Eternally Forbidden escrita por Ivie Constermani


Capítulo 28
27. Em perigo


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo eletrizante!
Boa leitura!
Obs.: leiam as notas finais.



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4 de Julho. Rojões coloridos enchiam o ar. O cheiro de churrasco vinha de todas as casas da região. Era um dia para comemorar.
Enid e sua família estavam acabando o almoço ouvindo músicas countries no rádio de pilha de Lion.
Era um dia ensolarado. O céu estava cheio de pequenas nuvens que pareciam pedacinhos de algodão, e os raios de sol passavam entre elas.
- Ô de casa! - gritou Dany entrando na casa sem pedir permissão.
Rosana foi até ele para recebê-lo, o abraçando. Ela dizia que Dany era o filho que ela não teve, depois de Karl.
- Meu amor, como está? - ela perguntou o empurrando para a mesa. - Come um pouquinho com a gente.
- Obrigada, Rosie, mas eu já almocei em casa. E estou bem - ele olhou em volta, na mesa e sorriu para Enid. - Oi.
- Oi, Dans! - Enid bebeu o resto do suco do copo e levantou. - Eu já preparei o pote com a carne. Pegou o molho?
- Peguei.
Rosana sentou-se novamente, voltando a comer.
- Vocês vão sair? - ela perguntou.
- Vamos. - Dany respondeu.
- Não voltem tarde - disse Lion, apenas sendo Lion.
Enid assentiu e acenou para eles, se despedindo. Ela e Dany caminharam pelas ruas juntos, comendo o churrasco. Alguns carros dos colegas de escola embriagados passaram por eles na rua, soltando rojões barulhentos. Essa era a diversão dos adolescentes nesse dia.
- Ei, eu tava pensando em irmos na comemoração de 4 de Julho da cidade, que tal? - Dany perguntou.
Enid se encolheu ao ouvir mais um rojão.
- Tudo bem. Vamos sim - ela assentiu.
Eles foram andando até a praça central da cidade ouvindo os fogos de artifícios por todos os cantos.
A praça estava enfeitada com várias bandeirinhas com as cores da bandeira do EUA. Milhares de barraquinhas de comida e lembrancinhas estavam espalhadas por lá. Enid identificou alguns conhecidos do bairro e da escola.
Ela quase gritou de susto ao sentir dois dedos magrelas e de unhas grandes cutucarem sua cintura.
- Oooolá! - Gabe gritou por cima de um rojão. - Ei, Eny! Dany!
Ela pulou no colo de Dany, que a abraçou por um minuto e depois a afastou.
- Você já está bêbada! - ele a repreendeu.
Gabe riu exageradamente, e bebeu mais um gole de uma garrafinha de cerveja que apareceu magicamente na mão dela.
- Só bebi cerveja. Deixa de ser mala! É impossível ficar bêbado bebendo só cerveja - ela argumentou, parando de rir.
- É possível sim, Gabe. Caso você não saiba cerveja tem álcool. - Dany disse, entediado.
- Dane-se! - ela seu língua para Dany e se virou para Enid. - Ei, garota, está fazendo o que aqui? Não vai sair com o Evan?
- Não. Evan foi viajar, resolver alguns assuntos - ela se encolheu de novo ao ouvir um apito alto demais perto do seu ouvido.
- 4 de Julho! - Josh gritou, agarrando Gabe. - Oi, Enid! Oi, Dany!
Dany apertou a não dele e Enid sorriu. Logo depois dele todo o pessoal da escola apareceu, comemorando e fumando. A maioria ali eram formandos, mas estava falhando um.
Um que fazia muita falta.

