Capítulo três: Extase.

            A musica alta tocava e as luzes piscavam a casa noturna enchia cada vez mais e os dois alí estavam. Conversando.

- Então seu nome é Zero? Por quê? - Perguntou ela.

- Por quê sim! - Respondeu o rapaz sorrindo.

- Por quê sim não é resposta... - Sussurou ela no ouvido do rapaz.

- Por quê meus pais gostavam de numeros! Hahaha. - Respondeu o garoto brincando.

- Pais... - Disse Lizzy se encostando na parede da casa noturna.

- Falei algo errado? - Perguntou o menino se virando para o DJ e vendo a musica trocar.

- Meus pais morreram hoje. - Respondeu ela em tom objetivo.

- Ha... Sinto muito. Eu conheço algo que ajuda nisso, quer? - Perguntou ele dando um leve sorriso.

- E o que exatamente seria isso? - Questionou ela, seria.

- Já provou extase? Pelas suas roupas acho que não... - Disse Zero olhando Lizzy de cima para baixo.

- Não mesmo. Não sou drogada. - Afirmou ela jogando o cabelo para trás.

- E você acha que eu sou? Haha. Só gosto de esquecer dos problemas as vezes. - Disse ele dando um sorriso de lado.

- E seus pais o que dizem de esse seu "esquecer problemas" ? - Perguntou ela intrigada.

- Eu sou emancipado. Meus pais morreram quando eu tinha cinco anos e eu vivi numa instituição até completar dezesseis ai pedi emancipação. - Disse ele não convencido de sí próprio. 

- Nossa ta aí uma historia pior que a minha... Sem querer ofender! - Disse ela seria.

- Hahaha. Como eu não lembro deles, eu nem ligo. - Afirmou o rapaz colocando a mão direita na parede.

- Haaa... Acho que vou aceitar seu extase. Só dessa vez! - Afirmou ela.

- Só dessa vez! Vou pegar uma bebida para gente. - Disse ele girando e indo em direção ao bar.

            Lizzy olhou para o chão e derramou uma lagrima lembrando da cena de horror que ela tinha vivenciado mais cedo e resolveu que aquela noite ela ia esquecer o que aconteceu.

- Voltei. - Disse o garoto sorrindo com duas taças de vodka nas mãos.

- Você sorri muito, sabia? - Disse ela pegando uma taça da mão dele.

- Eu gosto de sorrir. E de tomar vodka! - Afirmou ele mechendo no cabelo e depois tomando um pouco da bebida.

- Eu gostei do seu sorriso. - Disse ela sorrindo e depois tomando sua dose de vodka. 

            Zero sorriu mais uma vez e colocou um comprimido de extase na bebida dela e olhou profundamente nos olhos dela.

- Seus olhos são lindos! - Sussurou Zero colocando um comprimido de extase em sua própria bebida.

- Os seus também. - Respondeu ela em sussuro e depois tomando uma grande golada de vodka com extase.

- Não sei se você aguenta vodka com extase... Ai você vai ficar doidona. - Disse ele olhando para o teto.

- É claro que aguento tá! Hum. Vamos dançar... - Ordenou Lizzy puxando ele pela gravata preta.

- Ouo... - Sussurou ele, parando na pista de dança.

            Os dois começam a trocar olhares e a dancarem e foi passando o tempo e de repente os dois já não sabiam mais o que faziam. Saíram da pista de dança e começaram a subir as escadas da casa noturna que tinha quartos em cima.

- Olha macacos rosas... - Disse Zero olhando para o teto.

- Que rosas? São azuis bebê! - Afirmou Lizzy rindo sem parar.

            Eles entraram num quarto com o numero 24. A garota mordeu os lábios e jogou Zero na cama e subiu em cima dele.

- Tem certeza que quer fazer isso na frente dos macacos? Eles são crianças! - Afirmou ele com olhos arregalados.

- Os macacos que se fodam! - Afirmou ela sorrindo.

- Macacos tampem os olhos! - Gritou ele.

            Lizzy agarrou o pescoço dele e lhe deu um beijo passando a mão na barriga dele até na sua coxa. O garoto atordoado pelo extase retribiu o beijo e passou as mãos no pescoço dela até os peitos e os apertou. 

- Essa musica... Amo. - Disse ela balançando a cabeça.

- É Feel So Close, baby! - Disse ele passando a mão esquerda nas coxas dela.

            A garota mordeu seu pescoço causando arrepios em Zero. E de repente tudo ficou turvo e sem controle. E então eles so viam luzes e mais luzes e de repente apagou tudo.

