O dia das provas chegou Lia estava super nervosa (mesmo sabendo de tudo e mais um pouco do conteúdo.), já Sara estava tranquila, apesar de não prestar muita atenção nas aulas ela era muito inteligente.

- E ai maninha preparada para o dia de hoje? – Lia perguntou enquanto olhava mais algumas informações.

- Você sabe que sempre estou preparada! – ela disse confiante. – Agora vamos! – elas caminharam para a sala de transfiguração.

A turma estava em silencio total e cada aluno era chamado separadamente para fazer a prova pratica. Era bem simples, apenas transformar uma cadeira em uma agulha, porem necessitava de bastante concentração. De toda a turma somente dez pessoas incluindo as gêmeas conseguiram fazer o feitiço. A prova seguinte seria de Herbologia, que as meninas tiraram de letra. Depois caminharam para a sala de feitiços nessa, Sara se saiu muito bem, pois era sua matéria preferida. Tirou um excelente.

Na hora do almoço, elas caminharam para a mesa dos professores onde Carly se encontrava junto de Dumbledore, pois depois da briga de Snape e Lia, ela não queria mais ficar com ele.

- E ai tapinha tudo na boa?! – Como sempre Sara chegou bagunçando seu cabelo. – E ai Vô tudo na boa também?! – ele disse para Dumbledore que sorriu.

- Sara olha o respeito! – Lia disse com reprovação para irmã. – Olá maninha!... Diretor! – ela disse para Carly e assentiu para Dumbledore.

- Olá minhas jovens! – ele disse serenamente. – Como foram as primeiras provas?

- Foram ótimas! – disse Lia com entusiasmo.

- É, foram legaizinhas! – já Sara disse sem nenhuma emoção.

- Carly como foi sua manhã? – perguntou Lia interessada.

- Foi maravilhoso! O vovô me contou varias historias, eu comi vários docinhos e até tomei chocolate quente, só não gostei de um doce lá que tinha sabor de limão. – ela disse fazendo careta como se ainda sentisse o gosto.

Todos começaram a rir da carinha fofa dela, até que Snape se aproximou da mesa. As meninas ficaram quietas e não dirigiram uma palavra a ele, assim como ele também não. Porem Dumbledore ainda sorria.

- Qual o motivo da felicidade? – Snape perguntou indiferente.

- Nada de mais meu filho! – disse Dumbledore. – Então meninas, quais as provas que irão realizar agora à tarde? – ele perguntou olhando para as meninas.

Elas duas se comunicaram por olhares. “Até parece que ele não sabe” e depois olharam para ele e responderam.

- Teremos prova de poções. – disseram sem grandes emoções. Snape apenas as olhou com reprovação.

O sinal tocou e todos começaram a ir para suas salas.

POV SARA

- Ei pequena depois das provas iremos te buscar. – disse Lia sorrindo para irmãzinha.

- Tá legal! – ela disse com aquela sua vozinha doce de bebê.

Lia e eu seguimos para as masmorras, porem a sala ainda estava fechada e tivemos que esperar do lado de fora junto com alguns alunos.

- Ora! Ora! Ora! Se não são as filhotes de morcego. – disse um garoto da Sonserina. Ele era alto e magro, pele branca, olhos castanhos escuros assim como seu cabelo curto que estava penteados para cima. O garoto mais chato da Sonserina Victor Coldy.

- Me deixa em paz Victor? – disse me escorando na porta da sala.

- Só porque é filha do morcego, acha que pode mandar em todo mundo é? – ele disse rígido se aproximando de mim. – Eu não tenho medo de você filhote de morcego. – todos que estavam ali olharam e riram.

Eu não estava a fim de perder minha paciência, então revolvi tirar proveitos em ser filha do Snape. Aproximei-me dele, ficando cara a cara e disse imitando a voz mortal de Snape.

- Pois deveria ter... – nessa hora escutei a porta da sala abrir, mas continuei a falar. – porque a filha do morcego é bem mais perigosa do que o próprio pai. – me virei triunfante com a cara de medo dele, e adentrei a sala passando pelo professor que estava na porta olhando.

- O que deu em você? – Lia me perguntou, sentado ao meu lado.

- Nada! – disse feliz. Ela só balançou a cabeça sorrindo.

- Todos vocês terão as duas aulas para fazerem uma porção prefeita do morto-vivo, aquele que fizer alguma gracinha ou conversar ganharão um zero na hora e serão reprovados. – Snape falou colocando medo em todos, ou em quase todos, porque eu e Lia não sentimos medo, porem de todas as poções que estudei, a do morto-vivo foi a única que não olhei.

“Que legal, de todas as poções, ele foi escolher logo a do morto-vivo, justo a que eu não estudei. Que droga! O que eu vou fazer agora?” Olhei para o lado e vi a nerd fazendo na maior tranquilidade. “Porque poção tem que ser tão complicado hem?” olhei para o professor e ele me olhava serio, baixei rapidamente a cabeça. “E agora o que vou fazer, não posso zera nessa prova, não na dele.”. Respirei fundo para conseguir pensar melhor. Seria ariscado o que eu pretendia fazer, mas era a única salvação.

- Lia, por favor, me ajuda! Eu não sei fazer essa poção.

- Sai já da minha mente agora, tá ficando doida!