Enid foi arrastada até a casa de algum dos formandos para um festa de comemoração. Não queria estar lá, assim como Dany que bocejava a cada minuto.
Mais um copo de cerveja foi servido a Dany, e ele recusou, balançando a cabeça veementemente. O garçom improvisado olhou para ele e para o copo, e depois seu de ombros e bebeu. Enid reconheceu que era Will.
Gabe passou por ele, dando-lhe um tapa na bunda e acenou para Enid, parando de frente para um barril vermelho com uma mangueira pequena em cima. Ela segurou a mangueira, passando-a pelo corpo e uma roda de pessoas bêbadas ficaram em volta dela. Enid se aproximou para ver o que ela ia fazer.
Num salto rápido ela ficou de cabeça para baixo apoiando-se no barril e Will segurou a mangueira a boca dela. Um líquido vermelho saiu pela mangueira e Gabe bebeu tranquilamente. Às pessoas em volta gritava "vira, vira, vira" e balançavam as mãos animadamente.
Dany balançou a cabeça, em reprovação, parando ao lado de Enid.
- Nunca pensei que Gabe fosse capaz de se dispor a isso - ele disse.
Enid esboçou um sorriso.
- Ela sempre gostou de ser o centro das atenções - ela disse, inspirando fundo. Um cheiro horrível de cerveja, suor e vômito veio ao seu nariz e ela fez uma careta. - Eu preciso pegar um ar.
Dany assentiu e a acompanhou até a porta. Enid parou, impedindo-o de passar.
- Dans, você não precisa me seguir em todos os lugares - ela disse. - Não vou longe. Eu só preciso refrescar a mente, entende?
Dany a observou, em dúvida. Enid não ficará sozinha nem um minuto depois que Evan viajou, pois sabia que Robb estava esperando por isso. Mas ele não devia saber onde ela estava, não havia perigo.
- Ei, por favor - ela implorou, juntando as mãos. - Seu número está na discagem rápida. Qualquer coisa eu clico em um botão, só isso. Por favor.
Dany a fitou por cinco segundos, pensando, e no fim assentiu. Enid o abraçou, grata.
- Apenas um botão, né? - ele perguntou.
- Sim. Obrigada, Dany, te amo!
Ela saiu quase correndo da casa. Andou pelo jardim olhando em volta, mas não havia sinal de ninguém suspeito, apenas um bando de usuários cheirando alguma coisa e um casal se pegando numa moita.
A rua estava vazia, as portas e janelas das casas fechadas. Uma ótima oportunidade para Robb aparecer. Nenhuma testemunha. Mas ele não sabia onde eu estou, Enid pensou dando de ombros.
Pelo menos era isso que ela imaginava, até uma vã preta de vidros fumês aparecer no final da rua, para onde Enid ia caminhando. Ela parou, respirou, hesitou. A vã parou, como se a desafiasse a dar mais um passo.
Enid calculou a distância entre ela e a vã, e entre ela e a casa da festa. Se ela corresse desesperadamente conseguiria voltar, mas a vã era bem mais rápida que ela.
O celular vibrou na sua mão. Ela olhou para a tela. Era uma mensagem de Evan. Ela não pôde ler, pois seria tempo o suficiente para a vã vir.
A mente dela a mandava ligar para Dany. Mas ela não devia por ele no meio disso tudo. A vida dele podia correr risco também, e se algo acontecesse ela não ia se perdoar. Mas uma ideia veio a mente dela.
Ela ia se entregar e mandar uma mensagem de texto para Evan, pedindo socorro. Isso podia funcionar, era arriscado, mas podia dar certo. A melhor ideia que ela poderia ter naquele momento.
A vã acelerou, a encorajando a dar mais um passo na sua direção. Enid tremeu, sentindo medo. Ela precisava de um tempo para escrever a mensagem, então correu na direção oposta a da vã que acelerou na direção dela.
As mãos estavam muito trêmulas e os movimentos da corrida a impediram de escrever.
Ela olhou para trás para ver onde a vã estava. Estava muito, muito perto. O celular caiu. Enid o pegou rapidamente. No fim ela havia escrito apenas "socor", mas não tinha mais tempo, então enviou.
Ela tentou correr mais, mas braços muito fortes a agarraram pelas costas, a imobilizando, e uma mão encostou um lenço molhado no nariz dela, a impedindo de respirar.
O cheiro era muito forte, enjoativo, dava vontade de vomitar. Enid tentou se soltar, mas suas forças acabaram lentamente, e ela caiu num sono profundo.