- Garotos... Acordem! -  Chamou a mulher gorda que limpava os quartos.

            Lizzy abriu os olhos com dificuldade, ainda vendo as luzes da boate como flashs.

- Me deixa dormi mais um pouco mamãe... - Sussurou ela.

- Não sou sua mãe! saia logo, quero ir pra casa! - Disse a dona gorda.

            A garota levantou a cabeça e pensou estar em casa mais ao abrir os olhos notou que nada alí se parecia com sua casa.

- Da pra você esperar lá fora por favor? - Perguntou Lizzy em tom de crítica.

- Anda logo... - Disse a mulher estremamente gorda saindo do quarto e fechando a porta.

- Ai Deus o que eu fiz com esse garoto!? - Se perguntou ela se vestindo.

            Lizzy olhou para o garoto ainda dormindo e deu um leve sorriso lembrando de algumas coisas da noite anterior. Ela se sentou do lado dele e colocou seus scarpins rosa e apoiou a cabeça nas pernas e olhou mais uma vez para o garoto.

- Seu sorriso... - Sussurou ela fechando os olhos.

- Aonde estão eles? Fale sua gorda inútil! - Gritou uma voz masculina do corredor.

- Droga! Zero acorda... Por favor! - Pediu Lizzy batendo no peito do garoto.

            Um tiro foi escutado do corredor. A garota ficou cada vez mais nervosa, correu e trancou a porta e colocou um pequeno sofá que estava do lado da porta na frente dela. Ela começou a arrastar Zero pela camisa até a janela.

- Por quê você não acorda? - Questionou ela arrastando ele.

- Abram a porta agora! - Gritou o homem na porta tentando arromba-la.

            O homem atirou contra a porta fazendo Lizzy gritar. A porta já estava quebrando quando ela conseguiu chegar na janela com Zero.

- Hallsbord! Use seus poderes, agora! - Mandou o homem na porta.

            Outro homem chega perto da porta e em um grito insurdecedor do homem a porta e o sofá voam longe.

- Não... não... - Sussurou ela tentando abrir a janela.

- Olá garotinha... - Disse o homem negro, careca e de olhos amarelados.

- Olha, olha se não é quem procuramos. - Disse outro homem chegando a porta e jogando o corpo da mulher que nos acordou mais cedo sem a cabeça.

- Ai meu Deus... - Sussurou ela.

            A garota fechou os olhos e os abriu novamente e eles estavam vermelhos como sangue. Ela olhou para os homens e logo raios começaram a sair das tomadas e a lâmpada começou a piscar. Um dos homens se abaixou e o outro foi atingido sendo jogado pra fora do quarto.

- Me deixem em paz! - Gritou Lizzy ainda com olhos vermelhos.

- Eu vou te matar garota! - Ameaçou o homem no chão tentando se proteger dos raios.

            A gatora olhou pela janela e viu homens de preto entrando pela lateral do prédio. A garota fechou a mão e voltou a abri-las e uma bola de elétricidade se formou, ela a jogou contra o homem que caiu desmaiado. Lizzy passou pela janela e puxou Zero até a escada de incêndio e começou a descer as escadas arrastando o garoto e se olhos vermelhos desapareceram.

- Droga! Isso é hora dele ficar em coma ou sei lá com o que você esteja... - Sussurou ela já longe da casa noturna.

            Lizzy colocou Zero encostado na parede e passou a mão em seu rosto, ele acordou neste exato momento e olhou profundamente para ela e deu um sorriso.

- Ai garoto! Você vive de sorrisos? Me preocupou! - Disse ela perto do rosto de Zero.

            O garoto respirou fundo e olhou para os olhos dela e tentou encostar a cabeça mais para trás mais a parede não deixou. Ela olhou para o chão e deu um leve sorrso. Os dois estavam num beco, olharam para o lado e viram um homem de capa preta parado.

- Quem é você? - Perguntou Zero se levantando.

- Eu sou Destro! - Disse o homem levantando o braço direito contra eles.

- Uou! Espera! - Disse Lizzy também se levantando.

- Adeus... - Disse Destro enquanto com a força do pensamente a chão começou a explodir, como se tivesse varios explosivos alí. Zero esticou a mão rapidamente e um escudo quase invísivel apareceu e os protegeu da explosão de Destro.

- é amigo não é dessa vez que vai nós dar adeus! - Disse o garoto jogando o escudo de energia contra Destro que o fez explodir antes de chegar perto dele.

