A Bitch With Secrets About Everybody escrita por ChloeGM
Notas iniciais do capítulo
Está aí um capítulo bônus a pedido da Ana mellark. Tenho certeza que quem ama Evellark, irá amar esse capítulo.
Espero que gostem. E qualquer erro, avisem.
P.D.V Katniss
Eu estava sentada, esperando o que o diretor tinha de tão importante para nos comunicar, quando Glimmer chega e começa a falar sobre coisas aleatórias, como não tem nada de melhor a se fazer, converso com ela. Acabo me distraindo (era impressionante como nós tínhamos assunto), só volto a realidade quando Glim para de falar e olha fixamente para o palco, sigo seu olhar e me deparo com uma cena que, realmente, não gostaria de ter visto.
Um silêncio se forma.
De repente, sinto lágrimas se formarem em meus olhos, tento fazê-las não caírem, mas é em vão, quando percebo, elas já estão rolando por meu rosto. Me levanto e saio correndo sem rumo.
Vejo que Glimmer me chama, porém não paro de correr. Quando avisto o banheiro, entro nele e me tranco em uma das cabines. Agora meu rosto está encharcado de lágrimas, meus olhos estão inchados, e a única coisa que consigo fazer é chorar, chorar mais e mais, chorar de soluçar, sem me importar de borrar a maquiagem.
– Kat, você está aí? – pergunta Glimmer com uma voz doce, mas ao mesmo tempo preocupada.
– Por que ela fez isso, Glim? Ela sabe que eu gosto dele! – pergunto com a voz embargada, começando a sentir a raiva crescendo em mim.
Glimmer fica em silêncio.
– Oi Glimmer – ouço uma voz dizer.
– Oi Annie – responde a loira.
– Está tendo a maior confusão no auditório. Cato e Gale estão brigando, eu fui chamar o Snow, mas não encontrei ele em lugar nenhum! – ela diz com um ar preocupado, e uma pontada de desespero na voz.
Resolvo sair da cabine.
– Ah... Katniss? – ela diz espantada quando vê o meu estado deplorável – Me desculpa, eu quer...
– Tudo bem. A culpa não foi sua – digo friamente – Vou falar com a Madge – digo decididamente.
– Kat, eu acho melhor não – diz Glimmer, mas eu já estou saindo do banheiro indo em direção ao auditório.
Quando chego lá, vejo um Gale todo machucado. Cato fez um belo estrago, penso. E vejo também, uma Madge atordoada. Vadia.
Ando até ela e, sem dizer uma única palavra, dou um tapa em seu rosto de boneca, que chega a ficar a marca da minha mão.
– SUA VADIA! COMO PÔDE FAZER ISSO COMIGO?! EU ERA SUA MELHOR AMIGA! COMPARTILHAVA TUDO COM VOCÊ! VOCÊ SABIA O QUE EU SENTIA POR ELE! – berro a plenos pulmões, apontando para Gale na última parte.
– Kat, eu não queria... – ela diz chorando.
– Não queria? Então por que fez? – pergunto cinicamente.
– Eu... eu...eu... – ela balbucia.
– Você... – forço-a.
Ela fica em silêncio, sem ter o que dizer. Eu me viro, dando às costas pra ela.
– Katniss – ela me chama e eu me viro. Ela não diz nada, apenas olha rapidamente para Gale.
– Vocês dois se merecem – digo com nojo e me viro novamente, saindo daquele lugar.
[...]
Estou em casa, deitada na minha cama olhando para o teto. Algumas lágrimas ainda teimam em sair dos meus olhos.
Malditos!
Ouço a campainha tocar, mas não faço nenhum esforço para me levantar, não estou afim de ver ninguém agora.
Meus planos vão por água abaixo, quando percebo que a pessoa não vai desistir tão fácil.
Preguiçosamente me levanto e vou até a porta, quando a abro, me deparo com uma pessoa que eu não esperava encontrar.
– Peeta? O que faz aqui? – pergunto confusa.
– Vim ver como você está – ele responde visivelmente preocupado.
– Eu estou bem, obrigada – digo um pouco rude, mas ele parece não se abalar.
– Eu sei que você não está bem, só perguntei por educação – diz ele. Quem ele pensa que é?
– Posso entrar? – pergunta.
– Não – respondo grossa.
Mas não adianta de nada, como ele é mais forte que eu, ele força um pouco a porta e entra. Folgado!
– Sinta-se a vontade! – digo irônica.
– Katniss, você não pode ficar aí se corroendo e sofrendo por causa daquele babaca do Gale e daquela vadia da Madge – ele diz com seriedade, olhando em meus olhos.
– Eu sei, mas é que... Madge era minha melhor amiga desde que eu me entendo por gente e eu gosto do Gale desde que eu tinha onze anos de idade – falo sentindo as lágrimas ameaçarem cair novamente.
– Ei, não fica assim – ele diz vindo até mim e passando seu polegar por meu rosto, secando uma lágrima que escorria por meu rosto – Eles não valem a pena, hum... – ele tenta me animar.
– Você tem razão – digo me recompondo e dando um sorriso sincero pra ele.
– Assim é melhor! – ele retribui o sorriso – O que você quer fazer?
– Eu não sei... O que você sugere? – pergunto e o vejo pensar.
– Já sei! Tenho um lugar em mente, e eu acho que você vai adorar! – ele diz animado demais para o meu gosto.