Dany já estava preocupado. Enid demorava demais.
Ele foi até a rua procurando por ela, e quase gritou de susto ao ver aquela cena.
Um homem que mais parecia um muro havia a imobilizado e posto um lenço no nariz dela, a fazendo desmaiar, e depois a jogou dentro de uma vã preta.
Dany ficou paralisado por um momento, sem saber o que fazer. Ele queria correr lá e tirá-la de lá, mantê-la a salvo, mas não havia apenas um homem ali dentro e eles podiam acabar com ele.
O celular dela foi arremessado de dentro da vã e caiu no chão. A vã acelerou e saiu cantando pneu pela rua.
Dany esperou até eles sumirem e correu até o celular. Na tela havia uma mensagem que ela escrevera para Evan. "socor".
Ela tentara pedir socorro a Evan. E era a mesma coisa que ele ia fazer.
Ele discou o número no celular dela. Chamou duas vezes e depois Evan atendeu.
- Amor, você leu a mensagem que eu escrevi? - ele disse animadamente. - Nós o encontramos.
- Evan, não é Enid. Sou eu, Dany.
Evan ficou em silêncio por uns segundos.
- Daniel? O que faz com o celular dela? - ele perguntou, finalmente.
- Ela... Evan, ela foi sequestrada! - A voz de Dany começou a demonstrar pânico.
- Como é?! - Evan gritou e Dany o ouviu engasgar. - Sequestrada?
- É! Eu acho que foi aquele tal de Robin...
- Como você sabe do Robin?
- Ela me contou.
Evan tossiu, como se tivesse se engasgado alguma bebida.
- Enid te contou??? - ele parecia realmente surpreso.
- Qual o problema? Sou amigo dela. E eu meio que a obriguei a contar... Olha, é uma longa história. O importante é que ele a pegou e pode...
- Matá-la. - Evan completou, apavorado. - Eu estou bem longe da Geórgia mas acho que consigo chegar aí em uma hora de jatinho - ele suspirou. - Fique onde está.