- Posso não mata-los agora mais meu pai os matará de qualquer forma! - Afirmou o homem apertando os vermelhos.

- E porque ele quer nos matar? Não fizemos nada a esse tal de Destruidor! - Afirmou ela.

- Fizeram sim! Nasceram... - Disse o homem em tom serio.

            Destro deu um sorriso de lado e sumiu como areia ao vento. Os dois garotos ficaram intrigados pelo que ele disse.

- O que será que ele quer conosco... Você não disse que era mutante! - Afirmou ela se encostando na parede e olhando para o garoto.

- E eu ia falar. Oi sou Zero e sou um mutante, tudo bem?" Disse Zero em tom serio.

- Ta bom. Se é hora da verdade eu também vou te dizer uma verdade! Eu também sou mutante.

- Uol! Você também não me disse! E que poder você tem? - Perguntou Zero apertando os olhos.

- Controlo eletricidade, desde criança aconteciam coisas estranhas com lâmpadas, tomadas e até já queimei uma TV. - Disse Lizzy sorrindo.

- Já eu, descobri meus poderes muito, muito cedo! - Disse Zero olhando para o chão comos e escondesse algo.

- Você não quer me contar algo não é? - Questionou ela olhando de lado.

- São coisas que não vem ao caso agora! - Afirmou ele. 

- Tudo bem. Precisamos ir para a S.P.M.! - Disse a garota arrumando o cabelo e jogando o olhar para zero que parecia estar pensativo.

- Porque lá? O que você tem haver com aquela organização? - Perguntou ele olhando profundamente para ela.

- Eu que pergunto! O que você tem haver com eles? Parece estar fugindo ou coisa parecida. - Disse ela.

- Responde! Eu perguntei primeiro! - Disse ele alterado.

- Parece que eles querem que eu seja uma agente da organização! Mais eu queroa penas ser normal! e você? - Perguntou ela olhando profundamente em seus olhos azuis.

- Não posso dizer assim! Mias você não deve se preocupar... Só um aviso. Max não é o homem que parece ser. Ele garda segredos, segredos perigosos e não liga se precisar destruir alguém para conseguir o que quer. - Alertou serio.

            Lizzy ficou pensativa passou o mão no rosto dele e deu um leve sorriso.

- Eu vou tomar cuidado! Acho que não sou um alvo de destruição para ele. Você vem comigo? - Perguntou ela colocando o cabelo para trás.

- Não! Se eu ver aquele homem eu não sei nem o que eu posso fazer! Por favor... Não diga sobre mim pra ele e pra ninguém mais.

- Tudo bem. Não direi. Eu o verei de novo? - Perguntou ela.

- Claro que verá! Eu te procuro! Depois do que acho que fizemos ontem... - Disse ele sorrindo.

- Eu gosto muito do seu sorriso mais me pareceu safado agora! - Disse ela lançando um olhar diferente para Zero.

            Tiros são escutados. Lizzy e Zero se olham assustados já sabendo do que se tratava.

- Eu preciso ir... - Sussurou ela.

- Eu também. - Disse ele olhando para ela.

            A garota seguiu até a esquina do beco junto de Zero.

- Até... - Disse ela respirando fundo, virando para frente e começando a andar em passar grandes.

- Cuidado! Até. - Disse ele se virando e começando a andar devagar.

            Os dois se viraram quase que no mesmo instante e se olharam. Zero deu um leve sorriso e continuou a andar. Lizzy olhou para o chão e logo depois para o grande edíficio da S.P.M. e continuou a andar.

[...]

            O homem de olhos negros saiu da sala secreta atrás da lareira e fechou a passagem novamente e escutou o barulho do vento se dobrando, Destro apareceu do nada e apertou os olhos para o pai.

- O que você estava fazendo fora do esconderijo sem minha permisão? - Perguntou Destruidor em tom severo.

- Eu não preciso de sua permisão! - Afirmou o garoto cruzando os braços.

- Não precisa? haha proxima piada Leon. - Zombou ele.

- Não! Não preciso. Você nunca cuidou de mim! Não é agora que vai tentar dar uma de bom pai, neh? - Questionou ele.

- Não vamos falar do passado neh? Passado é apenas passado. - Disse ele sorrindo.

- Passado a gente não esquece! Não esquece das surras, treinaments pesados e os tapas que você adorava me dar na cara e os momentos bons que todas as crianças tem... Eu não tenho. - Disse ele segurando as emoções.

- Você é tão fraco! Como consegue se aguentar? - Perguntou ele se sentando no trono negro.