– E eu posso saber que lugar é esse? – pergunto.
– Não – o olho raivosa – É surpresa! Confia em mim! – ele pede.
– Eu não sei se devo... – falo insegura.
– Confia em mim – ele pede novamente, olhando no fundo de meus olhos.
– Está bem – cedo.
– Legal! Agora vai lá se arrumar. E eu sugiro que leve roupas de banho – ele fala e eu faço o que ele manda.
[...]
– Aqui é lindo! – digo maravilhada.
– Eu disse que você gostaria – ele diz e posso sentir ele me observando, por mais que eu não esteja olhando-o.
Peeta me levou a uma praia que fica há uma hora da cidade. Ela é simplesmente linda! A água é tão límpida, que dá para ver nosso próprio reflexo nela.
– Não vai entrar Katniss? – pergunta Peeta e só agora percebo que ele já está dentro do mar.
Sem querer enrolar mais, tiro o vestido, ficando só de biquíni, me sinto envergonhada ao ver o olhar de Peeta sobre mim. Ele me analisa vagarosamente, como se estivesse tirando fotos, para guardar para sempre em sua memória.
Deixo esses pensamentos de lado e entro no mar, sinto a água fria em contato com minha pele e me arrepio. A água está gelada.
– Que água gelada! – reclamo tremendo de frio.
– Vem cá – ele me chama e eu vou até ele.
Peeta passa seus braços por minha cintura, me segurando. Nunca tinha reparado o quão ele era forte.
Só então percebo que estamos a poucos centímetros de distância. Vejo seu rosto se aproximar do meu e meu coração acelera. Fico ruborizada. Quando ele percebe minha reação, se afasta e me solta. Ele sai do mar, posso ver a decepção expressa em seu rosto.
Peeta ia me beijar! Ele QUERIA me beijar!
[...]
– Obrigado pelo dia maravilhoso e por me fazer esquecer dos problemas – digo quando paramos em frente a minha casa.
– Foi um prazer! Quando precisar é só falar – ele dá um sorriso torto lindo, aquele que faz qualquer garota se derreter toda, e eu não sou exceção.
Me inclino e dou um beijo em sua bochecha direita. Quando vou sair do carro, ele segura meu braço e me puxa delicadamente.
– Tem uma coisa que eu quero, preciso te falar – ele olha no fundo dos meus olhos – Eu sei que você acabou de passar por uma decepção muito grande com o cara que você gosta, mas, Katniss, ele não te merece, ele não é o cara certo pra você, você merece muito mais, alguém muito melhor que ele, alguém que te ame, que se importe com você, alguém que queira te fazer feliz! – ele faz uma pausa – Katniss, eu sou essa pessoa, eu não sou a melhor pessoa do mundo, nem estou a sua altura, porque você é a pessoa mais incrível que eu conheço, mas eu te amo, sempre amei e sempre irei amar. – as lágrimas rolavam por meu rosto.
– Peeta, ninguém nunca tinha feito uma declaração de amor pra mim antes – digo chorando – Eu te adoro, mas eu não... – ele me corta.
– Você não me ama, eu sei – ele diz um pouco desanimado – Eu só precisava falar, agora me sinto mais aliviado, como se tivesse tirado um peso das costas – ele volta a sorrir – Espero que isso não afete na nossa amizade, ainda quero ser seu amigo, e quero que você seja minha amiga. Amigos? – ele pergunta me estendendo a mão, sorrio e a pego sem hesitar.
Quando faço menção de sair do carro, Peeta segura meu braço e me vira em sua direção.
– Só tenho mais uma coisa pra fazer antes de você ir – eu o olho confusa, e então sinto seus lábios pressionando os meus.
No começo fico sem reação, mas quando sinto sua mão segurando meu rosto firmemente (para que eu não me separe dele, nem pare o beijo), e ele lambe meus lábios pedindo passagem, eu acabo cedendo e levo minhas mãos até seus cabelos loiros, aprofundando mais o beijo. Nossas línguas dançam tranquilamente, ritmicamente, como se fosse uma valsa, a coreografia mais bonita, nunca vista antes. Suas mãos foram até minha cintura colando, mais ainda, nossos corpos. Meu coração estava batendo tão forte e tão rápido, que eu tenho certeza que Peeta podia o ouvir. Meus sentidos começaram a falhar, e minha respiração estava descompensada. Por falta de ar, fomos parando o beijo com alguns selinhos. Nossas respirações estavam completamente descompensadas, Peeta grudou nossas testas, abri meus olhos lentamente, encontrando uma imensidão azul. Peeta se separa de mim.
– Desculpa Katniss, mas eu precisava fazer isso pelo menos uma vez. Eu prometo que isso não se repetirá – ele desvia o olhar – Acho melhor você entrar – ele abre a porta e me dá um beijo na testa.
Saio do carro meio atordoada. Peeta me deseja uma “Boa noite” e eu balbucio um “Pra você também”. Vejo-o arrancando com o carro, e continuo parada lá fora por alguns segundos, então me viro e entro em casa, vou direto para o banheiro tomar um banho.
Depois do banho, visto-me e deito em minha cama. Fico pensando em todos os acontecimentos de hoje, desde a traição de Gale e Madge até a declaração de Peeta e o nosso beijo. O que mais me perturba é que eu deixei que ele me beijasse. E o pior...
Eu gostei.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Comentem dizendo o que acharam.
Mellarkisses