Única Esperança escrita por Wynara Rebel


Capítulo 3
Capítulo 3




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Naquela tarde, Rosa não entrou, Paulo ficou desolado, quando não falava com ela o dia ficava tão vazio, fez tudo o que tinha que fazer no quarto, com o computador ligado, atento para caso ela entrasse, ele ouviria o som de aviso, e então aparecia “Rosa acabou de entrar”.

Valéria se surpreendeu quando saiu da escola e encontrou Mark parado do lado de fora, a esperando, entrou no carro e o clima era tenso, eles foram para casa em silêncio, quando chegaram, mal Valéria havia colocado um pé em casa, ele a empurrou com parede, xingando-a de muitos nomes que na hora ela mal conseguiu ouvir, logo depois a pegou pelos cabelos, levantou-a e jogou-a no chão novamente, ela viu ele tirar o cinto, enquanto tentava se levantar, ele foi mais rápido, as chicotadas foram por todo o corpo, quase uma hora mais tarde, ele cansou e Valéria agradeceu a Deus por isso, ele então se aproximou dela, que estava deitada no chão.


Mark: nunca mais me traia, Valéria, nunca mais, eu te amo, você não deveria fazer isso comigo.


E saiu, deixando Valéria sozinha com seus machucados e lagrimas. Paulo quase pulou da cama, onde fazia o dever de casa de química, quando ouviu um som que anunciava uma nova mensagem. A mensagem era de Rosa:
 

Paulo,

Desculpa não ter entrado hoje, não deu,
Mas senti sua falta, gosto de conversa com você, 
Você me entende mesmo sem saber metade dos meus problemas.
E vou dar mais um dica para você sobre quem sou:
Você falou comigo hoje.

Mil beijos.
Rosa

Paulo não sabia se ficara feliz ou triste, se chorava ou se ria, ela gostava de conversa com ele, e isso era muito bom, mas ela não entraria mais hoje e a dica dela, mais uma vez foi fria, hoje, logo hoje, ele havia falado com muitas meninas, ele tinha entregados os teste para sua sala, e falara com todas as meninas, mais de 15 meninas, e sem contar todas as amigas que ele tinha e colegas, ele conhecia muita gente, era uma dica fria, e ele apostava a vida dele que ela sabia disso.
 

Valéria havia se arrastado até o computador, e mandado uma mensagem para Paulo, com medo de ser pega, desligou o computador rápido e se deitou na cama, tinha os braços machucados, feridos, tinha tomado o banho, ardeu muito, só os braços tinham ferido por que ela os usava para tentar se defender, fechou os olhos e pensou na dica que deu a Paulo, sabia que era uma dica fria, mas queria dar a ele algo para que pensa-se nela e mesmo assim nada que estragasse sua identidade. No outro dia, Paulo se assustou quando entrou e viu Valéria sentada, ela estava com um casaco totalmente fechado, ele se perguntou como ela agüentava usar aquilo naquele calor, e olhou as pernas delas, que estavam com algumas marcas vermelhas, o que será que tinha acontecido? Ele se aproximou e se sentou no lado dela.

Paulo: Oi

Valéria: Oi


Ela corou, estava com mais vergonha do que o normal, tinha conseguido esconder os braços com o casaco, mas as pernas não foi possível, o uniforme feminino da escola era a saia e ela não podia usar outra coisa, se não ela não entraria na escola.

Paulo: o que aconteceu com as suas pernas?

Ela não respondeu, levantou e saiu correndo, dessa vez, ele não agüentou e foi atrás dela, viu que ela entrava no banheiro feminino, ficou na porta, ouvindo os soluços, teve certeza que ela estava chorando.

Valéria: Por que logo hoje? Ele poderia ter feito isso sexta feira a noite, ai ninguém veria é na segunda já estaria melhor, a reação do Paulo foi só o começo, EU TE ODEIO MARK!!!

Ela soluçava e chorava muito, falava as coisas que não tinha coragem de falar na frente de Mark, se ela falasse, ele era capaz de matá-la, nem imaginava que Paulo estava ouvindo.