- Como você consegue ser tão frio? Nunca te vi esboçar um sentimento que não fosse raiva e fúria. -  Disse Destro fechando o punho. 

- Vai ver é porque não existe esses sentimentos dentro de mim. - Respondeu ele seco.

- Duvido! - Afirmou ele.

            Destro deu as costas para o pai e saiu rapidamente.  Destruidor respirou fundo e fechou os olhos.

[...]

            Aghata e Max entraram no quarto da ala hospitalar da S.P.M., onde Sky estava deitado na cama.

- Amor... - Sussurou Aghata correndo até o namorado e o abraçando forte.

- Uol! Vai com calma gata... - Sussurou ele com dificuldade.

- Melhor, Sky? - Perguntou Max se sentando na poltrona na frente da cama.

- Indo... Levar tiro lasers não é muito legal. - Respondeu ele.

            Uma mulher ruiva, de cabelos até no pescoço, baixa, magra, olhos pretos e expressões alegres.

- Oi pessoal. Sou Kate Kendrew, médica. - Se apresentou ela.

- Olá. - Comprimentou Aghata sorrindo.

- Oi Kate. - Também comprimentou Sky.

- Olá Kat... - Disse Max sendo interrompido pelo comonicador. - Manda ela entrar.

- Quem entrar? - Perguntou a garota do lado de Sky.

- Você vai ver... E então Kate, quando ele pode sair? - Perguntou o homem tirando o comunicador da orelha.

- Bom... O laser pegou perto do figado mais não causou nenhum dano, ele já esta de auta, mais tenha alguns cuidados ok!? - Disse ela sorrindo revelando suas covinhas nas bochechas. 

- OK! ok! Só quero sair logo daqui! - Disse o garoto na cama.

- Licença... Preciso resolver algo. - Disse Max saindo do quarto.

[...]

            Max entrou no salão prinipal e viu Lizzy, que estava com expressões preucupadas.

- Sabia que voltaria, mais não tão cedo. - Disse ele irônico.

- Idiota. Eu fui atacada! - Disse ela.

- Eu disse que seria perigoso não disse? mais alguém me escuta? - Disse ele virando a cabeça para o lado.

- Eu não sabia o que exatamente significava esse seu "perigo" então não me cobre. É muita informação para a minha cabeça! - Afirmou ela.

- Eu sei que é. Mais ficar aqui e ser uma agente será o melhor a fazer! - Afirmou ele em tom serio.

- Eu não queria isso pra minha vida. - Disse ela abalada.

- Sei que não. Mais tem muitas coisas e acontecimentos que envolvem você! Não pode dizer como nem porque, mais na hora certa você vai saber. Te prometo. - Afirmou ele olhando nos olhos dela.

            Lizzy derramou uma lagrima que ela rapidamente limpou e olhou para o chão.

- E então. Fica? - Perguntou ele.

- Fico... Mais com uma condição. - Respondeu ela ainda abalada.

- Qual? - Perguntou ele.

- Que eu tenha uma vida normal e que ninguém além dos agentes saibam de mim e dos meus amigos e quero voltar para a escola.

            Max respirou fundo e respondeu.

- Tudo bem. Tomarei os devidos cuidados para que isso aconteça mais só depois do seu treinamento, que deve demorar uma semana e meia. - Disse ele com expressões um pouco mais leves.

- Tá neh. - Disse ela.

            Pedro entrou no salão e viu Lizzy e logo abriu um sorriso.

- Lizz... - Sussurou ele correndo até ela e a abraçando.

            A garota abalada retribuiu o abraço apertado de Pedro e fechou seus olhos e por alguns intantes pode sentir como se ela estivesse abraçando ele na casa da árvore, onde Lizzy, Pedro, Aghata e Sky se tornaram amigos e onde Lizzy sentiu pela primeira vez que Pedro era especial para ela de um modo diferente. Ela abriu os olhos e então tudo voltou a sua cabeça.

- Eu tava tão preocupado com você. - Disse ele.

- Pedro... Precisamos conversar. - Disse ela seria.

[...]

            Hilly entrou no salão negro junto de um homem alto, ruivo, olhos castanhos claros e com um fisíco forte.

- Mestre... Esse é o mutante que te falei. - Disse Hilly sorrindo de lado.

- E você tem certeza que ele é bom? - Perguntou Destruidor.

- Eu me garanto, senhor! - Afirmou o homem apertando os olhos.

- Hum... Isso é bom. Muito bom. - Disse Destruidor serio.

- Eu vou mata-lo com sucesso! - Afirmou o homem.