Robin chegou ao galpão do Lullaby num rompante. Estava ansioso para vê-la. E quando a viu sorriu vitoriosamente.
Ela estava ali, vestindo um short de algodão branco, blusa preta e All Star. Não estava tão bem apresentável pois o cabelo estava bagunçado, estava amordaçada e amarrada a uma cadeira. Ainda dormia.
Robb se aproximou e tocou o rosto dela. Era ela mesma, Enid Arrow, a única garota que o recusou, sob seu comando.
Ela piscou os olhos, acordando lentamente. Levantou a cabeça, grogue e seus olhos lindos verdes encontraram os também verdes de Robb.
- Seja bem-vinda, docinho - ele disse, cinicamente esboçando um sorriso de satisfação.
Enid enrugou a testa, confusa, e olhou em volta. Robb esperou ela voltar a consciência a observando. Quando ela entendeu a situação, se esperneou, balançou, tentou gritar mas estava amordaçada. Olhou para Robb com o olhar mais odioso que tinha e parou.
Robb achou aquilo estranho. Ela devia estar em desespero... Mas estava consentindo com a situação.
- Tudo bem? - ele perguntou, aproximando-se novamente.
Ela balançou a cabeça, negando.
- O que houve? - ele se abaixou de frente para ela, apoiado nos joelhos.
Ela balançou os pulsos e fez uma careta de dor. Robb até pensou que era armação, mas não havia como ela fugir. Então desfez o nó no pulso dela e fez uma careta.
A corda havia feito cortes no pulso dela, e estava até sangrando além de ter prendido a circulação. Ele desamarrou logo o outro que estava do mesmo jeito, e também tirou a mordaça da boca dela.
Acenou para os seguranças no galpão e quando falou sua voz demonstrava autoridade.
- Vocês a machucaram, seus imbecís! Eu disse para não feri-la, mas vocês o fizeram - ele vociferou, irritado. - Chamem uma enfermeira para tratar as feridas dela.
Enid mexia com a boca, desconfortável. Robb pôs uma mecha do cabelo dela atrás da orelha e suspirou.
- Docinho, não se preocupe. Eles não vão machuca-la de novo - ele sussurrou.
Enid o encarou. Não havia exatamente ódio no olhar dela. Na verdade seu olhar estava vazio.
- Tudo bem - ela disse, a voz estava rouca. - Só quero sair dessa cadeira porque minha bunda está doendo.
Robb riu e desmarcou as pernas dela também e ajudou-a se levantar.
- Consegue andar? - ele perguntou.
Ela balançou a cabeça.
- Robb, onde estamos? - ela perguntou e seu alguns passos até a janela.
- Ainda estamos no Estados Unidos - ele disse e riu da própria piada. - Mal chegamos e você já quer ir embora?
- Acho que nós precisamos conversar - ela disse, de repente.
Robb a levou para o escritório ao lado do galpão.
Era um lugar bem mais arrumado e aconchegante. Enid sentou-se em um sofá de camurça que havia lá e Robb sentou ao lado dela.
- Bem, acho que você já sabe que eu não quero ser sua... - ela hesitou. - Sabe que está me obrigando a ficar aqui.
Robb deu de ombros, sem se importar.
- Eu seu. Só não entendo - ele disse.
- Ah, entende sim. Eu nunca vou desejá-lo. - Enid disse secamente.
Robb levou as mãos ao coração, fingindo estar magoado.
- Você me acha tão feio assim???
Enid revirou os olhos.
- Você não é feio - ela tentou ser sincera, mas se arrependeu ao ver o sorriso bobo estampado no rosto de Robb e ele se aproximando. - Mas você sabe que só tenho olhos para uma pessoa.
Robb semicerrou os olhos, ficando irritado. Ele cerrou as mãos em punhos e se levantou.
- Aonde essa conversa vai nos levar, docinho? - ele perguntou e a encarou.
- Só quero tentar explicar a você que... que é melhor ter uma mulher que você não quer mas que vai tratá-lo bem do que uma que você quer mas tem nojo de você.
Ele a observou, curioso. Aquele raciocínio funcionaria se ele não a quisesse tanto. Então ele riu alto, gargalhando.
- Boa tentativa, docinho, mas não vai funcionar - ele disse.
Enid suspirou, decepcionada e agora sim ele via ódio no olhar dela.
- Então, caro Robin, prepare-se porque eu vou fazer da sua vida um inferno - ela disse, simplesmente e foi até a porta.
Robb a impediu de sair, agarrando a cintura dela e a beijou.
- Adoro garotas difíceis - ele ronronou ainda nos lábios dela.
Enid não retribuiu o beijo, esperou ele terminar, e quando ele parou ela mordeu o lábio inferior dele com muita, muita força, tanta que sangrou. Ele a afastou com um empurrão.
Enid riu, satisfeita e abriu a porta. Antes de sair olhou para ele com desdém e quando disse sua voz estava cheia de determinação.
- Só que eu não sou difícil. Sou impossível.


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Notas finais do capítulo

Tenho um comunicado a fazer.
A fic está acabando. Pois é, foi rápido, mas eu aproveitei cada minuto com vocês. Sou do tipo que visita as atualizações a cada 5 minutos para ver se vocês comentaram! É sério rsrsrsrs'
Mas, enfim, estou aqui para dizer que eu tinha uma meta: conseguir 40 leitoras e 5 recomendações. Se eu.não conseguisse isso eu não fazia continuação.
Fico feliz em dizer que eu tenho 41 leitoras e 2 recomendações, mas ainda faltam 3 recomendações para a minha meta ser cumprida. Preciso da ajuda de vocês.
Reconheço que algumas leitoras não podem fazer a recomendações porque usam o celular, mas as outras, por favor, não custa nada!
Esse é o aviso. A fic terá continuação se eu receber mais 3 recomendações.
Beijão e fiquem na paz!



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