Valéria: eu não tenho culpa da minha mãe ter morrido, ele deveria procurar alguém do tamanho dele, eu odeio ele, odeio ele.

Paulo achou que já havia ouvido demais e foi para a sala de aula, pensando nas palavras deValéria. Na aula de Filosofia, que era a ultima, Valéria já estava mais calma, tinha respondido mil vezes a mesma pergunta “o que aconteceu com a sua pernaValéria?” ela havia inventado uma história sobre um cachorro vira-lata e todo mundo pareceu acreditar.

Professora: estávamos estudando na ultima aula, encontros na internet, de homens que aliciam meninas e vice e versa, hoje falaremos dos homens obcecados, de paixões doentias e de violência contra a mulher, alguém quer começar o assunto com uma introdução?

Muitos levantaram as mãos, mas Valéria simplesmente se afundou na cadeira, lembrando de Mark, no meio da aula, Valéria já sentia falta de ar, tinha ouvido exemplos de histórias parecidas ou não com a sua, porem sempre terminavam na mesma coisa, violência contra a mulher, Paulo estava bem atento a cada movimento de Valéria.

Professora: Paulo? Esta prestando atenção?

Paulo: claro.
Professora: então de sua opinião sobre violência contra mulher.

Paulo: eu acho que o homem que faz isso é um covarde, e deveria ser preso, por isso a mulher tem que denunciar quando isso acontece, principalmente se a violência é domestica, por um pai, tio ou... 

Ele não terminou de falar, Valéria desmaiou e todos, inclusive ele correram até ela. Paulo fez questão de levá-la até a enfermaria, enquanto a professora acalmava a sala, chegando na enfermaria, ele colocou ela na cama que havia lá, e a enfermeira precisou tirar o casaco, quando tirou, tanto ela quanto Paulo se assustaram, os braços de Valéria estavam com marcas e feridas horríveis, parecidas com a das perna, a enfermeira tirou a pressão de Valéria, e disse que havia sido uma queda de pressão, e que tinha que ligar pro responsável de Valéria, quando ela saiu da pequena sala, Paulo ficou olhando Valéria, tocou seus cabelos Castanhos e olhou intrigado para os machucados do braço, tentando pensar onde ela poderia ter conseguido aquilo, por que, obviamente, não havia sido nenhum cachorro vira-lata, ele viu que ela usava uma Correntina, ficou preocupado que a Correntina enforcasse ela, e então com cuidado pegou a Correntina para tirá-la, mas viu o pingente era um coração e que tinha algo escrito nele, virou o pingente em forma de coração e o seu coração disparou, sim havia algo escrito, “Rosa” ele leu mais de uma vez, então era ela, de repente, todas as dicas e coincidências voltaram à mente dele como um furacão, Valéria é Rosa, como fora burro, era ela, ele acariciou seu rosto, era ela, a mulher que tinha sonhado durante todo esse tempo, era ela, foi tomado por uma forte emoção, pensou em beijá-la, mesmo dormindo, depositaria um beijo em seu rosto, mas duas coisas interromperam seus planos, os olhos de Valéria que começaram a se abrir e o som de um homem parado na porta, Paulo largou o pingente. 

Valéria:Paulo?

Ela ainda não tinha visto Mark, mas tinha visto Paulo, que estava bem próximo a ela, estava zonza.

Valéria: O que aconteceu Paulinho...quer dizer Paul? – Paulo sorriu, intimidado pela presença de Mark, que ele não conhecia, mas deduziu quem era.

Paulo: você desmaiou Valéria, no meio da aula de filosofia, ficamos preocupados. - Ele sorria e acariciava os cabelos de Valéria, Mark não gostou e pigarreou, Valéria se sentou rapidamente e viu Mark parado a porta, sentiu que o ar lhe faltava, e com muito sacrifício, falou alguma coisa.

Valéria: Mark?    


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Notas finais do capítulo

Hey meus lindos
adorei os comentarios obrigada e desculpe por não postar ontem. ah e pra quem lê minha historia ''Entre Tapas & Beijos'' eu vou postar amanha ou depois ok? bjs tirulindos!!!