~MAKA POV’S ON~

SOUL?!??

E-e-eu.... o amo muito!

E isso realmente me assustou.

Soul Eater Evans me beijando? Isso...isso...é extremamente perfeito!

No começo fiquei assustada, com medo de ele estar só querendo brincar comigo. E surpresa, quando percebi que era exatamente ao contrário, aquele beijo... Realmente estava cheio de desejos escondidos ao longo dos anos. Por minha parte também, depois que me senti mais confiante.

Mesmo que meu subconsciente me dissesse que aquilo tudo era um sonho, e mesmo se fosse.... Era o melhor sonho que eu já tive na minha vida. Queria que durasse para sempre...

E quando digo isso, não quero dizer como foi o “pra sempre” do relacionamento dos meus pais...

Porque simplesmente não foi.

Quando Soul se separou de mim, permaneci com a cabeça baixa. O meu rosto pegava fogo, estava com medo de o encarar, não, medo não... Estava extremamente ansiosa para o encarar bem nos olhos, mas eu também sou incrivelmente apreensiva em ter que falar alguma coisa.

 - So-oul? – O chamei, ainda sem olhar diretamente para seu rosto. A franja tampava meus olhos.

- Maka... Me-e desculpe. – Sua voz estava inquieta. – Maka, eu...

- Tudo bem. – Digo levantando parcialmente a cabeça. Mas sem olhar pra ele.

- ...?

Dou um leve sorriso e levanto calmamente.

- Ma-maka...? – Fingi que não ouvi, e caminhei até meu quarto.

Fechei a porta atrás de mim ao chegar, e me joguei contra a cama.

- O que foi isso?.. – Pergunto pra mim mesma.

Nem sabia o que estava sentindo no momento. Vergonha? ...Não. Felicidade?... É, pode ser.

Mas estava misturada com um bocado de apreensão.

Soul Eater é como papa? E uma pergunta que só agora que me veio pela cabeça... Eu sou como a mama? ... Sim.

Eu sou exatamente como ela, na verdade. Sou teimosa, guerreira, persistente, positiva, intuitiva.... E agora que estou pensando assim... Percebo que se eu visse Soul dando em cima de uma outra garota, eu iria ficar com raiva, brigar com ele, e me distanciar aos poucos...

~MAKA POV’S OFF~

~SOUL POV’S ON~

Será que eu fiz uma coisa tão horrível assim?

E se ela não tiver gostado... Não! Ela correspondeu. Mas acho que isso não prova nada na verdade...

Depois que Maka foi para seu quarto, eu não à vi pelo resto da noite.

Quando era umas 4 da madrugada, acordei com o barulho da Blair chegando em casa.

- Soul-kun! – Diz a gata ao ver que estava acordado. Me dando um abraço.

- Oi, Blair. – Falo, retribuindo o gesto.

- Maka-chan está acordada? – Pergunta ela animada.

- Acho que não, Blair.

- Hmm... Bom, Soul-kun, Blair precisa dormir. Boa noite – Ela se transforma em gata, e vai em direção ao quarto de Maka, onde ela gostava de dormir.

Não consegui dormir mais depois disso.

E então, lá estava eu, depois de algum tempo, em pleno domingo, 6 h da manhã, preparando o café da manhã!

- Soul? Você acordou cedo... – Diz Maka entrando na cozinha. Me dando um pequeno...Ok, um grande susto.

- Bom dia. – Digo tentando dar um sorriso que não parecesse forçado, para tentar tirar o foco das minhas bochechas vermelhas.

Minha tentativa desengonçada à fez dar uma risadinha simpática.

- O que vamos comer? – Diz ela se espreguiçando, indo em direção à mesa, para pô-la.

- Panquecas. – Digo, menos vermelho. Me virando novamente para o fogão.

- IEE!! – Exclama com uma voz alegre e um jeito calmo.

Maka colocou na mesa os copos, pratos, talheres e o suco. Enquanto eu terminava de fritar as panquecas.

- ITADAKIMASUU! – Falamos nós dois, antes de comer.

- Uma delícia, Soul! – Diz ela com uma cara simpática e fofa.

