhos e se concentraram para fazer o que seu pai havia pedido, mas nada aconteceu. – Vocês não estão se concentrando! – Snape falou com seu tom serio.

– O senhor bem que poderia demonstra o que deve acontecer, porque eu não sei o que o senhor espera ver! – Sara falou irritada. Pois sendo impulsiva do jeito que é, se concentrar é uma coisa muito difícil para ela.

– Tudo bem, vocês devem fazer isso! – Snape se sentou no chão de frente para as meninas e fechou os olhos, com alguns segundos uma camada fina da cor cinza apareceu envolta do seu corpo, ele abriu os olhos e esticou a mão fazendo toda a magia que envolvia se tornar uma bola. – Essa é minha magia na forma natural dela, vocês devem fazer a mesma coisa.

Elas então se concentraram novamente, Lia estava calma e bastante concentrada, isso era fácil para ela, por isso foi a primeira que conseguiu. Uma camada branca de magia a envolveu, fazendo com que uma brisa de vento entrasse e circulasse pela sala.

– Isso mesmo Lia! – Snape demostrou um leve sorrido de orgulho de sua filha, pois era bem difícil concentrar a magia na idade delas. – Sara você não está se consertando como sua irmã. – falou com reprovação.

Sara começava a ficar irritada porque não estava conseguindo nem fazer sua camada de magia, enquanto sua irmã já começava a conseguir fazer uma bola igual à de seu pai.

– Sara mantenha a concentração! – Snape falou mais serio e rígido.

– QUE DROGA EU NÃO CONSIGO! – ela se exaltou ficando de pé e esticou os braços pra frente, que na mesma hora fez sua magia aflora e a envolver com uma camada preta. Lia, Carly e Snape foram jogados longe com a intensidade de poder que Sara liberou. – Uou! Que maneiro! – ela falou sorrindo.

– Que maneiro nada, você quase nos matou! – Carly reclamou se levantando debaixo de alguns livros que tinha caído em cima dela.

– É verdade Sara, não precisava disso tudo! – Lia também se levantou e estava com um pequeno corte no quanto da boca.

– É melhor pararmos por aqui, outro dia continuamos. – Snape também estava com um pequeno corte na testa devido à queda. – Mas alguém se cortou fora eu? – ele perguntou olhando para as meninas.

– Somente eu Severus, mais não foi nada grave. – Lia respondeu limpando o quanto da boca.

– Ok! Vocês podem subir para tomar um banho, eu vou arrumar essa bagunça. – as meninas subiram e ele ficou ali arrumando as coisas nos seus devidos lugares e depois também subiu para tomar um banho.

Snape antes de descer mandou uma carta para Dumbledore relatando dos poderes das gêmeas que tinham começado a aflora. Ele ficou um pouco preocupado, não queira acreditar na teoria do diretor.

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– Papai! Papai! – Carly vinha correndo na direção de Snape que estava sentado no sofá.

– Oi minha princesinha! – ele disse pegando ela no colo.

– Papai eu quero sorvete!

– Eu também quero! – Sara gritou da escada.

– Depois de jantarmos pode ser? – Snape falou acariciando os cabelos loirinhos de Carly.

– Ah! Papai! – Carly falou com dengo e Snape sorriu.

– Vocês duas sabe muito bem que doce é só depois das refeições. – Lia falou descendo as escadas com Sara.

– Blá! Blá! Blá! Nós sabemos senhorita certinha! – Sara falou com deboche. Lia apenas revirou os olhos. – Não sei como aguento você!

– Eu também te amo sua irritante! – Lia puxou a irmã para dá um beijo em sua bochecha.

– Tá, tá não preciso disso tudo! – Sara passou a mão na bochecha para tira o beijo. E depois correu também para o colo do pai.

– Pai hoje vai passar um filme na TV, o senhor deixa eu assistir? – ela pediu com uma carinha de anjo.

– Com tanto que nove horas você esteja na cama tudo bem!

– Mas pai, nove horas o filme ainda nem tem começado. – Sara falou e depois deu um beijo na bochecha do pai. – Vai paizinho deixa!

– Chantagem emocional não funciona com ele bebezinho. – Lia falou rindo. Sara a olhou com a cara fechada e lhe deu língua.

– Porque vocês duas não consegue ficar um minuto sem discutirem hem? – Snape perguntou.

– Porque elas são duas irritantes! – Carly respondeu rindo.

– Calada tampinha! – as gêmeas disseram.

– Já chega! Vamos jantar! – as meninas se levantaram e Snape caminhou para cozinha.

Depois do jantar as meninas pegaram o pote de sorvete e levaram para sala onde iriam assistir ao filme. Snape veio logo em seguida e sentou no meio das pequenas. As gêmeas de um lado e Carly do outro.

Antes do filme acabar as meninas já estavam dormindo, Snape levantou e pegou Carly no braço e levou-a para quarto depois voltou para pegar as gêmeas.

– Boa noite Sara. – ele disse para Sara com um beijo na testa. Ela murmurou uma boa noite e virou para outro lado. Ele caminhou ate a cama da Lia e vez o mesmo. – Boa noite Lia. – ele a beijou e ela deu um leve sorriso.

– Boa noite pai! – ela falou, deu um beijo no rosto dele e depois se virou para outro lado. Snape ficou totalmente sem reação, era a primeira vez que Lia o chamava de pai e dava um beijo nele.

Depois de alguns segundo ainda em transe ele saiu do quarto das meninas e seguiu para o seu com um sorriso bobo na cara, e um sentimento novo e diferente. Pois agora Lia tinha o aceitado como pai.

Galera para quem tem curiosidade essa aqui é a pequena Carly!