- Maninha, por favor!

- Pensei que você tivesse estudado!

- Eu estudei, mas minha sorte não foi tão grande porque a única que não estudei foi a do morto-vivo.

- Eu não posso fazer isso, é traição com o professor.

- E desde quando você liga pra isso?

- Desde sempre, ele é meu professor...

- E nosso pai! Por isso ele vai me matar em dobro se eu zerar. Me ajuda maninha!

- Desculpa Sara, mas não posso fazer isso.

Olhei para ela triste e zangada, agora eu ia me ferrar de vez, olhei para os ingredientes a minha frente e peguei um pedaço de raiz que não fazia a mínima ideia do que fosse, e já ia colocando no caldeirão, quando minha mente mandou para.

- Te odeio irresponsável, mas não sei qual é o pior deixar você na mão ou trair a confiança do professor?! – dei um sorriso de alivio, com isso.

- Ele nem vai saber! Agora vamos logo com isso, o que eu faço primeiro?

- Duvido muito sobre isso, mas vamos ver o que vai dá. Ok primeiro Pique raízes de valeriana e coloque no caldeirão, depois amasse a vagem suporífera e coloque no caldeirão, mexa no sentido anti-horário e por ultimo adicione a raiz de asfodelo em pó e a infusão de losna. Pronto só isso.

- Não é tão difícil assim, vou conseguir fazer, obrigada e não se preocupe o professor não vai saber!

- Eu não estou preocupada estou admirada.

- Admirada? Por quê?

- Queria saber por que ele ainda não te deu um zero?

- Como assim? – olhei para Lia confusa o que ela quis dizer.

- É, pelo visto você não andou treinando sua mente. – após isso ela olhou para Snape e deu um leve sorriso e voltou a fazer sua poção.

“O que essa doida quis dizer?” olhei para Snape e ele continuava parado olhando para todos da sala com uma cara feia.

Não liguei para isso, e comecei a fazer minha poção, pois já estava bem atrasada. Fazer poções era muito chato e tedioso eu não tinha paciência para aquilo.

- Meu Merlin do céu, como vocês conseguem gostar de fazer poções?

- Para de me perturbar, que coisa mais chata!

- Calma irritadinha, só queira saber como vocês conseguem gostar de fazer poções? É a coisa mais chata que existe.

- Porque é necessária paciência, calma e muita concentração. E a quem você se refere quando fala “vocês”?

- Ao papai e a você!

- Nossa ele não gostou nem um pouco de saber isso!

- Como é? Ele não gostou nem um pouco? Como assim ele não gostou? Ele não sabe disso.

- Ai como você é lerda maninha! Professor, por favor, se manifeste, eu sei que o senhor também está conectado a esse dialogo mental.

“O que? Ele também estava ouvindo as conversas mentais, mas como?”.

- Desde quando você sabia que eu estava escutando também Lia? - disse o professor entrando na conversa.

- Desde o inicio professor!

- E porque você não me disse que ele também me escutava?

- Porque você não me perguntou. Porque queira ver até onde ele ira deixar. E porque você deveria ter sentido ele.

- Tá ok! Tá ok! Agora vamos terminar logo isso, não aguento mais, isso é muito chato. Eu não puxei essa paixão por poções que o senhor tem. Poções são apenas pra você e Lia.

- Desta vez passa dona Sara, mas da próxima vez quero que você estude mais.

- Mas eu estudei professor! Lia está de prova nisso.

- Ei não me coloque no meio.

Olhei com reprovação para ela, como pode ela não confirmar.

- Se estudou mesmo, saberia fazer a poção.

- Culpa do senhor que escolheu logo a que eu não sabia.

- Não quero desculpas, é obrigação sua saber todas as poções.

- Tá certo pai! – disse olhando com desgosto para ele.

- Chega de conversa, agora terminem a poção de vocês!

Depois que terminamos as poções voltamos para o salão principal, estava feliz, pois todas as provas tinham acabado e agora enfim as férias chegariam.

- Oba! Todas as provas acabaram agora somente férias!

- Se bem que nossas férias serão na casa do Snape. – disse Lia um pouco triste.

- É eu sei, mas mesmo assim vai ser longe da escola.

- Como será que é a casa dele em? – perguntou Carly.

- Deve ser uma caverna fria e escura cheia de morcegos e bichos rastejantes. – falei assustadoramente fazendo gestos com as mãos em sua direção. Ela ficou com muito medo. E eu ri.

- Garotas! – Snape disse friamente parando atrás de Carly.

- ÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁ! – Carly gritou de susto ao ouvir a voz de Snape e se abraçou na Lia.

- Calma maninha é só o professor. Calma! – Lia tentava acalma-la enquanto eu chorava de ri e Snape olhava confuso para Carly.

- O que deu nessa garota. – ele perguntou.

- Nada professor é só que a Sara estava assuntando ela. – ela olhou para mim com raiva e Snape também.

- Qual é, foi só uma brincadeira.

- Só quero avisa-las que arrumem suas coisas, e amanha me esperem na sala de Dumbledore. Vocês não vão de trem para casa, odeio andar de trem. – ele avisou e depois saiu.

- Pelo menos temos algo em comum, eu também odeio andar de trem. – disse caminhado para o dormitório com as meninas.