Consequências escrita por Silvia Moura


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Peço que me perdoem pela demora. Fiquei enrolada aqui com provas e falta de internet. O capítulo tá pequeno porque voltei a retomar a fic agora. Mas vou atualizá-la mais vezes de novo. Beijos a todos que estão lendo.



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Thor se aproximava do irmão lentamente. Não sabia o que dizer. Lógico que, como guerreiro, ele já pensava em uma retaliação, mas sabia que seria necessário muito planejamento para poderem contra-atacar e recuperar a estimada mortal de seu irmão.

Loki respirava pesadamente, ainda ajoelhado e fitando a maldita janela. Era como se, por mágica, ele tentasse enxergar onde Malekith estava levando Silvia, mas era impossível.

– Irmão – Thor toca o ombro de Loki, levemente –, irmão, vamos. Não pode ficar parado aí, temos que pensar em algo juntos. Vamos.

Loki não respondeu, apenas fechou os olhos, tentando controlar o ódio que só aumentava em seu peito.

– Loki, venha – Thor insistiu.

– Deixe-me.

– Não, eu não vou deix...

– DEIXE-ME, JÁ DISSE!

Thor recolheu a mão e deu dois passos atrás, mas não saiu. Não queria deixar seu irmão, queria apoiá-lo e ajudá-lo a pensar na melhor forma de recuparar Silvia.

– Não posso, Loki. Você é meu irmão. Não vou deixá-lo aqui.

Correram dois minutos de silêncio absoluto, mas pareceram duas horas. Loki não proferiu palavra e Thor também não soube o que dizer. O deus das travessuras, por fim, abaixa a cabeça, sua respiração ainda pesada, e cerra os punhos. Thor reconhece o ódio que emanava de seu irmão, ele precisaria controlá-lo. Antes que Thor sequer pudesse pensar em alguma forma de acalmar Loki, este já tinha se levantado rapidamente e caminhou decidido para fora do quarto.

– Ei, onde está indo? Me espere!

Loki volta-se para Thor, lentamente. Sombriamente. Com seus olhos verdes demonstrando o mesmo ódio e a mesma frieza tão comuns antes.

– Se não quer que sobre pra você a bronca que provavelmente levarei de Odin, não me siga. Como você disse uma vez, é imprudência estar em minha companhia agora, irmão.

Dito isto, o deus saiu como um louco na direção dos estábulos, pegou seu corcel negro e rumou à toda velocidade pela Ponte do Arco-Íris, até chegar à cápsula de transporte da Bifrost, onde Heimdall parecia já esperar por ele. Loki apeou com o cavalo ainda correndo, caminhou a passos largos e pesados até o Guardião da Noite e, furioso, agarrou-lhe o pescoço com sua forte mão direita, empurrando o homem até a curvada parede de dentro da cápsula.

– Como entraram?

– Loki, eu gostaria muito de saber...

– Você não... SABE? Eu descobri e lhe revelei todos os caminhos obscuros de Asgard, como prova de minha redenção e você me diz que não sabe?! Você é o guardião de Asgard, conhece absolutamente todos os caminhos, devia guardar a todos! Como Malekith entrou aqui? ME FALE AGORA!

A essa altura, Heimdall começava a perder totalmente o ar.

– Eu... eu não... não sei – ele ofegava.

– Loki, pare! – Odin chegava em seu cavalo, mas Loki continuava com a mão no pescoço do guardião. Estava totalmente tomado pela fúria. – Filho, venha. Não é assim que conseguirá resolver isso – Odin puxava Loki pelo braço.

O deus começava a tremer, seu olhar marejou e ele se voltou para o pai, como se pedisse socorro silenciosamente, soltando o pescoço de Heimdall. Odin sente o coração apertar, nunca, nunca tinha visto o olhar de Loki marejar. Ele nunca se permitira essa fraqueza.

– Venha cá, meu filho – ele puxa Loki para si e o abraça apertado, carinhosamente apoiando sua mão na cabeça do deus das travessuras. Ele era seu filho, não importava de que ventre tinha saído. Sentia-se mal por não ter feito o rapaz perceber logo isso, mas isso seria concertado.

– Me diga que vamos trazê-la de volta, pai. Por favor. Eu nunca lhe pedi nada, por favor, pode me atender? Só desta vez, eu juro!

– Loki, Loki, se acalme! Filho, pode me pedir o que quiser, quantas vezes quiser. E sim, nós vamos trazer sua namorada de volta. Silvia voltará logo pra nós, mas preciso que você me ajude. Você é o melhor estrategista de Asgard, preciso de você. Silvia precisa de você. Sente que pode ajudar?

– Claro! Faço tudo pra tê-la de volta, pai. Tudo – ele afunda a cabeça no peito de seu pai. Era a primeira vez que fazia aquilo.


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