PDV VIVIAN

Fiquei parada no pátio, as luzes acenderam e percebi Sam e Freddie ao meu lado.

–Ei, o que foi isso? Você esta bem? – Perguntou Freddie

–Para onde ele foi? – consegui dizer.

–Vivian! Vivian! – Ouvi Sam chamar a medida que ia me afastando.

–Preciso saber onde ele esta. – Falei olhando ao redor.

Sam apontou para o alto de uma escadaria que dava para dentro da masão.

–Ao menos ele me fez um favor rasgando o vestido.

–Espera! – Gritou Sam. Você não pode sair correndo no meio da festa, olhe ao redor seu pessoal não vai consegui lidar com o tanto de seguranças que tem aqui. Além do mais aquelas pessoas estão vindo falar com você.

–Droga! Freddie, eu preciso que você ligue para o meu chefe e peça reforços. – Entreguei o celular a freddie.

–O que você vai fazer?

–Eu precisarei tomar uma medida um tanto drástica.

–Sam? – Ela sacou a arma em sua cinta-liga e me deu discretamente.

–Eu vou atrás do Dom.

Neste momento meu celular tocou, olhei para Freddie e ele estava imóvel observando o celular vibrar em sua mão.

–Não vai atender? – ele me perguntou.

–Ninguém tem esse número, como... – ignorei a confusão que se instalou em minha mente e passei a mão pela tela para atender o celular.

LIGAÇÃO ON

–Guarde a arma. – a voz do outro lado da linha estava abafada, distante, porém não irreconhecível.

–Quem está falando? – indaguei.

–Você sabe quem é.

–Como conseguiu esse numero?

–E isso importa?

–Claro.

–Não interessa Vivian. Guarde essa arma, aproveite que ninguém percebeu e vá curtir a festa.

–E deixar você fugir dom? Não, muito obrigada.

–Eu não vou fugir. Sou um homem, não um rato.

–Você é um bandido, e eu não confio em você.

–Esse é um problema particular seu, e acho que você não tem muita escolha. Não vai querer transformar isso em um caso televisivo não é?

–Adoro repercussões.

–O FBI não é muito tolerante quanto a escândalos e chacinas em seu nome. Mas se isso não te convence, olhe para cima querida.

Passei os olhos pelo terraço e vi homens armados com rifles na direção de algumas pessoas em uma mesa.

–Você não mataria sua família.

Ele riu ao telefone.

–Quem disse que eles são minha família? Você continua tão inocente, parece uma menininha brincando de ser gente grande.

Não respondi.

–Faça-me um favor querida, olhe para o decote do seu vestido, acho que esse pontinho vermelho vai causar um estrago e tanto. Mas, se isso não te preocupa cheque seus amigos federais e o belo casal ao seu lado. Não acha lastimável que eles morram assim? Sem motivo algum no meio de uma celebração só por que você não quis guardar a arma? – Dom permanecia com o tom calmo que fazia meu estômago revirar.

–Tudo bem.

–Ótimo, guarde a arma e sente-se.

–Antes uma pergunta.

–Você não está em posição par fazer perguntas.

–Onde você está?

–Sente-se Vivian.

–É uma pergunta simples Dom, vamos lá.

–Você tem dez segundos.

Olhei para Sam e ela estava desesperada observando a bolinha vermelha percorrendo seu corpo.

–Vivian chega de showzinho. Guarda a porra dessa arma!

–Cinco, quatro, três...

Desarmei o gatilho e joguei a arma na bolsa.

–Satisfeito?

–Sempre. Agora, para não dizer que eu sou um homem mal, olhe para trás baby.

E lá estava ele. Dom, impecável em seu terno branquíssimo cumprimentando alguém familiar, mas que eu não consegui reconhecer. Dom me encarou, sorriu e voltou sua atenção para o convidado a sua frente.

–Você está bem? – Perguntei para Sam.

–Para mim chega! Não quero nunca mais uma arma apontada para mim.