- Arigato.

Dois sentimentos opostos estavam brigando na minha cabeça.

Um que era encorajado com a possibilidade de Maka sentir o mesmo por mim, e que se eu pedir, ela vai me aceitar.

E outro que Maka simplesmente não quer nada comigo, e só continuou aqui por precisar de uma arma.

Terminamos de comer, tiramos a mesa e lavamos a louça, em um silencio um pouco constrangedor.

Estava saindo da cozinha quando Maka me chamou com o humor um pouco mudado.

- E-e-eu... posso falar rapidinho com você? – Ela estava vermelha, e com um pouco de angustia na voz.

- H-hai...

- Soul, sobre o que aconteceu ontem...

- Ah... – Olhei para o chão constrangido, mas esperando ansiosamente a sua fala.

- Eu...eu... Acho melhor deixarmos pra lá... Afinal, estávamos exaustos e...bom....

- Maka-chan, Soul-kun! – Blair, à interrompendo. – Vou trabalhar. Sayooo!

- Hoje é domingo. Desde quanto o bordel abre de domingo? – Eu falo.

- Fizemos umas mudanças enquanto vocês estavam fora.

- Mudanças? – Pergunta Maka, se descontraindo um pouco.

- Haai! Nyah!! Fiz uma decoração muito melhor. Ainda não está terminada, então tenho que ir trabalhar hoje para podermos inaugurar na segunda! – Blair estava toda animada.

- Bom, boa sorte lá. – Diz Maka com um sorriso um pouco forçado.

- Nyah! – Blair se foi.

-.... Bom, obrigada por ouvir, Soul... E me desculpe qualquer coisa. – Diz ela com um tom um pouco mais triste. Indo para seu quarto.

- Tudo bem... – Digo, indo me jogar na minha ama também.

Bato a porta com força, ao perceber que ela já havia entrado no dela.

- IDIOTA! – Grito pra mim mesmo. Dando um murro na escrivaninha. Fazendo-a quebrar. – Achar que ela poderia gostar de você é um completo absurdo, não é? – Me jogo violentamente na cama.

~SOUL POV’S OFF~

~MAKA POV’S ON~

So-oul?

No meu quarto ouvi berros e coisas quebrando. Assustada, fui ver o que estava acontecendo. Abri devagar a porta do Soul, e vi ele deitado em sua cama. A escrivaninha quebrada.

Soul, você está errado dessa vez. Eu é que sou uma idiota. Uma completa idiota por não conseguir aceitar você, só por medo do que vai acontecer futuramente. Isso é ridículo, eu intendo. Mas é um trauma meu.

Não importa o quanto eu ame Soul Eater Evans.

Quanto maior meu amor, maior o meu medo de ser traída por ele.

~MAKA POV’S OFF~

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Burning in the Skies (Linkin Park)

Eu usei madeira morta para fazer o fogo subir

O sangue da inocência ardendo nos céus

Enchi o meu copo com a subida da maré

E derramei-a em um oceano de destroços

Oh

Eu estou nadando na fumaça

Das pontes que eu queimei

Portanto, não peça perdão

Estou perdendo algo que eu não mereço

Algo que eu não mereço

Nós prendemos o fôlego quando as nuvens começaram a se formar

Mas você se perdeu na batida da tempestade

Mas no final fomos feitos para nos separarmos

Como câmaras separadas do coração humano.

Não

Eu estou nadando na fumaça

Das pontes que eu queimei

Portanto, não peça perdão

Estou perdendo algo que eu não mereço

Está nos ossos enegrecidos

Das pontes que queimei

Portanto, não peça perdão

Estou perdendo algo que eu não mereço

Algo que eu não mereço

Eu estou nadando na fumaça

Das pontes que eu queimei

Portanto, não peça perdão

Estou perdendo algo que eu não mereço

A culpa é apenas minha

Das pontes que queimei

Portanto, não peça perdão

Estou perdendo algo que eu não mereço

Algo que eu não mereço

Eu usei madeira morta para fazer o fogo subir

O sangue da inocência ardendo nos céus